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Notícias Fim do Cinema em Cena

Ana Lovejoy

Administrador
Para quem não viu, foi publicado no dia 27/08 no site Cinema em Cena:

Caros leitores do Cinema em Cena,

Escrevo este editorial por dois motivos.

O primeiro é que eu estou de saída do cargo de editor-chefe do Cinema em Cena para perseguir novos desafios. É uma decisão que eu comuniquei ao nosso diretor (e meu grande amigo), Pablo Villaça, há algum tempo, pois sinto que estou em uma etapa da minha vida profissional em que a volta aos estudos acadêmicos não pode mais ser adiada. Além disso, tenho projetos pessoais e familiares que pedem minha dedicação, e é impossível conciliar tudo isso trabalhando em jornada dupla (às vezes tripla), de segunda a sexta (muitas vezes também nos fins de semana). Como muitos de vocês sabem, eu também trabalho na Rádio Inconfidência, emprego do qual não posso abdicar, ainda mais considerando o gravíssimo estado em que o mercado se encontra para o Jornalismo.

Não pensem que fazer esta escolha foi fácil. Bem longe disso. Minha história no Cinema em Cena dura mais de 12 anos. Eu passei por praticamente todas as fases do site e foi graças ao trabalho aqui desenvolvido que eu adquiri boa parte da minha experiência profissional. Mais que isso, serei sempre grato ao Pablo por ter me dado a chance de transformar o Cinema em Cena em um verdadeiro reduto de conhecimento cinéfilo, seja na condução da seção Cinenews ao lado dos redatores, seja na criação das nossas colunas junto a seus autores. Sem falar que eu pude construir aqui, com a nossa equipe, um podcast prestigiado, que certamente é o fruto de todo esse trabalho do qual eu mais tenho orgulho. Serei sempre grato a todos os colaboradores, convidados e ouvintes do programa, que completa três anos em setembro.

O outro motivo deste editorial é, sem dúvida, o mais importante: o Cinema em Cena está chegando ao fim. Pablo ainda escreverá a respeito para vocês, com mais detalhes e propriedade, já que é nosso diretor e o fundador do site. Mas o fato é que diante da realidade financeira em que o Cinema em Cena se encontra, ficou decidido, entre ele e nossos demais acionistas, que será inviável manter o site no ar.

A nossa única fonte de receita são os anúncios do Google, e ela se mostra insuficiente para que possamos reformular mais uma vez a nossa estrutura, tanto do ponto de vista da tecnologia (a qual é preciso acompanhar em seu ritmo alucinante) quanto da gestão de pessoal, já que a nossa equipe, embora muito qualificada, tem seu desempenho comprometido pela impossibilidade de fazermos novos investimentos.

Diante da conjuntura desse cenário financeiro, e constatando que é impossível manter o nível de qualidade do nosso trabalho, que sempre foi apontado por nossos leitores como o diferencial do nosso conteúdo, é com muita tristeza que eu venho informar que o Cinema em Cena não será mais atualizado a partir do próximo dia 14 de outubro, quando completará 17 anos no ar.

O sentimento da nossa equipe não é outro senão o de profunda consternação (com o perdão da redundância). O Cinema em Cena não representa para nós apenas um trabalho, mas um lar. Ainda seguiremos juntos por mais algum tempo, publicando notícias e nosso podcast, e vocês ainda poderão ler a cobertura do Festival do Rio 2014 feita pelo Pablo e as edições finais das nossas colunas. Continuaremos a dar nosso melhor até o iminente apagar das luzes — ou, para ser mais coerente com a nossa vivência, até que elas se acendam, como no final de uma sessão de cinema.

Quero deixar aqui o meu muito obrigado a você que nos acompanha. Você também faz parte da nossa família Cinema em Cena.

