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E se Idril fosse a apaixonada por Maeglin?

Loptry

Usuário
E Maeglin destestando e tendo medo dela "stalkeando" ele?

Foi o que imaginei relendo o Sil...o que acham?
 
Pra mim ela seria diferente da Idril que eu curto...

Possivelmente haveria influência dela sobre a personalidade de Maeglin, que era um elfo menos sábio e nobre.

Ela roubaria os holofotes do casal de forma parecida com que acontecia entre Galadriel e Celeborn uma vez que ela não era frívola e atravessou dias difíceis como o "Gelo atritante" em que perdeu a mãe.

E é mais difícil do que parece prever como Maeglin se comportaria pois ele teria uma vida mais feliz e tenderia a não vagar para tão longe e ser capturado. A razão seria que ele não iria querer se afastar muito dela.

Entretanto os traumas de Maeglin não seriam totalmente apagados e ele poderia ser arrastado para algum tipo de fim trágico durante a invasão fatal prenunciada por Ulmo. E Idril correria o risco de enviuvar mais cedo.

Todavia Tuor continuava sendo o mensageiro dos Poderes para o povo élfico e mesmo sendo solteiro a profecia de Ulmo precisava se cumprir. No que talvez Tuor fosse capaz de salvar a elfa e o esposo da destruição uma vez que invariavelmente Turgon já o enxergava como um ente importante e quase como um filho e esse amor estava destinado a frutificar algo bom mesmo sem ter Idril ao seu lado.

Penso que tendo Tuor a estima de Ulmo e do antigo rei diante do povo ele estaria destinado invariavelmente a outra grande recompensa que não fosse Idril. E talvez ele vivesse como Beor, o velho, ou recebesse da casa real e da princesa alguma jóia de juramento prometendo ajuda eterna a todos os herdeiros da casa de Tuor.
 
Um...faz sentido...Então...possivelmente, poderia ocorrer de Ulmo "provocar" a morte de Maeglin para assim gerar a descendência numeroniana...

Ou ele usaria o velho truque do "Fazer os dois fazerem...aquilo..." sem ambos saberem...interessante
 
Acredito que (é uma visão simples baseada nos livros já que aqui na área "E Se..." valem hipóteses e também o que a imaginação mandar) por Ulmo ser um Vala benevolente e não controlar o domínio da morte ele dificilmente produziria intencionalmente a morte de alguém se não fosse por algum desígnio mais alto (Eru) ou a pedido de Mandos ou Manwe (melhor amigo de Ulmo) pois que o primeiro vigiava o futuro e outro o governo do mundo. Ulmo sempre pensou muito nos moradores das terras mortais (elfos e homens) e se preocupava muito com eles. Na água estava a forma mais preservada da música de Eru.

Conta-se que o único Poder que roubava antes do tempo a vida dos filhos de Eru era Melkor. A morte de Maeglin tenderia a vir naturalmente (pelo destino escuro dele) ou ainda por mãos menores élficas ou humanas excetuando-se no máximo pela ordem de algum ainu do lado negro a serviço de Melkor.

Já no caso da descendência de Númenor sabemos que originalmente encontrará raiz numa história diferente e muito mais perigosa (a guerra das jóias) por meio da qual veio a primeira união de Beren e Lúthien que aparentam ter um destino mais poderoso do que Tuor e Idril abrindo caminho para muitas coisas novas no mundo. De Beren e Lúthien veio a recuperação da primeira Silmaril que foi para o céu, deles vieram Elros e Elrond, um fundou Númenor e o outro foi um dos 3 portadores dos 3 grandes anéis élficos além de ser pai de Arwen, a terceira união reavivadora entre homens e elfos.

