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A Dilma de maiô e o comercial filipino

Clara

Perplecta
Usuário Premium
Achei interessante o artigo no blog da Nina Lemos sobre o banho de mar da Dilma, mas logo em seguida entro no Youtube e me deparo com esse comercial filipino da Pantene.

Então resolvi compartilhar com vocês.

(E sim, existe mesmo essa "rotulação" diferenciada pras mulheres, e o povaréu caiu matando na Dilma porque ela foi de maiô na praia).

Demi Moore e Dilma na praia e o grito machista
Por Nina Lemos | Blog da Nina Lemos

Fim de ano, praia, sol e… patrulha. Na semana de férias entre o Natal e o Ano Novo, duas mulheres resolveram ir para a praia. Uma não tem nada a ver com a outra. Talvez somente o fato de serem famosas e por isso vigiadas.

Caso 1. Demi Moore. A atriz foi para a praia linda de biquíni, com um namorado de 27 anos. Escândalo! Redes de debate sobre o corpo da moça (e sua ousadia de ter ido à praia de biquíni aos 50!) foram formadas. Um site chegou a falar que “Demi exibia barriga flácida em banho de mar”. Não, não exibia. Mas e se exibisse? Pare para pensar uns segundos. Quantas vezes você viu um homem ser atacado por exibir barriga flácida?

Outro álbum na internet alertava para o milagre: "veja fotos de famosas que arrasam no biquíni mesmo depois dos 40." Para. Tudo. E tente trocar a manchete: “veja fotos de homens que arrasam de sunga mesmo depois dos 40.” Não existe. E não, o Brasil não é machista. Não, imagina.

Cena 2. A presidente Dilma Roussef também foi à praia. Como uma senhora de 67 anos, presidente, ela usou um maiô. Foi fotografada por paparazzi. Normal. Já aconteceu com o Lula e com o FHC. Só que eles não foram xingados como a presidenta, não, não foram. “Volta para o mar, oferenda”, disseram por aí. A presidenta foi chamada, entre outras coisas de: Monstro do Lago Ness, Gordzilla etc etc. Ela é presidenta. Ela não precisa mostrar um corpo impecável, não. Aliás, ninguém precisa.

Mas é verão! É hora de vigiar o corpo das mulheres e de rir delas. Seja ela uma atriz de Hollywood, uma famosa da Globo, uma mina anônima ou a Presidenta da República. Certas coisas não mudam.

Fonte

 
Os perigos de ser uma mulher gorda na França.
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Padrão de beleza francês dificulta ascensão profissional de mulheres acima do peso


Há décadas a imagem da mulher parisiense chique e esbelta é o padrão e epítome do estilo na França, mas ela também faz com que algumas mulheres francesas se sintam inadequadas.

Isabelle, de 50 anos, diretora de uma galeria de arte da moda em Paris, diz: "É simples. Chique mais magra é igual a sucesso", ao se referir sobre os corpos femininos.

"É assim que funciona para as mulheres aqui", explica. "Se você for gorda, não conseguirá aquele emprego. Mas se tiver a silhueta - chique, muito magra, elegante - você está mais ou menos 'feita'."

Isabelle é uma rara exceção à regra - ela é bastante gorda - mas, por ser autônoma, ela diz que consegue escapar do padrão e que gosta de estar acima do peso em uma sociedade tão obcecada com a magreza e a conformidade.

"Ser gorda me faz sentir livre, mesmo que nunca consiga encontrar nada para usar nas lojas de Paris. Eu me lembro vividamente da última vez em que tentei, do olhar de horror no rosto da vendedora", conta.

"Ela disse: 'Senhora, com certeza não temos nada para você aqui'", relata.

Fonte: http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2013/12/131225_paris_mulheres_jr_cc.shtml
 
"Ser gorda me faz sentir livre, mesmo que nunca consiga encontrar nada para usar nas lojas de Paris. Eu me lembro vividamente da última vez em que tentei, do olhar de horror no rosto da vendedora", conta.

