• Caro Visitante, por que não gastar alguns segundos e criar uma Conta no Fórum Valinor? Desta forma, além de não ver este aviso novamente, poderá participar de nossa comunidade, inserir suas opiniões e sugestões, fazendo parte deste que é um maiores Fóruns de Discussão do Brasil! Aproveite e cadastre-se já!

E se reduzirmos a jornada trabalhista para 6 horas?

Morfindel Werwulf Rúnarmo

Geofísico entende de terremoto
Gotemburgo começará uma experiência para saber se trabalhar 6 horas por dia é mais benéfico para a produtividade, a saúde e a felicidade dos trabalhadores

1398704038_935385_1398704310_noticia_normal.jpg

Audrey Tautou em cena de A Delicadeza do Amor. / Cordon Press
O debate não é novo, mas foram os suecos que se decidiram a provar sua eficácia: Gotemburgo (a segunda cidade em importância da Suécia) fará um experimento para constatar o sucesso ou o fracasso da redução da jornada trabalhista para 6 horas diárias, segundo declarou Mats Pilhem, conselheiro da prefeitura e pertencente ao Partido da Esquerda, ao jornal sueco The Local.

A proposta do ensaio é simples: a metade dos funcionários da prefeitura manterão sua jornada habitual de quarenta horas semanais enquanto a outra metade desenvolverão uma jornada diária de 6 horas. Todos os trabalhadores ganharão o mesmo salário (é provável que os do segundo grupo estejam esfregando as mãos neste momento pensando no tamanho de sua sorte). Dentro de um ano serão avaliados os resultados do estudo para decidir que tipo de horário é mais benéfico para a sociedade de modo geral. “Esperamos que os trabalhadores de nosso modelo tenham menos dias de baixa por doença e se sintam melhor física e mentalmente após ter jornadas trabalhistas mais curtas”, explicou Pilhem.

A prova da redução da carga horária da jornada trabalhista obteve mais vezes resultados irregulares. Pilhem em suas declarações faz alusão a uma fábrica automobilística da própria cidade que obteve conclusões positivas. Seus opositores, no entanto, lembram o caso da cidade de Kiruna, que depois de dezesseis anos com a jornada reduzida decidiu voltar à jornada original por motivos econômicos e de saúde.

Seja como for, o que evidencia a decisão das autoridades suecas é a preocupação europeia com a duração das jornadas trabalhistas, que causam problemas que vão desde a conciliação trabalhista e familiar até à produtividade e eficiência das empresas. Há apenas algumas semanas, a França anunciou que engenheiros e consultores eram obrigados a desligar seus celulares e dispositivos eletrônicos corporativos durante 11 horas por dia para tentar acabar assim com as jornadas trabalhistas intermináveis. Isto é, desligar o computador e o celular do trabalho e esquecer deles até a manhã seguinte, uma ação que para muitos e muitas é inimaginável nos dias de hoje.

Na Espanha, o problema é quase maior devido aos horários que, por si só, já são estendidos, e à cultura do “presentismo” trabalhista que impera na sociedade há alguns anos e é agravada por fatores como a crise. No entanto, alguns setores começaram a criar iniciativas para que os horários de trabalho sejam moldados de modo que haja uma melhoria na vida social e familiar das pessoas. É o caso, por exemplo, da Associação para a Racionalização dos Horários Espanhóis (ARHOE) cujo manifesto defende por “uma profunda modificação dos horários na Espanha, que nos ajude a ser mais felizes, a ter mais qualidade de vida e a ser mais produtivos e competitivos.”

Um dos objetivos do manifesto é favorecer a igualdade entre o homem e a mulher, já que as jornadas trabalhistas que são maratonas afetam especialmente às mulheres. De fato, o partido político sueco Iniciativa Feminista, é um dos principais defensores do experimento da redução das horas de trabalho já que fará a vida trabalhista bem mais acessível às mulheres com filhos. Até o momento, as medidas que estavam sendo tomadas pareciam encaminhadas a adaptar a vida pessoal e familiar com o trabalho (com a extensão dos horários dos colégios, por exemplo) mas parece que as coisas começam a mudar, ao menos no resto de Europa. Do resultado do experimento de Gotemburgo pode ser que possam extrair os roteiros para avançar na direção adequada para a verdadeira conciliação.

