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Garota Exemplar (Gone Girl, 2014)

Ana Lovejoy

Administrador
Adaptação do livro de Gillian Flynn (tópico sobre o livro aqui >>http://forum.valinor.com.br/topico/garota-exemplar-gillian-flynn.129439/ ), com David Fincher na direção e Rosamund Pike e Ben Affleck ( :grinlove: ) como o casal protagonista.

Foi um dos livros mais legais que li ano passado, então estou esperando coisa boa para a adaptação, é óbvio. Não imaginava o Nick como o Ben (na minha cabeça o Nick era o o Aaron Eckhart - MESMO. nunca imagino personagens como atores a não ser que tenha assistido ao filme antes, mas nesse caso eu lia e só via o Aaron Eckhart ali), mas eu acho que pode funcionar (especialmente se ele for meio babaca como o Bartleby em Dogma). A Rosamund Pike como Amy foi uma escolha perfeita (melhor do que a Reese Witherspoon que chegou a ser cogitada no começo). Mas óbvio, aqui só falando de aparência mesmo, da imagem que fazemos das personagens. Se vai funcionar com a história em si, só vendo o filme.

E começaram a aparecer notícias da produção, a primeira foi uma imagem de divulgação que rolou acho que em novembro, essa aqui:

gone-girl-ben-affleck.jpg

E no começo desta semana saiu uma EW com os dois na capa (fotografia do David Fincher):

1294cover-ew.jpg

E o bafafá sobre essa edição da EW é que a Gillian Flynn reescreveu o final de Gone Girl para o filme, está completamente diferente.

Lembrando que a data de estreia lá fora por enquanto é 3 de outubro, e que um mês antes chega outra adaptação de livro da Gillian Flynn para o cinema, Dark Places (se pá depois eu abro tópico sobre ele também).
 
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Reactions: Bel
Ai ai.
Fincher, Fincher.
Nunca decepciona.

O plano de abertura e final do filme são de arrepiar.



Não imaginava o Nick como o Ben (na minha cabeça o Nick era o o Aaron Eckhart - MESMO. nunca imagino personagens como atores a não ser que tenha assistido ao filme antes, mas nesse caso eu lia e só via o Aaron Eckhart ali), mas eu acho que pode funcionar (especialmente se ele for meio babaca como o Bartleby em Dogma). A Rosamund Pike como Amy foi uma escolha perfeita (melhor do que a Reese Witherspoon que chegou a ser cogitada no começo). Mas óbvio, aqui só falando de aparência mesmo, da imagem que fazemos das personagens. Se vai funcionar com a história em si, só vendo o filme.
Não conheço o livro, mas a Rosamund faz um trabalho soberbo em personificar a personagem com tantos problemas como essa.
Me impressionou bastante, só lembrava dela como essas bond-girls em inúmeros filmes de ação ou fazendo as riquinhas de cabeça vazia.
Digna de indicações a prêmios.



E o bafafá sobre essa edição da EW é que a Gillian Flynn reescreveu o final de Gone Girl para o filme, está completamente diferente.
Isso me deixa curioso pra saber como é o final original.
Talvez seja uma relação tipo 2001 livro/filme, um mais explícito, mastigado, racionalizado enquanto o outro vai muito mais na base do sensorial, do sentimento.
Diria que se for isso, Fincher acertou em cheio. Final sensacional. O fechamento do filme é quase uma cena pra poder ser colocada lado a lado com a cena Bibi Andersson/Liv Ullmann de Persona.
 
Última edição:
SPOILERS, ETC

Não conheço o livro, mas a Rosamund faz um trabalho soberbo em personificar a personagem com tantos problemas como essa.
Me impressionou bastante, só lembrava dela como essas bond-girls em inúmeros filmes de ação ou fazendo as riquinhas de cabeça vazia.
Digna de indicações a prêmios.

ela está perfeita. não digo nem no sentido de adaptação "ai, ela é bem como eu imaginava", não é isso. é porque ela consegue passar tudo o que a amy precisa passar, sem ter que falar um a para isso. acabei de lembrar da cena em que fica óbvio para quem está assistindo que ela vai colocar a personagem do neil patrick harris para rodar: ele puxa o potinho de comida dela, ela olha irritada para ele e para a garrafa de vinho e começa a comer de novo. não à toa uma garrafa faz parte do plano depois. se tem algo que faz de garota exemplar um thriller acima da média é a atuação da pike.


Isso me deixa curioso pra saber como é o final original.
Talvez seja uma relação tipo 2001 livro/filme, um mais explícito, mastigado, racionalizado enquanto o outro vai muito mais na base do sensorial, do sentimento.
Diria que se for isso, Fincher acertou em cheio. Final sensacional. O fechamento do filme é quase uma cena pra poder ser colocada lado a lado com a cena Bibi Andersson/Liv Ullmann de Persona.

então, eu e o @Bruce Torres estávamos falando sobre isso nos comentários lá no meu bró. a mudança não foi grande, é BEM sutil, tanto que em termos de eventos não dá para dizer que mudou algo, a história é essencialmente a mesma. último capítulo do livro aqui, na voz da amy:

nick.JPG


repare no trecho grifado, é ali que mora a diferença. no filme temos um nick acariciando a cabeça da esposa, mas visivelmente com medo do que um pode fazer com o outro. esse medo é meio que uma vitória da amy, é o "dar a última palavra" que é tão importante para ela. mas não filme não temos essa esculachada que o nick dá nela (o trecho grifado). um trecho em que ele deixa evidente que não é só medo, mas pena que ele sente dela. aquilo tira todo o poder das mãos dela - ela não pode controlar tudo.