"Ela disse: 'Senhora, com certeza não temos nada para você aqui'", relata.

Fonte: http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2013/12/131225_paris_mulheres_jr_cc.shtml

:rofl:
Pior é que é assim mesmo, com as vendedoras.
Lembrei de uma vez em que uma colega de trabalho fazia aniversário e fui encarregada de comprar o presente pra ela, tinha que comprar umas duas ou três blusinhas de verão.
A amiga, magra e pequena e eu.. bem, o contrário, vamos dizer assim. :dente:

Aí entrei numa loja chique lá no shopping Eldorado e comecei a escolher as blusinhas.
A vendedora solícita me atendeu muito bem, mas tinha uma outra, acho que gerente da loja, que ficou olhando o tempo todo e quando eu estava já estava escolhendo as que iria comprar, se aproximou e disse, bem antipática:
"Nenhuma dessas roupas serve em você!"
Eu: :shock:

Ainda tive a presença de espírito de rir e dizer: "Sério? Não percebi!"
E depois expliquei pra vacona que as blusinhas eram pra presente.
Mas quando saí da loja me arrependi de ter explicado, devia só ter falado: "Quem disse? Claro que servem!"
E ido embora. :soevil:
 
Puta, piranha, vadia, vagabunda, quenga, rameira, devassa, rapariga, biscate, piriguete. Quando um homem odeia uma mulher — e quando uma mulher odeia uma mulher também— a culpa é sempre da devassidão sexual. Outro dia um amigo, revoltado com o aumento do IOF, proferiu: "Brother, essa Dilma é uma piranha". Não sou fã da Dilma. Mas fiquei mal. Brother: a Dilma não é uma piranha. A Dilma tem muitos defeitos. Mas certamente nenhum deles diz respeito à sua intensa vida sexual. Não que eu saiba. E mesmo que ela fosse uma piranha. Isso é defeito? O fato dela ter dado pra meio Planalto faria dela uma pessoa pior?

Recentemente anunciaram que uma mulher seria presidenta de uma estatal. Todos os comentários da notícia versavam sobre sua aparência: "Essa eu comeria fácil" ou "Até que não é tão baranga assim". O primeiro comentário sobre uma mulher é sempre esse: feia. Bonita. Gorda. Gostosa. Comeria. Não comeria. Só que ela não perguntou, em momento nenhum, se alguém queria comê-la. Não era isso que estava em julgamento (ou melhor: não deveria ser). Tinham que ensinar na escola: 1. Nem toda mulher está oferecendo o corpo. 2. As que estão não são pessoas piores.

Baranga, tilanga, canhão, dragão, tribufu, jaburu, mocreia. Nenhum dos xingamentos estéticos tem equivalente masculino. Nunca vi ninguém dizendo que o Lula é feio: "O Lula foi um bom presidente, mas no segundo mandato embarangou." Percebam que ele é gordinho, tem nariz adunco e orelhas de abano. Se fosse mulher, tava frito. Mas é homem. Não nasceu pra ser atraente. Nasceu pra mandar. Ele é xingado. Mas de outras coisas.

Filho da puta, filho de rapariga, corno, chifrudo. Até quando a gente quer bater no homem, é na mulher que a gente bate. A maior ofensa que se pode fazer a um homem não é um ataque a ele, mas à mãe — filho da puta- ou à esposa — corno. Nos dois casos, ele sai ileso: calhou de ser filho ou de casar com uma mulher da vida. Hijo de puta, son of a bitch, fils de pute, hurensohn. O xingamento mais universal do mundo é o que diz: sua mãe vende o corpo. 1. Não vende. 2. E se vendesse? E a sua, que vende esquemas de pirâmide? Isso não é pior?

