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The Babadook (2013)

Ana Lovejoy

Administrador
Filme australiano de terror que aparentemente assustou um monte de gente no Sundance.

Six years after the violent death of her husband, Amelia (Essie Davis) is at a loss. She struggles to discipline her 'out of control' 6 year-old, Samuel (Noah Wiseman), a son she finds impossible to love. Samuel's dreams are plagued by a monster he believes is coming to kill them both. When a disturbing storybook called 'The Babadook' turns up at their house, Samuel is convinced that the Babadook is the creature he's been dreaming about. His hallucinations spiral out of control, he becomes more unpredictable and violent. Amelia, genuinely frightened by her son's behaviour, is forced to medicate him. But when Amelia begins to see glimpses of a sinister presence all around her, it slowly dawns on her that the thing Samuel has been warning her about may be real.

trailer:


parece interessante :yep:
 
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Reactions: JLM
Certas vezes os filmes absorvem e exibem técnicas reais de terror psicológico misturados com recursos de cinema mais antigos. Essas técnicas podem ser usadas agressivamente contra a audiência e com o passar dos anos a chance de sermos considerados como cobaias de um experimento desumano aumenta.

Dependendo do peso da carga do treinamento hipnótico oferecido no filme ele não deve ser evitado apenas por pessoas com problemas psicológicos/mentais. Também os adultos normais que não tenham proteção psicológica diante de ameaças, pessoas enfraquecidas e machucadas sem energia para lutar contra a força de sugestão também devem se afastar da sala.

Pois um filme traumatizante persistirá na memória da pessoa, mal digerido e reforçando uma ferida, e será necessário um grande esforço (e tempo) externo para reequilibrar o metabolismo cerebral.

Um exemplo famoso foi o episódio de Pokémon que foi banido por produzir convulsões em crianças devido ao poder de um estímulo que era visto antes como entretenimento por parte de pessoas menos sensíveis que as crianças da audiência.

Um dos efeitos da "sensação de opressão" explorada nesses filmes costuma aparecer em ambientes lotados como ônibus fechados e muita gente. Com freqüência a maior parte dos adultos consegue suportar o ambiente esmagador porque conseguem burlar os mecanismos instintivos de insatisfação pra conseguir o que querem. Mas enquanto isso os primeiros que começam a sofrer, passar mal e vomitar são as pessoas expostas a agressão, alguns idosos, enfermos e crianças.

Alguns diretores ultrapassam o limite dos mais fracos e começam a agredir também pessoas comuns usando elementos tão desagradáveis na hora de manipular os sentimentos da audiência que o sentimento no fim do filme será a vontade de pedir o dinheiro de volta.

Outro ponto importante é que quanto mais desafio contiver um produto de entretenimento mais o filme se torna num "luxo" para o organismo. Que para uma pessoa assimilar o medo ou o susto como entretenimento existem condições a serem cumpridas mas que se for uma exigência alta demais se torna intragável.

Esse bombardeio de elementos me lembrou quando eu saí da sala após assistir ao filme Frozen no cinema, que era um filme que possuía uma quantidade muito grande de referências tecidas na história (mais do que no filme Valente) junto de um enredo envolvente mas que boa parte da audiência deve ter sentido o carrossel de emoções sem digerir os momentos de loucura dos personagens escolhidos pelos produtores.

Curiosamente, dependendo do limite extrapolado um diretor pode sair do campo do mal gosto refinado da arte para o do crime comum e então do crime comum para o crime abominável. Nesse caso não seria mais um diretor oferecendo entretenimento para uma audiência mas um torturador oferecendo presas para monstros.
 
Última edição:
:lol: Vai variar do organismo... É entretenimento até o momento em que deixa de ser. É como dar um bocado de açúcar para um diabético ("Puxa, mas é só um pouco de açúcar").

