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Copa 2014 Carro oficial, festa e R$ 200 milhões: a Copa do chefe da máfia do ingresso

Fúria da cidade

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Assistir a jogos da Copa do Mundo em camarotes, frequentar eventos exclusivos, transitar em carros credenciados pela Fifa e ainda faturar até R$ 200 milhões. Esse era o plano elaborado pelo argelino Mohamadou Lamine Fofana, de 57 anos, para o Mundial de 2014. O projeto, inclusive, já estava em curso. Foi interrompido na terça-feira por uma ação da Polícia Civil.

Fofana foi preso em um apartamento de um condomínio de luxo na Barra da Tijuca durante uma operação de combate à venda ilegal de ingressos da Copa. Empresário com vários serviços prestados ao mundo do futebol, ele agora é suspeito de liderar uma quadrilha internacional de cambistas que lucrava até R$ 1 milhão por partida do Mundial do Brasil.

Até ir parar atrás das grades, entretanto, o argelino desfrutava do prestígio conquistado em anos de trabalho no meio do futebol. Isso pelo menos é o que apontam investigações feitas pela 18ª DP (Delegacia de Polícia do Rio de Janeiro) e pela 9ª PIP (Promotoria de Investigação Penal), responsáveis pela operação que deteve Fofana e outros dez suspeitos.

"Ele tinha acesso livre ao Copacabana Palace, hotel em que estão os dirigentes da Fifa. No seu carro, há um adesivo que dá acesso a qualquer evento privado da entidade", contou o delegado Fábio Barucke, chefe da 18ª DP.

Fofana, aliás, também promovia seus próprios eventos durante a Copa. Escutas telefônicas feitas durante a investigação e divulgadas pelo jornal O Dia indicam que ele organizou festas na capital fluminense em dias de jogos do Mundial. Gastou cerca de R$ 9 mil em garrafas de uísque só para agradar seus convidados, que não eram qualquer um.

O irmão e empresário de Ronaldinho Gaúcho, Assis Moreira, foi um dos que recebeu um convite para uma festa de Fofana realizada numa cobertura na Lagoa, bairro nobre do Rio. Assis também foi pego em ligações negociando ingressos da Copa com Fofana e, segundo o promotor Marcos Kac, será intimado a depor sobre o assunto.

Amistoso e transferência

Fofana é ex-jogador de futebol e dono de uma agência de negócios relacionados ao esporte, a Atlanta Sportif International. A empresa existe desde 1993 tem escritórios em Atlanta, nos Estados Unidos, e em Dubai. Por meio dela, o argelino já intermediou transferências de jogadores e também organizou amistosos de futebol.

Foi Fofana quem promoveu o jogo com ex-jogadores brasileiros campeões da Copa do Mundo de 2014 realizado na Chechênia, na Rússia, em 2011. O amistoso reuniu craques como Romário, Bebeto, Cafu, Dunga até Raí, que depois da partida disse ter se arrependido de participar do evento por sua motivação política.

No site de sua agência, Fofana exibe fotos com Romário e outros jogadores. Em seu currículo, o empresário informa que intermediou a visita do agora deputado federal aos Emirados Árabes. Procurado, Romário negou manter relações com Fofana.

Preso, Fofana informou que só deve se pronunciar em juízo. Questionada sobre o argelino, a Fifa não respondeu. Em nota, a entidade declarou que está disposta a colaborar com as investigações sobre o esquema de venda de ingressos.

Operação Jules Rimet

A operação que descobriu o esquema foi batizada de Jules Rimet, em alusão ao nome do primeiro presidente da Fifa. Ela é resultado de pelo menos um mês de investigações da polícia e Ministério Público.

Mais de cem ingressos foram apreendidos na ação, além de dinheiro e máquinas para pagamento em cartão de crédito. Os bilhetes pegos pela polícia eram reservados pela Fifa a seus patrocinadores, a clientes de pacotes de hospitalidades (camarotes) e até a membros de comissões técnicas de seleções. Dez ingressos, inclusive, eram reservados as integrantes da comissão técnica da seleção brasileira.

Segundo Polícia Civil, a quadrilha vendia ingressos por até R$ 35 mil. Com isso, lucrava até R$ 1 milhão por jogo. Na Copa, o grupo poderia faturar R$ 200 milhões.

Suspeitos presos informaram à polícia que o esquema não é novo. Ele funcionava há quatro Copas. O trabalho seria tão lucrativo que integrantes da quadrilha trabalhariam durante o torneio e depois descansariam por quatro anos até o próximo Mundial.

Todos os presos vão responder pelos crimes de lavagem de dinheiro, associação criminosa e cambismo. Podem ser condenados a até 18 anos de prisão.


