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Melhores leituras de 2013 (Top 5)

DiegoMP

Usuário
Ano acabando, pessoal já correndo com provas e trabalhos, sonhando (ou não) com uma viagem internacional, praia e a visita da família no final de ano. Em vista disso, como logo mais o pessoal viaja ou cai no ócio, acho que agora seja um bom momento para esse tópico.

A questão é: quais foram os melhores livros que vocês leram esse ano?
Sei que tem gente aí querendo fazer um top50, tem problema não, o cinco ali foi só para dar um ar mais seleto.
Tá valendo tudo, poesia, romance, hq, bula de remédio, tendo letras é válido.
Sei que a gente até acompanha as leituras do pessoal ali pelo censo, mas, salvo alguns casos, raramente a gente tem uma ideia daquele livro que mudou sua vida, ou quem sabe ao menos salvou o ano no quesito leitura. Dito isto, que venham as listas.


P.s: Só não início com o meu porque ainda tô negociando uma posição, tô na metade do livro e ainda não sei se ele merece top ou não.

Edit: Ai, "viajem" dói. viagem, Diego, viagem!
 
Última edição:
Este ano passei por obras longas e por isto li um número bem limitado de livros, devido a este fato, fica difícil para mim pensar num top 5.

Salientarei que foi neste ano que li os 5 livros já lançados d'As Crônicas de Gelo e Fogo, uma obra que estará presente em meu coração para sempre. Para um ser humano tão ligado a histórias de fantasia e ao mundo fantástico como eu, as Crônicas representam uma espécie de climax, sentido antes apenas com as obras de Tolkien.

Li também A Batalha do Apocalipse do Eduardo Spohr, e fiquei fascinado pela qualidade criativa e pela completude da história. Este autor me fez olhar com outros olhos as obras deste gênero criadas aqui em nosso país.
 
Ainda vou ler umas coisinhas até o fim do ano, mas é mais pra encher linguiça do que qualquer outra coisa rsrs. Não vou "queimar" os livros bons agora porque tenho TOC e vou deixar para começar em 2014. Este ano li umas 50 obras, mais ou menos, mas poucas que me agradaram às veras. Até por isso uma das minhas metas pra 2014 será priorizar as leituras em que eu deposito mais fé (nada de Julian Barnes, por exemplo). Mas isso é assunto pro tópico de metas... Vamos ao Top 5, que não será difícil fazer:

5- A guerra dos mundos – H. G. Wells – trad. Thelma Médici Nóbrega – 236 p.
Depois de ter me decepcionado com "O homem invisível", li este na sequência, e foi a redenção do Wells. Bem diferente do tom pastelão do outro romance, este é sóbrio, sério e prende a atenção do início ao fim.

4- O triunfo da morte – Augusto Abelaira – 146 p.
Finalmente encontrei este livro em sebo e o comprei. Era uma antiga recomendação de uma professora da Letras. O livro é engraçado sem ser escrachado e tem um roteiro muito interessante e bem bolado. Um autor português que deveria ser mais conhecido por estas bandas.

3- In nomine Dei – José Saramago – 162 p.
O forte de Saramago não é o teatro, apesar das diversas tentativas; o "Don Giovanni" é fraquíssimo, e as peças agrupadas no "Que farei com este livro", não obstante serem melhores que aquele, não são nem melhores do que os bons dramaturgos atingiram nem são melhores do que o próprio Samarago atingiu com a sua prosa. Mas com "In nomine Dei" o autor acerta na mosca.

2- Quatro soldados – Samir Machado de Machado – 319 p.
Uma gratíssima surpresa, para ser honesto e sucinto. O estilo do Samir é seguro, o enredo é inteligente e as personagens principais são todas cativantes. O único porém, como disse alhures, é que a quarta parte, para o meu gosto, desandou um pouco e abusou do tom jocoso, o que estragou um pouco a experiência. Se este romance não ficou em 1º lugar foi só porque ele deu azar de ser confrontado com...

1- Neuromancer – William Gibson – trad. Fábio Fernandes – 317 p.
Um clássico absoluto da ficção científica. Mesmo com uma longa pausa no meio da leitura, o romance de Gibson me fascinou de cabo a rabo. A "Matrix" em grande medida está ali; o cenário de "Shadowrun" quase todo também (um dos meus favoritos). É um romance que eu realmente recomendo a todos e que exige uma leitura atenta. E é de uma modernidade espantosa. Sei que disse que eu queria embarcar logo no volume 2 da Trilogia, mas pra variar eu não cumpri com a promessa... 2014 tá aí pra isso. XD
 
eu estou me enrolando um tico porque sempre tem chances de surgir algo UOUUUUUU aos 45 do segundo tempo (hoje devo começar um forte candidato a UOUUUUUU, aliás). mas já tenho tentado formular meu top5, e na lista eu tenho certeza que estarão lá o haunted do palahniuk e o garota exemplar da flynn. os outros três eu ainda estou na dúvida.
 
