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Lúthien vs. Galadriel

rogermc

Usuário
Quem vocês acham que iria ganhar numa luta entre Lúthien e Galadriel?
Eu sei que a Galdriel é muito poderosa e tudo, mas pessoalmente eu prefiro mais a Lúthien e ela é filha de uma Maia e enfrentou Sauron e Morgoth e foi a única que conseguiu fazer Mandos sentir piedade, vamos admitir ela é muito (perdoem meu linguajar) foda!
 
Há muitas formas de luta além do embate físico. Sauron por exemplo destruiu todo um povo e um reinado (Númenor) só com a astúcia. Lúthien mesma não lutou contra Morgoth (no embate físico contra ele, ela perderia feio, certamente, então ela usou das armas que tinha), se ofereceu pra cantar e lançou um feitiço sobre todo mundo.

Ainda há poderes élficos e "maiar" que talvez Tolkien não tenha detalhado nos livros, mas certamente deviam ser de grande uso e poder.
 
Galadriel ganha. Tem um dos Anéis do Poder. Qual poder combativo a Lúthien tem?

- Uso de armas? Não.
- Magia? Não.

Acabou. Perdeu.
 
difícil!:think: Lúthien è meia maia...
mas Galadriel tem um dos anéis de poder... Realmente eu não sei!?:dente::roll:
 
Não sei se elas possuíam poder de luta, e acho que Tolkien quando as fez poderosas nem imaginou uma situação onde elas usassem os poderes delas pra batalha.

Acho que elas até poderiam ir pra batalha pois eram personagens destemidas e cada uma enfrentou o mal a sua própria maneira. Mas acho engraçado perguntar "quem ganharia uma batalha entre elas". Não consigo imaginar as duas brigando entre sí, é meio patético, nada a ver com as personagens.
 
Acho que numa confrontação a nível pessoal, o embate não seria físico/forças de corpos, mas uma disputa análoga com o que ocorrera entre Sauron/Gourthaur vs Finrod Felagund, ou seja: canções de poder.

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O grande poder de Galadriel advém não só pela posse de um dos três anéis élficos (não maculados por Sauron), haja vista ser considerada em corpo e mente - na descrição dos contos inacabados e com a percepção que temos no Legendarium - como uma das maiores Noldo, rivalizando até mesmo com Fëanor! Aqui há de se analisar o seu conhecimento/sabedoria adquiridos na estadia em Valinor, sem contar com sua morada em Doriath e uma possível tutela (nos assuntos de Arda e seus "mecanismos") com Mélian, a maia.

Dentre os poderes (subcriativos/"mágicos") tangentes e dedutíveis nas obras, temos:

1) Telepatia. Sendo uma reminiscência dos escritos de Tolkein sobre Ósanwe Kenta, a grosso modo a capacidade dos seres racionais poderem ler, captar ou se comunicar por pensamentos, sendo, portanto, uma capacidade inata:

Men have the same faculty as the Quendi, but it is in itself weaker, and is weaker in operation owing to the strength of the hröa, over which most men have small control by the will.

Esta habilidade dependente/se correaciona de três fatores: a) Afinidade, b) urgência e c) autoridade:

The Incarnates have by the nature of sáma the same faculties; but their perception is dimmed by the hröa, for their fëa is united to their hröa and its normal procedure is through the hröa, which is in itself part of Eä, without thought. The dimming is indeed double; for thought has to pass one mantle of hröa and penetrate another. For this reason in Incarnates transmission of thought requires strengthening to be effective. Strengthening can be by affinity, by urgency, or by authority. Affinity may be due to kinship; for this may increase the likeness of hröa to hröa, and so of the concerns and modes of thought of the indwelling fëar, kinship is also normally accompanied by love and sympathy. Affinity may come simply from love and friendship, which is likeness or affinity of fëa to fëa. Urgency is imparted by great need of the "sender" (as in joy, grief or fear); and if these things are in any degree shared by the "receiver" the thought is the clearer received. Authority may also lend force to the thought of one who has a duty towards another, or of any ruler who has a right to issue commands or to seek the truth for the good of others.

