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Eleições 2014 Eleição presidencial 2014 - Comparação de propostas

Grimnir

Well-Known Member
Enfim, a proposta (no pun intended) aqui é tentar tornar evidentes as propostas dos candidatos a presidente, tentando fugir um pouco do debate passional ("petralha", "coxinha", "ecochato") que parece dominar o Facebook.

Como primeira contribuição, deixo um artigo de julho com algumas comparações entre os candidatos: Candidatos à Presidência apresentam seus planos de governo para o país.

Alguns pontos interessantes do texto:

Embora tenham semelhanças, os programas de gestão do PT e do PSDB têm diferenças significativas. Aécio defende, por exemplo, a autonomia do Banco Central (BC). O programa considera que essa medida ajudaria a reduzir a inflação para menos de 4,5% ao ano.

Na minha visão, é ponto positivo para o Aécio. Só que esse ponto (a independência do Banco Central) é um tanto quanto acadêmico e um pouco distante do público. Aécio diz que essa medida ajudaria a reduzir a inflação, mas ele não foi muito firme ao responder sobre o reajuste de duas tarifas que hoje são controladas pelo governo e que tem peso relevante na inflação: a gasolina e a energia elétrica. Aliás, na entrevista de ontem com a Dilma, bateram nela sobre a inflação. Mas será que está absurdamente alta?

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Olhando assim, não parece estar fora de controle. É verdade a inflação está quase sempre no teto da meta e que o Banco Central quase nunca aponta que ela vai convergir para a meta nos próximos meses. Isso é mais um problema de risco Brasil para os investidores que um problema de descontrole de preços. Esse debate econômico é meio complicado...

Outra proposta que acho interessante:

Outras propostas prometem ser mais polêmicas. Aécio, por exemplo, propõe uma política de incentivos salariais a professores baseados no desempenho dos alunos. Ele propõe também a articulação com a iniciativa privada para o aumento no número de vagas do ensino superior.

Eu acho que fazem falta não universidades privadas com dezenas de cursos, mas faculdade particulares focadas em determinados campos do conhecimento. E que essas faculdades possam aumentar a oferta de cursos de forma minimamente orgânica - ou seja, apresentando bons resultados.

Só um pedido: Apresentem evidências sobre as propostas. Não vale citar que a Dilma vai dar um golpe comunista ou que o Aécio vai privatizar tudo.
 
"É preferível um Aécio na mão que duas Marinas voando


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A aposta em Marina Silva é de alto risco por várias razões.

Dilma Rousseff e Aécio Neves representam forças claras e explícitas e são personalidades racionais.

Dilma defende um neo-desenvolvimentismo com uma atuação proativa do Estado e Aécio a volta ao neoliberalismo de Fernando Henrique Cardoso.

Em 2011, o pânico em relação à inflação tirou Dilma do prumo. Mas ela tem ideias claras sobre o país e sobre o que quer: política industrial, investimentos em infraestrutura, aprofundamento do social.

Podem ser apontados inúmeros vícios de gestão, mas também tem feitos consagradores, como a própria política do pré-sal, a construção da indústria naval, o Pronatec, Brasil Sem Miséria e um conjunto de obras – especialmente na área de energia.

Mesmo sua teimosia mais arraigada não chega perto do risco da desestabilização – apesar do terrorismo praticado por parte do mercado.

***

Com Aécio, a economia será submetida novamente a uma política de arrocho fiscal. Haverá refluxo na atuação do BNDES, fim das políticas de incentivo fiscal, redução da ênfase nas políticas sociais, interrupção no processo de reaparelhamento técnico do Estado. Se venderá novamente o peixe da “lição de casa” e do pote de ouro no fim do arco-íris.

Assim como FHC, Aécio estará ausente do dia a dia. Mas certamente se cercará de um Ministério de primeira grandeza e há uma lógica econômica por trás de suas propostas.

Até onde pretenderá chegar com o desmonte do Estado social, é uma incógnita. Mas age com racionalidade.

***

Já Marina é uma incógnita completa.

Primeiro, pelos grupos que a cercam e que querem um pedaço desse latifúndio. E ela não tem um grupo para chamar de seu, a não ser para o tema restrito do meio ambiente.