Li quase o dobro do que eu li ano passado, e muita coisa boa, mas não gostei tanto de nenhum livro quanto gostei de Os anéis de Saturno, Os detetives selvagens, 2666 e Austerlitz, que li em 2012. Se não me sobrasse tanta preguiça, tentaria terminar O arco-íris da gravidade, pra ver se ele maybe kinda rock my world. Até comecei o Anna Kariênina no final de semana passado, e gostei do início, mas o fim de ano chegando, a sombra do peru sobre as nossas cabeças, quem consegue vencer o instinto de ser vadio?
 
Agora de momento, só consigo pensar em três:
1º Olhais os lírios do Campo – Foi a primeira obra de Érico Verissimo que eu li e acho que todo mundo devia ler esse livro. Olivia mudou minha vida.
2º Barba ensopada de Sangue - A principio fiquei com um pouco de receio com a leitura (tenho péssimo hábito de julgar um livro pelo nome/capa/autor que não conheço) mas Daniel tem uma escrita tão fácil e gostosa de ler que o livro acabou me cativando. O mais engraçado é que ganhei os dois livros da mesma pessoa. Isso me leva a crer que tenho excelentes amigos :yep:
3° Pureza Mortal – de um serie que não tem fim e que tô louca pra saber o que vai acontecer no final de tudo. Romance Policial.

Chato pensar que nesse ano eu fui bem lenta com as leituras. Vamos ver se ano que vem eu dou uma melhorada.
 
Última edição:
Tô na mesma pegada do Calib: daqui pro fim, só livro pra encher linguiça, ocupar o tempo. Então, os cinco mais de 2013, pela ordem, são:

1 - Primavera num espelho partido - Mario Benedetti

No começo do ano, firmei um pacto: em 2013, só literatura latino americana. Não cumpri, mas mesmo assim acabei lendo bastante coisa dos nossos vizinhos. Entre tantos, Benedetti foi quem mais me seduziu.

Primavera num espelho partido
vai nos trazer as consequências na vida de um punhado de personagens atingidos pela mão pesada da ditadura uruguaia e seus processos de exílio, além das memórias do próprio Benedetti - que pela posição assumida, foi também obrigado ao desterramento.

2 - O caminho para Wigan Pier - George Orwell

Li muito Orwell. E todos excelentes, de modo que O caminho para Wigan Pier, aqui não aparece sozinho, mas como representante dos demais.

Livro divido em duas partes, encontramos na primeira um relato de Orwell sobre os dois meses passados junto aos mineiros do norte da Inglaterra, na década de 30. Desde as duras condições de trabalho até as fodidas moradias, Orwell vai nos mostrando a contraparte da imponente civilização inglesa. Porém, engana-se quem pensa que por fazer a crítica, denunciar as precárias condições dos trabalhadores que com sua miséria geravam opulência, vitimizou-se o mineiro. Ele é sujeito e, mesmo na danação, seguiu registrando sua história e suas resistências: nas práticas cotidianas e nos movimentos grevistas organizados. Já na segunda parte, temos um artigo onde Orwell vai expressar suas opiniões sobre a classe média e a esquerda inglesa. Pela sua ótica, ambas são culpadas pela não concretização da revolução social, num momento crucial da história, quando Mussolini, Hitler e Franco tocavam o terror.

Valem as citações, uma da cada parte:

“(...) Enquanto passávamos devagar pela periferia da cidade, víamos fileira após fileira de casinhas cinzentas de favela saindo em ângulo reto das margens dos canais. No fundo de uma das casas, uma moça ajoelhada no chão de pedras enfiava um pedaço de pau no cano de esgoto que vinha da pia dentro de casa, e que devia estar entupido. Tive tempo e vê-la muito bem – o avental feito de pano de saco, os tamancos grosseiros, os braços vermelhos de frio. Levantou a vista quando o trem passou (...) tinha a cara redonda e pálida, o habitual rosto exausto da jovem favelada de 25 anos que parece ter quarenta por causa dos abortos e do trabalho pesado; um rosto que mostrava, naquele segundo em que passou por mim, a expressão mais infeliz e desconsolada que jamais vi. Percebi no mesmo instante que nos enganamos quando dizemos: “Para eles não é a mesma coisa que seria para nós”, supondo que as pessoas criadas na favela não conseguem imaginar nada mais do que a favela (...) ela sabia muito bem o que estava lhe acontecendo – compreenda tão bem como eu que terrível destino era esse, ficar de joelhos naquele frio terrível, no chão de pedras úmidas do quintal de uma favela, enfiando uma vareta em um cano de escoamento imundo, entupido de sujeira.”
“Aqui você se depara com um fato importante: todas as opiniões revolucionárias extraem sua força, em parte, da secreta convicção de que nada pode ser mudado.”

