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ARTES MARCIAIS!!!

Primeiro dan é muito alto. Você tá em qual faixa, Lindoriel?

Faixa verde, terceiro kyu.

Primeiro dan = assim que o aluno pega a faixa preta. Faltam mais duas faixas pra eu pegar antes da preta, a roxa e a marrom (2° e 1° kyu respectivamente - sim, eles vão "regredindo" qdo vamos pegando novas faixas coloridas, rs). Depois vai subindo até chegar ao 10° dan, mas esse só fundadores de estilo costumam pegar.

Ainda tem muito aprendizado após a preta (até o 5° dan, em meu estilo, tem kata a ser aprendido) mas pra começar outra creio que 1° dan está bom.
 
Faixa verde, terceiro kyu.

Primeiro dan = assim que o aluno pega a faixa preta. Faltam mais duas faixas pra eu pegar antes da preta, a roxa e a marrom (2° e 1° kyu respectivamente - sim, eles vão "regredindo" qdo vamos pegando novas faixas coloridas, rs). Depois vai subindo até chegar ao 10° dan, mas esse só fundadores de estilo costumam pegar.

Eu sei, gata, eu fiz taekwondo, tô familiarizada com a nomenclatura. Lá eram 10 'gub's decrescentes até chegar ao dan, e é um caminho e tanto, por isso a pergunta.
 
Alguém pratica/praticou Tai Chi Chuan?

Aprendi Liang Gong e a forma básica inicial do Chi Kung apenas como exercício, numa empresa onde trabalhei (eles pagaram um professor pra dar aulas de ginástica laboral, Tai Chi e Yoga. Claro que ninguém ia, só eu). É muito gostoso e relaxante praticar Tai Chi, embora o controle da respiração a torne uma Arte Marcial mais vigorosa do que parece.

No mais, sou faixa laranja de Karate Do estilo Shito Ryu, escola Seiden Kai. Parei em 2006 e estou voltando a praticar. ^^
 
pratiquei bujinkan. conheci o genbukan mas nao fui a fundo. o motivo de ir pro hapkido é ter uma visão semelhante ao ninjutsu, tanto no estilo de movimentos quanto no objetivo. tem quem chame hapkido de "ninjutsu coreano"

sistemas chineses fiz uma aula de Choi Li Fut. Gostei, mas não conheço nada.
 
pratiquei bujinkan. conheci o genbukan mas nao fui a fundo. o motivo de ir pro hapkido é ter uma visão semelhante ao ninjutsu, tanto no estilo de movimentos quanto no objetivo. tem quem chame hapkido de "ninjutsu coreano"

sistemas chineses fiz uma aula de Choi Li Fut. Gostei, mas não conheço nada.

Obrigado pelo retorno. Quanto tempo e graduação de Genbukan? Sei que fica lá na Liberdade e tem um site com muitas informações (http://www.ninpo.com.br). Vc me indicaria?

Tem também este: www.kurokawa-ryu.com.br . Já ouviste falar? Será que é sério?

Quanto ao Hapkido, pelas minhas pesquisas existem vários estilos. Ou seja, não é um só. Qual vc está pensando em praticar?
 
eu conheci a genbukan quando ela ainda não existia em são paulo. treinei com o aluno de um shihan da argentina Nem cheguei a me filiar. Na bujinkan fui até o 8o kyu. Não tenho mais interesse na genbukan.

sobre hapkido, não conheço, quero conhecer. vou ter que treinar o que eu achar, mesmo...
 
Eu sei, gata, eu fiz taekwondo, tô familiarizada com a nomenclatura. Lá eram 10 'gub's decrescentes até chegar ao dan, e é um caminho e tanto, por isso a pergunta.

No meu são 9 kyu até chegar na preta, demora de 4 a 5 anos, eu como parei um tempo acho que vou chegar só com uns 6 anos contando do ao em que comecei...
 