Fonte
 
Tem absolutamente tudo para dar certo, principalmente na Suécia, onde ter sol e calor é um privilégio disponível por um curto espaço de tempo.

Penso que essa é uma proposta muito válida, e já está sendo seguida por algumas empresas como a Google, por exemplo. Aliás, há algumas referências (que preciso encontrar e linkar aqui) que comparam esse benefício ao de manter o funcionário em jornada domiciliar - o famoso 'home office' :amor: - e o impacto altamente positivo que a satisfação do funcionário com uma jornada de trabalho mais flexível.

Afinal, passamos mais tempo lá fora com estranhos do que em nossas casas, com nossas famílias e fazendo coisas que gostamos. Só o fato de o funcionário ter ciência de que poderá sair do trabalho e ainda haver sol para atividades ao ar livre, frequentar uma academia ou se dedicar a algo que goste já irá representar um aumento significativo na qualidade de vida - e consequentemente, na felicidade do indivíduo.
 
Penso que essa é uma proposta muito válida, e já está sendo seguida por algumas empresas como a Google, por exemplo. Aliás, há algumas referências (que preciso encontrar e linkar aqui) que comparam esse benefício ao de manter o funcionário em jornada domiciliar - o famoso 'home office' :amor: - e o impacto altamente positivo que a satisfação do funcionário com uma jornada de trabalho mais flexível.

Afinal, passamos mais tempo lá fora com estranhos do que em nossas casas, com nossas famílias e fazendo coisas que gostamos. Só o fato de o funcionário ter ciência de que poderá sair do trabalho e ainda haver sol para atividades ao ar livre, frequentar uma academia ou se dedicar a algo que goste já irá representar um aumento significativo na qualidade de vida - e consequentemente, na felicidade do indivíduo.

Meu sonho desde sempre foi trabalhar no esquema "home office".
Meu trabalho atual é um que poderia ser feito perfeitamente (e, no meu caso com melhores resultados) através desse esquema. =/
 
Eu trabalho no mesmo endereço que moro, então pra mim ter uma jornada mais curta seria bom justamente analisando de outro ângulo que é ter mais tempo de atividades de lazer em outros lugares fora do meu "lar-empresa".
 
Essas coisas vareiam de persona em persona.
Eu nao sei se me encaixo no grupo geral ao qual essas politicas devem ser direcionadas.
Eu, por exemplo, rendo zero em casa.
 
To com o Fusa, mas achei interessante a proposta.
Hoje temos uma visão muito errada do trabalho na minha opinião, muitas empresas inclusive onde trabalho, se preocupa mais com horas trabalhadas do que com produção. Claro que certas profissões expediente é essencial, então uma regra geral de jornada de trabalho deve existir mas em outras é bobeira.

Como ta tendo uma construção bem na minha frente vou utilizar o pedreiro como exemplo.
Suponhamos que um pedreiro constrói x metros de parede em 4 horas, o que muita gente acha é que trabalhando 8 horas ele vai levantar 2x, porém não levam em consideração que o cara pode cansar, sentir saudade da família, ficar com vontade de ir embora ou simplesmente tomar uma cachaça, então ao invés dele produzir x, ele acaba produzindo x/3, só que o salário continua sendo o de 4 horas.

Outra coisa quando se trata de produção é levar em consideração quando o cara produz mais, o que leva a outra teoria que é a jornada flexiva. Conheço gente que é monstro pra produzir na parte da manhã, enquanto outros só funcionam no fim da tarde ou a noite (fora os que trocam o dia pela noite).

A ideia é pensar na forma de extrair da melhor maneira possível tudo que o funcionário tem a oferecer, e no momento que o rendimento começar a cair, deixa o cara ir descansar e fazer outra coisa. Talvez nesse tempo que ele ta fora é capaz dele ainda ter boas ideias ou ainda estudar e algo do tipo.
 
acho que num futuro distante, e em algumas profissões, vamos trabalhar na hora e no lugar que queremos. meu ex chefe não se importava com atrasos, ele dizia que se fosse pra ir lá trabalhar doente, sem vontade, ou com problemas pessoais, era pra ficar em casa [claro que respeitando reuniões etc]. sou totalmente a favor disso :joinha:
 
O post do Ranza me faz lembrar saudosamente das aulas de "administração" na faculdade e a discussão daquelas teorias administrativas qual era a melhor: Taylor, Ford, Fayol, teoria sistêmica, etc :lol:
 
Acredito que produziria tanto quanto caso trabalhasse 6h por dia.