Com produtos feitos pra provocar reações fortes do organismo por meio de emoções extremas o coração acelera, a respiração altera, a pressão aumenta, a visão e o suor atacam, a visão embaça. Duro é descobrir na hora que é uma daquelas pessoas em que o organismo sobrecarrega de verdade e definitivamente diante de um susto.

photopic.gif


http://faculty.washington.edu/chudler/pokemon.html
 
depois d 20 anos sendo cobaia d filmes d terror nada d+ aconteceu comigo; apenas me tornei 1 cara normal q pratica regularmente exorcismo, bruxaria, satanismo, canibalismo, vampirismo, zumbidismo, budismo, abdução, as artes da tortura, degola, estripação, mutilação e sedução. geralmente com colegas d fórum.

vc pode até correr, mas eu sei ond vc mora. provavelmente estou espiando o seu monitor bem atrás do seu ombro esquerdo neste exato momento. #buu
 
Pode parecer impossível mas muitas pessoas da audiência vão assistir sem estar cientes que é um gênero que também evolui e aquilo que pensam ser apenas um susto comum pode ultrapassar o limite que existe entre a questão do organismo individual e entrar no mérito do design do produto de entretenimento ferindo o objetivo final (esse link tem mais referências e a conclusão é muito interessante - 7pg, inglês). :

Although a small number of persons affected by the Pokémon animation were confirmed as having photosensitive epilepsy, most of those examined or retrospectively surveyed by physicians clearly were not. Indeed, the incidence of photosensitive epilepsy is estimated at 1 in 4,000.[5] Such an incidence (0.025% of the population) cannot explain the number of children affected (in some cases nearly 7% of the viewers).

...

Os sintomas e contexto:

...

Given the chameleon-like nature of hysteria, it should not be surprising that, as we enter the new millennium, it would manifest in a television-related setting. Epidemic hysteria has been known to take many forms, depending on the historical and cultural context. These include shaking, crying, and glossolalia accompanying Melanesian cargo "cults" and Holy Spirit movements[54-56]; running and laughing "fits" in central and southern Africa[57-63]; demon possession in Malaysia[64-73]; fainting in response to imaginary bug bites in the southern United States[74,75]; clay eating among Australian Aborigines[76];

http://www.medscape.com/viewarticle/410728_1
 
Com produtos feitos pra provocar reações fortes do organismo por meio de emoções extremas o coração acelera, a respiração altera, a pressão aumenta, a visão e o suor atacam, a visão embaça.
minha namorada sente a mesma coisa qdo estamos transando. deve ser pq sou o terror. :p
 
minha namorada sente a mesma coisa qdo estamos transando. deve ser pq sou o terror. :p




:hxhx::sacou:

Eis um exemplo de uma experiência de sucesso com sintomas parecidos e resultados e comportamentos diferentes.

Analisando a diferença do exemplo que foi dado, o sexo de sucesso e o sexo sem sucesso, deve existir momentos de alívio e conforto transmitidos pela comunicação não verbal íntima entre atos de tensão daqueles que participam (que seria o ideal de cópula).

Esse comportamento louvável impede que uma experiência de prazer mútuo se reduza a um ato desagradável ou apenas masturbatório com dildo de luxo (um ser humano usado como objeto).

Alguns críticos no cinema mencionam o que se chama "problema masturbatório" por parte de experiências de entretenimento da direção em que o diretor pode querer ser o único a obter prazer com a fita. Naqueles momentos o diretor poderá eliminar os elementos que permitem a audiência se distanciar do envolvimento (detachment) substituindo a separação por uma identificação total não desejada com o produto e estimulando uma escalada de tensão ininterrupta, sem alívio e sem misericórdia.

No caso dos pokes a experiência ininterrupta de tensão (de flashs repetitivos com intuito de ir ao limite visual) produzira o mal estar, vindo a exaurir o sistema nervoso sem dar a chance do organismo entender a experiência como prazer. Seria como transar com alguém que não quer e até o medo epidêmico de uma transa forçada pode aparecer mais adiante também, recapitulando o filme.

No mundo artístico dos diretores apesar dos erros (separação momentânea da realidade) tem também fatos curiosos e individuais que algumas personalidades brilhantes podem possuir talento pra entretenimento mas enxergarem suas obras como um autista enxerga o mundo, sem notar o ritmo das emoções nos outros e isolados da realidade (separação definitiva da realidade)...

http://www.independent.co.uk/arts-e...no-idea-what-i-have-been-through-1017492.html
She hated physical contact, shunned company and once locked herself in her house for three months. Then, two years ago, Pip Brown was diagnosed with Asperger's syndrome. So how is she coping with life as Ladyhawke, the next big thing in pop?

