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Eleições 2014 A influência das pesquisas eleitorais

Bel

o.O
E se eu te dissesse que 80 pessoas podem decidir previamente em quem 200 milhões irão votar?

E se eu te dissesse que votando, você está decidindo não só esta eleição, mas a próxima?

Sim, é exatamente isso. Coisas estranhas acontecem em período eleitoral, com a divulgação das pesquisas de intenção de votos. Talvez você já tenha percebido que as pesquisas de intenção de voto criam um efeito harmônico que se propaga pela sociedade e coloca todos para dançar uma música estranha, que imaginam estar cantando juntos. Como quando andamos com alguém e acabamos fazendo um trajeto misterioso, simplesmente para acompanhar a outra pessoa, e sem saber que ela estava simplesmente nos acompanhando.

Isso é um pensamento comum. Mas a verdade possui vários andares, e se olharmos o edifício inteiro – o que inclui um vasto subsolo – veremos que as coisas são bem mais estranhas do que parecem.

Vamos supor que em determinado país, com 1 milhão de habitantes, um instituto de pesquisas seja contratado para fazer uma pesquisa de intenções de voto para cinco candidatos ao cargo de Presidente da nação. Este instituto, obviamente, não entrevistará cada um dos 1 milhão de habitantes do país, o que seria caro e impossível (e tornaria, na verdade, a eleição desnecessária). Em vez disso o instituto faria o que todos os institutos fazem: escolheria uma amostra representativa e variada, de um número adequado de pessoas, e conduz a entrevista só com elas, esperando que essa amostra corresponda o melhor possível ao conjunto da população. No caso deste país do exemplo, o instituto decide que apenas mil pessoas, de diferentes lugares e com diferentes características, já está de bom tamanho.

As pessoas são entrevistadas e o resultado aparece: 50% dos entrevistados votarão no candidato A, 30% votarão no candidato B, e o restante fica dividido entre C, D, E, branco, nulo ou indeciso. A pesquisa é publicada no jornal, causando comoção. Todos falam sobre ela. Os que torcem pelo candidato A pulam de alegria: somados os votos de todos os outros, mesmo assim ele ganha. Os que torciam por B entram e desespero e partem para o tudo-ou-nada. Quem vota em C, D e E migra para A ou B, para ter alguma chance de interferir no processo eleitoral, preocupados em “não jogar o voto fora”. Vários indecisos se decidem. Os votos tomam a sua forma final na cabeça das pessoas.

Talvez você não tenha percebido, Neo , mas neste instante uma coisa bastante curiosa ocorreu. Um pensamento que, observado com mais calma, vai te mostrar uma coisa espantosa.

O voto de duzentos milhões de habitantes (a população do Brasil, em 2013), é como algo etéreo, incerto, em suspensão no plano das ideias. Relativamente poucos já possuem seu voto definido de início – de regra, apenas aqueles que possuem uma ligação mais forte com algum partido, o que não é o caso do eleitor médio brasileiro. Os demais contemplam possíveis votos, em diferentes candidatos, com níveis diferentes de consideração em diferentes momentos da corrida eleitoral. Como o famoso experimento mental do Gato de Schrödinger , que só descobrimos vivo ou morto ao abrir a caixa, existindo de fato nos dois estados ao mesmo tempo até que a observação elimine a incerteza, o voto também tem essa característica heisenbergiana . Enquanto estou escrevendo este texto, cogito em quem votarei, e a incerteza só se esvairá completamente quando o maldito botão verde for apertado.

Mas, como disse, não só eu faço isso: a maioria da população também é assim. E aqui está o ponto. Literalmente centenas de milhões de votos pairam “no éter”, se solidificando em passos bruscos, principalmente pela observação de resultados de pesquisas de opinião de… quatro mil pessoas.

Não quero dizer, com isso, que quatro mil pessoas têm o poder de decidir o que duzentos milhões farão. Não, Neo , o buraco do coelho é mais profundo ainda. Um número muito MENOR de pessoas já tem esse poder.

Supomos que o candidato A tem 49% de votos, o candidato B tem 25% de votos e o candidato C tem 24% dos votos. Aqui a situação é mais delicada: uma diferença de mísero 1% impede o candidato A de vencer já no primeiro turno. Da mesma forma, uma diferença de 1% impede o candidato C de ir ao 2° turno. O que acontece?