é uma mudança bem sutil. se me perguntarem, eu acho que cada final acabou sendo adequado - o modo como o filme é montado, especialmente o terceiro ato, acaba levando para essa conclusão.

aproveitando para copiar e colar o post que escrevi ontem sobre o filme no hellfire (também tem spoilers):

Lembro que cheguei a escrever no meu post sobre o livro Garota Exemplar que essa era uma história que sobrevivia ao spoiler: mesmo você sabendo detalhes importantes do enredo, ainda assim valia a pena ler. E até por isso fiquei bastante ansiosa sobre a adaptação para o cinema, dirigida por David Fincher (de quem eu curto alguns trabalhos, mas não chego a ser pagadora de pau, etc.). Uns tempos depois, saiu por aí uma notícia de que a Gillian Flynn (autora do livro e responsável pelo roteiro) tinha alterado o final, o que obviamente aumentou minha curiosidade – alterou como? O que muda? E lá vou eu, tão logo o filme chega aos cinemas para conferir.

Antes de continuar a comentar aqui, vale lembrar que ainda acho que seja uma história que vale a pena mesmo com spoilers (embora agora esteja cá co a dúvida se um aspecto realmente não se perde quando você aprende uma coisa ou duas sobre as personagens), mas que caso você seja do tipo que se importa MUITO com isso, é melhor não continuar a ler o que escreverei aqui. Ok? Ok. Vamos lá.


De início: não vou ficar comentando o enredo, porque a adaptação é extremamente fiel. Quase tudo o que comentei sobre o livro (link de novo, caso você não tenha clicado) vale para o filme e se considerarmos que foi um dos melhores que li ano passado, então é fácil concluir que pelo menos sobre o enredo eu não tenho qualquer outra observação a fazer: é bom, é muito bom.

Como tinha comentado lá naquele post sobre o livro, algo que chamou minha atenção em Garota Exemplar foi o modo como a autora consegue fazer com que o leitor mude de opinião sobre as personagens ao longo da narrativa. Eu realmente odiei o Nick da primeira parte, e adorei a Amy. Já no caso do filme, vem o efeito de conhecer a história previamente: eu não conseguia gostar de Amy, já ia assistindo e vendo o que era algo calculado pela personagem, e sabia que Nick não era realmente aquilo que ela descrevia nos diários. Acabou que o único momento em que lembrei do que senti sobre o Nick foi na hora em que a amante aparece – até porque por mais que usem termos como “presunçoso” ao se referir ao personagem, o fato é que o modo como Ben Affleck o interpreta fica parecendo que ele é só burro.

E é engraçado porque eu realmente não sei dizer se é por eu já ter conhecimento de detalhes da trama, mas fiquei com a impressão de que a mudança de opinião que o leitor tem sobre Nick, no caso do filme fica meio que de graça, entregue de presente na figura da jornalista que decide que ele é o culpado antes mesmo do aparecimento do diário de Amy – é quase como se terceiros sentissem aquela dúvida sobre a personagem, não quem assiste ao filme. Sabe, você dá aquele sorrisinho de canto de boca e pensa “É bem assim que a mídia funciona mesmo”, mas não se surpreende julgando o sujeito. Como quando Nick diz “Me adoram, me odeiam, agora me amam de novo” (ou algo assim) – tudo ali é por causa do “circo da imprensa”, que também está presente no romance, mas que não é o que mexe com nossa opinião sobre as personagens. No romance nós achamos que Nick é um babaca porque o vemos através dos olhos de Amy, pura e simplesmente.

Mas aí você pensa “Então estragou o filme?”. Não! Primeiro porque a adaptação do thriller em si (e não desse exercício da relação leitor/personagem) é fantástica e também porque a Rosamund Pike está PERFEITA (assim, capslock mesmo) como Amy, especialmente a partir da segunda parte, quando sabemos que o sumiço é parte do plano dela. Caramba, aquela cuspida no copo da vizinha, o olhar que ela faz, é a Amy, pura e simplesmente. E você pensa que é só pela frieza com a qual ela vai desenvolvendo seus planos (o que incluiu a “fuga” da casa do ex-namorado), mas não é só isso. Ali na terceira parte, quando temos Nick e Amy vivendo juntos de novo, quem de fato passa a noção de perigo ali é a Pike, mais do que o Affleck consegue passar de estar sentindo medo. Tem uma cena em que ela está servindo o café da manhã que é perturbadora, porque é isso, a Amy servindo café da manhã – mas como um olhar a atriz consegue passar perfeitamente a sensação de que ela é uma maluca que poderá matar Nick a qualquer momento, caso ele a contrarie.

