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Óperas

adrieldantas

Relax and have some winey
Alguém compartilha desse prazer? Vamos discutir sobre as maravilhosas óperas de cada dia.
Indicações, dicas, comentários, etc...

Para começar, alguém já teve o prazer de assistir ao vivo, completa?
 
Já vi:

- Cavalleria Rusticana em concerto (pra quem não sabe "ópera em concerto" significa que não tem cenário/caracterização e a Orquestra fica em cima do palco).

- Carmina Burana com o pessoal do fórum

- A Valquíria, 5 horas no total, acho que dormi metade do tempo :oops:

Tudo no Theatro Municipal do Rio de Janeiro :amor:
 
5 horas no total, acho que dormi metade do tempo :oops:

É um tópico, eu sempre tenho que estar comendo ou bebendo alguma coisa, caso contrário eu começo a ficar com sono. E não é só com óperas, musicais da broadway também, vi "Rent" e realmente tive que jogar energetico no olho.
Não é nem por falta de interesse, eu não sei, é involuntário.
 
É um tópico, eu sempre tenho que estar comendo ou bebendo alguma coisa, caso contrário eu começo a ficar com sono. E não é só com óperas, musicais da broadway também, vi "Rent" e realmente tive que jogar energetico no olho.
Não é nem por falta de interesse, eu não sei, é involuntário.

Exato. No meu caso a desculpa é que era sexta à noite, dia da semana em que estou mais cansada, mas era o único dia que ainda tinha lugares decentes disponíveis quando o namorado foi comprar os ingressos.
 
Alguém compartilha desse prazer? Vamos discutir sobre as maravilhosas óperas de cada dia.
Indicações, dicas, comentários, etc...

Para começar, alguém já teve o prazer de assistir ao vivo, completa?

Como disse no tópico referente à Música Clássica, a ópera é o meu gênero predileto, pois abarca uma muitas manifestações artísticas ao mesmo tempo: o teatro, a poesia, o balé, a cenografia e, obviamente, a música.

Espero, no decorrer das mensagens, abordar as grandes óperas e, também, as menos conhecidas e que, com certeza, merecem sê-las.

Um abraço a todos.
 
Quando se trata de ir ao Teatro (algo que em relação a cinema e livros prestigio muito mais numa proporção de uns 50:1) as óperas representam de 10 a 33% do que assisto dependendo da época. A última que assisti foi a "A Carreira do Libertino" que esteve em cartaz no Teatro Municipal de Sampa em Junho.

Nesse momento dei uma pausa em ver novas óperas, mas devo voltar a ver outras logo após o final da temporada dos épicos do mestre Zé Celso no Teatro Oficina.

PS: Foi só eu colocar um pequeno desabafo no livro de Ódio da Valinor e não é que o Arieldantas no mesmo dia veio salvar a pátria aqui com um tópico de primeira? :clap:
 
Abriu a seção de outono do "Vivre l'opera" aqui em Bruxelas, toda vez que vou ao cinema passa a propaganda, fico morrendo de vontade de comprar o ingresso, pena que é muito caro (caro que digo é tipo 70 euros o mais barato, e com casa pra cuidar fica difícil arrumar esse dinheiro), de qualquer maneira sempre fico babando quando vejo.

Essa semana vi "Dom Quichotte" na TV, no geral eu não vejo muitas comédias, alguém tem alguma sugestão de comédias boas para assistir?

PS: Foi só eu colocar um pequeno desabafo no livro de Ódio da Valinor e não é que o Arieldantas no mesmo dia veio salvar a pátria aqui com um tópico de primeira? :clap:

Eu nem vi isso, que sincronia, não? :D
 
Para quem quiser conhecer um pouco da história da ópera, ou seja, como esse gênero nasceu e os seus primeiros anos, indico o livro A Invenção da Ópera ou A História de um Engano Florentino de autoria de Sergio Casoy (Algol Editora).

A Invenção da Ópera.jpg

Além disso, ele explica, de forma precisa, cada elemento envolvido nesse espetáculo: a orquestra, o coro, a regência, o balé, a direção de cena, etc.

Vale a pena ler.
 
Aproveito este tópico sobre as óperas para propor a todos conversarmos sobre alguns aspectos desse gênero musical. Poderíamos começar a discutir a respeito das Aberturas; algumas questões como:

1) Qual é a função da Abertura perante o corpo da ópera?

2) Quando foram apresentadas as primeiras Aberturas e como foram se modificando no decorrer dos tempos?

3) Para vocês que gostam de óperas, quais as Aberturas preferidas?
 