Caso queira entrar em contato diretamente comigo ou com o Pablo, nossos e-mails estão linkados abaixo:

renato@cinematorio.com.br

pablovillaca@gmail.com

Forte abraço,

Renato Silveira
editor-chefe

Muito triste esse anúncio. Li uma entrevista com o Villaça (muito boa, por sinal) e entendo os motivos dele, mas Cinema em Cena é um dos pouco sites que frequento tem mais de uma década (jogo aí a Valinor, e página inicial do UOL hehe). Brilho Eterno de Uma Mente Sem Lembranças eu só fui ver no dia da estreia (e me apaixonei por ele) por causa de uma crítica do Villaça. Acompanhei ansiosa um monte de notícias das produções de O Senhor dos Anéis e Star Wars (num tempo que essa coisa de foto vazada ainda era beeeeem rara). Aquelas notas sobre possíveis projetos que acabavam indo para a gaveta, passava horas lendo aquilo. Ver calendário de estreia nacional. Enfim, sempre foi referência para mim, site número um de cinema no Brasil. Vai fazer falta :|
 
Nossa, que triste. :osigh:

E a constatação (na entrevista com o Pablo Villaça):

Qual a sua opinião sobre a crítica cinematográfica na internet hoje? É possível manter um site hoje calcado apenas na força de bons textos e críticas?

Tanto não é que o Cinema em Cena tem um conteúdo exemplar e não consegue se manter porque não tem um plano de negócios e não se sustenta em termos de visibilidade. A regra na internet hoje é dois ou três parágrafos, e deveria ser o contrário porque nosso diferencial era o oposto. Criaram uma sigla para isso: tldr, “too long, didn’t read” (muito longo, não li). Acho sintomático e triste porque não é a questão de ser mal escrito ou enfadonho, mas simplesmente porque é longo. Aqueles artigos e entrevistas com aprofundamento que líamos antigamente hoje estão cada vez mais raros. O que importa é a fofoca, o imediatismo sem edição, cheio de erros de português e de apuração. É o estado do jornalismo, e não só da crítica cultural, cuja tendência é mesmo acabar. Você escreve 1.500 palavras sobre a fotografia ou o figurino de um filme, e vem um cara e comenta “não concordo”. O papel da crítica é promover o debate, “me diga por que você não concorda”. E espaços assim estão sumindo porque comentários viraram o esgoto da internet.

E é mais um que acaba.
Não vai demorar muito pra ficarmos só com aquelas coisas de tuíters e feicebuq. =/
 
Nossa, que triste. :osigh:

E a constatação (na entrevista com o Pablo Villaça):

E é mais um que acaba.
Não vai demorar muito pra ficarmos só com aquelas coisas de tuíters e feicebuq. =/

se você pega sites de jornais como a folha, a coisa chega a ser assustadora: aparentemente eles desenvolveram um padrão de texto em que o jornalista só larga lá umas breves linhas, sem qualquer palavra que conecte um parágrafo ao outro dando coesão ao texto.

exemplo, pedaço da crítica que saiu sobre um livro novo do edney silvestre

"Boa Noite a Todos", novo livro de Edney Silvestre, compreende duas obras —uma novela e um monólogo teatral— com tramas coincidentes e escritas em paralelo, como ele explica no texto que fecha o volume.

Em ambas, temos Maggie, "senhora de idade indefinida" que se hospeda num hotel (ao que tudo indica, no Rio de Janeiro) com propósitos suicidas.

A decisão se deve menos a traumas ou a um estado depressivo do que à impossibilidade de viver o luto e a melancolia.

Após uma sucessão de pequenos derrames, Maggie está perdendo a memória, tem lapsos de linguagem, confunde nomes até mesmo de pessoas muito próximas: os três maridos, a mãe que se suicidou, a irmã que ela levou à morte ao manter relação adúltera com o cunhado.

wth.

e uma coisa que o villaça fala aí sobre o tal do "não concordo": eu acho que essa coisa do "não concordo", sem maiores argumentos, é um pouco consequência do tal do "gosto é gosto", que acabou virando muleta para quem tem preguiça de debater. chega fulano e diz que tal filme é chato, você pergunta o motivo e ela vai tacar um "aiiii, gosto é gosto, respeite minha opinião", como se você, sei lá, estivesse insultando o cara só por querer entender qual a visão que ele tem da obra.
 
e uma coisa que o villaça fala aí sobre o tal do "não concordo": eu acho que essa coisa do "não concordo", sem maiores argumentos, é um pouco consequência do tal do "gosto é gosto", que acabou virando muleta para quem tem preguiça de debater. chega fulano e diz que tal filme é chato, você pergunta o motivo e ela vai tacar um "aiiii, gosto é gosto, respeite minha opinião", como se você, sei lá, estivesse insultando o cara só por querer entender qual a visão que ele tem da obra.