Haverá uma disputa dura para saber quem a levará pela mão: economistas de mercado, os grandes empresários paulistas, ambientalistas radicais, os egressos do PSB e – se Marina se consolidar – os trânsfugas do PSDB paulista.

***

O segundo dado é o mais confuso: a personalidade de Marina que nunca foi de admitir ser conduzida por ninguém.

Os que conviveram com Marina no governo reforçam algumas características:

  1. Dificuldade em entender economias industriais.

  2. Baixo pique operacional. Praticamente não conseguiu colocar de pé nenhuma de suas propostas à frente do Ministério do Meio Ambiente.

  3. Jogo de cintura nenhum.
Tudo isso seria contornável, não fosse um aspecto de sua personalidade: teimosia e voluntarismo exacerbados. No governo Lula era quase impossível a outros Ministros definir pactos com Marina. Nas vezes em que era derrotada, costumava se auto-vitimizar.

Os empresários paulistas que apoiaram sua candidatura estavam atrás do símbolo político, o Lula de saias, o Avatar dos novos tempos. Vice de Eduardo Campos seria o melhor dos mundos, pois o presidente asseguraria a racionalidade do governo.

Colocaram como seus porta-vozes economistas, importaram o brasilianista André Lara Rezende, que encontrou a melhor síntese para casar o livre mercadismo com as propostas ambientalistas de Marina: o país não pode crescer para não comprometer o equilíbrio do meio ambiente mundial. Quem chegou, chegou, quem não chegou não chega mais.

***

Experiências recentes do país indicam que o componente pessoal, a psicologia individual é um ponto relevante na análise de figuras públicas.

Resta saber se o país está disposto a pagar para ver.

Para os mercadistas: aguardem um mês de campanha antes de iniciar a cristianização de Aécio, para poder entender melhor a personalidade de Marina.

É preferível um Aécio na mão que duas Marinas voando."

Fonte: http://jornalggn.com.br/noticia/e-preferivel-um-aecio-na-mao-que-duas-marinas-voando
 
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Programa de Marina defende democracia direta
estadao-conteudo.png Isadora Peron e Roldão Arruda

"No capítulo Cidadania e Identidades, aparece a proposta de "implantar uma Política Nacional de Participação Social e incluir movimentos em conselhos e instâncias de controle social do Estado". É o mesmo que propunha a presidente Dilma Rousseff no decreto sobre Política Nacional de Participação Social, que, há três meses, provocou polêmica e reações no Congresso.
FONTE: http://atarde.uol.com.br/politica/e...a-de-marina-defende-democracia-direta-1616918


Essa proposta é boa, mas quando a presidenta Dilma propôs o mesmo: alguns (grande mídia) acusaram-na de tentativa de criar a "República Bolivariana" o que é uma estupidez. Precisa ser debatido com mais racionalidade e menos paixão ideológica. Ponto de convergência entre Governo Dilma PT/PSB ou REDE nesta questão.
 

Anexos

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Última edição:
O grande problema é que os Movimentos Sociais, embora sejam derivados de problemas relevantes, não englobam toda a população. Portanto, um sistema onde esses movimentos tenham poder de decisão não serão uma democracia direta.

Normalmente, inclusive, tendem a envolver apenas os setores mais extremos da sociedade.

Portanto, nenhum candidato com plataforma de Democracia Direta ou Movimentos Sociais com poder decisório vai ganhar meu voto.
 
Com Aécio, a economia será submetida novamente a uma política de arrocho fiscal. Haverá refluxo na atuação do BNDES, fim das políticas de incentivo fiscal, redução da ênfase nas políticas sociais, interrupção no processo de reaparelhamento técnico do Estado. Se venderá novamente o peixe da “lição de casa” e do pote de ouro no fim do arco-íris.

Assim como FHC, Aécio estará ausente do dia a dia. Mas certamente se cercará de um Ministério de primeira grandeza e há uma lógica econômica por trás de suas propostas.

Até onde pretenderá chegar com o desmonte do Estado social, é uma incógnita. Mas age com racionalidade.

Sério, onde está escrito no plano de governo do Aécio que ele vai reduzir os gastos com programas sociais?