Seu exemplo prático a nível de comunicação/troca de informações tá na conversação de Gandalf e Galadriel retratada na Reunião do Conselho Branco no 1º filme do Hobbit:

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Bem como na obra:

Pois eles não se mexiam nem usavam as bocas para falar; olhavam de uma mente ara outra, e apenas seus olhos brilhantes se agitavam e se acendiam, enquanto trocavam pensamentos - O Retorno do Rei. Muitas Despedidas

Ademais:

Parecia que ela estava olhado dentro de mim e me perguntando o que eu faria se me fosse dada a chance de fugir de volta para casa no Condado...

Lembrar que esta capacidade mental (analisando o caso de Galadriel) não se limita só a comunicação verbalizada, mas se externa também em imagem, sensações, sons e o próprio ambiente. A conversação entre ela e Frodo na Sociedade do Anel, parece indicar que os dois foram incorporados numa espécie de bolsão/realidade do pensamento - alheia aos que não participam da conversa, tanto que Galadriel comenta sobre ser uma portadora do anel e assume a forma terrível, de altura incalculável e de beleza insuportável:

galadriel7.png

Mas para Samwise, que estava a poucos metros de ambos, não presenciou nada:

Você viu meu anel? - perguntou ela, voltando-se para Sam.

Não, Senhora - respondeu ele - Para falar a verdade, estava me perguntando sobre o que conversavam. Vi uma estrela através de seu dedo. Mas, se perdoa o que vou dizer, acho que meu patrão está certo.

2) Um certo controle sobre o Tempo e Espaço de Arda: Uma das habilidades inatas do anel élfico de Galadriel, pois os três não foram feitos como armas ou para conquistas, mas para curar a T.M dos danos do inimigo, não só a destruição externalizada fisicamente (como a tática de Terra Arrasada que Sauron empreendeu nas Terras Castanhas ou na destruição de boa parte de Eriador na guerra contra os elfos), mas também pela própria essência material de Arda, haja vista a disseminação da "ingrediente Morgoth" na terra, o que colocou uma tendência de envelhecimento/desgaste no espaço físico. Sendo assim, Lothlorien se converteria num bolsão no meio de tudo isso e uma representação ao que Galadriel vivenciou em:

- Valinor e a relação do tempo e espaço em Lothlorien:

E Valinor foi abençoada, pois os Imortais ali moravam; e ali nada desbotava nem murchava; não havia mácula alguma em flor ou folha naquela terra; nem nenhuma decomposição ou enfermidade em coisa alguma que fosse viva; pois as próprias pedras e águas eram abençoadas.

Sobre a sensação de preservação/pureza do ambiente:

Durante todo o tempo em que moraram ali, o sol brilhou intensamente (...) O ar era fresco e suave (...) Aqui tudo é maravilhosamente silencioso. Parece que nada está acontecendo, e parece que ninguém quer que nada aconteça.

A (percepção) passagem de tempo de Lothlorien diferente do "tempo do mundo externo":

- É muito estranho – murmurou ele. - A lua é a mesma no Condado e nas Terras Ermas, ou deveria ser. Mas ou ela está fora de seu curso, ou estou completamente errado em meus cálculos. O senhor se lembra, Sr. Frodo, que a lua estava no quarto minguante quando estávamos no flet em cima da árvore: uma semana depois da lua cheia, eu calculo. E ontem fez uma semana que estamos viajando, quando apareceu uma lua nova, fina como a apara de uma unha, como se não tivéssemos ficado tempo algum na terra dos elfos. - Bem, eu me lembro com certeza de três noites, e tenho a impressão de lembrar de várias outras, mas juraria que não completamos um mês de estada lá. Qualquer um pensaria que lá o tempo não contou!
- E talvez tenha sido isso mesmo - disse Frodo. - Naquela terra, talvez estivéssemos num tempo que já se passou há muito em outros lugares. Acho que foi só quando o Veio de Prata nos levou de volta para o Anduin que voltamos ao tempo que corre através das terras mortais, em direção ao Grande Mar. E eu não me lembro de
nenhuma lua, velha ou nova, em Caras Galadhon: só estrelas à noite, e sol de dia.