É mesmo.
E em todo tipo de discussão é assim não só em cultura mas também política, notícias do cotidiano etc.
E sempre tem aqueles idiotas que chegam chutando o balde, xingando tudo e todo mundo, não emite opinião alguma, não acrescenta nada, só esbraveja, e a gente passa raiva e fica sem saber se a pessoa era contra, a favor ou o quê.

E por isso que eu torço pra que o fórum Valinor não acabe tão cedo. =/
 
Eu admiro bastante o Pablo e a sua forma de ver cinema e a crítica de forma geral.
Fiz curso com ele e realmente é apaixonante essa forma dele de ver as coisas.

Mas eu confesso que nos últimos meses eu tinha parado de acompanhar tão de perto as críticas dele por terem diminuído bastante o ponto forte de sempre visualizar e ressaltar os pontos técnicos que o fizeram admirar ou não a obra. Ao invés disso o foco passou a ser a temática do filme e principalmente as opiniões e visões político/social dele sobre o mundo. Alguns trechos da ultima critica que ele escreveu sobre o filme do Depardieu quase mais pareciam trechos de coluna política de jornal do que uma crítica sobre o filme.
Isso me decepcionou um pouco, mas ainda assim é bem acima da média do que se pode encontrar em críticas em português.


Dito isso, é uma calamidade o fim do Cinema em Cena. É um marco do jornalismo cinematográfico brasileiro.
 
Longe de nos compararmos com o Cinema em Cena (que eu frequento também há mais de uma década :eh:) a Valinor passa por problema semelhante desse citado aqui pelo Villaça:

Qual a sua opinião sobre a crítica cinematográfica na internet hoje? É possível manter um site hoje calcado apenas na força de bons textos e críticas?

Tanto não é que o Cinema em Cena tem um conteúdo exemplar e não consegue se manter porque não tem um plano de negócios e não se sustenta em termos de visibilidade. A regra na internet hoje é dois ou três parágrafos, e deveria ser o contrário porque nosso diferencial era o oposto. Criaram uma sigla para isso: tldr, “too long, didn’t read” (muito longo, não li). Acho sintomático e triste porque não é a questão de ser mal escrito ou enfadonho, mas simplesmente porque é longo. Aqueles artigos e entrevistas com aprofundamento que líamos antigamente hoje estão cada vez mais raros. O que importa é a fofoca, o imediatismo sem edição, cheio de erros de português e de apuração. É o estado do jornalismo, e não só da crítica cultural, cuja tendência é mesmo acabar. Você escreve 1.500 palavras sobre a fotografia ou o figurino de um filme, e vem um cara e comenta “não concordo”. O papel da crítica é promover o debate, “me diga por que você não concorda”. E espaços assim estão sumindo porque comentários viraram o esgoto da internet.

É difícil manter um espaço de discussão, de crítica, de leitura, de artigos. Enquanto nossos grandes Artigos infelizmente vivem às moscas, sendo lidos e comentados por poucos, qualquer paginazinha besta de Facebook que só posta fotinho engraçada fazendo piada com SdA tem dez vezes mais seguidores do que a gente e ganha muito dinheiro com isso.

Ainda que a Valinor tem um custo de manutenção relativamente baixo de U$115,00 e quem ajuda o faz como hobbie não como profissão. Senão, estaríamos no mesmo problema do Cinema em Cena
 
Comentando o que o autor do site fala na entrevista, a opção pelo jornalismo "junk food" leva consigo os mesmos problemas do excesso da "comida fast food" quando devorada diariamente, cheia de calorias vazias, inchaço, doença e vida curta.

Em busca de solucionar a situação os grandes jornais dividem o conteúdo do site entre áreas de acesso pago e áreas de acesso livre para devolver valor aos textos lidos.

Entretanto alguns colunistas consideram que é paliativo que infelizmente não resolve porque dinheiro não soluciona tudo. Se parte das qualidades do leitor tem decaído também é porque o público tem sido estimulado a se dispersar, a gostar de notícias pouco informativas, sem sabor investigativo e enviesadas (por exemplo, na política a imprensa parece tratar o Centro como se fosse uma esquerda ou direita light, que dirá haver debate democrático).