Aliááás, sobre o terceiro ato. Então que falaram da tal da mudança, eu não percebi nada no fim, talvez minha memória da obra já não esteja mais tão boa (um artigo no Slate aponta algumas mudanças do livro para o filme mas não tem nada de muito diferente, no final das contas). Mas algo que me incomodou um pouco é que ali o filme parece um tanto picotado, perde a fluidez. Explico: a primeira parte segue muito bem intercalando o presente sob o ponto de vista de Nick (partindo do dia do sumiço de Amy) com passagens do passado do casal (narrados por Amy como trechos de diário). Ali há um encaixe, o presente tem uma conexão com o que será dito sobre o passado.

Na segunda parte, temos o presente de Nick e Amy sendo intercalado, com o marido tentando se livrar de uma possível condenação (e pena de morte) enquanto Amy continua orquestrando seu plano para garantir que Nick seja preso e condenado. Aqui também segue tudo muito bem, com o clímax sendo a cena em que Amy para o carro na frente de casa, sai toda ensaguentada e ouve Nick sussurrar: sua vadia desgraçada (ou seja lá o que colocaram na legenda em português, aposto em vadia desgraçada).

Só que chega a terceira parte e é tudo tão rápido, tão corrido que não dá para deixar de lado a sensação de que talvez tenha sido o trecho do filme que levou mais corte para que não ficasse tão longo. Como disse, Rosamund Pike está perfeita e dá conta muito bem de passar aquela sensação de perigo constante (ao ponto de criar um efeito cômico quando Amy diz ao marido “Você sabe que pode dormir comigo”), mas é muita informação jogada rapidamente e amarrada de forma igualmente rápida. A policial desconfiada da versão de Amy numa cena já na outra aparece para Nick dizendo que não pode fazer nada. Nick com medo numa cena, na outra contando para a irmã que precisa continuar com a esposa por causa do filho, etc. Eu sei, eu sei, acabaria virando um longa de umas três horas, as a realidade é que estava tão bom que eu não me importaria de ficar mais um tempinho ali.

Mas ok, fora isso, acho que foi uma das melhores adaptações que vi recentemente, e isso que eu costumo ser bem chatonilda – tanto que se você perceber bem, passei mais tempo falando aqui das minhas ressalvas do que elogiando, hehe. E note que isso mesmo sabendo já da reviravolta lá no meio da história, fico imaginando então para quem está indo ao cinema pela primeira vez, sem ter ideia do que acontecerá. Na realidade, fico bastante curiosa sobre como será a impressão de quem leu o livro após ver o filme: será que minha ideia de que ele sobrevive ao spoiler está realmente certa?

Em tempo: teve todo um bafafá sobre um nu frontal do Ben Affleck. Filme já estava quase no fim, não tinha visto nada, aí aparece a tal da cena do banho e… continuo sem ver nada. Não faço ideia se o Big Ben foi cortado na versão brasileira (sem intenção de trocadilho), ou se foi inserido (juro, sem intenção de trocadilho de novo!!) no mesmo esquema que o Tyler Durden em Fight Club. de qualquer forma, se você está curioso e ainda não viu o filme, tem aqui um artigo do Vulture sobre como ver o Big Ben.
 
SPOILERS, ETC
SPOILERS, ETC
Aliááás, sobre o terceiro ato. Então que falaram da tal da mudança, eu não percebi nada no fim, talvez minha memória da obra já não esteja mais tão boa (um artigo no Slate aponta algumas mudanças do livro para o filme mas não tem nada de muito diferente, no final das contas). Mas algo que me incomodou um pouco é que ali o filme parece um tanto picotado, perde a fluidez. Explico: a primeira parte segue muito bem intercalando o presente sob o ponto de vista de Nick (partindo do dia do sumiço de Amy) com passagens do passado do casal (narrados por Amy como trechos de diário). Ali há um encaixe, o presente tem uma conexão com o que será dito sobre o passado.

Na segunda parte, temos o presente de Nick e Amy sendo intercalado, com o marido tentando se livrar de uma possível condenação (e pena de morte) enquanto Amy continua orquestrando seu plano para garantir que Nick seja preso e condenado. Aqui também segue tudo muito bem, com o clímax sendo a cena em que Amy para o carro na frente de casa, sai toda ensaguentada e ouve Nick sussurrar: sua vadia desgraçada (ou seja lá o que colocaram na legenda em português, aposto em vadia desgraçada).

Só que chega a terceira parte e é tudo tão rápido, tão corrido que não dá para deixar de lado a sensação de que talvez tenha sido o trecho do filme que levou mais corte para que não ficasse tão longo. Como disse, Rosamund Pike está perfeita e dá conta muito bem de passar aquela sensação de perigo constante (ao ponto de criar um efeito cômico quando Amy diz ao marido “Você sabe que pode dormir comigo”), mas é muita informação jogada rapidamente e amarrada de forma igualmente rápida. A policial desconfiada da versão de Amy numa cena já na outra aparece para Nick dizendo que não pode fazer nada. Nick com medo numa cena, na outra contando para a irmã que precisa continuar com a esposa por causa do filho, etc. Eu sei, eu sei, acabaria virando um longa de umas três horas, as a realidade é que estava tão bom que eu não me importaria de ficar mais um tempinho ali.
Eu imaginei que talvez a diferença fosse justamente nessa terceira etapa. Ao assistir o filme e chegar na cena em que ele conversa com a policial, eu imaginei que haveria um recomeço de ciclo, agora sobre a relação entre ambos e uma busca dele em expor os atos de Amy.
E nesse sentido o filme me pegou de surpresa ao dar uma direção completamente oposta e fechar o filme.
Se o objetivo era esse desde o princípio, o de contar essa trama sem querer depois racionalizar o futuro do casal, então eu acho que foi um acerto não se alongar muito pois daria impressão de um epílogo longo e arrastado como você disse.