Pode ocorrer uma debandada dos potenciais eleitores de C, que “não querendo jogar o voto fora”, votam em A ou B, para “influir de verdade na democracia”. Um voto em C, pensam, é como atirar o Coração do Oceano no fundo do mar. Um voto é precioso, e deve ser útil.

O que eles falham em ver – estas DEZENAS DE MILHÕES de eleitores falham em ver – é que estão se acovardando perante a mera opinião de… apenas 80 pessoas, o número real que corresponde àqueles 2% na amostragem dos entrevistados. Dezenas de milhões de eleitores solidificam seu voto e abandonam seu candidato por causa da opinião (que nem é tão sólida assim, elas podem muito bem estar dando uma resposta casual e provisória ao entrevistador) de meros 80 pedestres.

Esse é o poder catalisador das pesquisas, que instituem, aos poucos, uma profecia auto-realizável. As pesquisas desenham as raias por que corremos, balizam nosso processo de formação de opinião, fazem e destroem candidatos.

Bom, como sei que a esta hora os estatísticos devem estar malucos de raiva comigo, deixem-me explicar: não estou dizendo que tendências prévias não existem, e que os princípios da estatística estão errados, longe disso. Apenas estou dando um enfoque material ao processo de decisão.

Mas eu tenho uma segunda pílula. E se eu te dissesse que abandonando o voto no seu candidato do coração para obedecer ao destino escolhido a você por aquelas 80 pessoas, você está votando também na próxima eleição? Sim, aquela, daqui a 4 anos?

Vamos supor que você goste de sanduíches. Você ama sanduíches. De noite, assolado por uma vontade incontrolável de comer sanduíches, você vai à lanchonete mais próxima na esperança de matar a fome com sua iguaria favorita.

Chegando lá você olha ao redor, e todos estão comendo pizzas. Ninguém, em mesa alguma, está comendo sanduíches. Você olha no cardápio, e só pizzas. Desolado, você chega no atendente e pede…uma pizza.

A pergunta é: por que você não pediria sanduíches? A sua vontade é de comer sanduíches. Você poderia dizer ao atendente “seria muito bom se vocês servissem também sanduíches”, e ninguém sairia ferido. Na verdade, você sairia com a mesma coisa (uma pizza), mas o atendente sairia com uma coisa adicional muito valiosa: a informação de que você gosta de sanduíches.

Aliás, várias das pessoas que estão ali podem estar comendo pizzas apenas porque não haviam sanduíches sendo oferecidos. E os sanduíches não são oferecidos justamente porque, ao pedir apenas pizzas, as pessoas não sinalizam ao dono do estabelecimento que de fato sanduíches teriam também uma ótima aceitação.

Troque o exemplo das pizzas e sanduíches por tipos de candidatos e propostas políticas, e imagine o atendente e o dono do restaurante como os partidos. Reclamamos que sempre nos são oferecidas as mesmas opções, mas o fato é que não sinalizamos aos partidos que estamos abertos a outras. No exemplo dos 2%, acima: se todos abandonarem suas intenções de votar em C e votarem em A e B, no final C não terá de fato quase nada. A eleição, em si, é uma pesquisa, e a mais fiel. Os partidos, no futuro, se lembrarão disso na hora de lançar candidatos, fazer alianças e negociarem apoio: o candidato C (apesar de ser querido por 24%) é um “candidato de 1%”.

Mesmo que um candidato não tenha chances de ganhar uma eleição, há proveito em manter o voto nessa pessoa: é informação útil passada aos partidos. Acreditar que vai jogar o voto fora (mesmo com a certeza de que seu candidato não vai para o 2º turno) é um pensamento simplista demais. Não há vergonha em “perder” a eleição. Ninguém cobrará de nós que nosso candidato não foi adiante.

Seu voto, seja em quem for, é um sinalizador: sinaliza a existência de um público que concorda com aquele programa. Se o candidato acabar o primeiro turno com 25%, 10% ou mesmo 5%, mesmo que não vá para o segundo turno, isso sinaliza à classe política a existência de um público com aqueles valores, o que faz os partidos mudarem seus programas e ações naquele sentido.

