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Fundo Partidário triplicado.

F

fcm

Visitante
Eis que a Dilma sancionou o aumento do fundo partidário para mais de 800 milhões de reais.
Um deputado petista falou que achou justo, já que é melhor o dinheiro público financiar os partidos do que as empresas.

Eu como em quase tudo que o PT faz fiquei puto, já que eles estão cada vez mais apertando o nosso bolso com aumento da carga tributária e dos serviços, além da inflação descontrolada.

O que vocês acharam desse aumento?
 
Não sou a favor do financiamento público de campanha, ao menos enquanto fonte primária de verba para os partidos disputarem as eleições.

E a razão primordial para isso tem a ver menos com a corrupção (que não vai deixar de ser mais ou menos endêmica no Brasil se o fundo triplicar ou quintuplicar) e mais com a democracia e os incentivos que lhe são necessários. Sem a necessidade de se voltar para a sociedade para conseguir a maior parte de sua arrecadação, os eleitos não precisam se aproximar de seus eleitores, o que perpetua e até aprofunda uma das grandes fissuras de nosso sistema político: a falta de um sentimento de identificação/representação.

Por outro lado, quem é a favor de financiamento empresarial de campanha diz que tal medida é necessária para aumentar a transparência das eleições. Mas tal abertura não resgata a democracia: é simplesmente a eutanásia do princípio democrático. Pessoas jurídicas são organizações normalmente hierárquicas, com mecanismos de tomada de decisão os mais variados possíveis. Não fica claro para o eleitor final como e porque tal empresa resolveu doar para o candidato final e, além disso, uma grande corporação inclui trabalhadores das mais variadas tendências políticas, e dependem de todos esses para gerar seu faturamento.

O financiamento corporativo de campanhas ainda carrega a desvantagem do público, sendo quase tão efetivo quanto este em afastar o povo dos candidatos. E não retira todos os incentivos para contribuição eleitoral irregular: pode ser muito pertinente para alguém doar para o Caixa 2 e não ter o seu nome divulgado.

Sou a favor de financiamento de campanha por pessoa física com um limite relativamente modesto por contribuinte, que terá seu nome divulgado. Haverá mil problemas, e a corrupção e as verbas irregulares continuarão a existir, havendo necessidade de essas práticas serem coibidas pelo aparato jurídico-policial. Mas nada para mim ganha da vantagem de o político ter que pedir dinheiro para o eleitor comum de forma a realizar uma campanha minimamente coerente.

É dificílimo, na verdade, caracterizar o gasto eleitoral. E se o dono de uma gráfica resolver imprimir panfletos "de presente" para um aliado político, ou se fulano rico resolver emprestar um imóvel para servir de comitê de campanha? É um tema muito espinhoso, quase impossível de ser regulamentado. Mas deve-se, de toda forma, tentar lutar para que o custo-campanha seja o menor possível, tornando a democracia mais democrática.
 
Meu Deus, só um apocalipse zumbi e uma MoaB em Brasília para resolver o problema de gastos desenfreados que acontecem lá. Tudo é desculpa para arrumar um jeito de retirar dinheiro da população que, com a aprovação da terceirização total dos serviços, vai experimentar uma queda violenta no salário e na saúde.

É como o ExtraTerrestre disse, a melhor forma seria a arrecadação através de doações de eleitores para o partido, não para o político A ou B, o partido é quem vai investir no melhor candidato e prestar contas para os afiliados e simpatizantes. Senão, vai virar uma versão política do que já acontece no futebol aonde os clubes de maior torcida levam a maior parte das cotas televisivas... só que com resultados ainda piores do que já está acontecendo.
 
Financiamento e dinheiro fácil? Porque eles não fazem palestras como um certo ex-presidente ou consultoria como faz o "mestre" Zé Dirceu que embolsou uma bolada fazendo isso dentro da prisão da Papuda? E o pior é que há quem pague o que eles cobram!
 
Dilma teve a chance de vetar e não quis. Se ela vetasse a matéria voltaria para o Congresso e seria aprovada pela maioria? Possivelmente. Isso muda o fato de que ela poderia ter sinalizado que discorda com esse abuso fiscal? Não.
 