Todavia como você falou é possível brincarmos com a idéia de que Tuor, sendo poderoso, seria uma partido importante para alguma outra mulher ou elfa de seu tempo e que a partir daí podemos conceber a vinda de um povo poderoso o bastante que no futuro fosse fundar algo como Númenor. Mas aí precisamos considerar que se ele escolhesse outra elfa (diferente de Idril) e se ela quisesse ir para Aman ele tomaria quase certamente a decisão de ir com ela como ocorreu com Idril e aí não haveria Númenor.

Agora, se eu fosse apostar numa"maracutaia vindo de dentro do "domínio das águas" eu acredito que ela teria que vir de um conhecido servo rebelde de Ulmo chamado Ossë e que por um tempo pertenceu ao lado de Melkor em troca de promessas. Osse sim seria capaz de urdir uma trama traiçoeira em que um casal dormisse junto sem saber, haja vista que nesse ponto ele tinha malícia como Sauron. Aí nesse caso seria como costumava ocorrer nas tragédias gregas em que os deuses gostem de se divertir às custas dos povos do mundo por meio de uniões enviesadas... heheheh

Mas não dá para descartar também um plano dessa natureza brotando de alguém muito mais próximo e perigoso como o próprio Sauron uma vez que o reino de Gondolin estava com os dias contados e seria derrubado por meio de traição infiltrada...
 
Última edição:
Um...bem...Então consideramos o Próprio Sauron planejando isso? Ou...a traição poderia vir de Tuor? (Não tenho a mínima pena dos personagens, para mim são ferramentas)

Mesmo que eu não acredite que ele poderia ser manipulado por algum Maia perverso (ou não?)

Ou quem sabe Ulmo decide "tentar" separar Idril e Maeglin usando Tuor e alguma (talvez) humana ou elfa?

Ou (começou meus exageros) tentaria fazer os "dois" se apaixonarem por Tuor?
 
Pelo que li no livro os possíveis culpados da traição poderiam ser muitos por causa da profecia de Mandos. Supondo sempre com base no texto original do Silma, se conta apenas que a traição dos Noldor viria sem aviso, de surpresa, e que se aproveitaria da fraqueza, desconfiança e falta de vigilância.

A partir dessas informações pode-se imaginar como se dariam diferentes tipos de traição. Mesmo porque à época de Tuor, havia vários riscos e estavam cercados de perigos.

No que se a imaginação do leitor desejar ele terá que escolher se será pouco radical aproveitando primeiro os elementos pré-existentes como oportunidades para os furos na vigilância élfica interna e externa da cidade favorecendo a traição, ou então, se a imaginação tiver um desejo de fazer grande modificação em relação ao original estaremos trabalhando com personagens de personalidades altamente desvirtuadas do livro e teríamos situações extremas com Sauron disfarçando sob a forma de elfo e entrando ele mesmo em Gondolin acompanhado de Maeglin, corrompendo muitos e até assassinando pessoas lá dentro.

Em um blog li um comentário interessante sobre a falta de fronteiras entre o leitor e o livro O Senhor dos Anéis:

In the Lord of the Rings, the secret occult substance permeating everything is … humanity itself. There is a kind of undeveloped or nascent humanity in the trees, the stones, in the orcs, in everything. And the quality that brings out this humanity, that realizes and actualizes it, is … what? What is the quality possessed by the heroes? Pity? Mercy? Nobility? It is something like this. It has something to do with nobility and honor and pity. Non-judgement. Even the most evil beings, they are part of a memory of pain, they started as better creatures and were corrupted in long ages past.It is a chain of imperfection. Everything falls along a chain, not of perfection but of imperfection. It is, in other words, the Fall.

http://thenightshirt.com/?p=19

O meu palpite é que em trechos de opiniões dadas por Tolkien ele demonstra certa passionalidade, indicando que o peso da emoção tinha importância fundamental na compreensão do mundo e dos personagens.

Quero dizer se Tolkien estava pensando que se seus personagens viviam e morriam em função de sentimentos como alegria e sofrimento (humanidade), e que isso se embasava numa realidade com razões para motivá-los, então a compreensão do livro dependerá de quão orgânica é a visão do mundo pelo leitor nos livros em oposição a visão utilitarista mecânica.