A política muda para oferecer produtos (candidatos) que canalizem certas demandas eleitorais. Se não sinalizarmos a demanda, só nos serão oferecidas sempre as mesmas opções – afinal, para que oferecer sanduíches, se só compramos pizzas?

http://ano-zero.com/a-verdade-sobre-as-pesquisas-eleitorais/ (achei o título original sensacionalista demais)
 
Um comentário de um amigo meu no Facebook:

Pensando alto.

Comparando o resultado do primeiro turno nas últimas três eleições e a penúltima pesquisa IBOPE em cada ano.

Em 2010, o IBOPE indicou 3 pontos percentuais (pp) a mais para Dilma, 5.6 pp a menos para o Serra e 6.3 pp a menos para a Marina. TODOS fora do intervalo de confiança.

Em 2006, o IBOPE acertou a votação do Lula e indicou 9.6 pontos percentuais a menos para o Alckmin. MUITO fora do intervalo de confiança.

Em 2002, o IBOPE indicou 3.4 pontos percentuais (pp) a menos para o Lula, 4.2 pp a menos para o Serra, 1.9 pp a menos para o Garotinho e 1 pp a menos para o Ciro. (não encontrei margem de erro da pesquisa)

Curioso ver como a estatística (a ciência) mudou na última década, não?

Pode conferir:
http://eleicoes.uol.com.br/…/brasil-presidente-primeiro-tur…
http://eleicoes.uol.com.br/2006/pesquisas/ibope.jhtm
http://www1.uol.com.br/fernandorodrigues/eleicoes2002.shl
 
O que me deixa MUITO desconfiada (fora o fato de fazerem a conta errada) é que, tipos, pesquisa eleitoral existe desde que me entendo por gente e eles estão entrevistando cada vez mais gente, mas eu NUNCA encontrei NENHUMA pessoa que tenha sido entrevistada para alguma dessas pesquisas.
Não é possível que o mundo seja pequeno a ponto de eu ter ido no casamento de um antigo monitor do mestrado do Grimnir e que é bff do meu namorado mas não encontrar ninguém que tenha respondido pesquisa eleitoral...
 
não conheço ninguém e nunca respondi. e tem mais coisa que faz com que eu fique com a pulga atrás da orelha sobre esses institutos de pesquisa:

Beto Richa ignora investigação de CPI e contrata Ibope por R$ 2,3 milhões
14 MAR 2013 - 08:53 39 Comentários



richa_ibope_reni.jpg
Governo Richa homologa contrato de R$ 2,3 milhões com o Ibope, que é denunciado pelo ex-deputado Reni Pereira, autor de CPI na Assembleia do Paraná, de cometer crime eleitoral na disputa de 2012.

A Assembleia Legislativa do Paraná instalou uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) no final de 2012 para investigar crimes eleitorais cometidos pelo Ibope no Paraná. A “CPI do Ibope”, como ficou conhecida, foi protocolada pelo ex-deputado estadual Reni Pereira (PSB) ainda no calor da disputa das eleições municipais do ano passado.


O autor da CPI, eleito prefeito de Foz do Iguaçu, no Oeste do estado, é aliado de primeira hora do governador Beto Richa (PSDB). Reni Pereira venceu a disputa com vantagem de 9%. O Ibope dizia na véspera da eleição que ele seria derrotado pelo adversário Chico Brasileiro (PCdoB) pela diferença de 7%. O erro do instituto, segundo Reni, bateu a casa dos 16%.

Pois bem, mesmo sendo acusado e investigado pelo crime eleitoral, o Ibope Inteligência, Pesquisa e Consultoria Ltda. foi agraciado pelo governo de Beto Richa com uma licitação de R$ 2.315.520,00. O valor foi homologado no dia 28 de fevereiro último (clique aqui para acessar o portal de compras).

O Ibope, segundo o extrato da licitação, vai atender ao Celepar (Companhia de Tecnologia da Informação e Comunicação do Paraná) pelo período de 12 meses realizando “enquetes interativas”, pesquisas quantitativas com entrevistas telefônicas.