Pobres putas. Pobres filhos da puta. Eles não têm nada a ver com isso. Deixem as putas e suas famílias em paz. Deixem as barangas e os viados em paz. Vamos lembrar (ou pelo menos tentar lembrar) de bater na pessoa em questão: crápula, escroto, mau-caráter, babaca, ladrão, pilantra, machista, corrupto, fascista. A mulher nem sempre tem culpa.

Fonte
 
Xingamento

Puta, piranha, vadia, vagabunda, quenga, rameira, devassa, rapariga, biscate, piriguete. Quando um homem odeia uma mulher — e quando uma mulher odeia uma mulher também— a culpa é sempre da devassidão sexual. Outro dia um amigo, revoltado com o aumento do IOF, proferiu: "Brother, essa Dilma é uma piranha". Não sou fã da Dilma. Mas fiquei mal. Brother: a Dilma não é uma piranha. A Dilma tem muitos defeitos. Mas certamente nenhum deles diz respeito à sua intensa vida sexual. Não que eu saiba. E mesmo que ela fosse uma piranha. Isso é defeito? O fato dela ter dado pra meio Planalto faria dela uma pessoa pior?

Recentemente anunciaram que uma mulher seria presidenta de uma estatal. Todos os comentários da notícia versavam sobre sua aparência: "Essa eu comeria fácil" ou "Até que não é tão baranga assim". O primeiro comentário sobre uma mulher é sempre esse: feia. Bonita. Gorda. Gostosa. Comeria. Não comeria. Só que ela não perguntou, em momento nenhum, se alguém queria comê-la. Não era isso que estava em julgamento (ou melhor: não deveria ser). Tinham que ensinar na escola: 1. Nem toda mulher está oferecendo o corpo. 2. As que estão não são pessoas piores.

Baranga, tilanga, canhão, dragão, tribufu, jaburu, mocreia. Nenhum dos xingamentos estéticos tem equivalente masculino. Nunca vi ninguém dizendo que o Lula é feio: "O Lula foi um bom presidente, mas no segundo mandato embarangou." Percebam que ele é gordinho, tem nariz adunco e orelhas de abano. Se fosse mulher, tava frito. Mas é homem. Não nasceu pra ser atraente. Nasceu pra mandar. Ele é xingado. Mas de outras coisas.

Filho da puta, filho de rapariga, corno, chifrudo. Até quando a gente quer bater no homem, é na mulher que a gente bate. A maior ofensa que se pode fazer a um homem não é um ataque a ele, mas à mãe — filho da puta- ou à esposa — corno. Nos dois casos, ele sai ileso: calhou de ser filho ou de casar com uma mulher da vida. Hijo de puta, son of a bitch, fils de pute, hurensohn. O xingamento mais universal do mundo é o que diz: sua mãe vende o corpo. 1. Não vende. 2. E se vendesse? E a sua, que vende esquemas de pirâmide? Isso não é pior?

Pobres putas. Pobres filhos da puta. Eles não têm nada a ver com isso. Deixem as putas e suas famílias em paz. Deixem as barangas e os viados em paz. Vamos lembrar (ou pelo menos tentar lembrar) de bater na pessoa em questão: crápula, escroto, mau-caráter, babaca, ladrão, pilantra, machista, corrupto, fascista. A mulher nem sempre tem culpa.


Gregorio Duvivier é ator e escritor. Também é um dos criadores do portal de humor Porta dos Fundos.
(fonte)
 
Não é pra ser um argumento ad hominem, mas imagino que Duvivier nunca tenha dito "essa eu comeria". Sacumé, pra poder escrever um artigo desse sem fazer um mea culpa.

Se "a beleza está nos olhos do observador", pq a ofensa não está na boca do agressor?