Eu posso estar dando uma de "menino fã clube", mas a abertura de Carmen é minha preferida. :D

Você tem muito bom gosto; só pediria licença para fazer uma pequena correção, na verdade essa peça orquestral introdutória é, na realidade, o prelúdio do primeiro ato e não uma abertura.

Aproveitando o ensejo e a título de ilustração, até onde eu sei o principal intuito das aberturas é preparar os espectadores para o clima da ópera que irá se iniciar. Por isso, muitas vezes os compositores preparavam as aberturas no final da composição das óperas, utilizando-se de trechos das mesmas em sua confecção.

Em outra questão essa mesma peça introdutória apresenta aspectos musicais referentes única e exclusivamente ao primeiro ato, assumindo nessa perspectiva o formato entendido como Prelúdio, caso também da ópera La Traviata de Verdi. Contudo, os prelúdios podem ser apresentados antes de qualquer ato.

Deve-se salientar que vários compositores, posteriormente, deixaram muitas vezes de colocar aberturas ou prelúdios no início de suas óperas e optaram por compor uma pequena introdução, como acontece , só para citar, no caso de Otelo do próprio Verdi.

Bom, por enquanto é isso.
 
Continuando a utilizar este tópico para conhecermos um pouco mais sobre o tema das aberturas, aproveito para esclarecer que a primeira abertura de uma ópera, apesar de não ter esse nome, foi a chamada toccata composta por Claudio Monteverdi para a sua obra L'Orfeo, favola in musica (1607).

barroco_front_orfeo.jpg
 
Continuando a falar sobre as óperas, em especial aos trechos puramente orquestrais (como as aberturas), é interessante mencionar também os intermezzi.

Como o próprio nome diz, intermezzo é uma peça orquestral executada no meio de uma ópera, ou seja, entre os atos da mesma ou, em certos casos, entre duas cenas de um mesmo ato.

Exemplos de óperas com intermezzo são: Carmen de Bizet (entre os atos 3º e 4º), Manon Lescaut de Puccini (também entre os atos 3º e 4º ato) e a Cavalleria Rusticana de Mascagni (entre as duas partes do ato único).
 
A quem puder interessar, segue o link da temporada 2014 do Theatro Municipal de São Paulo (apesar de sempre estar esgotado, mas who knows?)

http://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/cultura/theatromunicipal/noticias/?p=12500

