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Spoiler alert!

Sobre spoilers:

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    38

Ana Lovejoy

Administrador
(Estou abrindo o tópico no geral porque spoiler acaba tendo relação com livros, filmes e séries. Vou morfindelizar e criar uma enquetinha básica também, só porque hoje é quarta.)

Enfim, a esta altura até quem não vê Game of Thrones (como eu :tchauzim: ) já sabe o que aconteceu no episódio do último dia 13, principalmente por causa do que aconteceu no dia seguinte: muitas pessoas reclamando sobre gente que postou spoilers do episódio no facebook, twitter e demais redes sociais. Daquela segunda até agora já vi um monte de texto sobre o assunto, como por exemplo:

Como evitar spoilers (ou: a arte de ser sensual sem ser vulgar)

Guerra dos spoilers causa polêmica nas redes sociais

O que o spoiler ensinou sobre as pessoas

e tem esse do Brainstorm9 que saiu antes da ~~polêmica~~ mas tem a ver com o assunto:
Spoiler alert: a culpa do “final ruim” é sua!

***

Enfim, queria saber a opinião de vocês sobre isso. Esse pessoal reclamando tá sendo fresco? Eles têm razão? Qual sua conduta sobre spoilers, aqui na Valinor e nas redes sociais?
 
odeio spoilers e não participo do clube do livro por causa disso.
 
É uma puta falta de sacanagem. As vezes eu até procuro o spoiler por curiosidade, mas é uma falta de respeito jogar spoiler na cara dos outros.
 
Isso varia muito em relação ao meu interesse diante do assunto. No caso de GoT, ainda não pude assistir a quarta temporada, mas minha timeline foi bombardeada com spoilers (como na terceira temporada e o ep. do casamento...)e eu nem aí.
Mas estraga surpresa realmente.
 
Eu curto. Saber o que acontece, pra mim, é diferente de ver COMO vai acontecer. Saber que alguém vai morrer na serie não faz diferença, o que estraga a surpresa é ver a foto de como fulano morreu, como ele estrebuchou antes, como foi a atuação etc. No caso de um livro, é mais fácil ainda de lidar porque não tem como saber como o autor abordou tal assunto. Eu posso saber o evento, mas não como ele foi exposto, aproveitado e/ou abordado.
 
Enfim, queria saber a opinião de vocês sobre isso. Esse pessoal reclamando tá sendo fresco? Eles têm razão? Qual sua conduta sobre spoilers, aqui na Valinor e nas redes sociais?

Só tentando focar nas suas perguntas, Ana: Não acho frescura reclamar, as pessoas tem o direito de querer a surpresa. Acho que elas tem razão sim e é uma falta de respeito que os outros postem spoilers sem nem avisar. O fato de você (pessoa genérica) não ligar para spoilers não garante o direito de postá-los abertamente. Eu nunca posto spoilers no facebook e aqui na Valinor, mesmo as vezes achando um saco, procuro sempre usar o aviso.
 
Odeio visceralmente qualquer tipo de spoiler e fico muito cheteado quando dou spoiler sem querer.
Como vai acontecer pra mim é tão importante quanto o que vai acontecer. Isso porque bons escritores fazem plot twists muito insanos no último segundo que fazem cair o queixo de qualquer um.

Exemplo disso é A Torre Negra, onde o King me deixou literalmente sem ar na conclusão da saga. Acho que matava o infeliz que tivesse me contado como terminava caso alguém o tivesse feito.

Enfim, arruina a minha experiência de leitura com certeza absoluta. O mesmo vale para seriados e filmes.
 
Spoiler em si é negativo, mas devemos levar algumas questões em consideração.

Depois de quanto tempo passado um episódio de certo seriado seria ético publicar uma imagem em sua timeline?

Depois de quanto tempo da publicação de um livro seria ético postar um trecho revelador?

Creio que a solução mais viável seria - independente de a quanto tempo a obra foi publicada - inserir spoilers em locais que as pessoas saberiam que o trecho a seguir se trata de spoiler como é o caso do fórum. O problema é que nem todas as mídias possuem este tipo de funcionalidade.

P.S.: Escrever "<><><><><SPOILER<><><><><><>" e saltar algumas linhas ajuda no caso de texto, mas quando se trata de uma imagem, não há muito o que se fazer.
 
Sei lá, se você assiste só pelo final, que graça tem? Alguns vão dizer que não, não é bem assim, mas convenhamos: quanto mais o livro/série/filme apresenta pontos que fazem o leitor/espectador questionar o que lhe é apresentado, mais a curiosidade aumenta com relação ao desfecho, pois se acredita que é preciso ter conhecimento disso para que tudo aquilo, todo o esforço, tenha valido a pena. Esse negócio de esperar recompensa por esforço ainda vai ferrar com muita gente...
 
Sei lá, se você assiste só pelo final, que graça tem? Alguns vão dizer que não, não é bem assim, mas convenhamos: quanto mais o livro/série/filme apresenta pontos que fazem o leitor/espectador questionar o que lhe é apresentado, mais a curiosidade aumenta com relação ao desfecho, pois se acredita que é preciso ter conhecimento disso para que tudo aquilo, todo o esforço, tenha valido a pena. Esse negócio de esperar recompensa por esforço ainda vai ferrar com muita gente...
Mas há a questão de você deixar de aproveitar o trecho da obra tanto quanto poderia se ela lhe fosse uma surpresa. De certo modo não se trata apenas do climax que foi "spoileado", mas sim do que isto faz com sua percepção durante a jornada para aquele climax.