Um dia antes de a licitação ser homologada pelo governo, o Ibope divulgou pesquisa dando extraordinários 76% de apoio dos paranaenses à reeleição do tucano Beto Richa. Nem o papa Bento 16 acreditou nos números e de vergonha pediu para sair do cargo. O argentinoFrancisco 1º o sucede desde ontem (13) no Vaticano.

Nunca é demais lembrar que o Ibope também errou em Curitiba. Até a véspera da eleição de outubro passado, o instituto sustentava que o segundo turno na capital seria disputado entre o então prefeito Luciano Ducci (PSB) e o atual secretário do Desenvolvimento Urbano (SEDU), Ratinho Junior (PSC). Previra que Gustavo Fruet (PDT) ficaria de fora, em terceiro lugar. Entretanto, o resultado das urnas falou por si…

Agora, o que intriga são as seguintes questões: 1- Richa não está nem aí para a investigação dos deputados na Assembleia? 2- Levando em consideração o histórico de erros, os números do Ibope serão confiáveis para as ações de governo? 3- O governo do PSDB deve favores ao Ibope?

http://www.esmaelmorais.com.br/2013...cao-de-cpi-e-contrata-ibope-por-r-23-milhoes/
 
Aí a pergunta que fica é: Proíbe (como querem a Luciana e o Levy) ou permite que mais institutos façam pesquisas, aumentando o efeito amostral?
 
Além do que, ninguém sabe se amanhã inventam uma forma confiável de pesquisar pela internet ou através de algum app. Proibir é burrice, em bom português.
 
Eu acho que o TSE poderia proibir a divulgação de pesquisas eleitorais, pelo menos a 15 dias das eleições. Não só pela questão de fraudes, acho antidemocrático, pelo modo como influencia o voto.
 
Sou a favor ou que se proíbe tudo ou libera tudo!

Pois houve uma época que emissoras de rádio tinham liberdade de fazer pesquisas seguindo metodologia própria como fazia com competência a Jovem Pan que em 1988 foi uma das poucas que cravou que o grande ídolo da política do @Felagund (leia-se Luiza Erundina) venceria a eleição pra prefeito de Sampa enquanto os renomados institutos de pesquisa dava como certo a vitória do Maluf.
 
Qual é a utilidade da pesquisa eleitoral para o eleitor?

Falando sério, eu acho que só serve para influenciar indecisos e pessoas que só votam em candidatos que sabem que vão ganhar.
 
Sou a favor ou que se proíbe tudo ou libera tudo!

Pois houve uma época que emissoras de rádio tinham liberdade de fazer pesquisas seguindo metodologia própria como fazia com competência a Jovem Pan que em 1988 foi uma das poucas que cravou que o grande ídolo da política do @Felagund (leia-se Luiza Erundina) venceria a eleição pra prefeito de Sampa enquanto os renomados institutos de pesquisa dava como certo a vitória do Maluf.
Não foi isso não. Que eu saiba, a Jovem Pan noticiou que o Jânio Quadros venceria o FHC na eleição anterior, sendo que o DataFolha falou que a boca de urna dava FHC.

E a Band faz um "catadão" das pesquisas para criar uma coisa nova, o tal "Índice Band" lá
 
Qual é a utilidade da pesquisa eleitoral para o eleitor?

Falando sério, eu acho que só serve para influenciar indecisos e pessoas que só votam em candidatos que sabem que vão ganhar.

Sei lá, é informação, é um serviço, tem seu valor. Acho que o problema maior é a cultura eleitoral. Será que efetivamente afeta os indecisos? O % é quase sempre tão estável...
 
Não foi isso não. Que eu saiba, a Jovem Pan noticiou que o Jânio Quadros venceria o FHC na eleição anterior, sendo que o DataFolha falou que a boca de urna dava FHC.

E a Band faz um "catadão" das pesquisas para criar uma coisa nova, o tal "Índice Band" lá

A eleição de 88 foi a última que a emissora teve autorização legal pra realizar pesquisas.

Mas a anterior que você mencionou do Jânio também foi histórica, já que na véspera da eleição o FHC se sentia tão seguro do resultado que até tinha posado pra fotos de jornais sentado na cadeira de prefeito. Caiu da cadeira!
 
Esse assunto entra naquela questão do grau de civilidade (equivalente a amadurecimento) do processo democrático.