Fonte
 
Fifa critica investigação e questiona envolvimento da entidade na máfia de ingressos

RIO — Sem citar nomes, o diretor de marketing da Fifa, Thierry Weil, criticou a polícia do Rio e a 9ª Promotoria de Investigação Penal por estarem divulgando informações que não conseguem comprovar e por estarem acusando membros da Fifa de irregularidades na venda de ingressos da Copa do Mundo. O dirigente ironizou indiretamente as posturas do delegado Fábio Barucke, que lidera as investigações, e do promotor Marcos Kac, por ter afirmado que uma pessoa da Fifa liderava o esquema de câmbio negro. Kac chamou de "tubarão" o membro ainda não identificado da Fifa e que isso abalaria a estrutura da entidade.

- Não se divulga informações para a imprensa de uma investigação em andamento. Na Europa, isso não acontece. Vemos várias informações na imprensa passadas pelos investigadores que não são confirmados quando somos chamados a colaborar - afirmouWeil.

Para comprovar sua afirmação, o dirigente citou o caso específico de um cambista inglês detido no dia 21 de junho no Copacabana Palace e que foi dito pela polícia que seria dirigente do alto escalão da Fifa.

- Roger, Roger, disseram que o nome é Roger (Roger Leigh, o turista inglês detido). E descobrimos que essa é exatamente a pessoa que eles prenderam uma semana atrás (no dia 21 de junho, no Copacabana Palace). Nós denunciamos e eles prenderam. Eles dizem que tem esse Roger, que talvez seja um oficial (da Fifa)... Então checamos e descobrimos que é uma das pessoas que foram presas por eles dias atrás. Dissemos a eles, há três pessoas aqui, eles vieram e prenderam. Agora pedem informações sobre a mesma pessoa. Então não sei, podem haver dois escritórios diferentes (da polícia) trabalhando - ironizou Weil, em alusão às declarações contraditórias do delegado e do promotor.

Ao saber das declarações de Thierry Weil, o promotor Marcos Kac reagiu: afirmou que o trabalho da Polícia do Rio conseguiu reunir provas “contundentes” e que a Fifa estaria tentando fugir de suas responsabilidades”.

— O que posso dizer? Quem ri por último ri melhor. As investigações conseguiram provas contundentes e em breve, assim que chegarmos aos outros envolvidos, vamos adotar medidas cabíveis — afirmou o promotor Marcos Kac.

O delegado Fabio Barucke, responsável pela investigação que identificou um esquema de repasse de ingressos a cambistas e levou à decretação da prisão de 11 pessoas pelo Juizado Especial do Torcedor, esclarece que há fortes indícios de que integrantes da quadrilha tinham acesso privilegiado à organização de compra e vendas de ingressos promovidos pela Fifa.

Para as conclusões da investigação e do relatório final do inquérito policial, o delegado aguarda respostas da Fifa. Segundo Barucke, a federação já foi comunicada, por meio de ofício, da relação de documentos que têm que entregar à polícia para auxiliar na identificação de outros envolvidos na quadrilha.

Sobre os ingressos, Fabio Barucke afirma que em nenhum momento disse que apreendeu três mil ingressos. Em relação aos dez bilhetes destinados à comissão técnica da seleção brasileira, o delegado explica que eles foram apreendidos no decorrer das investigações e estão sendo periciados no Instituto de Criminalística Carlos Éboli.

Weil disse que dois funcionários da Fifa especializados na identificação dos ingressos, na sexta-feira, foram ao Instituto de Criminalística Carlos Eboli e que a polícia apresentou apenas 141 ingressos apreendidos, número bem inferior aos mais de três mil anunciados pelo delegado Fábio Barucke e pelo promotor Marcos Kac.

- Fui a uma delegacia policial no Rio. Perguntamos sobre como poderíamos ajudar a polícia. Há muitos ingressos falsos. Mostrei um falso e o verdadeiro. Escaneamos os 141 ingressos apresentados por eles e confirmamos que são verdadeiros. O curioso é que entre eles havia seis da Copa-2010 e quatro da Copa das Confederações-2013. O que os cambistas fariam com eles eu não sei - afirmou Weil. - Há 71 ingressos de hospitalidade, sendo que apenas um tíquete era da CBF e não dez como a polícia disse aos jornalistas. Sessenta desses 141 ingressos eram para o público em geral e foram comprados pelo sistema oficial da internet por pessoas que quiseram vendê-los depois. Desses 60 ingressos, apenas dois são para um jogo futuro, o de terceiro e quarto lugares (no dia 12 de julho, em Brasília).

Weil confirmou que entre os 141 ingressos apreendidos estão 70 de hospitalidade e camarotes pertencentes a quatro empresas, como antecipou O GLOBO, ontem, na internet.

- São 58 ingressos da Relliance (credenciada pela Match Hospitality para venda de pacotes na Índia), dez da Atlanta Limited (de Dubai e que pertenceria ao cambistafranco-argelino Lamine Fofana, preso na Operação Jules Rimet), um da Jet Set Sports(para a Rússia, Suécia e Noruega) e um da Pamodzi Sports Marketing Nigeria Limited(da Nigéria). A polícia nos pediu que não divulgasse isso, mas O GLOBO publicou, então, não tenho como deixar de confirmar - afirmou Weil.

O dirigente disse que as quatro empresas já foram chamadas a dar explicações para aMatch Hospitality e que podem ser punidas.