Óperas
Temporada Lírica 2014



IL TROVATORE

Giuseppe Verdi

MARÇO

08 sáb 20h | 09 dom 18h | 11 ter 20h | 13 qui 20h | 15 sáb 20h

16 dom 18h | 18 ter 20h | 20 qui 20h | 22 sáb 20h

Coro do Theatro Municipal e Orquestra Sinfônica Municipal de São Paulo

Direção musical e regênciaJohn Neschling

RegênciaJader Bignamini

Direção cênicaAndrea De Rosa

Cenografia Sergio Tramontini

Il Conte di Luna: Alberto Gazale | Francesco Landolfi

Leonora: Susanna Branchini | Hui He

Azucena: Marianne Cornetti | Denise de Freitas

Manrico: Stuart Neill | Sergio Escobar

Ferrando: Enrico Giuseppe Iori | Felipe Bou

Ines: Ana Lucia Benedetti

Ruiz: Eduardo Trindade




FALSTAFF

Giuseppe Verdi

ABRIL

12 sáb 20h | 13 dom 18h | 15 ter 20h | 17 qui 20h

19 sáb 20h | 20 dom 18h | 22 ter 20h | 24 qui 20h

Coro do Theatro Municipal e Orquestra Sinfônica Municipal de São Paulo

Direção musical John Neschling

Direção cênica e CenografiaDavide Livermore

Falstaff: Ambrogio Maestri | Nelson Martinez

Ford: Simone Piazzola | Rodrigo Esteves

Alice Ford: Virginia Tola | Adriane Queiroz

Nannetta: Rosana Lamosa | Lina Mendes

Fenton: Marco Frusoni | Aldo Caputo

Mrs Meg Page: Denise de Freitas | Luciana Bueno

Mrs Quickly: Elisabetta Fiorillo | Romina Boscolo

Pistola: Diógenes Randes | Saulo Javan

Dottor Cajus: Saverio Fiore

Bardolfo: Stefano Consolini




CARMEN

Georges Bizet

MAIO

29 qui 20h | 31 sáb 20h

JUNHO

01 dom 18h | 03 ter 20h | 05 qui 20h | 07 sáb 20h

08 dom 18h | 10 ter 20h | 11 qua 20h

Coro do Theatro Municipal e Orquestra Sinfônica Municipal de São Paulo

Direção musicalRamón Tebar

Direção cênicaFilippo Tonon

Cenografia Juan Guillermo Nova

Carmen: Rinat Shaham | Luisa Francesconi

Don José:Thiago Arancam | Fernando Portari

Escamillo: Rodrigo Esteves | David Marcondes

Micaela: Lana Kos | Andrea Aguilar

Dancairo: Francis Dudziak

Remendado: Rodolphe Briand

Zuñiga: Massimiliano Catellani

Morales: Norbert Steidl | Vinícius Atique

Frasquita: Marta Torbidoni

Mercedes: Malena Dayen




SALOMÉ

Richard Strauss

SETEMBRO

06 sáb 20h | 09 ter 20h | 11 qui 20h | 14 dom 18h

16 ter 20h | 18 qui 20h | 20 sáb 20h

Orquestra Sinfônica Municipal de São Paulo

Direção musical John Neschling

Direção cênicaLivia Sabag

Cenografia Nicolás Boni

Figurinos Veridiana Piovezan

Desenho de Luz Wagner Pinto

Salomé: Nadja Michael | Alexandrina Pendatchanska

Herodes: Peter Bronder | Jürgen Sacher

Herodias:Iris Vermillion | Alejandra Malvino

Jochanaan: Steven Mark Doss | Michael Kupfer

Narraboth: Stanislas De Barbeyrac | István Horváth

1º Judeu: Paulo Chamié-Queiroz

2º Judeu: Miguel Geraldi

3º Judeu: Eduardo Trindade

4º Judeu: Rubens Medina

5º Judeu: Sérgio Righini

1º Nazareno: Carlos Eduardo Marcos

2º Nazareno: Sérgio Weintraub

1º Soldado: Marcos Carvalho

2º Soldado: Paulo Menegon

Capadócio: Jonas Mendes

Pajem de Herodias: Elaine Martorano

Escravo: Elisabeth Ratzersdorf




CAVALLERIA RUSTICANA / I PAGLIACCI

Pietro Mascagni / Ruggero Leoncavallo

OUTUBRO

18 sáb 20h | 19 dom 18h | 21 ter 20h | 23 qui 20h

25 sáb 20h | 26 dom 18h | 28 ter 20h | 29 qua 20h

Coro do Theatro Municipal e Orquestra Sinfônica Municipal de São Paulo

Direção musicalIra Levin

Direção cênicaPier Francesco Maestrini (Cavalleria Rusticana)Francesco Micheli (I Pagliacci)

Cenografia Juan Guillermo Nova

Santuzza: Tuija Knihtlä | Elena Lo Forte

Turiddu: Martin Muehle | Marcello Vannucci

Alfio: Angelo Veccia | Francesco Landolfi

Lola: Luciana Bueno | Mere Oliveira

Mamma Lucia: Lídia Schäffer

Canio: Walter Fraccaro | Richard Bauer

Nedda: Inva Mula | Marina Considera

Tonio: Angelo Veccia | Francesco Landolfi

Beppe: Daniele Zanfardino | Saverio Fiore

Silvio: Davide Luciano | Norbert Steidl




TOSCA

Giacomo Puccini

NOVEMBRO

29 sáb 20h | 30 dom 18h

DEZEMBRO

02 ter 20h | 04 qui 20h | 06 sáb 20h | 07 dom 18h

09 ter 20h | 11 qui 20h | 13 sáb 20h

Coro do Theatro Municipal e Orquestra Sinfônica Municipal de São Paulo

Direção Musical Oleg Caetani

Direção cênicaMarco Gandini

Floria Tosca: Amanda Echalaz | Ausrine Stundyte

Mario Cavaradossi: Marcelo Alvarez | Stuart Neill

Scarpia: Roberto Frontali | Nelson Martinez

Cesare Angelotti: Massimiliano Catellani

Sacristão: Saulo Javan

Spoletta: Luca Casalin
 
Eu comparo a ópera com a relação que eu tenho com instrumentos de sopro.

Meu pai, antes de ir dormir, escolhia algumas fitas K7, de música clássica com ópera, e entrava no quarto para escutar baixinho até pegar no sono.

Na época eu era pequeno, mas era possível notar que eram músicas que evocavam impressões emocionais específicas por meio de sons. As fitas me pareciam bastante complexas e eu permanecia pensando naquilo que o(a) cantor(a) se esforçava com tanta energia para exprimir.