3 - Eu não sou cachorro, não: Música Popular Cafona e Ditadura Militar - Paulo Cesar de Araújo

Esse livro é muito bom - só não me recordo se foi a dissertação ou tese de doutorado do autor. Vai dar um panorama do período militar através das canções de Odair José, Waldick Soriano, Benito di Paula, Luiz Ayrão, Dom & Ravel, Wando, Paulo Sérgio, Fernando Mendes e outros "cafonas/bregas". E parte de um pressuposto que considero muito válido: foram esses os artistas mais ouvidos do período e a historiografia e a crônica musical que por tanto tempo os ignorou ou tratou pejorativamente, nada mais fez do que contribuir para a manutenção do silêncio, do roubo de voz e de memória das classes mais distantes da órbita do poder. Bacana a atitude de colocar o "radinho da empregada" ao lado dos Festivais.

O foco não é a estética musical ou qualidade de composições. O autor não compara "Apesar de Você", de Chico Buarque, com "O divórcio", de Luiz Ayrão, mas mostra que os "cafonas" também foram vítimas da censura, que também buscaram burlá-la e bota em xeque o suposto colaboracionismo e alienação em face do regime.

4 - Vila dos Confins - Mário Palmério

Esse foi indicação do fcm. Prosa de primeira, a do Mário Palmério. Tanto que busquei Chapadão do Bugre, mas o vai e vem da vida não me permitiu a atenção necessária.

Em Vila dos Confins, temos mais do que a eleição e suas negociatas; mais do que o coronelismo e sua prática do voto de cabresto. Usando como fio condutor o processo eleitoral do recém emancipado município de Vila dos Confins, Palmério aproveita a viagem para nos apresentar o sertão e a labuta dos homens para se adaptarem a um ambiente muitas vezes hostil, seja por conta da Natureza bruta, seja por conta das brutais relações de poder.

5 - Misto-Quente - Charles Bukowski

Eu gosto muito da prosa suja do Bukowski. Em Misto-Quente encontramos o lado não contemplado pelo sonho americano. Putas, bêbados, ladrões, desempregados, os muito sub-empregados... todos tentando "manter a cabeça acima da maré de merda", como diria Leminski. Aqui não há a ordenação anglo-saxã, a moral puritana: tudo é encardido, impreciso. E o melhor: humano.
 
Última edição:
Agora de momento, só consigo pensar em três:
1º Olhais os lírios do Campo – Foi a primeira obra de Érico Verissimo que eu li e acho que todo mundo devia ler esse livro. Olivia mudou minha vida.
2º Barba ensopada de Sangue - A principio fiquei com um pouco de receio com a leitura (tenho péssimo hábito de julgar um livro pelo nome/capa/autor que não conheço) mas Daniel tem uma escrita tão fácil e gostosa de ler que o livro acabou me cativando. O mais engraçado é que ganhei os dois livros da mesma pessoa. Isso me leva a crer que tenho excelentes amigos :yep:
3° Pureza Mortal – de um serie que não tem fim e que tô louca pra saber o que vai acontecer no final de tudo. Romance Policial.

Chato pensar que nesse ano eu fui bem lenta com as leituras. Vamos ver se ano que vem eu dou uma melhorada.

Quero acrescentar:
4º A Culpa é das Estrelas. Li ele no final de semana. Nunca tinha lido nada do autor. Estou encantada.
 
Ah, como eu não fiz o Censo direitinho, fica complicado criar algo a respeito... Mas vou tentar. Só lembrando que dei ênfase àqueles que descobri de fato esse ano, isto é, que li e mergulhei na obra. Se um nome como Rimbaud não está aí, a razão é essa mesmo: eu já lia Rimbaud antes.

Toda Poesia -- Paulo Leminski: uma grata descoberta, é sempre muito bom ver toda a repercussão e todo o hype com o nome do Leminski. Tem gente que reclama, mas foda-se: hype em poesia é sempre pra se comemorar. Estava há anos querendo mergulhar no universo leminskiano e essa publicação veio muitíssimo bem a calhar. Poemas como Iceberg, Sintonia para pressa e presságio e o Contra-narciso sempre encantam.

Poesia Russa Moderna -- trad. irmãos Campos e Bóris Schnaidermann: a antologia mais impactante de poesia que já devo ter lido. Um universo absurdamente fértil foi o da poesia russa moderna... Além de ser assustador, assustador demais você ver o que o regime russo fez com a geração de poetas mais promissora de toda a história da literatura russa. Recomendo a todos que queiram se inteirar dessa poesia, aproveitando os nomes de confiança, de grande confiança dos tradutores.