- Essas empresas não podem revender esses ingressos, então, não poderiam estar com esse senhor Fofana. Vamos analisar com a Match o que pode ser feito. Se ficar comprovada a participação de cada uma nesa revenda ilegal de pacotes por preços superiores, eram serão descredenciadas e não poderão participar de licitações para Copas do Mundo futuras - afirmou Weil.

O dirigente negou que alguém da Fifa tenha sido interpelado pela polícia ou tenha o nome entre os 141 ingressos apreendidos e apresentados pela polícia. O francês também questionou que o argentino Humberto Grondona, filho do vice-presidente da Fifa, Julio Grondona, esteja sendo investigado pela polícia brasileira.

- Se há uma investigação paralela, que vocês (da imprensa) me digam para eu abordar o senhor Grondona e seu filho. Todos podem comprar ingressos, ele (Humberto) comprou dez em nome dele, e deu a um membro da família. Se alguém disse que ele vendeu, isso é a mídia que está colocando. Nós já conversamos com ele e há duas versões na imprensa: um de que vendeu (numa entrevista ao canal argentino TyC) e outra de que ele deu a um amigo, que foi a que ele nos contou. Eles têm direito de comprar entradas. Se pegam dez, todas sairão no nome dele e naturalmente irão ele e mais nove pessoas. Se ele deu para um amigo e o amigo vendeu para outra pessoa, qualquer um de nós está sujeito a isso. Não se pode vender por preço superior - encerrou Weil.



Read more: http://oglobo.globo.com/esportes/co...-na-mafia-de-ingressos-13148102#ixzz36dxrYlC9
 
Desmascarar a Fifa, o maior legado da Copa no Brasil
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A prisão no Copacabana Palace de Raymond Whelan, diretor da Match, o braço da Fifa para venda de ingressos, é mais um dos gols que a polícia brasileira faz nesta velha prática da transnacional do futebol e um legado inestimável nesta Copa brasileira.

Se já não bastassem todos os escândalos recentes que mancharam indelevelmente a imagem da Fifa, a implosão de seu esquema de câmbio negro — que, posso afirmar sem nenhuma dúvida, funciona, no mínimo, desde 1998, na França, com ramificações, inclusive, nos “terceirizados” da CBF, que funcionam da mesma maneira –, fere definitivamente a instituição.

Whelan, que tem fortes relações com a cúpula do COL, certamente é apenas mais um testa de ferro dos poderosos e quanto mais fundo a polícia for mais gente graduada encontrará.

Não nos esqueçamos que um sobrinho de Joseph Blatter está ligado, de uma forma ou de outra, à Match.

Se a Fifa se vingará em campo do Brasil com seus apitadores dissimulados e seus apitos amestrados é algo que deveremos observar atentamente já a partir de amanhã.

Como será interessante observar se a rede montada pelo cartola brasileiro docemente exilado pelo mundo afora também será desbaratada.

Aí, será uma goleada, a revanche justa para tantos “pontapés no traseiro brasileiro”.

Importante: a Match estava em contato com o Rio-16 para o projeto de hospitalidade

Fonte: http://blogdojuca.uol.com.br/2014/07/desmascarar-a-fifa-o-maior-legado-da-copa-no-brasil/
 
Desmascarar a Fifa, o maior legado da Copa no Brasil
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Vocês acham que isso tem a ver com a não punição do jogador colombiano?
O cartão amarelo do Thiago Silva parece que há um consenso de que não iria ser anulado mesmo (como disse um jornalista em uma rádio aqui de SP sobre a provável não retirada do cartão amarelo: "A Fifa pode ser ruim, mas ela não é a CBF" :hahanao: )
mas todo mundo meio que esperava uma punição para o Zúñiga, não?
 
Vocês acham que isso tem a ver com a não punição do jogador colombiano?
O cartão amarelo do Thiago Silva parece que há um consenso de que não iria ser anulado mesmo (como disse um jornalista em uma rádio aqui de SP sobre a provável não retirada do cartão amarelo: "A Fifa pode ser ruim, mas ela não é a CBF" :hahanao: )
mas todo mundo meio que esperava uma punição para o Zúñiga, não?

O pedido da CBF para anular o cartão foi tolo e se a FIFA aceitasse, papai do céu! . A questão da punição do jogador/Zúñiga é questionável também. Acho que a FIFA agiu certo.Apesar que ainda penso que o jogador foi maldoso no lance. A questão da arbitragem é preocupante para amanhã. Neste ponto concordo com o Juca.
 
Se a FIFA aceitasse o pedido da CBF de anular o cartao do Thiago na verdade seria pra acusar a FIFA de estar ajudando o Brasil. Ela negar o pedido eh o normal.

Ateh nao punir o Zuniga eu nao acho absurdo. Soh vira um absurdo frente a punicao super exagerada ao Suarez.

O "correto" na verdade na minha visao era uma punicao BEM menor ao Suarez e uma punicao levemente superior para o Zuniga.
 

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