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Tauriel e outras mudanças do filme: análise na Folha

Administração Valinor

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Pra quem não teve paciência de ler minha gigantesca resenha do filme ou ficou com medo dos spoilers, de repente vale a pena dar uma lida abaixo na análise da comparação livro versus filme que fiz pra edição de hoje da Folha de S.Paulo.

Sinceramente, recuso o rótulo de purista — tanto que gostei da Tauriel e até cito os precedentes pro papel dela na obra. Bem, vejam por si mesmos, gente bonita.

————

REINALDO JOSÉ LOPES

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Em “A Desolação de Smaug”, o time de roteiristas liderado por Peter Jackson, basicamente o mesmo que trabalhou nos três filmes da série “O Senhor dos Anéis”, acabou criando a narrativa que, por enquanto, mais se distancia dos livros de J.R.R. Tolkien quando comparada aos outros capítulos das duas trilogias.

Por incrível que pareça, a mudança mais comentada e lamentada pelos fãs dos livros, a “invenção” da elfa guerreira Tauriel, está longe de ser a mais intrusiva. O professor de literatura americano Corey Olsen, especialista na obra de Tolkien, costuma brincar que dois cromossomos X não são vistos juntos em nenhum momento do livro “O Hobbit” (é sério: não há nenhuma mulher, elfa ou anã na ação da obra), e a criação de Tauriel para o cinema decerto foi vista como uma concessão inevitável para o público feminino.

Para quem torceu o nariz para as proezas bélicas da moça, vale lembrar que há precedentes nos textos do próprio Tolkien – no livro póstumo “Contos Inacabados”, por exemplo, ele retrata a elfa Galadriel, a etérea rainha de “O Senhor dos Anéis”, pegando em armas para defender seu povo. E outro aparente sacrilégio (atenção para o spoiler!), o flerte entre Tauriel e o “anão gatinho” Kili (Aidan Turner), tem ecos da paixão platônica – quase adoração, na verdade – que o anão Gimli nutre pela própria Galadriel na Saga do Anel.

Por que dizer, então, que este é o filme no qual Jackson e companhia mais tomaram liberdades com a sua fonte? Em grande parte, trata-se de uma questão de tom. O segundo filme captura relativamente pouco do bom humor do livro (e, quando a ideia é ser engraçado, Jackson opta pelo pastelão, no lugar da comédia mais sutil de Tolkien).

Outro ponto importante é como “A Desolação de Smaug” retrata a transformação do hobbit Bilbo em herói. Na obra literária, o leitor sabe o tempo todo que a coragem de Bilbo está muito mais ligada à sua disposição de fazer a coisa certa mesmo morrendo de medo, enquanto os filmes não conseguem resistir à tentação de transformar o hobbit em espadachim, mesmo quando a coisa fica inverossímil.

Coisa parecida se dá com o príncipe anão Thorin, um sujeito muito mais calculista e menos heroico no livro (exceto quando chega o gran finale do personagem). No geral, talvez o problema de Jackson seja que ele confia muito menos do que Tolkien na capacidade do espectador/leitor de captar sutilezas.

Se há algo que compensa esses escorregões, é o magnífico dragão Smaug – não por acaso, o personagem cujas falas mais se aproximam do texto original.

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No geral, talvez o problema de Jackson seja que ele confia muito menos do que Tolkien na capacidade do espectador/leitor de captar sutilezas.

:yep:

Foi isso o que pensei quando vi, na trilogia, a sessão de descarrego que o Gandalf faz no rei Théoden e o Faramir transformado num bunda mole correndo atrás do mimizento do pai.
Sutileza de rinoceronte em loja de cristais. =/
 
De todas as mudanças, a que eu menos gostei foi...

o confronto entre os anões e Smaug. Parece que foi pensado para videogame:

Objetivo 1) Atrair o dragão para as forjas
Objetivo 2) Fazer o dragão cuspir fogo e acender as fornalhas
Objetivo 3) Destortear o dragão
Objetivo 4) Fazer o ouro fluir pelos canais
Objetivo 5) Derrubar a estátua gigante de ouro melequento
 