Os Cantos -- Ezra Pound: leitura lá no comecinho do ano, fiquei relendo trechos dOs Cantos o resto do ano todo. Pound é realmente magnífico. Se Os Cantos possuem momentos ruins, esses momentos ruins são elevados ao topo do Himalaia graças aos momentos bons do livro, que são muitos e estão inteligentemente distribuídos. O que não é novidade nenhuma na mecânica do poema longo. Uma missão, um desafio para 2014 será ler a obra no inglês mesmo e, se possível, ler o The Pound Era do Hugh Kenner. Não conheço ninguém que não fale apaixonadamente desse livro. Além disso, destaco também a leitura que fiz de outras facetas poundianas, como o Pound professor do ABC de Literatura e o Pound tradutor. Este último, por exemplo, me levou a conhecer e procurar saber mais do universo do teatro nô japonês, bem como a descoberta de autores como Arnault Daniel (o qual pude ler tanto nas traduções de Pound quanto nas traduções criativas de Augusto de Campos).

Poemas -- W. H. Auden: a poesia do Auden tem todo um tom de conversa, sinto até mesmo um certo repúdio em se envolver sentimentalmente com o que é tratado. É algo que aparenta ser esnobe, mas que esconde uma simplicidade extrema. Que esconde uma empatia profunda, de modo que o principal objetivo da poesia do Auden não é encantar, mas convencer do encanto. Se isso à priori parece ser um caminho confuso para algo tão simples, não é algo gratuito: a exposição, por exemplo, longa que o Auden faz em louvor do calcário, em tese poderia ser substituída por um transbordamento emocional. Em tese. Pois, da forma como Auden faz, convencer do encanto é sempre mais intenso pois quem chega à conclusão e ao reconhecimento é você. Pois faz com que você não se sinta sozinho por estar liberto, visto que, como o próprio Auden diz num poema em memória de Freud, "Ser livre é com frequência estar sozinho." (trad. José Paulo Paes)

Poemas -- Marianne Moore: a poesia da Moore é uma experiência estética completa. É como se fosse um bolo em que você lambe os beiços, os dedos, lambe o prato, come a embalagem... Tudo. Da forma como a Moore trabalha com o título ao modo como ela usa citações, rimas, o próprio metro ou a disposição gráfica dos versos... É espetacular. Uma poeta da mais alta voltagem usando-se da própria linguagem, das conquistas da poesia moderna de maneira inteligentíssima. Pena que esteja fora de catálogo. Pena.
 
Última edição:
Parando agora pra pensar fica meio difícil lembrar os livros que eu li esse ano, mas com certeza quase todos foram melhores que os do ultimo ano. Vamos lá então:

5º - Numa Fria - Charles Bukowski
Muita gente critica Bukowski pelo estilo de linguagem que ele usa em seus textos, mas isso foi justamente o que me chamou a atenção nesse livro, que é uma coleção de contos. O modo que ele conta as histórias (algumas delas um tanto surreais), com seus anti-heróis bêbados e seu linguajar extremamente comum, por assim dizer, cativam justamente por serem fora do comum na literatura (até onde eu conheço). Além de Numa Fria, li também A Mulher Mais Bonita da Cidade, que também achei bastante interessante, mas achei melhor colocar na lista o primeiro, mais pela variedade de histórias e pelo número de contos.

4º - Clarissa - Érico Verissimo
Esse ano resolvi dar uma chance à literatura nacional. Depois de ver uma peça de teatro que encenava as principais obras que cairiam no vestibular da UFSC e da UDESC, fui atrás das que mais me chamaram a atenção, e Clarissa foi o primeiro que fui atrás. Muito bom o modo como o livro vai mostrando o amadurecimento de Clarissa, que vai passar um ano na pensão da tia, e nesse maio tempo vai mudando o seu modo de enxergar o mundo ao seu redor, e sua relação com Amaro, que achei o personagem mais interessante do livro.

3º - Tormenta de Espadas - George Martin
Foi o primeiro livro que li esse ano, e não tem como não gostar. É simplesmente fantástico o modo como é conduzida a história, todas as intrigas, os jogos de poder, e as viradas que fazem sua cabeça explodir. Apesar de um livro bastante grande, de tanta a fome de continuar a história, acabei lendo ele em uma semana. Só não está numa posição mais alta porque os próximos livros realmente me surpreenderam.

2º - 1984 - George Orwell
Já tinha lido A Revolução dos Bichos ano passado e tinha gostado muito, então parti para 1984 esperando encontrar o mesmo livro, só que em uma escalar maior. O que encontrei não foi só A Revolução dos Bichos numa escala maior, mas gigantesca. O modo como toda a história se desenrola, dividida em três partes, cada uma bem dividida entre as outras, e contando cada fase da rebeldia de Winston, além do modo com que é descrito o funcionamento do Partido e de todos os seus meios de permanecer no poder e conter a população tornam o livro praticamente obrigatório para qualquer um hoje em dias. Também é impossível deixar de traçar um paralelo entre o governo do Grande Irmão com o governo da Coreia do Norte.