Tenho visto várias comparações entre FHC e Lula como se isso bastasse para escolher entre Aécio e Dilma. Será que essa é a melhor forma de escolher? Dilma abertamente fala que se tornou presidente para continuar o trabalho de Lula e que pretende manter essa lógica. Beleza. E no caso do Aécio?

Aparelhamento técnico do Estado? Esse é um eufemismo para crescimento dos gastos do governo com criação de ministérios com assessores e secretários?

Essa proposta é boa, mas quando a presidenta Dilma propôs o mesmo: alguns (grande mídia) acusaram-na de tentativa de criar a "República Bolivariana" o que é uma estupidez. Precisa ser debatido com mais racionalidade e menos paixão ideológica. Ponto de convergência entre Governo Dilma PT/PSB ou REDE nesta questão.

Discordo de tudo.

Primeiro: É um ponto de convergência entre os três candidatos, já que Aécio também se manifestou sobre esse assunto há muito tempo:

O então deputado federal Aécio Neves, que criou uma comissão parlamentar para estudar esse assunto, declarou:

"Quando assumi o compromisso de criá-la, ainda como candidato à Presidência da Câmara, guiava-me por um mandamento não-escrito e só ignorado pelo autoritários: o de que, muitas vezes os representados estão à frente de seus representantes. Inspirou-me, também, a lição histórica de que, aprisionada em suas rotinas e divorciada da vontade popular, a representação parlamentar serve ao esvaziamento da política, à descrença em seus atores e, por decorrência, ao enfraquecimento da democracia”(GARCIA, 2001, p. 15).

Em segundo lugar, assim como o @Deriel, penso que já existem muitos movimentos sociais que além de não representarem todos os espectros de opiniões populares, também são movimentos já muito organizados e que sairiam muito na frente na hora de influencia as decisões.

Além disso, acho que o decreto foi prematuro e acima de tudo extremamente confuso na sua forma de funcionar. Chamar de República Bolivariana é uma idiotice, assim como falar coisas como "petralha", "coxinha" e "esquerda caviar". Acho que olhando friamente, a ideia de que falta representatividade é um problema real, mas desconfio que uma reforma política séria pode ser um primeiro passo muito mais maduro. Em especial se for possível acabar com a indecência do coeficiente eleitoral.
 
Última edição por um moderador:
Quem dera ela pudesse criar cá uma República Bolivariana cá, mas o projeto político do PT vai na direção oposta. A intenção dos candidatos com essa historieta de 'democracia direta' é cooptar as massas que foram às ruas protestar por mudanças constitucionais. Não há vontade política para isso, nem direcionamento ideológico, apenas oportunismo eleitoreiro.

Alguém já se perguntou por que a Marina, a mais 'green' e hippie dos grandes candidatos, nas eleições pasadas, nem mencionou 'democracia direta'? Falou-se sim em reforma política mas como esse termo virou uma palavra mais hermética, mistérica, enigmática que qualquer outra coisa...
 
É verdade que falam muito de "reforma política" de forma mística, como se fosse um upgrade automático. O fato é que existem possibilidades muito claras de reforma política e que são porcamente debatidas. Dois exemplos muito simples são o voto distrital e o fim do coeficiente eleitoral.
 
Tá cada vez mais difícil de escolher em quem votar nas eleições. Todos prometem simplificação da carga tributária, investimento em infraestrutura (a.k.a. mais buracos e mais pedágios), investimento em saúde, em educação e por aí vai. Mas aonde eu já ouvi essas mesmas promessas mesmo? Ah... nas eleições passadas e retrasadas.

Enxugar os gastos da União, reduzir o número de partidos e avançar na reforma política, nem pensar. Não importa quem vai sentar na cadeira da Presidência, vai mudar pouca coisa; não há controle sobre os servidores (mais precisamente sobre os CC's) e políticos após as eleições quando o assunto é gazetear com o erário público.
 
O Projeta Brasil e o app Veto ou não Veto para Android são duas formas interessantes de avaliar as propostas dos candidatos, sem saber de quem são. É claro, algumas são muito óbvias, mas outras nem tanto. Também é curioso ver como que em alguns casos as propostas são muito mais-do-mesmo.
 