- E a proteção que havia em Doriath, e algo parecido parecia ocorrer em Lórien:

E essa terra cercada, que durante muito tempo foi chamada de Eglador, mais tarde recebeu o nome de Doriath, o reino protegido, a Terra do Cinturão. Ali dentro havia ainda uma paz vigilante; morada de Thingol, o Rei Oculto, em cujo reino ninguém entrava a não ser que ele quisesse

Neste caso:

Não tenha medo! Mas não pense que é apenas cantando por entre as árvores, ou só por meio de flechas frágeis e arcos élficos que nós da terra de Lothlórien nos defendemos e nos guardamos do Inimigo (...) Três vezes Lórien fora atacada por Dol Guldur, mas, além da coragem dos elfos daquela região, o poder que lá morava era forte demais para ser derrotado por quem quer que fosse, a não ser que o próprio Sauron atacasse Lórien.

O legal é que neste contraponto há um elemento muito legal e convergentes de Doriath e Lórien - a possível utilização de portais/vórtices espaço-temporais para as pessoas de fora. Em Doriath era um cinturão invisível que colocava os intrusos em labirintos de sombras e desorientação, algo que me lembrou o poder do Cavaleiro de Gêmeos no labirinto de sombra e luz na Saga das 12 casas:

GEMINIIllusion.png

No caso de Lórien, havia algo interessante, pois em vez de desorientação e sombras, houve uma ocasião descrita nos Contos Inacabados em que Galadriel lança uma névoa para enfrentar a nuvem negra proveniente de Dol Guldur que ameaçava cobrir o Eored que Eorl, o jovem, estava levando a Gondor para prestar ajuda contra o Balchoth que invadiam o norte do reino:

Mas ela parecia agora envolta em uma névoa cintilante; e para sua consternação a névoa atravessou o rio e se espalhou pela terra à sua frente Eorl não parou. - Continuem cavalgando! - ordenou. - Não há outro caminho a tomar. Depois de uma estrada tão longa, haveremos de ser afastados da batalha por uma névoa de rio? Então Felaróf lançou-se em disparada, e toda a hoste seguiu atrás como um grande vento, mas em estranho silêncio, como se seus cascos não tocassem o chão.

Assim seguiram, confiantes e animados como na manhã da partida, por todo aquele dia e o dia seguinte; mas, ao amanhecer do terceiro dia, quando se levantaram do repouso, subitamente a névoa desapareceu, e viram que muito haviam avançado nas terras abertas. Então Felaróf lançou-se em disparada, e toda a hoste seguiu atrás como um grande vento, mas em estranho silêncio, como se seus cascos não tocassem o chão. Assim seguiram, confiantes e animados como na manhã da partida, por todo aquele dia e o dia seguinte; mas, ao amanhecer do terceiro dia, quando se levantaram do repouso, subitamente a névoa desapareceu, e viram que muito haviam avançado nas terras abertas.

Quando se aproximaram, viram que a névoa branca fazia recuar as trevas de Dol Guldur, e logo penetraram nela, inicialmente cavalgando devagar e com cautela. Mas sob aquele teto tudo estava iluminado com uma luz límpida e sem sombras, enquanto pela esquerda e pela direita estavam como que protegidos por paredes brancas de sigilo.