Lembra quase thrillers mais antigos em que o pós-clímax é assim mesmo, pá-pum, pois manter preso atenção do espectador após o clímax é complicado, e talvez mesmo desnecessário. Matou bandido, beijou mocinha na boca, trem entra no túnel (www.youtube.com/watch?v=mPoxt-tcFqA), The End. :g:
 
SPOILERS!!!






né. falar bem a verdade, já teria sido um filme foda até se já encerrasse ali naquela cena da amy chegando ensanguentada em casa.
 
SPOILER



Certamente essa cena tem já a minha indicação no Valinor Awards. Ou essa ou a anterior do assassinato ou a dela simulando o estupro pra câmera de segurança, ou o plano inicial/final.
Ou uma combinação delas.
 
acabei de voltar do cinema, e que filme! Fiquei ainda mais feliz por uma amiga que foi comigo ter adorado o filme tbm, ficamos conversando por um tempo ate achar condução para casa.
E, respondendo à dúvida da Anica, acho sim que o livro sobrevive a spoilers, a ser lido com interesse depois de ter visto obfilme - tanto é que fiquei com ainda mais vontade de ler o romance agora, para entender melhor a Amy, porque talvez por ter sido rápida demais a reviravolta, como ela e contada, acho que perdi uns quês ali.... Mas vou comentar mais sobre isso amanhã, porque agora eu quero dormir =p

ah, e: Votação, se puder :)
 
Assiste este filme hoje e achei muito bom!

Assim, de cara eu já sabia que a Amy não teria sido morta pelo Nick (sei lá, achei que seria muito clichê se fosse, e pelo que eu tinha visto sobre o filme antes, imaginava que ele não era deste tipo de clichê), mas tirando essa suspeita, fui totalmente às cegas pro filme. Me surpreendi muito com a forma como as situações se desenrolam, especialmente do segundo ato em diante. O nível de psicopatia da Amy é incrível, a cena que ela arma pro "Barney" (me desculpem, não lembro o nome do personagem dele no filme) é de uma maestria ímpar. A Rosamund Pike é espetacular no papel! Já por outro lado, achei o Ben Affleck um pouco limitado, não sei se a proposta pro filme era de ele ser mais bobão mesmo, mas imaginava que pelo menos no terceiro ato ele teria uma postura diferente. De toda forma, achei a desconstrução dos personagens de casal perfeito pra mulher injustiçada e marido canalha e finalmente marido vítima e mulher freaking crazy excelente!

Uma cena do Affleck que eu achei muito boa foi a entrevista que ele dá pra aquele talk show, que o advogado dele diz que ele tem que atingir várias pessoas e ele responde que "não, basta uma". Naquela parte já comecei a suspeitar que a Amy poderia voltar pra ele, mas xamais da forma como acontece tudo, até porque (se bem me lembro) é depois dessa entrevista que ele finalmente descobre que tudo é um plano dela pra ferrar com ele.

Enfim, achei o terceiro ato muito fragmentado e de longe o mais fraco. Mas não posso culpar totalmente o filme por isso (burguer king com refil de refri + filme de quase 2:30h = digamos que eu tinha maiores preocupações na altura do terceiro ato :P ). Apesar dos pesares, se ao invés de simplesmente ser um cúmplice, o Nick tivesse essa postura mais de pena, como no livro, acho que teria dado um tom diferente, talvez atingindo a minha expectativa quanto ao personagem "bobão". Mas mesmo assim, o contraste da cena inicial com a final é genial, como disse o Fusa.

Fazia tempos que eu não via um filme mais neste estilo, foi uma ótima pedida pra um cinema inesperado como hoje hahaha
 
SPOILER


Eu vi algumas reclamações com relação ao Affleck, mas eu achava que a personalidade do personagem deveria ser a que ele mostrou. Um cara meio apático na maior parte das vezes que pode ter momentos de exaltação pontuais.
Quando o Fincher começou a mostra o gato tantas vezes em várias cenas eu comecei a pensar se talvez lá no final o gato se tornasse uma peça chave para desmascarar a Amy ou qualquer coisa do tipo. Mas depois pensei se o gato não está ali apenas pra salientar esse traço do Affleck de ser alguém que realmente não se conecta com ninguém profundamente, excessão talvez apenas a irmã. Mas em todos esses relacionamentos entre Amy-Nick, irmã-Nick e até amante-Nick, me passa a impressão que sempre está desbalanceada para o lado feminino. Nesse sentido ter um animal que não requer a sua atenção e afeição 24/7 como, por exemplo, um cachorro, se torna uma escolha perfeitamente racional para ele.
De novo, não li o livro, mas o gato tem essa atenção toda no livro? Pois me pareceu um toque de racionalidade do Fincher.
Também pensei na cena em que ele encontra o pai na polícia e me perguntei se isso no final traria alguma novidade, mas de novo me pareceu uma cena para cristalinizar a noção que nem com o pai ele consegue ter uma relação saudável (ou talvez até o contrário, o pai é assim e ele absorveu/"puxou" isso dele).
Não acho que o trabalho do Affleck foi digno de prêmios (apesar de achar que ele vai ser lembrado nas premiações), mas não achei também que foi fraco ou incompleto. Me pareceu que ele foi assim como Fincher pediu que ele fosse.
 