Uma pessoa que não conhece o desfecho do filme "Os Suspeitos" por exemplo, terá uma experiência extremamente diferente de uma pessoa que já sabe o que ocorrerá no final. E esta diferença torna a experiência do que não sabe muito mais rica que a do que sabe.
 
Eu acho spoiler algo muito ruim e chato. Perde muito a graça saber o que vai acontecer, mesmo sem saber o desenrolar da situação. Só de saber o final, já mata muito a graça daquilo que se está acompanhando. Gosto de ser surpreendido durante a história.
 
Mas há a questão de você deixar de aproveitar o trecho da obra tanto quanto poderia se ela lhe fosse uma surpresa. De certo modo não se trata apenas do climax que foi "spoileado", mas sim do que isto faz com sua percepção durante a jornada para aquele climax.

Uma pessoa que não conhece o desfecho do filme "Os Suspeitos" por exemplo, terá uma experiência extremamente diferente de uma pessoa que já sabe o que ocorrerá no final. E esta diferença torna a experiência do que não sabe muito mais rica que a do que sabe.

O lado bom de "Os Suspeitos" - boa referência, aliás - é que o roteiro permite que você continue gostando do filme mesmo depois de saber do final já que a graça não é tanto com o final, mas como ele se apresenta ao espectador. É algo diferente de um filme de Shyamalan, por exemplo, onde tudo gira em torno do desfecho.
 
Sei lá, se você assiste só pelo final, que graça tem? Alguns vão dizer que não, não é bem assim, mas convenhamos: quanto mais o livro/série/filme apresenta pontos que fazem o leitor/espectador questionar o que lhe é apresentado, mais a curiosidade aumenta com relação ao desfecho, pois se acredita que é preciso ter conhecimento disso para que tudo aquilo, todo o esforço, tenha valido a pena. Esse negócio de esperar recompensa por esforço ainda vai ferrar com muita gente...

Muito bem colocado Bruce. Não se pode consumir algo só pelo final sob o risco de quebrar a cara. É preciso aproveitar cada minuto da jornada.
Um exemplo disso pra mim é Duna, que tem uma das narrativas mais complexas e belas da ficção científica. Mergulhei em Duna e me fascinei pelo mundo e pela escrita de Frank Herbert.
Se tivesse devorado o livro esperando um final épico teria quebrado a cara, porque o final do primeiro livro é bem insosso, mas contínua a ser, para mim, uma das obras mais fantásticas de sci-fi.
Porém, isso não invalida o fato de que eu não gostaria de saber o final com antecedência. Eu leria, e provavelmente gostaria do livro da mesma forma, mas aqueles minutos finais onde a história é levada a uma conclusão totalmente inesperada, como é o caso da Torre Negra, ou a uma outra previsível e narrada de forma sem graça, como é Duna, seriam tirados de mim, tornando incompleta a experiência de leitura.
Sendo o final excepcional ou ruim, eu quero saber dele apenas no momento certo.
 
O lado bom de "Os Suspeitos" - boa referência, aliás - é que o roteiro permite que você continue gostando do filme mesmo depois de saber do final já que a graça não é tanto com o final, mas como ele se apresenta ao espectador. É algo diferente de um filme de Shyamalan, por exemplo, onde tudo gira em torno do desfecho.
Concordo com isto, mas mesmo que não retire toda a magia da obra, compromete um de seus pontos. No exemplo em questão, tenho certeza que se eu soubesse o desfecho, não deixaria de gostar da obra, mas a experiência do filme seria muito menos rica.
 
Concordo com isto, mas mesmo que não retire toda a magia da obra, compromete um de seus pontos. No exemplo em questão, tenho certeza que se eu soubesse o desfecho, não deixaria de gostar da obra, mas a experiência do filme seria muito menos rica.

Mas aí é que está: eu não sou contra não saber do final, mas contra ficar fissurado por isso. É como gente que acha Dom Casmurro chato porque não explica a real sobre o filho de Capitu!
 
Mas aí é que está: eu não sou contra não saber do final, mas contra ficar fissurado por isso. É como gente que acha Dom Casmurro chato porque não explica a real sobre o filho de Capitu!
Entendi seu ponto, mas neste caso não tem haver com spoiler, mas sim com finais abertos, não?

No caso de finais abertos (não explicados em totalidade, dando margem para interpretações), acho-os bastante interessantes.
 
Entendi seu ponto, mas neste caso não tem haver com spoiler, mas sim com finais abertos, não?

No caso de finais abertos (não explicados em totalidade, dando margem para interpretações), acho-os bastante interessantes.

Não, nesse caso tem a ver com "recompensa". Aparentemente leitores/espectadores gostam de ser "recompensados" no final, pois se este não for satisfatório, tudo o que eles viveram com a obra foi uma "mentira". (Toca o tema de Paola Bracho.) Assim, se eles souberem o final, um detalhe importante que seja, eles pensam que toda a experiência foi "arruinada", que insistir em continuar é um "fardo" - afinal, já tiveram o que queriam. Chego a ter pena dos autores que se empenham tanto só pra alguém surtar não pela qualidade do conjunto, mas pelo que foi disposto num trecho ou momento. Chave? Beleza, mas não é como se tudo estivesse perdido.
 

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