E não vamos nos esquecer das clássicas:

500px-Galadriel_Dol_Guldur.jpg

E o melhor, o acesso aos ecos da Música dos Ainur presentes na água, e em sendo "acessada" por meios especiais, concede o entendimento aos fatos/eventos/acontecimentos do passado, do presente e do futuro - é um acesso aos acordes da "música divina" que "traduzem/prenunciam" a grande e majestosa história do mundo, ou seja, o Espelho de Galadriel é um instrumento e tanto:

Montanhas assomavam escuras na distância, contra o céu pálido. Uma longa
estrada cinzenta recuava, descrevendo curvas, até se perder de vista. Na distância se via
uma figura, vindo lentamente pela estrada, apagada e pequena no início, mas ficando cada
vez maior e mais nítida conforme se aproximava. De repente Frodo percebeu que a figura
o fazia lembrar de Gandalf. Quase gritou o nome do mago, então viu que o vulto estava
vestido não de cinza, mas de branco, um branco que emitia uma luz opaca no crepúsculo,
e que sua mão segurava um cajado branco. A cabeça estava tão curvada que não se podia
ver o rosto, e naquele momento a figura enveredou por uma curva da estrada e
desapareceu da visão do Espelho. A mente de Frodo ficou cheia de dúvidas: seria uma
visão de Gandalf em uma de suas longas viagens solitárias de antigamente, ou seria
aquela a figura de Saruman? Depois disso a visão mudou. Numa imagem vívida, embora
pequena e rápida, ele enxergou de relance Bilbo andando inquieto de um lado para o
outro de seu quarto. A mesa estava carregada de papéis em desordem; uma chuva batia
nas janelas.
 
Última edição:
Lúthien tem magia sim, ela fez Morgoth e todo o seu séquito dormir com... magia.

Ah... Nem lembrava que ela tinha usado magia no Silmarillion... Bem, nesse caos teria um pouco mais de pressão. Mas, ainda assim, a Galadriel venceria. Me parece que, no universo da Terra Média, os poderes concedidos pelos Anéis de Poder são muito superiores às magias que podem ser desenvolvidas naturalmente por um Maia...
 
O Silma não dá detalhes, mas dá a entender que ela (Galadriel) era resistente e atlética mesmo ainda em Valinor.
 
Ah... Nem lembrava que ela tinha usado magia no Silmarillion... Bem, nesse caos teria um pouco mais de pressão. Mas, ainda assim, a Galadriel venceria. Me parece que, no universo da Terra Média, os poderes concedidos pelos Anéis de Poder são muito superiores às magias que podem ser desenvolvidas naturalmente por um Maia...

Lúthien não só usou magia no Silmarilion como usou muita magia no Silmarilion. Quando li a primeira vez achei ela a mulher mais poderosa da Terra-Média, tirando sua própria mãe. Ilustro com alguns trechos tirados do Silma: CAPÍTULO XIX - De Beren e Lúthien

Chegou uma época, perto do amanhecer, na véspera do início da primavera, em que Lúthien estava dançando numa colina verde. De repente, ela começou a cantar. Era um canto agudo, penetrante, como o canto da cotovia, que se ergue dos portões da noite e solta a voz entre as estrelas agonizantes, vendo o Sol por trás das muralhas do mundo. E a canção de Lúthien soltou as algemas do inverno; e as águas congeladas falaram; e flores brotavam da terra fria em que seus pés haviam passado.

(...)

A Balada de Leithian conta como Lúthien escapou da casa em Hírilorn. Ela acionou suas artes de encantamento e fez com que seus cabelos crescessem até um comprimento enorme. Com eles, teceu um manto escuro que envolvia sua beleza como uma sombra; e esse manto também estava carregado com o encanto do sono. Dos fios que sobraram, ela fez uma corda que deixou suspensa da janela. Quando a ponta começou a balançar diante dos guardas que vigiavam ao pé da árvore, eles caíram em sono profundo. Lúthien então desceu de sua prisão e, envolta no manto de sombras, escapou de todos os olhares, desaparecendo de Doriath.

(...)