1º - Cem Anos de Solidão - Gabriel Garcia Márquez
Mágico. é a única palavra que eu consigo usar para descrever esse livro, que narra as desventuras da família Bundía, que tem um paralelo com a história de Macondo, o povoado inventado por Márquez para o livro. O mundo inventado por ele, seus personagens que tem como destino irremediável a solidão, além de uma história até certo ponto cíclica, pois personagens com o mesmo nome possuem personalidades parecidas, tornam esse um livro que deixa um vazio literário que eu nunca tive antes, tamanha a força que essa obra possui.
 
não consegui fazer top 5, fiz top10 de melhores e 5 de piores lá pro bró. vou deixar aqui só a parte dos melhores para não desviar o assunto no tópico (se criarem um tópico de piores leituras me avisem :dente: )

MELHORES LEITURAS DE 2013

1. Haunted (Chuck Palahniuk)

Eu sou da opinião que livro bom é livro que fica com você mesmo depois de muito tempo, e Haunted é exatamente o caso. Li em junho mas ainda não posso ver uma piscina e não lembrar da história do Saint Gut-Free e aí consequentemente de como esse livro mexeu comigo. E é isso: a galeria de personagens criada pelo Palahniuk acaba te assombrando, objetos ordinários fazem com que você lembre dos relatos extraordinários de cada um dos confinados. Mas mais do que os contos que mostram o que fez com que aquelas pessoas fossem ao “retiro de escritores”, o comportamento delas no tal retiro é bastante chocante também, e acaba trazendo bastante questões sobre a natureza humana. Saiu no Brasil como Assombro, pela Rocco.


2. Garota Exemplar (Gillian Flynn)

Enquanto ainda planeja um top5, tinha só duas certezas: Haunted eGarota Exemplar. Eu gostei tanto de Garota Exemplar que depois fui ler os outros livros da Flynn (e também gostei bastante), e depois até segui aquelas sugestões duvidosas de “Este é o próximo Garota Exemplar“. Mas é óbvio que não há como repetir a experiência de leitura, especialmente se já te avisam o que você poderá encontrar. Se por acaso você ainda não leuGarota Exemplar, fuja de resenhas e qualquer outro tipo de texto e simplesmente confie, vale a pena ler.

3. Tipos de Perturbação (Lydia Davis)

Eu me enrolei um pouco para começar a ler Tipos de Perturbação por aquele pé atrás completamente idiota que tenho com livros que de repente todo mundo ama (O Escolhido Foi Você tá no meu kindle há tempos por causa disso, por exemplo). Eu digo que é completamente idiota porque se todo mundo ama, há uma razão para isso, bastante óbvia: caramba, o livro é bom MESMO. Tem passagens de Tipos de perturbação que parece que a Davis estava ali, falando diretamente comigo, e talvez nesse reconhecimento das nossas esquisitices que ela nos conquiste. Nota mental: para com esse pé atrás, Anica.

4. House of Leaves (Mark Z. Danielewski)

Já tinha ideia de que seria um livro diferente e que provavelmente gostaria bastante dele, mas ainda não sabia como seria. Sei que na parte de terror House of Leaves deixa a desejar, mas na estrutura eu me surpreendi bastante. Não só pelo esquema “nota-de-rodapés-enormes-com-história-paralela”, mas pelo trabalho de representação do labirinto com o texto mesmo, é o tipo de coisa que você sabe que não é só invencionice pela invencionice, porque você consegue ver funcionando ali mesmo, na frente dos seus olhos. Respondendo o que me perguntaram com frequência depois que publiquei o post sobre o livro: não, não tem tradução no Brasil e até onde eu sei, não, não tem edição em capa dura disponível.

5. Noites de Alface (Vanessa Barbara)

Certo, quase que o Love is a Mixtape entrou aqui na lista. Mas achei queNoites de Alface merecia um lugar até por lembrar que nem só de inovações narrativas se faz uma ótima história, e que muitas vezes a beleza está na simplicidade e, mais ainda, no cuidado dedicado às personagens. É história para te deixar com saudades de gente que você nunca viu (e que bem, nem existe). É livro para te fazer se sentir bem, por mais estranho que seja dizer isso sobre um livro que essencialmente fala sobre como lidar com a perda de uma pessoa querida.

6. Eleanor & Park (Rainbow Rowell)

É young adult, eu sei. Mas acho que a esta altura você já deve ter percebido que eu não tenho esse tipo de preconceito com este tipo de livro. Eu poderia colocar qualquer um da Rowell aqui, para falar bem a verdade Attachments é ótimo, especialmente se você viveu os anos 90 eFangirl é uma declaração de amor para qualquer um que já fez parte de um fandom. Mas Eleanor & Park foi o que fez com que eu conhecesse a autora, então por isso ele ganhou um espaço na lista. Sai ano que vem no Brasil pela Novo Século.