Sim. Confesso que o Pastor Everaldo está bombando no teste. Felizmente não apareceu nenhuma porposta louca do tipo "pró família".
 
Tenho visto várias comparações entre FHC e Lula como se isso bastasse para escolher entre Aécio e Dilma. Será que essa é a melhor forma de escolher? Dilma abertamente fala que se tornou presidente para continuar o trabalho de Lula e que pretende manter essa lógica. Beleza. E no caso do Aécio?

No caso do aécio ele tem dificuldade de assumir o "legado" do governo tucano/FHC e as propostas para se contrapor ao governo atual (PT) não estão convencendo ninguém. Ele está progressista demais para um tucano representante da oligarquia mineira ( isso soa muito falso). Está querendo se apresentar como um petista moderado para o eleitor.
 
Impressionante os números. São cerca de 40 dias pras eleições e as campanhas começaram há pouco. Vamos ver no que vai dar. Não estou torcendo particularmente por ninguém (embora cada um deles tenha algo que eu abomine imensamente).
 
No caso do aécio ele tem dificuldade de assumir o "legado" do governo tucano/FHC e as propostas para se contrapor ao governo atual (PT) não estão convencendo ninguém. Ele está progressista demais para um tucano representante da oligarquia mineira ( isso soa muito falso). Está querendo se apresentar como um petista moderado para o eleitor.
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Não estou torcendo particularmente por ninguém (embora cada um deles tenha algo que eu abomine imensamente).

O que você abomina em cada um?
 
Aliás, a quem interessar, esse espaço pode servir para postarmos dados que desmitam afirmações duvidosas dos candidatos. Aproveito e peço para o camarada @Mercúcio postar, quando possível, números negativos sobre o govermo mineiro.
 
O @Felagund postou bons comentários no Facebook. Posta aqui também, ô zé mané. Confesso que estou ouvindo aos poucos de novo, pq não prestei muita atenção ontem.

O meu principal comentário é: Acho muito estranha a nova política da Marina. Tem cara, cheiro e gosto de crise de governabilidade entre os poderes executivo e legislativo. O que não é necessariamente um problema, já que um presidente sempre pode recorrer às medidas provisórias para driblar as dificuldades de articulação com o Congresso Nacional. Exemplo: Dilma edita menos MPs que Lula nos dois primeiros anos de mandato

A questão é que o discurso dela ainda é muito nebuloso e do jeito que ela fala, parece que ela quer fazer alianças com pessoas, ao invés de partidos. O que não é má idéia, mas dados os incentivos do nosso sistema político (no qual raramente uma andorinha só faz verão), acho difícil que ela consiga. Ainda mais pq um dos homens fortes da equipe econômica dela (Eduardo Gianette, um ótimo economista, aliás), imagina um cenário político onde seria possível ter os bons do PT e do PSDB aliados e o PMDB isolado do outro lado, como oposição. Imagine all the people...

Enfim, ainda vou ouvir tudo de novo para fazer maiores comentários.
 
Vai aqui os meus dez centavos sobre o debate de ontem:

Considerações sobre o debate:

Dilma: Saiu bem dos ataques. Ela, afinal, é o principal alvo de todos os candidatos, sendo a atual governante e a candidata líder das pesquisas. Escapou das perguntas sobre a Petrobrás citando o aumento dos lucros da empresa durante o governo PT. Também se saiu bem da afirmação da Marina Silva sobre o Mais Médicos ser "paliativo", afirmando que a vida de ninguém é paliativa. Dilma, é óbvio, não é uma grande oradora e não tem a simpatia do Lula, por isso eu acho que ela jamais ganhará um debate na TV, mas pra quem tem mais a perder do que a ganhar, ela se saiu bem.