Como diria o ministro japonês no episódio de Pokemon:

Minister Ryutaro Hashimoto weighed in with a comment of dubious relevance: “Rays and lasers have been considered for use as weapons. Their effects have not been fully determined.”
 
Última edição:
esse The Babadook, ó, bem bom. o final pode incomodar um tico quem procura o filme pelo terror, mas é satisfatório como metáfora.

pergunta para vocês que manjam dos paranauê: only lovers left alive está sendo completamente ignorado porque as pessoas acham que não é tudo isso ou porque tem alguma coisa que o torna não elegível?
 
esse The Babadook, ó, bem bom. o final pode incomodar um tico quem procura o filme pelo terror, mas é satisfatório como metáfora.

Eu gostei de Babadook também, embora o terceiro ato ameaçasse cruzar a linha do intenso para o ridículo. E o final eu achei inesperado, mas interessante. Talvez o filme funcionasse melhor como terror puro se aquilo fosse tratado como subtexto, não sei, mas como temática funciona, acaba saindo do lugar comum dos filmes de terror atuais.

Vocês falando de ler O Hobbit para o Arthur no outro tópico e eu fiquei me segurando para não comentar para terem cuidado na hora de deixarem o filho escolher o livro para ser lido. XD

pergunta para vocês que manjam dos paranauê: only lovers left alive está sendo completamente ignorado porque as pessoas acham que não é tudo isso ou porque tem alguma coisa que o torna não elegível?

É uma pena, mas acho que é a primeira opção, já que foi lançado nos EUA em abril deste ano, pelo que vi no IMDb.
 
Eu gostei de Babadook também, embora o terceiro ato ameaçasse cruzar a linha do intenso para o ridículo. E o final eu achei inesperado, mas interessante. Talvez o filme funcionasse melhor como terror puro se aquilo fosse tratado como subtexto, não sei, mas como temática funciona, acaba saindo do lugar comum dos filmes de terror atuais.

SPOOOILERS

sim, há uma quebra ali na hora em que ela vai levar as minhocas no porão. você entende: ela finalmente decide cuidar da depressão, ao invés de tentar ignorá-la. mas ao mesmo tempo não tem como não ficar meio "wuuut?" para o que tinha se desenvolvido até então.

(acho foda que o gurizinho tem pira com monstros antes do babadook aparecer. ou seja, a mãe já dava umas alopradas antes)

Vocês falando de ler O Hobbit para o Arthur no outro tópico e eu fiquei me segurando para não comentar para terem cuidado na hora de deixarem o filho escolher o livro para ser lido. XD

TODO livro pop up que eu leio para o arthur agora eu lembro do filme :rofl:

É uma pena, mas acho que é a primeira opção, já que foi lançado nos EUA em abril deste ano, pelo que vi no IMDb.

pena mesmo. em um ano em que todo mundo reclama que (só para variar) está fraco de indicação para atriz e que algumas vão entrar só para fechar o número de indicações, a tilda em only lovers chuta bundas. =/
 
Eu estava gostando desse babadook até um pouco mais do meio pro final... ficou parecendo que essa coisa toda de babadook foi mais para chamar o povo que quer ver um filme de terror com o título de um monstro esquisito...
e, tipo, um monte de coisas meio que soaram desnecessárias - tipo o negócio das baratas, para reforçar que a protagonista está vendo coisas...

A metáfora no final me soou forçada, meio didática demais, sei lá, não me convenceu... do tanto que mostraram o monstro "de verdade" e depois o marido dela como fonte da loucura dela, ficou meio que a sensação de que quem fez o filme ou se apoiasse no sobrenatural de vez e deixasse a parte real (o marido, a depressão etc) por baixo, subentendida, ou o contrário... do jeito que ficou, ficou meio: "ó, tá vendo esse monstro feio aqui e tudo? é a lembrança da perda da mulé que tá causando isso". Fora que a relação da mãe com o filho ficou tão agressiva de um modo tão repetitivo que ficou sem saco pra eles, tipo, ah, que se dane essa mulé =P
Até o meio também da direção eu estava gostando, mas me cansei dela também, dos cortes ágeis e tudo... eu realmente não sei como faria isso diferente porque não fui eu quem veio com a ideia pra esse filme, mas acho que menos tempo, mais concisão e foco, e menos alopramento ajudariam, talvez...