7. Cadê Você Bernadette (Maria Semple)

Gente, que livro gostoso. É isso: gostoso. A Bernadette é fantástica, a história é divertida e verdade seja dita, fiquei louca para fazer uma viagem como a que Bee pede para a família. É daqueles livros que você termina e depois fica torcendo para que façam logo um filme dele, porque não tem como dar errado. Olha, podem até me dizer “ai, Anica, esse aí é chick-lit“. Mas eu me diverti tanto (TANTO) enquanto lia que eu acho que merece um espaço na lista, nem que seja por isso, lembrar que literatura é (boa) diversão.

8. O Oceano no Fim do Caminho (Neil Gaiman)

Olá, meu nome é Ana Paula e eu sou uma Gaimete. E na realidade eu já estava meio enciumada, porque há tempos o autor só escrevia livro voltado para crianças (que eu lia mesmo assim, porque né, Neil Gaiman). E aí ele chega com esse livro fantástico e eu até esqueci que fazia tanto tempo que ele não escrevia algo para adulto. Tem de tudo ali: horror, aventura, comédia, até um tico de Sandman, no final das contas. Ah, e não dá para deixar passar em branco: ponto para a Intrínseca por lançar o livro na mesma data que o lançamento internacional.

(e aqui eu faço fusquinha para vocês de novo e lembro que o Fábio me deu de presente a edição especial ilustrada pelo McKean e autografada pelo Gaiman, que virou obviamente o xodó da minha estante, he.)

9. Love Is a Mix Tape: Life and Loss, One Song at a Time (Rob Sheffield)

Lembro que quando começou a onda de nostalgia dos anos 80 eu e o Fábio comentávamos que logo chegaria a dos anos 90, mas eu dizia aquilo como se eu não fosse fazer parte daquele grupo, entende? Aí eu leio um livro como esse do Rob Sheffield e me dou conta de que, caramba, como os anos 90 foram legais. Mas não se engane, não é só a nostalgia que agrada aqui. Se você gosta de música e principalmente, se você já gostou muito de alguém, a identificação será instantânea. Ainda sem tradução no Brasil.

10. Toda Poesia (Paulo Leminski)

É, faltou um post só para ele, li numa época em que não estava com a menor vontade de atualizar o blog. No fundo foi até bom, acho que ia chover no molhado: falar o quê? Que foi como reencontrar um velho amigo? Que vou ter que deixar um altarzinho aqui em casa para a Companhia das Letras por ter relançado a poesia do Leminski, possibilitando que de “cult” ele passasse para “pop” e que outros livros dele como o Agora é que são elas ficassem mais fáceis de encontrar? Não tem como você ler Toda Poesia e falar na minha cara que não gosta de nenhuma poesia. Simples assim.
 
Ainda não atualizei o censo 2013 mas esse foi o ano em que consegui ler mais livros, 48 no total. Lembro com carinho de várias leituras, mas não foram tantas as que provocaram aquela sensação de não querer voltar para o "mundo real".

1. Reparação, do McEwan. Já sou fã do cara desde o Na praia, logo em seguida li Solar e não achei tudo isso, ainda que fosse uma leitura boa. Aí então fui com as expectativas lá no alto para o badalado Reparação. E que baita livro! Muito gostoso o jeito que o autor constrói e desenvolve os personagens (isso é bastante auxiliado pela narrativa que pula pelo ponto de vista de vários deles), impossível não odiar a Briony no início. O final é um show à parte, por sinal, isso é algo que se destaca nos livros do McEwan, o cara realmente sabe como vai acabar as suas histórias.

2. Cine privê, Antônio Carlos Viana. Melhor livro de literatura nacional disparado que li esse ano. Coletânea impecável de contos, já estou planejando uma releitura, li ele numa época não muito calma e não pude dedicar tanta atenção quanto ele merecia. Recomendadíssimo.

3. A cor que caiu do espaço, Lovecraft. Livro curtinho mas que fica um bom tempo na tua cabeça. Muito bacana o tipo de horror que o autor emprega. É sempre algo tão terrível, tão diferente, que é quase impossível de ser descrito, ficando boa parte da ideia para imaginação do leitor. O que o Lovecraft acaba trabalhando melhor são as sensações dos personagens e a atmosfera.

4. A mente assombrada, Oliver Sacks. Um de não ficção para completar a lista. Com um linguagem extremamente acessível o autor vai nos guiando pelo pouco que já foi desvendado no mundo das alucinações. Eu sempre curti esses temas ligados à mente e neurologia em geral, uma boa opção para quem tem interesse nesse tipo de assunto.