Marina: Foi muito bem ao escapar das provocações (principalmente da Luciana Genro) sobre o seu fundamentalismo religioso, assim como sobre a sua ortodoxia no tratamento ao meio ambiente, que pode assustar o agronegócio.
Da mesma que se saiu bem ao escapar das armadilhas preparadas pelos rivais, não soube novamente dizer o que essa sua "nova política" se presta a fazer. Quando questionada pelo candidato Aécio, ela se enrolou e foi cobrada pelo senador mineiro de que essa "nova política poderia ter coerência". Marina não disse como poderia governar "com os bons de todos os partidos" sem que o seu governo não se transformasse em uma grande guerra entre os diferentes partidos que poderiam fazer parte dele. Mostrou não respeitar o fisiologismo político no Brasil, o que é bom, mas não propôs nada realmente concreto por lugar, ficando novamente em um discurso muito vago.
Da forma como a Marina expõem seu plano de governo, ela não ficaria 2 anos no poder. Se ela tiver realmente pretensão de governar da forma como propõem, precisa estruturar melhor essas propostas, ou abandonar de vez esse projeto.
Marina fala bem, apesar de dizer muito pouco, excesso de proselitismo.
Soltou uma grande pérola que já pontuei que foi a "necessidade do Brasil ter mais elites", para mim ela foi muito mal nessa. Criticou a "velha esquerda" e sinalizou que não seguirá nem para a esquerda e nem para a direita, o que é uma grande bobagem e só demonstra o quão primário ainda é o seu alinhamento político.

Aécio: Talvez pressionado pela pesquisa IBOPE que aponta ele fora do segundo turno, foi o candidato mais agressivo no começo do debate, pressionou tanto a Marina quanto Dilma. Questionou as posições contraditórias da Marina em relação ao PSDB (criticando ele em SP ao mesmo tempo que diz querer contar com Serra no governo) e atacou as feridas abertas do governo PT.
No final do debate se apagou um pouco, com Marina e Dilma centrando as atenções e ficando mais escanteado. O discurso dele é o mesmo que o PSDB usa desde 2006: "Nós criamos o Bolsa Família!", "Não acabaremos com os programa sociais, iremos expandir!", "A economia precisa mudar" e tal, e essa tática já deu errado nas ultimas duas, não acredito que de certo nessa.

Luciana Genro: Fez uma pergunta que eu achei muito mal elaborada ao Pastor Everaldo, depois disso se recuperou e buscou o papel de "agente provocador" do debate, mas não acho que coube a ela tal papel. Momento alto dela foi contestar a visão de um dos jornalistas que afirmou que as manifestações de julho pediam mais segurança, ao qual ela respondeu que ele não deve ter entendido "a voz das ruas". Sem 1/10 do carisma de Plínio, serviu de contrapeso para o debate neoliberal/desenvolvimentista que tomou conta dos outros candidatos.

Eduardo Jorge: Roubou a vaga da Luciana como "agente provocador". Questionou Aécio sobre aborto, falou de legalização das drogas, fez piadinha com a magreza de Marina, questionou a famigerada "autonomia" ao BC que Marina propõem mas não explica, enfim, fez o papel de "Plínio". Escorregou meio feio no final se dizendo um candidato "Paz e amor", citando até mesmo John Lennon como exemplo para política, mas se afiar o discurso pode ser que faça um papel interessante no debate global.

Levyr Fidelix: NÃO FALOU DO AEROTREM!!!!
Parece que tá querendo brincar de político sério, mas ele, junto com o Pastor Everaldo, são claramente os menos preparados no debate. Levyr Fidelix parece aquele parente que lê muito jornal, assiste muita televisão e gosta de discutir política mais por impressões pessoais do que por pragmatismo, ideologia ou qualquer outra coisa que exija mais elaborada.

Pastor Everaldo: Fiquei até com um pouquinho de dó dele, era sem duvida o mais perdido no debate. Falou tanto e tão mal sobre privatização que qualquer liberal um pouco mais sofisticado ficaria roxo de vergonha. Os conservadores também devem se sentir profundamente irritados em ver uma figura tão tosca defender alguns dos grandes bastiões do conservadorismo.

Não vi nenhum vencedor muito claro no debate de hoje, acho que a Dilma soube contornar bem os ataques, da mesma forma como Marina soube desviar das provocações que buscavam demonstrar suas características menos progressivas. Aécio começou agressivo mas isso nem sempre é bom para o candidato, porém com o seu sumiço no decorrer do debate acredito que quem saiu com a imagem melhor (ou, pelo menos, menos afetada) foram as duas principais candidatas.

Curiosidade do debate: Quatro dos candidatos a presidente presentes no debate já foram ou são do PT: Dilma, Marina, Luciana e Eduardo!
 

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