Por causa disso acredito que, tendo como base esses pontos, apesar de o Ulmo original não fazer isso o Ulmo de um universo alternativo sim. Se a união de Maeglin e Idril prenunciasse algum terror novo no mundo então o enviado dos Poderes chamado Tuor poderia ter novas visões de Ulmo alertando sobre o futuro.
 
Última edição:
Assim...assasinando ambos para impedir o nascimento desse "terror"? (Anticristo ou AntiManwe?)

Interessante...principalmente quando nos lembramos que Tolkien era católico
 
É só uma hipótese, mas é possível sim emergir um horror novo no mundo nessas condições. Nós sabemos que Tolkien detalhou tanto o seu mundo que os personagens começam a desenvolver vida própria e estimulam no leitor a oportunidade para se criar a curiosidade que levará a auto-descoberta a qual é um dos segredos para se fazer um bom livro (deixar o leitor completar as lacunas).

Se Sauron estivesse habitando em Gondolin ninguém sabe o perigo que isso seria uma vez que ao tomar conta de Númenor, uma mera cidade de homens Eru precisou intervir.

Esses julgamentos humanos de caráter e áeras cinzentas (relacionados ao processo de traição) são muito interessantes. Se puder, dá uma olhada no tópico de Duna e Tolkien da AT. ;D
 
Estão neste site? Onde os encontro?

Ah é, tinha esquecido, valeu por lembrar, tá aqui. É um tópico que fala um pouco do envolvimento emocional de Tolkien ao escrever. Muito interessante pra quem busca saber como aflora o trabalho dos livros, em boa medida, porque como você comentou havia influência católica e também da vida pessoal. Quer dizer, é interessante pra quem quer explorar o lado da humanidade, multifacetado e de como vem a ser a criação de cenários alternativos em cada conto do Silmarllion:

 
Um...posso ter entendido errado, mas Tolkien não gostaria de fanfics de sua obra?

Agora sobre Dune, bem...é um lado no catolicismo e na religião que...bem...desagradaria um católico fervoroso como Tolkien e lá. ..a humanidade se encontra com uma "espécie" de Deidade e daí acreditam que tudo é justificado em nome desse "Deus"

Não posso dizer pq não li Dune...mas é que posso entender pelo artigo
 
Se ajudar, vale sugerir que há tópicos com discussão da presença de influências, incluindo o catolicismo na obra de Tolkien na AT do fórum (Área Tolkien - Diga Amigo e Entre), e se tiver um tempo vale a pena se reservar para procurar. Também há discussões interessantes sobre escritores inspirados por Tolkien em algum lugar se não me falha a memória.

Ocorre que o Tolkien também lia outros autores e ocasionalmente deixava opiniões que podiam ser favoráveis ou não e com freqüência essas opiniões podiam estar povoadas de emoção ou de uma posição mais tradicional ou conservadora, com parte delas inclusive, causando perguntas e confusão até hoje uma vez que o texto simples não transmite muito bem o tom de certas mensagens.

Por conta disso, a emoção humana e autoral atravessa toda obra dele, principalmente nas passagens mais bonitas como Beren e Lúthien. O mesmo ocorre em passagens de terror e medo com o qual Tolkien também teve oportunidade de conviver em vida.

No caso de Duna há uma exploração de um universo complexo no qual Tolkien opina sobre o uso de ferramentas bem conhecidas dele mas que discorda da proposta delas. Já sobre opiniões com relação ao material feito por fãs diretamente inspirado por Tolkien (desenhos, textos) ou indiretamente (filmes, livros, games) importa dizer que tudo depende. Há propostas de trabalhos que ele poderia aprovar e outros que ele recusaria e o mesmo tende a acontecer com a família Tolkien.
 

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