Não vou incluí-lo na lista, mas faço uma menção honrosa ao Oceano no fim do caminho. Já tentei ler Gaiman de todo jeito e sempre achei um saco, mas confesso que esse último livro dele é bem legalzinho. Leitura flui que é uma beleza além de ser muito bacana essa visão que ele constrói sofre a infância.
 
reparação é um dos livros mais lindos de todos os tempos <3 eu to achando que to virando fangirl do mcewan, mantendo o hábito de ler pelo menos um dele por ano :lol:
 
eu tenho um pouco de (ta bom, muito) fetiche com ed de livro que quero muito ler... Reparação esta na minha listinha dos pra ler JÁ, mas enquanto a cia não reeditar o romance na ed antiga, com aquela capa em papel diferente, não rola :/
 
Ah, minha listinha :D :

1. As aventuras de Augie March - Saul Bellow
Eu estava com tanta expectativa em relação a esse livro e a leitura foi tão boa durante todo o trajeto (e eu dei sorte de ter lido esse livro em período de férias) que acabou que eu gostei dele mais ainda do que achei que gostaria... sabe aqueles livros em que os personagens e as histórias são tão bons que você meio que fica um tanto deprê por eles nunca nem sequer terem existido e acontecido e que você nunca vai poder encontrar com eles ou vivenciar algo junto deles, assim, de verdade? Então, esse livro foi assim pra mim.

2. No Caminho de Swann - Marcel Proust
Esse eu já achava que ia gostar também, o que acabou acontecendo... apesar de ser uma leitura difícil (várias vezes, quase sempre, precisava ler todo o parágrafo de novo pra entender a ideia), o livro às vezes flui de uma forma tão leve e tão evocativa que ele te transporta direto para toda a parte sensorial do narrador, e sente junto tudo aquilo... fantástico!

3. Ficções - Jorge Luis Borges
Ah, o seu Borges todo mundo já sabe que é genial, né? não precisa de comentar muito o porquê desse ter sido um dos meus favoritos esse ano <3 (aliás, a leitores mais avançados dele, peço por gentileza que me indiquem o próximo livro do autor a ser lido :3 )

4. O Amante - Marguerite Duras
Livrinho lindo esse, viu? Para quem quiser saber mais, sugiro que vá a esse tópico aqui ^^

5. Diário da Guerra do Porco - Adolfo Bioy Casares
Esse é outro em que não dá vontade de deixar os personagens irem embora... esse é super bacana que, igual ao do Bellow, ao mesmo tempo em que há uma história muito bem amarrada, há vários tópicos para reflexão sugeridos aqui e ali e acolá... Perfeito!
 
1. A quarentena (J. M. G. Le Clézio)

Narra a partida para viagem dos irmãos Léon e Jacques Archambau e de Suzanne, esposa de Jacques, a Maurício, terra natal dos irmãos, no fim do século XIX. Rimbaud aparece em dois momentos diferentes, primeiro em Paris, uma figura enorme e ameaçadora numa lembrança de infância de Jacques, e depois numa cama de enfermaria, enlouquecido. Quando o navio chega a Maurício, uma suspeita de epidemia obriga os tripulantes a um período de quarentena no pequeno arquipélago formado pela ilha Plate e pela ilhota Gabriel. A maior parte do livro é a narrativa do período de quarentena na ilha, das andanças de Léon entre a área de quarentena e a baía de Palissades, onde vivem os cules, indianos que aguardam o período de colheita de cana-de-açúcar em Maurício. Ele conhece Suryavati, uma jovem indiana que acompanha a mãe, Ananta, que veio morrer na ilha de Plate, assim como havia feito sua mãe adotiva, Giribala. A história de Giribala e Ananta também é contada, intercalando as entradas no diário de Léon, desde a revolta sangrenta dos Sepoys, a fuga de Cawnpore, até terminarem na lida da cana-de-açúcar em Maurício. Le Clézio narra a história lentamente, a rotina dos cules, o avanço progressivo da varíola e da cólera em boa parte dos viajantes, a loucura que vai se instalando na ilha, as fogueiras diárias pra queimar os mortos e o amor tranquilo que surge entre Léon e Surya. É um grande, grande livro.


2. Pnin (Vladimir Nabokov)

Nabokov conta a comédia trágica do professor Timofey Pnin, solitário emigrado russo vivendo nos Estados Unidos, lecionando em Waindell. Difícil acreditar como um personagem tão caricato consegue deixar o leitor tão compadecido. Como já falei no tópico do censo, a cena do Pnin lavando a louça lá no penúltimo capítulo é uma das coisas mais sensíveis que eu já li.