(tava esperando pra falar sobre esse filme na minha próxima atualização do censo, mas como trouxeram-no à tona...
 
Se tiverem curiosidade, há também o curta no qual o filme foi baseado, Monster:


A metáfora no final me soou forçada, meio didática demais, sei lá, não me convenceu... do tanto que mostraram o monstro "de verdade" e depois o marido dela como fonte da loucura dela, ficou meio que a sensação de que quem fez o filme ou se apoiasse no sobrenatural de vez e deixasse a parte real (o marido, a depressão etc) por baixo, subentendida, ou o contrário... do jeito que ficou, ficou meio: "ó, tá vendo esse monstro feio aqui e tudo? é a lembrança da perda da mulé que tá causando isso".

Na minha interpretação, o monstro existe de verdade, não? A cena com o prato de minhocas no porão indica isso. Até aquela cena, tudo poderia ter se passado na mente dela e tal, mas o final (assim como o do curta) mostra que era realmente uma manifestação sobrenatural e é conseguindo confrontar o problema que ela aprende a controlá-lo (o que a faz encarar a dor do passado da mesma forma).
 
Última edição:
Vou ver esse curta ;)
mas também na cena final, ok, ela põe o prato la, as se não me engano, nessa hora mostra apenas isso, o prato indo à escuridão... O que encrenquei mais, como falei, foi ter mostrado demais o marido dela como manifestação, podia ter deixado por conta do background criado pra ele o nosso entendimento de que ele também "assombra" a protagonista. E sim, isso provavelmente é coisa da mente dela, e, de todo modo, o próprio monstro pode ser também... Pessoalmente apenas não me agradou esse desenvolvimento todo, podia ter menos repetição e um foco...
 
mas tem foco

o babadook é a depressão. lembra dos versos do livro? "quanto mais você me ignora, mais forte eu fico" entre outros. e o que causou a depressão dela? a morte do marido no acidente de carro. por isso ela piorou (e o babadook apareceu) no aniversário de morte dele. e por isso ela tinha que ir naquele quarto: cuidar da depressão, tratá-la, e não ignorá-la

acho que vale um split aqui no tópico e abrir um para o filme, não? :think:

*********

edit: já tinha tópico, e, para não perder os posts que falavam sobre o oscar, copiei as mensagens sobre babadook para cá, mas elas continuam lá no outro tópico tb.
 
Última edição:
Assisti com o @Slicer esses dias e ele se borrou. Depois morreu de rir. No final ficamos WTF?
Realmente eu não tinha pensado que o monstro era a depressão.. Mas achei que ficou muito fake, pelo menos as aparições. Só curti até mais ou menos a metade, depois ficou lsd demais.
 
mas tem foco

o babadook é a depressão. lembra dos versos do livro? "quanto mais você me ignora, mais forte eu fico" entre outros. e o que causou a depressão dela? a morte do marido no acidente de carro. por isso ela piorou (e o babadook apareceu) no aniversário de morte dele. e por isso ela tinha que ir naquele quarto: cuidar da depressão, tratá-la, e não ignorá-la

acho que vale um split aqui no tópico e abrir um para o filme, não? :think:

*********

edit: já tinha tópico, e, para não perder os posts que falavam sobre o oscar, copiei as mensagens sobre babadook para cá, mas elas continuam lá no outro tópico tb.
Então, pensei exatamente isso
no monstro representando a depressão, só achei que a diretora poderia prescindir, já que optou pelo apelo visual do monstro, das aparições do marido, tornou óbvio o que ja era...
fora isso, e o fato que já falei das repetições no modo de agressão mãe /filho que me cansou, gostei bastante de como ela criou a atmosfera do terror em geral... É realmente assustadora e valeu assistir...
** Posts duplicados combinados **
Btw, adorei vc ter trazido os posts pra cá ;)
 
Eu curti bastante, recentemente tenho dado mais preferência a filmes de terror que tenham algum conteúdo interessante, como aconteceu em babadook com essa temática da depressão, porém ele também foge muito do gênero ao não causar praticamente nenhum "horror", relembrando um pouco a estrutura de O Iluminado, com menos suspense e muito mais drama.
Vale destacar algumas cenas de transição que setaram muito bem o cenário psicológico dos personagens. E muitas palmas para o livro do babadook, aquilo sim foi assustador e digno do gênero.
 

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