E assim a política vai afirmando sua ineficiência, gasta-se muito dinheiro para conseguir um voto cujo as pessoas já são obrigadas.
Mas claro, muitos lucram com isso, não sejamos inocentes de que isso é apenas sobre eleição,
 
Fora o absurdo do ato em si, é assim que pessoas como eu, que estão fudendo para o PT, levam fama de petistas, por se revoltaram com essa forma de abordagem desonesta. Estamos falando de um ato do Legislativo, no qual a oposição votou com o mesmo peso do governo, e a notícia sai "Dilma sanciona". A única coisa que o presidente faz na aprovação de uma lei é sancioná-la, e quando o presidente faz veto integral é fato notório de tão raro, mas o povo trata como se o Legislativo - que propõe, faz avaliação prévia de constitucionalidade, põe em pauta, discute, altera e vota - não tivesse o papel mais importante. Eu fui um dos que compartilharam essa notícia clamando pelo veto, e continuo achando que é o que Dilma deveria ter feito com fundamento no interesse público, mas daí a acreditar que isso teria algum efeito (o veto seria fácil e obviamente derrubado, vide a proporção da votação) ou atribuir a ela a principal responsabilidade desse aborto legislativo, eu ainda tenho alguma dose de bom senso e razoabilidade.
 
Ué, qnd saiu a aprovação do Congresso, a notícia foi "Congresso triplica o FP". Agora a Dilma não vetou então a notícia foi "Dilma não veta". Acho muito choro por nada.
** Posts duplicados combinados **
Vetar seria um ato coerente com uma presidente que se propôs a fazer um ajuste fiscal. Ou então tem algum detalhe do orçamento que eu não sei e esse gasto com o FP não terá efeitos fiscais. O que acho improvável.
 
Como diria a propaganda do Estadão (ou era Folha?) em cima do Hitler, é possível contar um monte de mentiras dizendo só a verdade.
 
E pensar que outro dia foi feriado de Tiradentes. Se ele estivesse vivo no Brasil de hoje, vendo o quanto de dinheiro público é facilmente arrecadado numa quantidade muito maior que no período colonial, hoje muito provavelmente ele pediria e até faria questão de se suicidar na forca de tanto desgosto.
 
Concordo em partes com o @Eriadan mas só achei incoerência um governo que está apertando os cintos de tal forma aprovar esse aumento. Se a Dilma é a representante mor desse governo que tenha peito pra barrar essa afronta nesse momento que o país está passando.
 
@Grimnir, então a manchete "PSDB vota por triplicar as verbas partidárias" não é tendenciosa. Se é fato não é tendencioso.

@fcm, concordo também, mas o meu ponto é que a gente está atribuindo ao Executivo uma responsabilidade que é 99% do Legislativo. Não suporto nossa sociedade que não consegue se revoltar contra os demais poderes e precisa procurar bode expiatório nos chefes do Executivo.
 
podemos até fazer uma pesquisa aqui no fórum perguntando "em quem você votou para dep. estadual e federal e por quê na última eleição?" e acredito que a maioria não irá se lembrar ou saber responder.
Posso estar enganado, mas acho que isso leva a:

Não suporto nossa sociedade que não consegue se revoltar contra os demais poderes e precisa procurar bode expiatório nos chefes do Executivo.
 
@Grimnir, então a manchete "PSDB vota por triplicar as verbas partidárias" não é tendenciosa. Se é fato não é tendencioso.

@fcm, concordo também, mas o meu ponto é que a gente está atribuindo ao Executivo uma responsabilidade que é 99% do Legislativo. Não suporto nossa sociedade que não consegue se revoltar contra os demais poderes e precisa procurar bode expiatório nos chefes do Executivo.

Questão de lógica, Eriadan. O que é mais fácil? Clamar pelo impeachment da Presidenta a cada trapalhada que ela faz ou pedir a dissolução do Congresso e ser acusado de golpista; mesmo que isso seja comum em outras repúblicas parlamentares? Sim, eu sei que vivemos sobre o regime presidencialista, só usei o exemplo para ilustrar o quanto os deputados do Congresso e do Senado estão blindados contra o povo.

Não existe mecanismo capaz de retirar um ou mais políticos com ficha suja ou um código penal parlamentar nos moldes do código do consumidor.
 
Ouvi dizer que quem mais se beneficia com esse aumento de verba são os partidos nanicos e nem poderia ser diferente já que eles contam muito com isso, num país que adora criar novos partidos cada vez mais inexpressivos.
 
Todos os partidos dividem 5% do fundo igualmente, mesmo que não tenham eleito ninguém. Com o aumento do fundo e considerando que temos hoje 32 partidos, isso dá 1,4 milhões para cada partido. Sem ter feito nada. Só pelo favor de existir.
 

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