SPOILER


Eu vi algumas reclamações com relação ao Affleck, mas eu achava que a personalidade do personagem deveria ser a que ele mostrou. Um cara meio apático na maior parte das vezes que pode ter momentos de exaltação pontuais.
Quando o Fincher começou a mostra o gato tantas vezes em várias cenas eu comecei a pensar se talvez lá no final o gato se tornasse uma peça chave para desmascarar a Amy ou qualquer coisa do tipo. Mas depois pensei se o gato não está ali apenas pra salientar esse traço do Affleck de ser alguém que realmente não se conecta com ninguém profundamente, excessão talvez apenas a irmã. Mas em todos esses relacionamentos entre Amy-Nick, irmã-Nick e até amante-Nick, me passa a impressão que sempre está desbalanceada para o lado feminino. Nesse sentido ter um animal que não requer a sua atenção e afeição 24/7 como, por exemplo, um cachorro, se torna uma escolha perfeitamente racional para ele.
De novo, não li o livro, mas o gato tem essa atenção toda no livro? Pois me pareceu um toque de racionalidade do Fincher.
Também pensei na cena em que ele encontra o pai na polícia e me perguntei se isso no final traria alguma novidade, mas de novo me pareceu uma cena para cristalinizar a noção que nem com o pai ele consegue ter uma relação saudável (ou talvez até o contrário, o pai é assim e ele absorveu/"puxou" isso dele).
Não acho que o trabalho do Affleck foi digno de prêmios (apesar de achar que ele vai ser lembrado nas premiações), mas não achei também que foi fraco ou incompleto. Me pareceu que ele foi assim como Fincher pediu que ele fosse.

concordo

não lembro do gato no livro - lembro da existência dele, que o casal chega a brigar até por quem vai trocar a areia do gato, mas não lembro como ele funcionava no livro. de qualquer forma acho que a construção do nick no filme é exatamente por aí. a única coisa que eu acho que faltou um tico no ben foi a questão da presunção de nick. notem como são mais as personagens que falam o quanto ele é presunçoso, mas ele mesmo não consegue passar isso (salvo o momento em que ele domina a entrevista). e eu acho importante para o segundo e o terceiro ato essa questão, porque é quando ele vira o jogo e equilibra as coisas com relação às personagens femininas. ele não é só um carinha simplório tomando na cabeça por más decisões, ele tem uma mente que foi capaz de seduzir alguém como amy e ao mesmo tempo enganá-la. para ter ideia do que estou querendo dizer, enquanto lia eu imaginava o nick exatamente como o aaron eckhart em thank you for smoking:

Thank-you-for-smoking-2-470x260.jpg

o nick do livro tem essa vibe, do cara de compasso moral duvidoso mas que é tão inteligente que nos coloca ao lado dele, só no papo. e sabe que consegue causar isso nas pessoas. no filme me pareceu que a opção do fincher foi construí-lo como um idiota simplório (e sim, com um tremendo problema para se conectar com as pessoas) que ao conhecer amy tenta se passar por um cara inteligente mas com o tempo ele não consegue mais sustentar a máscara. nisso a insistência dela sobre ela fazer do nick um homem melhor, não sei.
 
concordo

não lembro do gato no livro - lembro da existência dele, que o casal chega a brigar até por quem vai trocar a areia do gato, mas não lembro como ele funcionava no livro. de qualquer forma acho que a construção do nick no filme é exatamente por aí. a única coisa que eu acho que faltou um tico no ben foi a questão da presunção de nick. notem como são mais as personagens que falam o quanto ele é presunçoso, mas ele mesmo não consegue passar isso (salvo o momento em que ele domina a entrevista). e eu acho importante para o segundo e o terceiro ato essa questão, porque é quando ele vira o jogo e equilibra as coisas com relação às personagens femininas. ele não é só um carinha simplório tomando na cabeça por más decisões, ele tem uma mente que foi capaz de seduzir alguém como amy e ao mesmo tempo enganá-la. para ter ideia do que estou querendo dizer, enquanto lia eu imaginava o nick exatamente como o aaron eckhart em thank you for smoking:

Ver anexo 57871

o nick do livro tem essa vibe, do cara de compasso moral duvidoso mas que é tão inteligente que nos coloca ao lado dele, só no papo. e sabe que consegue causar isso nas pessoas. no filme me pareceu que a opção do fincher foi construí-lo como um idiota simplório (e sim, com um tremendo problema para se conectar com as pessoas) que ao conhecer amy tenta se passar por um cara inteligente mas com o tempo ele não consegue mais sustentar a máscara. nisso a insistência dela sobre ela fazer do nick um homem melhor, não sei.
De fato se deveria haver um traço mais explícito de presunção e self-conscience no personagem, isso ficou obscurecido no filme.
Mas a impressão que eu tive do personagem no filme era mais que ele tem esse potencial/talento de manipulação forte capaz de seduzir todos ao redor, mas que ao mesmo tempo ele é um acomodado. O famoso "took for granted". Uma vez tendo conquistado, ele relaxa, dispersa e fica com essa impressão de um bobão sem força de vontade.
Mas pontualmente, quando precisa, ele consegue colocar todos sob seu controle, a policial, a irmã e por fim a própria Amy. Pra logo depois se acomodar de novo, não se importar com o choro da irmã que não compreende sua escolha de voltar a viver com a Amy, ou a própria escolha de viver com a Amy depois que percebe que seria trabalhoso demais desmascará-la (muito mais do que em função do bebê, que é apenas a desculpa que ele opta por usar).