De todas as mudanças, a que eu menos gostei foi...

o confronto entre os anões e Smaug. Parece que foi pensado para videogame:

Objetivo 1) Atrair o dragão para as forjas
Objetivo 2) Fazer o dragão cuspir fogo e acender as fornalhas
Objetivo 3) Destortear o dragão
Objetivo 4) Fazer o ouro fluir pelos canais
Objetivo 5) Derrubar a estátua gigante de ouro melequento

Eu achei bem colocado. Deu ação dentro de um contexto possível. Eu já tava até com medo dos anões fazerem os super heróis, já que o PJ resolveu dar super poderes pros elfos e até pro Bombur!
O que eu não gostei da Tauriel foi o triângulo amoroso. Nada a ver com nada e totalmente contra um conceito básico dos elfos, que é o de não ficarem por aí paquerando a torto e a direito.

Eu achei a participação dela bem pra encher linguiça, não compromete nem descompromete a história.
 
@Lissa, o meu problema da cena dos anões contra Smaug é que o plano de Thórin é muito bizarro, confuso e cronometrado. Eu lembro que quando li o livro, fiquei decepcionado de Thórin não encara o dragão, mas acho que um pouco além da conta. Nada que estrague o filme, até pq, quanto mais demorava a cena em Erebor, mais eu via Smaug!

Adorei "Kili like a Frodo e Tauriel like an Arwen". Essa dupla não acrescentou nada ao enredo. Como falei pra @Belle Vox: Menos romance e mais Beorn!
 
Realmente, de acordo com os livros se eu fosse me colocar na difícil posição dos anões eu usaria uma idéia mais simples do que a de usar forjas:

Se fosse para neutralizar o dragão eles teriam poucos recursos, um tempo curto e uma única chance e seria mais sutil atraí-lo para uma câmara e provocar algum grande desmoronamento (de preferência uma avalanche de rochas pesadas) numa porta e fechá-lo do outro lado igual ao que aconteceu em Moria quando o Balrog teve que fazer a volta. A partir daí Smaug poderia encontrar um buraco para sair de lá e ir atrás do povo do lago. Existem poucos planos possíveis e de baixo custo nessas situações.

Sobre Tauriel eu já esperava que adicionassem alguém novo e importante no núcleo de Thranduil. É muito difícil ter que mostrar um rei e não incluir ou criar personagens novos relevantes a sua volta uma vez que reis obrigatoriamente possuem pessoas de confiança que ficam nas mesmas cenas, sempre pronto pra servir e nesse ponto o livro não seria suficiente.
 
No geral, eu gostei da personagem da Tauriel, é bem decidida e não deixa outros impedirem q ela faça o que quer (mesmo que seja o rei). Mas decidiram colocar esse triangulo amoroso totalmente aleatório, só tomando tempo que poderia ser usado para outras coisas e atrapalhando a história...mas imagino que deve ter algum impacto maior no próximo filme (?)
 
Na minha opinião, Tauriel é útil por um motivo simples: Para explicar a mudança de comportamento de Legolas entre as trilogias. PJ escolheu que Legolas em O Hobbit um pouco parecido com o pai, em termos de arrogância. Mais importante que isso, Thranduil é claramente isolacionista, ignorando o que acontece além de suas fronteiras. Sem Tauriel, Legolas possivelmente perpeturaria esse comportamento - e isso não faria sentido com o Legolas que participada de A Sociedade do Anel.

O que não justifica o romance ridículo. E é ridículo pq é forçado. Claramente alguém na equipe falou: "Temos que ter um romance. Um filme sem romance não é um filme de verdade".
 
Meu Deus, pra mim tava tudo bem se ocorresse algo como o Gimli e a Galandriel entre a Tauriel e o Kili, mas a Tauriel tava "correspondendo" ( pra mim pareceu isso), qual a necessidade de um triângulo amoroso entre dois elfos e um anão ME DIZ? A cada cena forçada disso eu me contorcia. Enquanto eles podiam der dado mais espaço em outras coisas...
 

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