Nessa hora, chegou Lúthien e, parada sobre a ponte que levava para a ilha de Sauron, entoou uma canção que nenhuma muralha de pedra poderia encobrir. Beren ouviu, e acreditou estar sonhando, pois as estrelas brilhavam no céu e nas árvores os rouxinóis cantavam. E em resposta ele cantou um hino de desafio que havia composto em louvor às Sete Estrelas, a Foice dos Valar, que Varda pendurou nos céus acima do norte, como um símbolo da queda de Morgoth. Então, todas as forças o deixaram e ele caju na escuridão. Lúthien, porém, ouviu sua voz em resposta e entoou uma canção de poder ainda maior. Os lobos uivaram, e a ilha tremeu. Lúthien postou-se então na ponte e declarou seu poder. E foi quebrado o encantamento que prendia uma pedra à outra, os portões foram derrubados, as paredes se abriram e as masmorras foram expostas.

(...)

Diz-se que Huan perseguiu os filhos de Fëanor, que fugiram temerosos. E, ao voltar, ele trouxe para Lúthien uma erva da floresta. Com essa folha, ela estancou o ferimento de Beren, e com sua magia e seu amor o curou.

(...)

Ora, Carcharoth divisou-os de longe e se encheu de dúvidas. Pois, havia muito tempo, notícias chegaram a Angband de que Draugluin estava morto. Logo, quando eles se aproximaram, foilhes negada entrada. Carcharoth mandou que parassem e se aproximou, ameaçador, farejando algo de estranho no ar em torno deles. De repente, porém, algum poder, vindo de outrora, herança de alguma raça divina, se apossou de Lúthien. E, afastando seu disfarce imundo, ela se apresentou, pequena diante da força de Carcharoth, mas radiante e terrível. Erguendo a mão, ela lhe ordenou que dormisse. - Ó espírito criado pelo mal, cai agora em total esquecimento e ignora por algum tempo o apavorante fardo da vida – E Carcharoth tombou, como se atingido por um raio.


Ali, Beren, na forma de lobo, esgueirou-se para baixo do trono; mas Lúthien foi despida do disfarce pela vontade de Morgoth, que voltou seu olhar para ela. Ela não se intimidou com os olhos de Morgoth. Disse seu nome e se ofereceu para cantar diante dele, como se fosse um menestrel. Morgoth, então, contemplando sua beleza, concebeu em pensamento um desejo maligno e um plano mais sinistro do que qualquer outro que lá passara par seu coração desde sua fuga de Valinor. Com isso, foi traído por sua própria maldade, pois ficou a observá-la, deixando-a livre por um instante e se deleitando com sua idéia. De repente, então, ela escapou de sua visão e, das sombras, começou uma canção de beleza tão insuperável e de tamanho poder de encantamento, que ele foi forçado a escutar. E uma cegueira se abateu sobre ele, enquanto seus olhos passavam de um lado para o outro, à procura de Lúthien.

Toda a cone foi lançada no mesmo sono, e todas as fogueiras ficaram mais fracas e se apagaram;
mas as Silmarils que estavam na coroa na cabeça de Morgoth refulgiram de repente com o brilho de uma chama branca. E o fardo daquela coroa e das pedras preciosas fez pender sua cabeça, como se o mundo estivesse nela engastado, sobrecarregada com o peso da preocupação, do medo e do desejo, que nem mesmo a vontade de Morgoth poderia sustentar.

Lúthien, então, apanhando seu manto alado, saltou para o ar, e sua voz caía em gotas como a chuva em lagoas profundas e escuras. Ela passou o manto pelos olhos de Morgoth e o fez ter um sonho, escuro como o Vazio de Fora, onde no passado ele vagara sozinho. De súbito, ele caiu como uma colina deslizando em avalanche e desmoronou como o trovão de cima do trono, jazendo de bruços no piso do inferno. A coroa de ferro rolou de sua cabeça, ruidosa. Tudo o mais estava imóvel.

Ou seja, Lúthien, além do poder subcriativo e curativo dos elfos, tinha poderes mais diretos, como conseguir materializar objetos mágicos, evocar canções encantadas (com efeitos distintos e muito úteis numa batalha [cegueira, sono]) e usar palavras de poder (tombou Carcaroth, destruiu o muro do castelo de Morgoth) que colocavam até um vala pra rodar um D20 de teste de vontade.