Nesse sentido o Aaron Eckhart seria mais dentro do personagem mesmo.
Apesar de pessoalmente eu normalmente não gostar das atuações dele justamente por ele sempre expor esse lado "self conscience" em suas expressões faciais, o que tira boa parte da conexão que eu poderia ter com o personagem. Fica sempre com um ar de falsidade.
 
gostei dessa leitura da personagem. acho que no fim é isso: o ben affleck pode não ter feito um trabalho que renda indicação ao oscar ou algo que o valha, mas deu conta da personagem. talvez algumas pessoas fiquem com a impressão de que ele foi fraco por usar a pike como critério de comparação. aí é meio injusto, porque não é só o caso da atuação da pike ter sido acima da média, mas a personagem era mais complexa também.

em outras notícias, andré barcinski detestou o filme e aparentemente resolveu começar uma cruzada pessoal contra gone girl, já foram dois posts metendo o pau:

no primeiro ele diz:

"DAVID FINCHER FOI LOBOTOMIZADO – E O RESULTADO É “GAROTA EXEMPLAR”"

Nos anos 80 e início dos 90, eu adorava matar tempo vendo filmes vagabundos no Cine Vitória, no centro do Rio. Nessas tardes desocupadas, me diverti a valer com Alexandre Frota enfrentando uma rede internacional de tráfico de pó em "A Rota do Brilho", quase caí da poltrona com Claudia Raia galopando pelada em cima de um cavalo branco em "Matou a Família e Foi ao Cinema", e passei mal de rir com Nuno Leal Maia comandando o jogo do bicho em "O Rei do Rio". Bons tempos.

Um quarto de século se foi, mas a alegria de ver um filme ruim - mas ruim mesmo - continua viva. Para tristeza de muitos, o cinema brasileiro não é mais aquele que amávamos, com dublagens atrasadas em meia hora, som que parecia gravado dentro de um bueiro, atores toscos e diálogos que não faziam o menor sentido. Continua muito ruim e sem imaginação, mas foi tomado por publicitários e diretores de telenovela, que sabem fazer uma porcaria de qualidade técnica impecável.

Hollywood também não lança mais obras-primas do lixo como "Piranhas 2 - Assassinas Voadoras" ou "Tubarão 4", em que o bichão só faltava sair correndo atrás de Michael Caine. A computação gráfica matou a magia trash.

Por isso, fiquei tão feliz em ir ao cinema e ver um abacaxi de verdade como "Garota Exemplar", de David Fincher. Sim, é o cara que fez "Clube da Luta", "Zodíaco" e "A Rede Social". E o filme é baseado no best-seller da americana Gillian Flynn.

Não li o livro, mas dei uma busca nas críticas publicadas quando foi lançado e tive o desprazer de ler um coitado do "The New York Times" comparando Flynn a Patricia Highsmith, e uma aloprada da Salon dizendo que ela merecia o Pulitzer. Como diria o grande Silvio Brito, pare o mundo que eu quero descer.

"Garota Exemplar" é uma história de suspense sobre um casal descoladex, Nick (Ben Affleck) e Amy (Rosamund Pike), que tem a vida perfeita: são ricos, lindos, e trepam até dentro de uma livraria, lendo Jane Austen. Um belo dia, Amy desaparece. As suspeitas caem sobre Nick. Será que ele matou a loura e perfeita Amy para ficar com sua grana? Amy é um tesouro nacional: a moça inspirou os pais a escrever uma série popular de livros infantis chamada - juro - "Amazing Amy" ("A Incrível Amy").

Não vou contar mais porque tentar fazer sentido de uma trama rocambolesca e montypythoniana como esta seria perda de tempo. Em três minutos, lembrei pelo menos uma dúzia de rombos de lógica na história. É ver para crer.

Nos papéis principais, Ben Affleck e Rosamund Pike, dois discípulos da escola de arte dramática Nicolas Cage, que expressam tristeza com olhar de bovino rumo ao abate e simulam dor, medo, angústia e desespero com a mesma expressão de crise de pedra na vesícula, disputam para ver quem consegue ser mais canastra (na entrada do cinema vi este cartaz, que deveria ter tomado como um presságio):

left_behind_cage_poster.jpg

O roteiro, regurgitado pela própria Flynn, tem alguns dos piores diálogos que ouvi desde "O Guarani", de Norma Benguell, e personagens tão caricatos quanto os de "Rio Babilônia" e "Menino do Rio". Só faltou o Sergio Mallandro fazendo Ieié.