Por um lado pode ficar tão caro pra se divulgar e manter com fama que a explosão de invasores em sites sérios sofra também desgaste (antigamente o cara dizer que era webmaster soava diferente porque as paredes ecoavam valorização). Em contrapartida, se sites desregrados começam a ser o padrão isso indica ciclo vicioso, um estado geral de disputa entre mendigos intelectuais, muito vulnerável a ataques melodramáticos e alguns tipos específicos de cyber-ataques (sensacionalismo).

Em parte a bolha da informação cresceu tanto que o público perdeu a noção da tecnologia ou do que fazer com ela e está ainda maravilhado com o impacto de poder fazer piadas instantâneas com grande acesso e alcance. Então sou da opinião de voltarem ao básico, que algumas disciplinas que hoje estão nos cursos de faculdades passem a ser aplicadas a alunos comuns de escolas no ensino médio e fundamental e uma delas seria História da Tecnologia.

Enquanto isso não acontecer o público novo não vai saber valorizar algo que vê como garantido, até mesmo um simples copo de água gelada (é preciso de geladeira pra ter água fria).

Por isso eu penso que por mais que os tempos mudem quem está defasado ultimamente é o internauta médio, que não sabe usar direito uma área de comentários mas que cobra um Portal todo bonito pra se manter interessado e que por não ter ultrapassado o aprendizado do básico não vai aprender a gostar de colunas e análises que são justamente a parte mais saborosa e útil de qualquer situação. Ou pior, vai se acreditar moderno e vai pensar a própria falta de concentração/foco como inovação sendo que de verdade é um defeito antigo de formação e não uma qualidade, ou seja algo que existe desde a idade da pedra.
 
Ele tinha postado isso num grupo fechado antes, mas agora tá aberto.

Se o site continuar vai ser como agregador de notícia.


https://www.facebook.com/pablovillaca01?fref=ts

(Peço aos meus alunos que já responderam a esta questão no grupo do curso não o façam novamente, ok?)

(NÃO CURTA SEM LER ANTES, POR FAVOR. MESMO.)

Bom...

... por onde começar?

Ok. Em primeiro lugar, pedindo sua atenção por alguns minutinhos. Obrigado pela atenção desde já. Generosidade sua.

Muito bem.

Quem me acompanha há algum tempo, sabe que o Cinema em Cena é meu filho mais velho: criado há 17 anos, é o site de cinema mais antigo da Internet brasileira ainda em atividade. E sabe também que, há cerca de três semanas, anunciamos que ele chegaria ao fim em 14 de Outubro por não conseguirmos mantê-lo financeiramente - e, também, por estarmos percebendo que a impossibilidade de viajarmos para festivais estava comprometendo nossa qualidade no que diz respeito à discussão do que esta Arte linda tem produzido.

Não foi uma decisão fácil. Há mais de um ano vínhamos lutando com a ideia - e, como expliquei em um post aqui no FB, eu me sentia frustrado com minha incompetência como homem de negócios, já que um site com tantos leitores deveria ser capaz de render algo pra se manter.

Quando Renato escreveu o editorial anunciando o fim do site, avisou que eu iria publicar um outro editorial em breve, mas não consegui fazê-lo. Doía demais e eu me sentia lutando com as palavras que tentava organizar para expressar esta dor.

E, na semana que se seguiu ao anúncio, algo fantástico aconteceu: a reação dos leitores foi infinitamente mais intensa, carinhosa e emocionante do que eu esperava. Sim, eu antecipei que alguns fossem manifestar alguma tristeza, mas eu não esperava que fossem tantos e que estes fossem enviar não apenas centenas de comentários, tweets e mensagens inbox, mas também longos emails nos quais falavam sobre como o site havia sido importante em suas vidas.

E muitos - isto também me surpreendeu - se ofereceram para colaborar financeiramente para que o Cinema em Cena não morresse.

As ofertas me comoveram, mas, nos moldes em que o site funciona atualmente, a ideia ainda parecia impraticável - e, depois de lutar tanto antes de anunciar nosso término, eu não cogitaria voltar atrás se não houvesse uma possibilidade real de que, desta vez, o CeC conseguisse uma maneira de se viabilizar a longo prazo.