Última edição:
Boa tarde
Estou querendo começar no ninjútsu da Genbukan e achei esse representante em SP, que é onde eu moro.
Vocês conhecem? Indicam?
Li o tópico inteiro e tive informações valiosas.
** Posts duplicados combinados **
Seria esse o site http://www.ninpo.com.br/ e o professor seria o Jefferson Flausino
 
Boa tarde pessoal! Procurava uma academia pra iniciar alguma arte marcial perto da minha cidade, Campo do Tenente PR (87 km de Curitiba), e acabei parando aqui nesse tópico. Fiz Karate shotokan quando criança e queria praticar algo + ou - em 2002 em Curitiba, minha terra natal; nessa época, visitei várias academias, entre elas do Paulo Canali e do Rui. No final, acabei optando por treinar muay thai com o Osmar Dias, ficando por lá durante uns 2 anos. Mas, foi a conversa sobre ninjutsu que me fez começar a ler, ontem, as mensagens desse tópico postadas em 2006 e terminar apenas hoje. Muito legal mesmo! Vou fuçar o resto do forum tbem. Quanto às artes marciais pra esse ano, pretendo treinar Karate shotokan ou jiu jitsu
 
Boa tarde
Estou querendo começar no ninjútsu da Genbukan e achei esse representante em SP, que é onde eu moro.
Vocês conhecem? Indicam?
Li o tópico inteiro e tive informações valiosas.
** Posts duplicados combinados **
Seria esse o site http://www.ninpo.com.br/ e o professor seria o Jefferson Flausino

Respondendo atrasado...

A Genbukan em si é uma organização bem séria e respeitável. No entanto, lá pros idos de 2005-2008 houve muita briga sobre quem ia representar a Genbukan e esse cara tava na briga. Ele diz que dá aula desde 1990, mas isso significa que ele deu aula no mínimo 15 anos antes da Genbukan. O ideal é ter uma conversa com ele e "sentir o terreno".
 
Qatar importa jiu-jítsu do Brasil para garantir segurança da próxima Copa

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    Aula de jiu-jítsu para soldados das Forças Armadas do Qatar, visando a Copa do Mundo de 2022

A Copa do Mundo de 2022 nem começou e já é considerada a Copa das polêmicas, mas também das oportunidades. Tendo o Qatar como palco, muito se especula sobre clima, cultura e construções faraônicas de um dos países mais ricos do mundo. Para um grupo de 30 atletas brasileiros, porém, é a chance de fazer história que prevalece. E não estamos falando do futebol que abre caminhos no Oriente Médio: o esporte da vez é o jiu-jítsu, que há um ano integra as Forças Armadas do Qatar e emprega brasileiros como instrutores.

O jiu-jítsu no Qatar


@qatarselfdefense
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Muito popular nos Emirados Árabes, onde o esporte é obrigatório nas escolas, nas forças armadas e na polícia, no Qatar o jiu-jítsu é novidade: chegou há menos de quatro anos pelas mãos de três xeiques adeptos da arte marcial.

Percebendo o potencial da luta para a formação militar, o xeique Mohammed Al Thani, integrante da família real, iniciou o projeto de implantação do jiu-jítsu nas Forças Armadas. Para tal, contou com a ajuda do brasileiro Fabrício Moreira, dono da primeira (e única) academia da modalidade no país, que pediu indicações no Brasil sobre possíveis instrutores para se unirem à empreitada.

"Quando a minha esposa me contou que eu havia sido indicado, eu nem liguei. Achei que era brincadeira", lembra Wagner Nunes, proprietário de uma unidade da academia Alliance no Rio de Janeiro. O atleta, tricampeão brasileiro No-Gi e bicampeão sul-americano, foi entrevistado pessoalmente pelo xeique, que veio ao Brasil selecionar o time que implantaria a modalidade no país.

Em agosto de 2017, 30 brasileiros embarcaram rumo à capital Doha com a promessa de reconhecimento profissional e financeiro.