3. O beijo e outras histórias (A. P. Tchekhov)

Coletânea de seis contos longos, todos muito bons. Acho que os meus preferidos são O beijo, Vierótchka e Kaschtanka, os três primeiros contos do livro e aqueles que tratam dos temas mais simplórios. Enfermaria nº 6 é um baita conto, meio tenebroso, daqueles que te deixam com um peso na boca do estômago.


4. No caminho de Swann (Marcel Proust)

Ah, Proust, finalmente nos conhecemos. A escrita é belíssima, e “O amor de Swann” me lembrou assombrosamente meu próprio patético processo mental ao lidar com o amor. A leitura é densa e exige disciplina. É o tipo de livro que eu normalmente largaria nas primeiras páginas pra retomar alguns meses ou anos depois, mas consegui levar sem interromper a leitura, 50 religiosas páginas por dia. Agora, preciso ler os demais.


5. O voo dos anjos (Michael Connelly)

Li em 2013 todos os livros disponíveis em português do Michael Connelly (exceto aqueles há muito esgotados, raros e JLMisticamente caros quando surgem na Estante Virtual). A grande maioria deles traz Hieronymus “Harry” Bosch, o nosso melancólico detetive ouvinte de Jazz, como protagonista. É interessante a consistência da evolução da história do detetive, fazendo com que os volumes reunidos somem uma “comédia criminal”, como bem falou o Carlos André Moreira. O voo dos anjos é o primeiro dos livros do Bosch disponíveis por aqui, mas foi um dos últimos que eu li. Fala dos conflitos raciais em Los Angeles e tem um dos finais mais simbólicos do autor. Também vale destacar “O poeta”, um dos poucos livros em que Bosch não aparece, e que tem como trama uma série de suicídios de policiais que deixam sempre um verso de Poe nos locais onde morrem. Ou será que eles não se suicidaram? A verdade é que Connelly supriu perfeitamente bem meu gosto por romances policiais.


Deixei de fora os livros do Sebald, porque não queria me repetir, já que meu avatar diz o tempo todo que ele é o meu escritor preferido, mas Os emigrantes fica lado a lado com A quarentena como melhores livros do ano. Pawana e O africano, dois curtinhos do Le Clézio, também valem mencionar.


Outros livros que valem uma menção honrosa:

A outra volta do parafuso (Henry James);
Nove noites (Bernardo Carvalho);
Franny & Zooey (J. D. Salinger);
Na Patagônia (Bruce Chatwin);
O anjo esmeralda (Don Delillo);
Mar inquieto (Yukio Mishima);
O grande Gatsby (F. Scott Fitzgerald);
Dias felizes (Samuel Beckett);
Todos os fogos o fogo (Julio Cortázar);
Ficções (Jorge Luis Borges);
Onde os velhos não têm vez (Cormac McCarthy);
O coronel Chabert (Honoré de Balzac).
 
Última edição:
1. Wisława Szymborska – [poemas] – tradução Regina Przybycien

Poeta polonesa; disparada a melhor descoberta do ano. Consegue numa linguagem extremamente simples (re)velar segredos dos mais densos. Faz o estilo Ferreira Gullar de só cometer “poemas necessários”, de modo que sua obra totaliza apenas algumas centenas deles. Testemunha da Segunda Guerra, é capaz de nos emocionar mostrando verdadeiramente o que é ser mãe em “Vietnã”, chocar ao narrar um atentado em “O terrorista, ele observa” e criar uma cena tragicômica em “Primeira foto de Hitler”. Todo final de poema me trouxe um pequeno arrebatamento. Difícil mesmo não se encantar.

2. Noite na Taverna – Álvares de Azevedo

Meu primeiro contato com o autor. Sete pequenos capítulos regados a vinho, libertinagem e outros “contos fantásticos”.

3. Emily Dickinson – Não sou ninguém – tradução Augusto de Campos

Ótima porta de entrada para a autora. 45 poemas, edição bilíngue. Leitura rápida e grandes poemas como “I died for Beauty” e “I dwell in Possibility”. Curiosidade: a citação ao Brasil em “Some such Butterfly be seen / On Brazilian Pampas –“.

4. Pablo Neruda – Livro das Perguntas – tradução Ferreira Gullar

Neruda muitas vezes faz uso do tom lúdico das perguntas como contraste para questionar nossa mortalidade. Três perguntas:


“Por que se suicidam as folhas

quando se sentem amarelas?”

“Sofre mais quem espera sempre

ou quem nunca esperou ninguém?”

“Há coisa mais boba na vida

que chamar-se Pablo Neruda?”

5. Mario Quintana – A cor do invisível

Gosto bastante de Quintana. Simples e singelo. A cor do invisível faz parte de um período de grande atividade do poeta que, já octogenário, continuava a produzir vários clássicos.

Menção honrosa ao Leminski. Entraria no meu Top também mas não fiz o dever de casa e ainda preciso terminar de lê-lo. :assobio:
 

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