"Garota Exemplar" é uma ópera trash de primeira categoria, melhor apreciada numa sessão com os amigos, regada a cerveja e chips com salsa. Diversão garantida.

E te cuida, Nicolas Cage, que Ben Affleck periga tomar seu trono.

no segundo:

"“GAROTA EXEMPLAR”: 15 PECADOS DE UM ROTEIRO PAVOROSO"

Gone-Girl-Ben-Affleck-Rosamund-Pike-Entertainment-Weekly-cover.jpg

O texto sobre "Garota Exemplar", de David Fincher, deu o que falar. Bastante gente escreveu elogiando o filme e questionando os "rombos de lógica" que mencionei. Decidi aprofundar o assunto e listar 15 buracos que achei no roteiro de Gillian Flynn. E nem vou mencionar as atuações canastronas, os diálogos risíveis e a falta de criatividade da direção.

Não sou obcecado por razão e lógica. Gosto de filmes que não fazem tanto sentido e que deixam questões no ar. Mas licença poética é uma coisa, personagens que se comportam como jumentos é outra.

Só avisando que o texto a seguir traz vários spoilers. Se você não viu o filme, assista antes de ler. Se já viu, mande a sua lista de erros e absurdos. Garanto que você lembrará vários que não percebi.

1 - Pra começar: o roteiro brilhante de Gillian Flynn nos diz que Nick é um duro, enquanto Amy é dona de todo o dinheiro do casal, inclusive do bar gerenciado pelo marido. E mais: os dois assinaram um acordo pré-nupcial, o que não dá a Nick um centavo em caso de divórcio. Ora, se o marido não tem onde cair morto, não seria mais sensato Amy simplesmente divorciá-lo, em vez de forjar o próprio sumiço, sair de casa com alguns milhares de dólares numa pochete e viver o resto da vida escondida e com uma identidade falsa?

2 - Quando Nick chega em casa e descobre o sumiço da mulher, dá um grito: "Amyyyy!!!". O vizinho ouve tão claramente que chega a se assustar. No entanto, não ouviu a mesa de vidro da sala sendo quebrada ou a luta de Amy e seu sequestrador. Será que a polícia não achou estranho a surdez temporária do vizinho?

3 - Policiais descobrem que uma poça de sangue de Amy havia sido lavada do chão da cozinha, indicando um grande corte, possivelmente na cabeça. Mas quando ela retorna do suposto sequestro, não parece ter nenhum machucado. O que houve? O dodói sarou?

4 - Em sua fuga, a genial, maquiavélica e detalhista Amy acaba conhecendo um casal de caipiras barra pesada. Estranhamente, ela não evita os dois, o que seria esperado de alguém que está sendo procurada em todo o país e precisa manter sua identidade oculta. Pelo contrário: vai jogar minigolfe com a dupla e, pior, passa noites vendo TV com a caipira, inclusive assistindo a programas sobre seu próprio sumiço. Vade retro.

5 - Mais uma envolvendo os caipiras from hell: numa cena das mais patéticas, Amy dá um pulo de alegria quando emburaca uma bolinha no minigolfe, e deixa cair da cintura uma pochete cheia de dinheiro. Os caipiras veem. E o que faz a Einstein Amy? Se pirulita dali? Claro que não: ela fica em casa, esperando ser roubada pela dupla.

6 - Depois de ser assaltada pelos caipiras, Amy, desesperada, marca um encontro com o ex-namorado, Desi. Ela precisa ficar anônima e não pode dar pista de que está viva. Por isso, marca o encontro num lugar tranquilo, vazio e que quase não tem câmeras de segurança: um cassino.

7 - Nick e Amy moram numa cidade pequena do Missouri, onde todo mundo se conhece. Ele faz de tudo para esconder de Amy o affair que está tendo com Andie, sua aluna. Mas acha super normal agarrar a gata na porta do bar, onde poderia ser visto por qualquer um que passasse na rua (inclusive pela esposa, que o flagra, a 20 metros de distância).

8 - A policial diz a Nick que sua dívida de cartão de crédito está em mais de 117 mil dólares e pergunta onde estão os objetos de luxo que ele comprou - TVs de 65 polegadas, caríssimos tacos de golfe, etc. Nick diz não ter feito as tais compras. Depois, ele encontra uma pilha de objetos de luxo num pequeno depósito, colado à casa de sua irmã, Margo. A policial não achou estranho alguém comprar uma TV de 65 polegadas e não usá-la? Por que Nick compraria produtos e os deixaria num depósito, incotcados? Alguma tara consumista esquisita?

9 - Ainda as "compras" de Nick: naquele bairro tranquilo e ordeiro, ninguém viu Amy entrando e saindo com caminhões de produtos e escondendo-os no pequeno depósito? E a irmã, Margo, não percebeu? Distraída a moça, não?

10 - A policial encontra, dentro de um incinerador na casa do pai de Nick, a pista mais incriminadora possível: o diário de Amy, em que ela diz temer ser morta pelo marido. O diário foi colocado no incinerador para ser destruído, mas foi apenas parcialmente queimado e pôde ser lido de cabo a rabo pelos policiais. Agora responda: se você matou alguém e precisa destruir a maior prova do crime, não se certificaria de que o diário estivesse em cinzas?