O que me traz a este post. A partir de sugestões enviadas por leitores e por alunos, concebi uma reformulação do funcionamento do site que permitiria, EM TEORIA, que mantivéssemos as críticas, o podcast, as colunas, o blog, os videocasts e - por que não sonhar? - viagens para cobrir festivais e oferecer textos sobre os filmes vistos nestes eventos. Além disso, claro, poderíamos manter o site antigo (o que está no ar atualmente) como arquivo em vez de perdermos tudo quando a URL deixasse de funcionar. São 17 anos de notícias, imagens e links.

Algumas contas básicas que fizemos acerca de nossos custos (obrigado ao Rodrigo Baldin e à Jeanne (vulgo: minha irmã) pela ajuda nesta tarefa, já que, como falei, não sou bom com negócios) para mantermos equipe, colunistas, participantes do podcast e o servidor levou a um cálculo INICIAL de um valor que nos viabilizaria financeiramente.

E aí eu pergunto - embora me sinta, confesso, embaraçado em fazê-lo: quantos de vocês estariam dispostos a apoiar o CeC com um valor EM TORNO de 10 reais por mês (ofereceríamos planos semestrais e anuais com "desconto")? Ainda estamos considerando alguns "incentivos"/agradecimentos pela assinatura, mas, para isto, preciso ter uma ideia de quantos leitores/padrinhos/madrinhas teríamos ao nosso lado.

Se você toparia colaborar, peço apenas que curta este post. Não
e preciso comentar nem nada. Apenas curtir, para que eu tenha uma ideia do número de almas extremamente gentis, generosas, fantásticas, amadas e deliciosas que ajudariam a salvar o site.

Não curta se não estiver mesmo disposto a colaborar, por favor. Preciso de um número para ter uma ideia. Antes de publicar este texto aqui, compartilhei a ideia com meus alunos no grupo exclusivo dos cursos - e foi justamente o apoio de um número considerável deles que me deu o estímulo necessário para divulgar a ideia aqui também. (Se você já curtiu o post lá no grupo do curso, não curta novamente aqui, por favor. Preciso de um número real.)

E para que fique claro: não estou dizendo (ainda) que o Cinema em Cena poderia sobreviver ao próximo dia 14 de Outubro. Para isso, ainda preciso ter uma ideia da viabilidade do projeto (daí a consulta aqui) antes de decidir tentar esta última cartada.

Obrigado desde já, independentemente de topar colaborar ou não. (Mas se topar, o "obrigado" será ainda maior.)

Um grande abraço e bons filmes!
Pablo
 
eu não entendi bem o que ele colocou aí. primeiro que ofereceram doar dinheiro e ele achava inviável, aí depois ele pergunta quem toparia doar deizão? mesmo num esquema de assinatura, o risco de de repente ficar sem grana seria o mesmo, não?

de qualquer forma, torço para que dê certo. a parte do pagamento é complicada, o povo ainda tem uma noção meio estranha sobre pagar por conteúdo na internet - vejo principalmente quando o assunto é aquele paywall de periódicos. :/
 
eu não entendi bem o que ele colocou aí. primeiro que ofereceram doar dinheiro e ele achava inviável, aí depois ele pergunta quem toparia doar deizão? mesmo num esquema de assinatura, o risco de de repente ficar sem grana seria o mesmo, não?

de qualquer forma, torço para que dê certo. a parte do pagamento é complicada, o povo ainda tem uma noção meio estranha sobre pagar por conteúdo na internet - vejo principalmente quando o assunto é aquele paywall de periódicos. :/

Eu acho que ele está indo pro mesmo lado que a gente - assinatura recorrente periódica. Mas desse jeito você tem que estar ciente que quem vai contribuir é quem ama seu trabalho, e normalmente é menos gente do que diz que ama. Isso também coloca outra variável na jogada: antes eram visitantes, agora são pagantes, o nível de suporte naturalmente acaba sendo outro, subindo custos.

Mas tenho certeza de que estão cientes disso e avaliando as possibilidades. Assinatura Recorrente Periódica + AdSense + Publicidade Paga para um site como o deles deve funcionar. O chato é que isso vai dar mais trabalho pra manter, precisar de mais gente pra gerir isso tudo... e nem todo mundo é empreendedor ou CEO (como o Notch, criador do Minecraft, que vazou por não aguentar a pressão).
 
