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AJUDA: estudos sobre jogos com violência

Eriadan

Well-Known Member
Gente, quero a ajuda de vocês para cumprir uma diligência, que interessa a todos nós!

Chegou no Ministério Público uma representação contra o GTA, denunciando que o jogo faz apologia a homicídio, latrocínio etc. Nesses termos, a Promotora de Justiça instaurou Inquérito Civil.

Ela (como 99% dos leigos em games) é da opinião de que a apologia é clara, e o fato requer medidas urgentes. Eu discordo, e sei que já li estudos sobre isso: o jogo só influencia negativamente quem já tem uma predisposição à violência, assim como filmes, novelas e até mesmo livros influenciariam; e vou além: acredito que são uma "válvula de escape": a pessoa com instintos violentos extravasa no jogo o que não pode fazer na realidade.

Por isso, ela acatou a seguinte sugestão, e para isso eu queria contar com a ajuda de vocês: juntar na investigação todo o material que conhecermos sobre o tema. De preferência artigos, estudos científicos, reportagens... material com porte para ser levado em conta na investigação, que demonstrem essa tese contrária ao senso comum. Quem puder, posta o link aqui no tópico, ou, se preferirem, mandem por MP!

Isso pode ter uma repercussão grande. Se a Promotora se convencer da apologia e pedir na Justiça, pode ser determinada até mesmo a suspensão de vendas do jogo, não só na Bahia como no resto do Brasil.​
 
Ela (como 99% dos leigos em games) é da opinião de que a apologia é clara, e o fato requer medidas urgentes. Eu discordo, e sei que já li estudos sobre isso: o jogo só influencia negativamente quem já tem uma predisposição à violência, assim como filmes, novelas e até mesmo livros influenciariam; e vou além: acredito que são uma "válvula de escape": a pessoa com instintos violentos extravasa no jogo o que não pode fazer na realidade.

Penso que só com essa frase você matou o assunto, @Eriadan . Pra gente debilóide, sociopata e com tendências psicóticas, qualquer coisa é gatilho pra que esses imbecis saiam fazendo merda por aí. Culpar o game e proibi-lo é o típico argumento fraco que só reflete a estupidez e a inércia de gente querendo mostrar serviço, ou o pior, cheira a merda pseudomoralista cagada pela bancada evangélica.

Criança que tem pai e mãe que ensina o que é certo e errado não vai sair por aí matando, roubando e atropelando só porque joga GTA. E é por isso que eu engrosso o coro de que não vai dar em nada isso aí.
 
Pelo que eu li ainda não conseguiram comprovar a influência de uma mídia violenta a um comportamento violento. Apesar de esforços em acharem esse link.
 
Penso que apesar de o MP estar mirando um problema social legítimo está acertando num alvo ilegítimo para combater um problema que foi criado e esoalhado pela população...

Livros, filmes, jogos, amizades, emoções fortes (alegria, tristeza, raiva...)... Todos são fontes que alteram temporariamente o equilíbrio cerebral na direção de um estado mental diferente do anterior, numa espécie de treinamento (simulação visa treinamento).

Em um ambiente saudável o apreciador da arte participa sabendo que se trata de um mundo ficcional e preserva o que é bom eliminando aquilo que é ruim da memória.

Enquanto isso, em um ambiente doentio não existe tempo ou paciência para filtrar e evitar que a "vida imite a arte" da pior forma possível.

O perigo de hoje não são jogos mas sim os ambientes robóticos, sugestionáveis e inapropriadamente hipnóticos\condescendentes (que são um tipo de intolerância) em que normalmente as famílias mimam demais os filhos sem ensiná-los as formas de se evitar a manipulação.

Entende-se que realmente existam diretores e autores que sejam manipuladores, cujo ápice do trabalho seja a apologia da autodestruição. Entretanto é papel das pessoas e do governo destacarem que tais produtos sejam de difícil desafio mental, não indicados para pessoas com diagnóstico ou suspeita de problemas psicológicos sérios.

Quando isso acontece o metabolismo cerebral fica vulnerável a técnicas reais de hipnose e programação do comportamento através de produtos de massa, mas a culpa não é dos produtos mas do acesso por parte de pessoas que não tenham condições de usá-los e que tem aumentado enormemente a cada dia que passa.

Afinal, com o cérebro quando se abre uma porta de estímulos a pessoa fecha outra porta e nem perceber que isso aconteceu.

Esses problemas sociais acabam vazando para vários lugares e acredito que a internet também corra risco de passar por bloqueios e desligamentos parecidos no futuro devido aos abusos de ferramentas cibernéticas que sejam usadas para unir criminosos. Nesse caso os justos podem acabar tendo que pagar pelos pecadores e acontecer o que costuma acontecer que é ninguém poder usar um serviço ou realizar uma atividade até que as pessoas amadureçam.
 
http://super.abril.com.br/tecnologia/games-violentos-nao-fazem-mal-442032.shtml

http://super.abril.com.br/tecnologia/games-violentos-fazem-mal-619433.shtml

http://super.abril.com.br/ciencia/falsa-ciencia-criminaliza-videogame-573477.shtml

http://blogs.estadao.com.br/link/jogar-nao-faz-mal/

http://www.sidneyrezende.com/notici...ntal+de+criancas+e+adolescentes+afirma+estudo

Procura os artigos publicados pelo tal "Dr. Christopher J. Ferguson", que fez uma pesquisa séria sobre o assunto.