Em condições ideais de laboratório (na teoria), a pesquisa deveria ser representação visual das intenções de voto sendo apenas conseqüência e não causa (porque é um medidor como o painel de velocidade de um carro). Mas como sabemos, o "barato da natureza funciona assim" e ela zoa com condições muito rígidas (vias de mão única) e os pontos de falha do sistema aparecem na medida em que as decisões da sociedade ficam mais complexas.

Pois que se houver distorções no senso de comunidade das pessoas (no Brasil as distorções são enormes pela carência de educação) elas se tornam vulneráveis a fatores de pouco valor, como por exemplo, enxergar que o candidato está por último e ficar desanimado ao invés de estudar e promover os objetivos que o candidato defende.

Tudo isso porque existe visão simplista de que voto significa apenas "sim" ou "não". Na verdade é possível continuar gostando da idéia de votar no candidato mesmo com defeitos enquanto o eleitor decide se afastar de certos planos em que ele mesmo não concorda e assim deveria ser. Louvar as qualidades porque são qualidades e defeitos porque são defeitos e continuar moldando o candidato mesmo depois de ser eleito.

Para questões complexas é muito pouco a pessoa ter apenas a gaveta do "Sim" para informações úteis e a lixeira do "não" para informações inúteis. É preciso haver também uma gaveta cinza para colocar questões de longo prazo. Lembro que uma professora contava que quando trabalhou para o governo tinha no departamento dela uma pasta com problemas muito grandes, os famosos "fantasmas" que assombram por várias administrações seguidas. Se valesse apenas o sim ou não significaria desistência final de resolver ou entender o problema.

São muitos fatores que são pesados na democracia e que passam longe de serem abordados pelo estilo performático de palco. A loucura da propaganda (as vezes suave as vezes intimidatória) na política já elegeu insanos que comandaram o destino das pessoas em vários países como atesta o império romano.

Só não sei como eles vão separar melhor as pesquisas das campanhas dos candidatos. Aqui comigo eu vejo as pesquisas cada vez mais como medidores de barulho e não como ferramentas que mostram vontade de apoio a causas legítimas. Vou votar defendendo algumas causas e me afastando de outras para fugir do efeito previsível.

Isso porque qualquer grupo hoje que tenha uma bandeira conhecida parece funcionar como um imã de pessoas atrás de opiniões fáceis (às vezes se acumulam os bandidos). Então quero me tornar mais imprevisível em relação a esses desesperados para que meu voto volte a ter valor. Tem uma frase atribuída a Ray Bradbury sobre pessoas que lembra um pouco a incerteza de Heisenberg no comportamento do eleitor era algo como "as pessoas já são uma impossibilidade num universo impossível", então é isso na hora de votar sempre pense antes se a propaganda faz sentido com a realidade do dia a dia.
 
Vi uma coisa num grupo da UFRN e compartilhei no facebook (só me esqueci de dizer que como sempre, pode ser notícia falsa, mas...), se for verdade.

?oh=5cea47c45721daa79cc4e7cbf1128533&oe=54B0BEF6&__gda__=1418074315_b87969d24c211d315eb251735b129370

Por mim proibia, não vejo utilidade pra isso. Indeciso deveria escolher baseado em suas convicções, não baseado em pesquisas, afinal se encaixa no negócio de "não perder o voto". Nem procuro saber de entrevista nenhuma.
 
Continuo conhecendo ninguém que foi entrevistado. Difícil acreditar em um perfil aleatório.
 
A única pesquisa que respondi até hoje foi pro jornal "O Pêndulo" justamente na última eleição municipal de Campo Limpo Paulista onde eu moro. Eu estava saindo de um supermercado que fica muito próximo a sede prefeitura, mas ali coletaram os dados direitinho além de perguntarem os temas mais prioritários pra cidade.
 
Continuo conhecendo ninguém que foi entrevistado. Difícil acreditar em um perfil aleatório.

Principalmente quando o perfil aleatório só se manifesta para levantar dúvidas sobre a lisura da pesquisa e ficar fazendo mimimi.
Se fosse apenas "Olha, gente, eu fui entrevistada! As pesquisas são feitas mesmo! bjos!" -- tudo bem.
 

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