Eu acho que ele está indo pro mesmo lado que a gente - assinatura recorrente periódica. Mas desse jeito você tem que estar ciente que quem vai contribuir é quem ama seu trabalho, e normalmente é menos gente do que diz que ama. Isso também coloca outra variável na jogada: antes eram visitantes, agora são pagantes, o nível de suporte naturalmente acaba sendo outro, subindo custos.

Mas tenho certeza de que estão cientes disso e avaliando as possibilidades. Assinatura Recorrente Periódica + AdSense + Publicidade Paga para um site como o deles deve funcionar. O chato é que isso vai dar mais trabalho pra manter, precisar de mais gente pra gerir isso tudo... e nem todo mundo é empreendedor ou CEO (como o Notch, criador do Minecraft, que vazou por não aguentar a pressão).

é que pelo que eu entendi o pior da parte de custo deles é bancar idas aos festivais - isso é grana pracaraleo, não é a mesma coisa que grana para pagar servidor, pesquisar uma forma mais bacana de armazenar trailers e imagens de alta qualidade e afins. aliás, já daquele primeiro editorial me pareceu que eles chegaram num ponto que sites que souberam monetizar melhor (tipo o omelete) conseguem estar oferecendo entrevistas/ "reviews" que eles não conseguem, justamente pela falta de grana para bancar uma ida para esses lugares.
 
é que pelo que eu entendi o pior da parte de custo deles é bancar idas aos festivais - isso é grana pracaraleo, não é a mesma coisa que grana para pagar servidor, pesquisar uma forma mais bacana de armazenar trailers e imagens de alta qualidade e afins. aliás, já daquele primeiro editorial me pareceu que eles chegaram num ponto que sites que souberam monetizar melhor (tipo o omelete) conseguem estar oferecendo entrevistas/ "reviews" que eles não conseguem, justamente pela falta de grana para bancar uma ida para esses lugares.

Eu acho que a solução é a mesma - pode não ser manter servidor, mas é disponibilizar conteúdo (de uma maneira ampla).

Sucesso pra eles na busca da solução. O Omelete é um grande exemplo que soube se monetizar, mas me parece que perdeu a alma - espero que o CeC consiga uma alternativa interessante que não custe-lhes a alma.
 
eu acho que o villaça não queria dinheiro e nunca pensou em como monetizar justamente pelo lance de não perder a alma do cinema em cena. passei por algo semelhante com o meia palavra, e foi meio que parte do que levou ao fim também. eu nunca concordei com o lance de transformar o meia e algo para se fazer dinheiro - achava que a gente já estava se perdendo um pouco com os livros recebidos de editoras. parte do motivo para não querer o dinheiro era justamente ter em mente que a partir que começasse a rolar grana, a coisa teria que ficar séria, profissional - e ali todo mundo tocava a coisa como um hobby, até porque tirava dinheiro de outros lugares. enfim, é complicado. pessoal que lê os sites às vezes nem se dá conta do tanto de coisa que acontece nos bastidores.
 
Pelo visto o Pablo desistiu novamente do Cinema em Cena:

upload_2016-8-21_2-28-32.png

E aqui uma entrevista onde ele destila todo um pessimismo e em relação à crítica no Brasil e fala sobre deixar de ser crítico:


Cada vez mais afetado hein?! Por exemplo, enquanto os dois outros citam a resistência que as legendas ainda têm hoje para fazer graça e ter um momento descontraído, Pablo veste a cara mais de bunda possível e porta-se como se a coisa fosse o fim do mundo. Curto pra caramba o Pablo como resenhista e como entusiasta de cinema, mas pelo amor de Deus né, cara fica agindo como uma diva má compreendida... Se a situação do público do Brasil fosse tão desesperadora e fosse a principal culpada de sua desistência de trabalhar como crítico, imagine então a situação de professores, de cientistas, de artistas... Ou mesmo, no Brasil e no mundo, de grandes gênios que vão só ser reconhecidos bem tardiamente... Que todos mudem de profissão e façam cara blasé para o público por não valorizarem seu trabalho.
 
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