Arquivo pessoal


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Marcelo Bernardo, um dos professores de jiu-jítsu brasileiros que estão treinando as forças armadas do Qatar
Qatar paga mais



Competitivo, o Qatar superou os Emirados Árabes na proposta financeira para atrair os melhores instrutores brasileiros para o país. O pacote inclui casa, plano de saúde e passagem de ida e volta ao Brasil uma vez por ano para toda a família. Em Abu Dhabi, por exemplo, a remuneração média do professor de jiu-jítsu é equivalente a 16 mil reais, já em Doha, o valor passa facilmente dos 20 mil reais. "Aqui temos a melhor estrutura e suporte para os professores no mundo, sem contar a visibilidade por conta do pioneirismo", ressalta Wagner, que dobrou seus ganhos em relação ao Brasil.

Para Marcelo Bernardo, atleta sete vezes campeão europeu e que já ensinou o esporte em Portugal e na Rússia, o Qatar virou o sonho de muita gente. "Quando cheguei, recebia dez mensagens por semana de atletas perguntando como mandavam o currículo". Segundo ele, o esporte tem futuro promissor no país: até dezembro, chegam mais 30 coaches brasileiros. E ainda há espaço para pelo menos mais 200 nos próximos quatro anos.

Reconhecimento profissional


Arquivo Pessoal
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Wagner Nunes foi medalha de bronze no Campeonato Europeu de Jiu-Jítsu representando o Qatar

Não é só a segurança financeira que atrai brasileiros para o Oriente Médio. O prestígio e o reconhecimento somam-se aos benefícios de ensinar a arte marcial aos árabes. Em janeiro deste ano, as Forças Armadas enviaram 22 brasileiros para representar o Qatar no Campeonato Europeu, realizado em Portugal. A participação foi encarada como missão militar e o grupo teve todas as despesas pagas. "Quando voltamos, recebemos uma premiação por honrar o nome do país", conta Wagner, que trouxe uma medalha de bronze para o quartel. "No Brasil, ganhar competição não tem retorno financeiro. É só a medalha e ainda temos as despesas com a inscrição e viagem".

O prestígio não fica apenas no tatame: os brasileiros são contratados como militares e andam fardados como os demais integrantes do exército. Além disso, possuem um relacionamento bastante próximo com os xeiques que endossam o esporte. "É um tratamento que, no Brasil, nem passa pela cabeça. Aqui somos valorizados e admirados. Pela forma que o xeique nos trata, parece ele nos conhece há anos".

@qatarselfdefense
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O jiu-jítsu e a Copa do Mundo



O principal papel do jiu-jítsu no Mundial de futebol será garantir a defesa pessoal dos cidadãos do Qatar, principalmente do emir, dos xeiques e das demais autoridades. "É um esporte de imobilização. Não é preciso dar soco ou chute. Você vai usar o jiu-jítsu para imobilizar a pessoa e tirar ela dali", explica o carioca Marcelo Bernardo.

Em um ano atuando nas Forças Armadas, os 30 coaches brasileiros já formaram mais de mil cadetes em defesa pessoal, incluindo qataris que integrarão a tropa de choque que vai atuar na Copa de 2022. Servir o exército é obrigatório no país por pelo menos um ano e, desde o ano passado, o jiu-jítsu também se tornou mandatório aos cadetes, que treinam três horas por dia, quatro vezes por semana. "O nosso trabalho é focado em defesa pessoal para a Copa, não estamos formando competidores. Isso virá depois de 2022", ressalta Marcelo.

O fator psicológico do esporte também agrega na formação militar. "O jiu-jítsu traz autoconfiança e vai fazer com que eles estejam aptos para agir em qualquer situação que surgir", confirma Wagner. O grupo de brasileiros atua junto aos ingleses na formação tática da tropa de choque que vai garantir a segurança no mundial. "Mostramos que o jiu-jítsu é a luta mais eficaz e pode ajudar na contenção de multidões, por exemplo".