Galadriel é uma elfa poderosíssima, mas é mais nova que a possível adversária (Lúthien nasceu em YT 1200 e Galadriel em YT 1362), sendo a idade um fator engrandecedor do poder subcriativo dos elfos. Tem também o fato que o anel do poder da Galadriel não é voltado à batalha, como o dos homens e anões, mas sim para a manutenção da juventude e das belezas do mundo (ou pelo menos de Lórien). Num embate direto, ou mesmo por canções de poder, ele em nada ajudaria a Senhora dos Galadhrim.

Diante desses fatos acho que, apesar de um embate improvável, a vitoriosa seria Lúthien sim!
 
É, @Pim... Realmente eu tava viajando. Eu tava crente que o Huan é que tinha resolvido tudo sozinho nessa quest da Lúthien e do Beren. Não tava lembrando de todos esses momentos.

Ou seja, Lúthien, além do poder subcriativo e curativo dos elfos, tinha poderes mais diretos, como conseguir materializar objetos mágicos, evocar canções encantadas (com efeitos distintos e muito úteis numa batalha [cegueira, sono]) e usar palavras de poder (tombou Carcaroth, destruiu o muro do castelo de Morgoth) que colocavam até um vala pra rodar um D20 de teste de vontade.

E depois ainda quer me chamar de nerd de D&D... :roll:
 
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Pra mim é difícil imaginar as duas sendo inimigas, uma contra a outra, no auge de sua forma de combate para disputarem até a morte. (Galadriel, por exemplo, era amiga da mãe de Lúthien e as duas deviam ter muito mais em comum do que diferenças.)

Pois que para Lúthien o auge da forma fora usado nos momentos de grande necessidade junto de Beren quando ela foi forçada a enfrentar uma grande maldade. E isso estava escrito em seu destino, que se fosse para ela ficar junto do amado ela sairia livre no final igual a Beren e que por causa disso Mandos e Morgoth foram influenciados e que nenhuma fronteira no mundo poderia separá-los.

Já Galadriel, fisicamente, eu teria que considerá-la em outra categoria (elfos puros) e seria mais fácil vê-la sendo comparada a criaturas de mesma categoria (elfos contra elfos). Entretanto é muito comum nos livros colocarem dois seres de classes distintas guerreando, ou que nesse caso duas mulheres de categorias diferentes (elfa e meia-maia) para comparação em tipos específicos de combate.

E isso ocorria com freqüência em Ëa quando um ser inferior desafiava um poder maior. Como quando Elendil e Gil Galad desafiaram a habilidade militar em armas de Sauron.

E que nesse sentido é possível supormos um combate, mas que cada uma delas seria mais forte e experiente em uma qualidade diferente da outra.

Tendo dito isso posso dizer com segurança que além de haver imprevisibilidade haveria um risco muito alto de não apenas nenhuma das duas sair ilesa mas de tal combate poder parir no mundo uma devastação pior uma vez que as duas conheciam encantamentos que afetavam também a harmonia da terra. (Doriath e Lorien haviam sido fundados nisso e essa fora mais uma semelhança entre as duas).

No fim iria depender de muita coisa, dentre elas, o favor de Eru e dos Poderes com relação a quem estivesse correto em sua sina.

Os elfos chorariam para sempre depois de uma luta amarga desse tipo.
 
A opera que a Luthien faria explodiria Arda (se com a voz destruiu muros de pedra, ela de ser barulhenta a pau!):coxinha:
 
Acho que a Galadriel ganhava. Galadriel era filha de Noldor, briguentos por natureza.
 
Galadriel teria a seu favor o fato de ter um dos anéis de poder, estatura e porte atlético, porém... lúthien no silma, consegue "evocar" poderes com sua canção muito superiores a qualquer coisa que galadriel tenha feito, Além do fato que Lúthien encarou morgoth e prevaleceu. Para derrotar um oponente, não só a força física conta...
 
Luthien encarou Sauron e depois foi na casa de Morgoth fazer uma visitinha. Galadriel não fez isso.

Mas acho que o poder das duas se equilibram.
 

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