11 - Depois de matar Desi, o suposto maníaco que supostamente a violentou por semanas, Amy, completamente banhada no sangue de Desi, pega o carro e dirige até sua casa, onde se joga nos braços de Nick. Segundo relatos, ela está em choque e completamente transtornada. Amy é levada ao hospital. Logo depois, ela dá um depoimento para uma dúzia de policiais, onde cai em mil contradições. Nenhum tira percebe. Detalhe: ela dá o depoimento ainda coberta com o sangue do suposto sequestrador. Mas a coisa fica pior: Amy recebe alta e sai do hospital ainda coberta de sangue e chega em casa toda vermelha. Será que ninguém no hospital lembrou de limpar a coitada? Ou foi só outro rombo de lógica de Gillian Flynn para poder escrever a cena em que ela limpa o sangue no chuveiro de casa, às vistas de Nick?

12 - Com tantas câmeras de segurança na casa de campo de Desi, nenhuma pegou ele e Amy chegando na mansão ou se tratando cordialmente? Ou será que Amy é tamanha "gênia" que conseguiu apagar TODAS as imagens que provariam que ele não a violentara? Se este foi o caso, a polícia não achou estranho o sumiço das imagens?

13 - Na cena mais sangrenta do filme, Amy, que supostamente passou semanas amarrada na cama de Desi, o degola com um estilete. Ora, se ela achou um estilete para cortar a garganta dele, por que não o usou para cortar as cordas e chamar a polícia, quando ele não estava? Ou será que ela achou o estilete na cama, enquanto estava sendo violentada?

14 - A policia aceita a tese de que o ex-namorado era o sequestrador sem checar nenhum álibi dele para o dia do sequestro. Quer dizer que Amy deu sorte de ele não ter ido ao trabalho ou conversado com ninguém naquele dia?

15 - Pra encerrar: como diabos Amy engravidou de Nick? Será que ela foi à clínica de fertilidade, pegou a amostra de sêmen dele e usou? Ninguém da clínica achou esquisito? Mas a amostra não tinha sido destruída, como o próprio Nick disse?

Como diria o grande Dalto, muito estranho...
 
Confesso que achei que alguns dos rombos lógicos fazem sentido. :lol:

eu também (tipo o de ninguém ter notado a amy levando as coisas pro depósito), mas outras dão na cara uma pura má vontade dele com o filme. tipo:

14 - A policia aceita a tese de que o ex-namorado era o sequestrador sem checar nenhum álibi dele para o dia do sequestro. Quer dizer que Amy deu sorte de ele não ter ido ao trabalho ou conversado com ninguém naquele dia?

na hora em que ele saiu para encontrar amy no cassino ele não estava trabalhando e nem tinha falado com ninguém. e lembrando que ele diz pra amy que ninguém sabe que ela está lá. então tudo o que amigos e colegas de trabalho sabem no máximo seria que o amigo deixou de convidá-los para um churrascão na casa do lago. é meio que óbvio: se ele está com amy, ele não está em outros lugares.
 
na hora em que ele saiu para encontrar amy no cassino ele não estava trabalhando e nem tinha falado com ninguém. e lembrando que ele diz pra amy que ninguém sabe que ela está lá. então tudo o que amigos e colegas de trabalho sabem no máximo seria que o amigo deixou de convidá-los para um churrascão na casa do lago. é meio que óbvio: se ele está com amy, ele não está em outros lugares.

Mas o Barça tá falando do dia do sequestro, não da cena do cassino. Tipo, se ele realmente a sequestrou, ele não teria álibi.
 
@Bruce Torres

Mas o Barça tá falando do dia do sequestro, não da cena do cassino. Tipo, se ele realmente a sequestrou, ele não teria álibi.

hmm entendi. a versão dela seria que ela foi sequestrada no dia do sumiço, não no do cassino. verdade, faz sentido. anyway, acho que o fato de ele ter prometido para a amy que não contaria nada para ninguém acaba dificultando as coisas para ele. onde ele passava as noites? ninguém sabe, etc.
 
Olha, eu concordo que alguns itens dessa lista fazem sentido. Mas o 13º "furo" já tira muita da credibilidade, porque é uma questão levantada dentro do próprio filme e dá pra ver o porque de ninguém questionar isso adiante.

Mas só deixando aqui mais dois centavos sobre o Nick:

Caramba, Anica, acho que é esse o ponto! Senti que faltou justamente esse jogo de cintura do personagem. Nas cenas iniciais ele tem altas jogadas interessantes pra cima da Amy: a cena dele a pedindo em casamento mostra bem esse lado mais "sagaz" dele, mas aí durante o filme mesmo ele é quase que totalmente apático. Dá um relance na hora da entrevista, que ele banca o advogado e muda o jogo pro lado dele, mas depois ele volta a ficar mais apático. Aí é como eu tinha dito, achei o Affleck limitado por ser em poucas cenas que ele sai dessa coisa mais boba, mas aparentemente foi uma escolha de roteiro mesmo, porque quando precisa ele até que consegue dar conta do recado.

E, caramba, comparar a performance dele com a da Rosamund é sacanagem, a mulher consegue ir de "princesinha" a "maníaca" quase que de uma cena pra outra, e o papel dela pedia isso.
 
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