Clima e cultura são adversários


Ao aterrissar no país, já é possível sentir um dos primeiros desafios da experiência no Oriente Médio: o clima desértico. "É um calor intenso. Já cheguei a pegar 55 graus", lembra Marcelo, que trocou o frio da Rússia pelas altas temperaturas do Qatar. O idioma também é uma dificuldade, já que nem todos os árabes falam inglês.

Mas é o sedentarismo dos alunos que mais surpreende os professores brasileiros. "O maior desafio é vencer a preguiça, tanto pelo horário da aula como pelo fato de eles nunca terem feito atividade esportiva", conta Wagner. A primeira aula de jiu-jítsu do dia começa às 5h da manhã, antes mesmo de os cadetes tomarem o desjejum. "Eles acordam por volta das 4h para rezar e já seguem para o treino, mas a vontade da maioria é voltar a dormir".

Além de ensinar defesa pessoal, os coaches tentam mudar o estilo de vida dos jovens árabes, que não costumavam ter educação física na escola. "Estamos tentando tirar aquele vício deles de serem sedentários, de saírem da frente do videogame e do celular", defende o coach Marcelo.

Outro fator que se soma à preguiça é o desconhecimento, já que o esporte não faz parte da cultura da população. "Você sai do Brasil e vê todo tipo de nacionalidade querendo aprender jiu-jítsu. Aqui é um trabalho avesso. Primeiro, temos que mostrar para eles o que é o esporte para, então, eles quererem treinar. Às vezes, é mais psicológico do que físico", conclui. E depois de um ano de projeto, o coach já vê resultados. "Muitos saem do exército e querem continuar treinando".

@qatarselfdefense
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Rotina dos professores



É preciso disposição para encarar a empreitada no Qatar. A rotina é puxada e começa bem cedo. "A gente acorda umas 3h30 da manhã, pois às 4h30 já temos que estar no quartel. O primeiro turno de aula é às 5h e dura 1h30. Depois, tomamos café da manhã e seguimos para o treino dos professores, que vai até 9h30. Aí voltamos para casa, almoçamos e depois retornamos ao quartel para a aula da tarde. À noite, ainda vamos para a academia treinar", resume Wagner.

Perguntado se vale a pena o esforço, ele não pensa duas vezes: "Vale pelo financeiro, pelo reconhecimento da minha carreira e pelo futuro dos meus filhos, que aqui estudam em uma escola onde aprendem inglês, árabe e francês. Meu contrato é de cinco anos e renovável. Pretendo ficar no mínimo dez".
 
Arte marcial é ferramenta para aumentar longevidade de pessoas com Down


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Mônica Rocha é instrutora de taekwondo e treina a arte marcial há seis anos Imagem: Rodrigo Bertolotto/UOL

Com problemas motores, o menino não consegue ficar em pé, imagine pular ou chutar. Mas soca com vontade o ar e solta o grito característico: "iááááá". O rapaz autista fica quieto em um canto até que é chamado para o exercício e faz cada movimento repetindo a instrução do professor. A moça com síndrome de Down tem dificuldade para se equilibrar, mas se realiza chutando um rival imaginário. "Aqui, eles percebem que os outros também têm sua dificuldade e unem forças para superá-las", resume a psicóloga Lucia Dias Mendes.

Lúcia é uma das componentes de uma das equipes que dão aulas gratuitas de taekwondo para pessoas com deficiência intelectual e motora na cidade de São Paulo. A atividade física é um dos segredos para a melhoria da qualidade de vida e da longevidade de pessoas com síndrome de Down, que hoje chegam à terceira idade graças a um trabalho interdisciplinar, que reúne pilares como medicina, nutrição, sociabilização, autonomia e esporte.

É o caso de Mônica Rocha, 25, que pratica taekwondo há seis anos. Agora, ela está próxima da faixa vermelha e é instrutora de outros colegas. "Vi um combate pelo Youtube e quis lutar. Meu pai falou que não era coisa de mulher, mas minha mãe me levou. Eu vivia na frente do computador, era muito quieta e ansiosa. Agora estou bem melhor", afirma.