Enfim, não tenho ainda muita certeza sobre o que achei desse artigo. Achei, no entanto, um dos comentários bem interessante:

Não, Gregorio, a maior ofensa que se pode fazer a um homem não é um ataque à mãe, ou à esposa dele. É chamá-lo de fracassado. E isso as mulheres não pensam duas vezes antes de dizer, quando realmente querem ofender um homem. Banana, frouxo, brocha, bobão, songo mongo, sonso. Quando uma mulher odeia um homem, a culpa é sempre da falta de sucesso (profissional, sexual) dele.
 
Significativo que seja "fracassado". Pois isso pressupõe o contrário: "bem-sucedido". Mas o que dizer do contrário de "filho da puta"? "Filho de uma boa dona de casa"? No âmbito do fracasso sexual, é algo parecido. "Bem-sucedido", potência, pegada, Kid Bengala. E no caso da mulher, onde "puta" é usado mesmo nos casos em que todas essas, digamos, virtudes do rala-e-rola, já se encontram na pessoa?
 
Não de Isabelle, que por ser autônoma se firmou no mercado pela competência, não pela aparência. Isso é livre concorrência.
 
Eu fico p da vida com essas coisas. Qual a necessidade de se incomodar com o corpo alheio?
Durante a minha vida eu tive que suportar pessoas incomodadas por eu ser magrela e baixinha, sendo que eu mesma nunca me importei de ser assim. É bizarro. Aí fico pensando no quanto as mais gordinhas sofrem... :(
Abençoado seja o dia em que as pessoas só julgarão quando estiverem de frente para o espelho.
 
Enfim, não tenho ainda muita certeza sobre o que achei desse artigo. Achei, no entanto, um dos comentários bem interessante:

Não, Gregorio, a maior ofensa que se pode fazer a um homem não é um ataque à mãe, ou à esposa dele. É chamá-lo de fracassado. E isso as mulheres não pensam duas vezes antes de dizer, quando realmente querem ofender um homem. Banana, frouxo, brocha, bobão, songo mongo, sonso. Quando uma mulher odeia um homem, a culpa é sempre da falta de sucesso (profissional, sexual) dele.

Não deixa de ser verdade. Ser chamado de fracassado ou equivalentes é muito ruim, joga sua autoestima lá em baixo. Não tem o mesmo peso de quando xingam a mulher, diretamente ou por tabela, mas ainda assim é verdade. Os dois estão certos.
 
Que o digam Stalin, Mao, Pol Pot e cia, esses grandes defensores do livre mercado que se livraram de alguns milhões.

Os defensores do capitalismo predatório também podem entrar na lista ou não? Duro é saber quem eliminou mais, Stalin, Mao, Pol Pot ou a política belicista estadunidense e as intermináveis guerras contra o terror, que praticam o horror mundo afora. Vietnan, Iraque, Bomba de Hiroshima etc.
 
Os defensores do capitalismo predatório também podem entrar na lista ou não? Duro é saber quem eliminou mais, Stalin, Mao, Pol Pot ou a política belicista estadunidense e as intermináveis guerras contra o terror, que praticam o horror mundo afora. Vietnan, Iraque, Bomba de Hiroshima etc.

Estado forte e bélico não é sinônimo de capitalismo. E a guerra em si não tem nada a ver com livre mercado.

Aliás, tais estados sempre existiram. Mas eu não vejo aí nenhum Estado capitalista indo à guerra pela defesa do capitalismo em si, e sim pelos seus interesses econômicos/políticos. E um Estado com interesses econômicos, bem, não é verdadeiramente a expressão de um capitalismo ou um livre mercado. Inclusive, EUA não é um símbolo de livre mercado como muitos querem fazer crer.

Anyway, soma aí as mortes do Iraque, Vietnam e Hiroshima que não chega nem perto das estatísticas do Mao. O que não torna tais mortes menos criminosas.

E cá estamos nós desviando o assunto, pra variar :lol:
 
É, ricardo, volta pro assunto. Fala como sem o livre mercado a mulhet conseguiria trabalhar por conta propria e se estabelecer pela sua competência.
 

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