Porque as vezes aquelas vozes traziam sofrimento, em outras vezes traziam suavidade, pressa, fúria...

Então por causa de certas partes vocalizadas das músicas, toda semana eu partia para aulas de coral na escola e na igreja e eu gostava de ouvir, comparando os sons das aulas de flauta que eu já gostava antes de ter ouvido as música de cantores de ópera.

Afinal, a flauta e a voz humana são parentes na origem porque dependem do sopro para produzir o som (que é diferente do ruído involuntário). Ambos são instrumentos de sopro.

Resultou disso que a complexidade da passagem do ar me fascinava. Por exemplo, sabe-se que a voz humana é um dos primeiros sons de comunicação que o bebê recebe de modo que se espalha com muito mais força no corpo das pessoas do que instrumentos comuns.

No que uma voz pode ser um bálsamo numa hora de tristeza mas pode ser muito desagradável se for produzida de forma errada. E há a possibilidade de ser totalmente negativa ou totalmente positiva.

Teve um artista japonês que falou que procurava modular a intensidade de uma obra visual pelo impacto que os olhos de uma pessoa podem ter em um desenho. Nos olhos habitava uma expressividade mágica capaz de imprimir tanto o maior terror quanto a maior benção que se pode produzir.

E na música é a mesma coisa porque o compositor não apenas desenha sons para serem ouvidos, mas que sua melodia seja também capaz de arrancar uma vontade sobrenatural de quem escuta.

Por exemplo, alguns dizem que Mark Knopfler consegue fazer a guitarra dele chorar. Procurem por "Brother in Arms" e é como se a guitarra estivesse chorando enquanto declama uma poesia.

Não a toa os corais são associados a anjos cantando no céu (como os Ainur de Tolkien). Um dos companheiros mais próximos dos instrumentos de sopor são as cordas (por exemplo, a harpa) A voz humana possui um poder que pode curar ou pode adoecer quem a ouve:

King's College Choir - Jesus Christ is risen today
 
No último sábado fui conferir aqui em São Paulo a transmissão ao vivo da ópera Príncipe Igor de Alexander Borodin, direto do Metropolitan de Nova York. Não é a primeira vez que assisti este tipo de apresentação no cinema e, como das outras vezes, gostei muito.

O único senão foi algumas pequenas interrupções durante a apresentação da ópera, devido a problemas de sinal, mas não chegou a atrapalhar a transmissão, que, como disse acima, foi realmente boa.

A próxima ópera a ser transmitida ao vivo será Werther do compositor francês Jules Massenet, no dia 15 de março.

Para quem gosta do gênero, acho que vale a pena prestigiar.
 
Não é a primeira vez que assisti este tipo de apresentação no cinema e, como das outras vezes, gostei muito.

Sempre tive um receio de ir ao cinema para assistir Óperas, iria até perguntar aqui se alguém já tinha ido e gostado. Agora estou mais tranquilo, poderei até ir assistir nessa Páscoa. :)
 
Não deu, infelizmente, para ver a ópera de Massenet. No entanto, vou tentar ir amanhã ao cinema, para assistir La Bohème de Puccini.

Trata-se da produção clássica de Franco Zeffirelli da ópera mais interpretada na história do Met. O tenor italiano Vittorio Grigolo retrata o escritor apaixonado Rodolfo, e a soprano romena, Anita Hartig, faz sua estreia no Met como sua amante Mimi. A soprano Susanna Phillips interpreta a jovem namoradeira Musetta e o barítono Massimo Cavalletti é o pintor Marcello neste espetáculo que é liderado pelo grande maestro Stefano Ranzani.

LaBohemeMetIR.jpg
 
Já assisti A Flauta Mágica, do Mozart.
Simplesmente adorável. Não somente pela composição perfeita, mas pela doce harmonia de cada personagem com as ideias propostas.
Gostaria de assistir As Bodas de Fígaro, já ouvi e li a interpretação, inclusive da Ópera Don Giovanni, mas ainda não assisti no Teatro.
Não tenho palavras para descrever a maravilha e a grandeza do espetáculo da vida.


 
Neste último sábado vi no cinema aqui de São Paulo a transmissão ao vivo de outra ópera no Met, La Cenerentola de Rossini., com Joyce DiDonato como a personagem-título na história da Cinderela, com o mestre do bel canto Juan Diego Flórez no papel do príncipe, sob a regência d maetro Fabio Luisi.

CenerentolaMetIR.jpg


Gostei muito. Uma pena que foi a derradeira ópera da temporada 2013-14; agora é esperar pela próxima temporada.
 

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