Penso que a flexibilidade de horário tem um fator muito mais benéfico no sentido de produção, pena que não são todas as áreas em que isto é possível.
 
Talvez o ideal seja dar mais liberdade para empregado e empregador negociarem o regime de trabalho, ao invés de querer adivinha o que é melhor para as pessoas.

Verdade. No dia em que houver essa flexibilização, será benéfico para ambas as partes. Impor o regime de trabalho agrada a alguns, a outros não. Há quem renda melhor 8 horas por dia num ambiente fechado e não se adapte à rotina doméstica, seja por falta de disciplina, seja pela vontade de sair de casa e ver outras pessoas.

Eu mesma sou uma que, independente de testes que me confirmem isso com veemência, rendo melhor trabalhando sozinha. Não por ser antissocial, mas ser sociável demais - notei que perco meu tempo produtivo ajudando demais a outras pessoas, que nem sempre estão bem intencionadas, ou 'levantando bandeiras' pela equipe - além de manter mais foco durante mais tempo. É uma luta manter equipe coesa e produzindo em área de criação, vixe - os outros setores simplesmente não entendem que a área de criação funciona de forma diferente, tem outras necessidades e outros objetivos.

Para áreas de criação - sejam artes gráficas ou produção de textos - esquemas home office e diminuição da carga presencial é altamente benéfica, porque comprovadamente o tempo de ócio criativo é necessário, quase obrigatório. Já não saberia dizer até onde isso seria bom para setores/áreas com funções mais mecânicas ou burocráticas, que lidem com números ou processos repetitivos.
 
Verdade. No dia em que houver essa flexibilização, será benéfico para ambas as partes. Impor o regime de trabalho agrada a alguns, a outros não. Há quem renda melhor 8 horas por dia num ambiente fechado e não se adapte à rotina doméstica, seja por falta de disciplina, seja pela vontade de sair de casa e ver outras pessoas.

Eu mesma sou uma que, independente de testes que me confirmem isso com veemência, rendo melhor trabalhando sozinha. Não por ser antissocial, mas ser sociável demais - notei que perco meu tempo produtivo ajudando demais a outras pessoas, que nem sempre estão bem intencionadas, ou 'levantando bandeiras' pela equipe - além de manter mais foco durante mais tempo. É uma luta manter equipe coesa e produzindo em área de criação, vixe - os outros setores simplesmente não entendem que a área de criação funciona de forma diferente, tem outras necessidades e outros objetivos.

Para áreas de criação - sejam artes gráficas ou produção de textos - esquemas home office e diminuição da carga presencial é altamente benéfica, porque comprovadamente o tempo de ócio criativo é necessário, quase obrigatório. Já não saberia dizer até onde isso seria bom para setores/áreas com funções mais mecânicas ou burocráticas, que lidem com números ou processos repetitivos.

B-society.
 
E acabar com a CLT? Você tiraria emprego de muita gente :obiggraz:

Acaba nada. Há muito emprego em que o trabalho presencial é indispensável.

Aí já não concordo com você, @Seiko-chan .
Sou a favor de mudanças na CLT (menos encargos para o empregador, principalmente nas pequenas e médias empresas, por exemplo) mas não pela extinção dela.
Sem leis trabalhistas, vira terra de ninguém.
Mesmo com a CLT já temos muitos casos de desrespeito às leis (além do trabalho escravo e infantil) imagina sem ela. =/
 
Penso que a flexibilidade de horário tem um fator muito mais benéfico no sentido de produção, pena que não são todas as áreas em que isto é possível.
Numa empresa que trabalhe 24 horas /dia isso representaria uma folha de pagamento, com todos os seus encargos, a mais. Não sei se os empresários veriam com bons olhos :rofl:
 
Aí já não concordo com você, @Seiko-chan .
Sou a favor de mudanças na CLT (menos encargos para o empregador, principalmente nas pequenas e médias empresas, por exemplo) mas não pela extinção dela.

Mas, mas.... Eu não sou a favor de extinguir a CLT não, mulé! :ahn?:

Sou a favor da criação de novas regras que viabilizem o home office ou a redução de jornada, apenas. Home office com carteira assinada seria o paraíso.
 

Valinor 2023

Total arrecadado
R$2.434,79
Termina em:
Back
Topo