As pessoas com síndrome de Down têm condições físicas diferentes do restante da população. Além dos traços faciais característicos, são mais vulneráveis a distúrbios respiratórios e podem apresentar problemas de visão, audição e tireoide. Cerca de 50% possui algum tipo de cardiopatia. Há também um espaçamento da coluna vertebral e uma redução da força muscular.

Por isso, as atividades aeróbicas são recomendadas como forma de prevenção, especialmente contra doenças cardiovasculares. Estudos apontam que o exercício físico reduz as doenças relacionadas com a síndrome, e seu efeito é ainda mais expressivo quando introduzido na infância e adolescência.

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Imagem: Rodrigo Bertolotto/UOL

Até a década de 1970, a expectativa de vida de alguém com síndrome de Down estava por volta dos 20 anos. Hoje, a longevidade é quase equivalente à média da sociedade — 76 anos para mulheres e homens, na média. Essa melhoria também tem sido observada entre pessoas com outras deficiências intelectuais.

O Instituto Olga Kos, criado em 2007, é atualmente o responsável por dar aulas de esportes e artes para 3.000 pessoas com deficiência. Cerca de 20 mil pessoas passaram por seus cursos nos últimos 12 anos.

O surgimento da organização parece até enredo de ficção. Empresário do ramo securitário, Wolf Kos estava internado entre a vida e a morte, após uma simples cirurgia cardíaca ter resultado em uma grave infecção hospitalar. Durante o um ano em que passou internado, ele acompanhava à noite, de seu leito, a telenovela global "Páginas da Vida", que tinha entre seus personagens Clarinha (Joana Mocarzel), uma menina com síndrome de Down. Wolf prometeu a si que, se saísse com vida da jornada hospitalar, iria fazer algo por essa população. Ele se curou e cumpriu a promessa, com o instituto que homenageia sua mulher, Olga.

"Eles são mais disciplinados que os alunos comuns. É prazeroso trabalhar com eles, porque são muito carinhosos e sinceros. Eles não têm filtro, mas também não têm falsidade", define Maat Machado, assistente de coordenação de esporte do instituto.

Marcio Del Nero é outro exemplo entre os praticantes de artes marciais. Aos 35 anos, ele é faixa preta de caratê e se tornou um dos professores das oficinas. Ele começou nos cursos do instituto em 2009 e foi convidado a dar aulas em 2014.

São cerca de 300 mil os brasileiros com síndrome de Down — desses, 30 mil estão em São Paulo. A incidência da síndrome é de uma pessoa a cada 750 nascidas no Brasil. A causa da deficiência está na presença de três cromossomos 21 nas células do indivíduo. Foi essa característica que motivou a celebração do Dia Internacional da Síndrome de Down no dia 21 de março.

Além da saúde, a atividade física ajuda na sociabilização, na autonomia, na comunicação e na capacidade emocional e cognitiva de qualquer pessoa. Para aquelas com deficiência, os efeitos são ainda mais importantes.

A dona de casa Lindinalva Bernardino da Silva tem dois de seus três filhos com deficiência intelectual. São eles David, 36, e Denilson, 40. "Quando eles nasceram, eu fiquei revoltada: por que Deus fez isso comigo? Agora para mim, é normal. Não aceito quando falam que eles são doentes. Eles só precisam de atenção. Minha filha que é 'normal' é mais doida e dá mais trabalho que eles", conta.

Em uma aula, outros três irmãos distribuem socos e chutes. José Carlos tem 62. Luiz Donizete, 49. E o caçula, Vanderlei, 46. Em meio à diversidade da turma, esses atletas encaram suas limitações — parece que nem se dão conta delas.

Aos 49 anos, Claudio Ocreciano, por exemplo, treina todos os dias, seja no projeto do Instituto Olga Kos ou em uma academia perto de sua casa. Ele apresenta sua sequência de golpes no ar como se estivesse pronto pro combate. "Adoro lutar." Para ele e seus colegas, estão lutando e vencendo o tempo, os limites e o que vier pela frente.
 

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