Existem diversos estudos na America do Norte, Europa e Ásia sobre esse tema, e a conclusão é praticamente a mesma: Além de não fazer mal, as vezes funciona exatamente como uma válvula de escape, de relaxamento. Acalma. É como artes marciais. Lutadores profissionais ou pelo menos que levam as artes a sério raramente demonstram comportamento violento fora das academias e ringues de luta. Essa comparação é válida quando falamos de games.
 
Um estudo sobre a influência dos jogos em pessoas que seriam teoricamente mais vulneráveis:
Video Game Violence Use Among ‘‘Vulnerable’’ Populations: The Impact of Violent Games on Delinquency and Bullying Among Children with Clinically Elevated Depression or Attention Deficit Symptoms
 
Quer dizer então que alguém se convencer que alguma coisa "influencia a cabeça" das pessoas, cabe a outro alguém do funcionalismo público se dar ao trabalho de fazer toda uma pesquisa para desmenti-lo? Haja desperdício de tempo e dinheiro, hein. Deveria ser o contrário, ele apresentar toda uma pesquisa assegurando que a tese é de consenso científico; e aí sim, se ficar evidente que a pesquisa falta com a verdade e não existe esse consenso (como nesse caso é óbvio que não existe), caberia a ele pelo menos pagar todos os custos do processo.

Nesse sentido promotor nenhum seria competente para analisar a questão, é uma questão meramente científica. Assim como não tem competência para, por exemplo, determinar se determinada substância pode ou não ter causado a morte de alguém ou se um carro excedeu ou não a velocidade permitida. É uma questão de perícia técnica e científica.
 
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Gente, dois detalhes: 1) Foquem nos estudos que falem sobre a influência dos games nos consumidores, de forma geral, não nas crianças (a classificação indicativa é de 18 anos, portanto, não é este o ponto); 2) Prefiram as fontes em português, já que eu só posso juntar se for em português, e a tradução compromete a valoração de prova.

Quer dizer então que alguém se convencer que alguma coisa "influencia a cabeça" das pessoas, cabe a outro alguém do funcionalismo público se dar ao trabalho de fazer toda uma pesquisa para desmenti-lo? Haja desperdício de tempo e dinheiro, hein. Deveria ser o contrário, ele apresentar toda uma pesquisa assegurando que a tese é de consenso científico; e aí sim, se ficar evidente que a pesquisa falta com a verdade e não existe esse consenso (como nesse caso é óbvio que não existe), caberia a ele pelo menos pagar todos os custos do processo.
Haran, não é bem assim que funciona. O cidadão tem todo o direito de representar, sem apresentar provas. Quem deve conduzir a investigação, colhendo todos os elementos favoráveis ou desfavoráveis à denúncia, é o próprio Ministério Público. E, muitas vezes, o Promotor de Justiça se convence da procedência da representação baseado mais na opinião dele do que nas provas colhidas. O que eu estou fazendo é coletar informações que demonstrem que essa noção que ela e a maioria dos leigos tem é falha: a de que "os jogos violentos provocam violência". Ou seja: no final, ela vai ter o máximo de elementos que traduzem a REALIDADE da melhor forma possível, para decidir se entra com a ação judicial ou não.

Nesse sentido promotor nenhum seria competente para analisar a questão, é uma questão meramente científica. Assim como não tem competência para, por exemplo, determinar se determinada substância pode ou não ter causado a morte de alguém ou se um carro excedeu ou não a velocidade permitida. É uma questão de perícia técnica e científica.
Com isso eu concordo plenamente, e é exatamente esse tipo de material que eu estou pedindo: de cunho técnico e científico. Baseado num estudo assim, ela certamente arquivará a representação.

Só esclarecendo: como secretario o inquérito, tenho dever de imparcialidade, apesar das minhas opiniões pessoais. O que estou fazendo é somente a pesquisa, vou levá-la à promotora e ela deve determinar a juntada, somente para instruir a apuração. Se ela pedir pesquisas que demonstrem que existe influência, cumprirei também.
 
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Entendi Eriadan, sei que não é assim que funciona (na prática ou mesmo teoricamente), o que eu disse foi mais expressando como eu penso que deveria funcionar, com o objetivo de manter a máquina enxuta, livre de processos inúteis. O processo gira em torno de uma tese científica original (pouco importa a opinião de leigos): de que jogos causaram violência, então não deveria ser papel do poder público investigar essa tese. Assim como se eu acusar alguém com uma tese absurda (morte por vítima de prática de vudu, por exemplo), não caberia ao poder público realizar uma pesquisa para derrubar a tese. É algo que um perito, meramente com seu conhecimento, poderia derrubar, ainda que o promotor acredite no vudu, ou mesmo que alguns cientistas o façam (caberia ao perito, profissionalmente, filtrar o que é 'consenso' e o que não é).

Mas, pensando bem, no país em que até carta de morto via médium picareta é usado como evidência, esse tipo de discussão é de fato o de menos.
 
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Mais uma informação que eu preciso, se alguém puder me adiantar: sabem qual é a empresa responsável pela venda do GTA no Brasil? A Rockstar Games não tem sede aqui.

E continuem mandando material, pessoal, estou fazendo uma seleção...
 

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