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The Voice

Turgon

Mugiwara no Ichimi
Vou deixar aqui a matéria de hoje da Folha de São Paulo sobre o programa.

'The Voice' é o programa mais burro e deprimente da TV, diz guitarrista do Queen

O guitarrista do Queen, Brian May, revelou detestar o reality show musical "The Voice", que é transmitido pela BBC no Reino Unido, onde ele mora, mas que tem versões espalhadas pelo mundo todo --a brasileira é exibida pela Globo.

"Desculpem, detesto ser negativo, mas 'The Voice' é o programa mais entediante, mais burro, mais deprimente da TV. É o insulto definitivo à música e aos artistas", escreveu May em seu site.

Se, no Brasil, o reality show tem jurados como Daniel, Claudia Leitte, Lulu Santos e Carlinhos Brown, a versão britânica, à qual os comentários de May foram dirigidos, conta com um júri composto por Jessie J, Tom Jones e will.i.am.

Sobre o formato do "teste cego" do reality show, no qual cantores se apresentam para os jurados de costas viradas para o palco, o guitarrista também não poupou críticas.

"Toda vez que vejo alguns cantores jovens arrebentando suas tripas para tentar ganhar a atenção de alguém, que está sentado de maneira rude, virado de costas para eles...eu tenho nojo", disparou.

"A performance engloba TUDO que o artista oferece...em voz, em som, em linguagem corporal, na expressão facial, no contato íntimo do olhar. Essa ideia muito estúpida de que alguém pode JULGAR um cantor ao virar as costas para ele, perdendo o contato completo, para mim não faz qualquer sentido."

O guitarrista ainda se disse fã de Tom Jones, e lamentou que ele participasse do "The Voice".

"Espero que esse programa vil tenha uma morte natural muito em breve."

Não é a primeira vez que um roqueiro se manifesta contra reality shows musicais.

Em entrevista à revista britânica "NME" em março, Dave Grohl, líder do Foo Fighters, disse que os jurados desses programas são muito duros com os competidores que não têm tanto talento musical.

"Eu acho que as pessoas deveriam ser encorajadas a serem elas mesmas. Isso é o que me incomoda nesses programas onde elas são julgadas tão duramente por músicos de m... que não tocam quase nenhum instrumento em seus discos. Isso me irrita muito."

Fonte: Folha SP
 
No caso do The Voice Brasil eu penso que você Morfs. O pessoal lá canta melhor que os jurados rs

Mas, mas eu gosto do The Voice USA x). Entendo o lado da crítica, mas acho que o fato dos jurados estarem de costas não foi pensado como uma forma de desrespeitar, mas sim, de eliminar critérios como roupa ou aparência. Tanto que depois acaba a virada das cadeiras.
 
Não é só sobre o talento, é sobre a oportunidade

E o The Voice virou polêmica no Brasil!

Estava eu fazendo a recap do The Voice americano – que está em sua MELHOR temporada – quando me vi obrigada a parar tudo e escrever sobre a franquia brasileira, ou melhor, sobre o que muita gente tem falado sobre ela e o formato em si (criado na Holanda e difundido nuns 30 países) aqui nas terras tupiniquins.

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Apesar de todas as palavras negativas e alguns argumentos que discordo completamente lidosaqui e aqui, minha motivação partiu de um texto de alguém que sequer acompanha o programa,mas que melhor me pareceu ter discernimento pra tratar do assunto, a Laís Menini, do SerieTerapia.

Acompanho o programa há alguns anos, quem é velho de casa do Cartas sabe disso. Antes da versão brasileira (que torci muito pra ser criada) eu já curtia o americano pra caramba. Assim como tenho muita coisa boa pra mostrar das franquias australiana, britânica, tailandesa, chinesa turca, russa, mexicana...

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O fato é que as pessoas apontam como falha o programa não revelar "uma grande voz", pois essa seria sua proposta.

ERRO NÚMERO UM: essa não é a proposta. Assim como nunca foi a proposta de Sílvio Santos dar dinheiro pra quem vai a seus programas. Não é a intenção da Globo dar um milhão e meio pra quem vai pro BBB. A ideia PRINCIPAL é fazer um programa de entretenimento que agrade o público, dê audiência e renda publicidade.

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Por acaso há algo errado nisso? É problema pra algum cantor por aí que um programa de TV parta do príncipio de encontrar um grande talento da música enquanto ganha com publicidade e audiência? A qualidade do programa denigre a música?

Me desculpe, meu caro, mas prefiro assistir isso na minha TV a programas apelativos e de fofoca que enchem a grade de programação brasileira. Assim como acredito piamente que o The Voice seja infinitamente mais produtivo para crianças, jovens e qualquer pessoa que tenha a TV como uma de suas poucas fontes de cultura.

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Exemplo de talento exibido na TV brasileira~

Aí você me diz: Mas, Nany, o problema não é esse, é o fato de o The Voice humilhar os músicos que têm que se submeter a competições. Cantar enquanto as pessoas estão de costas é uma afronta, muito humilhante. Música é talento, não competição.

ERRO NÚMERO DOIS: achar que música é APENAS sobre talento. Não é e nunca foi, meu caro. Primeiramente, competições musicais existem há anos, quem não se lembra dos grandes festivais? Já há alguns anos também que músicos não só se apresentavam só ao vivo... Há poucas décadas foi criada a TV e e nem faz tanto tempo assim foi inventado o rádio.

Desde que existem rádios, TVs e a bendita da internet com seus mp3 e canais de vídeo, o cenário musical mudou. E mesmo falando de performances ao vivo, o que dizer das vezes em que o talento acaba ignorado enquanto você bate papo tomando cerveja de costas pra pessoa que tá cantando no bar?

“Quando alguém canta ou toca, de verdade, não precisa ficar se esgoelando para tentar persuadir alguém a notá-lo. Basta ter alguma mensagem, emoções sublimes, algo belo que possa ser compartilhado pelo músico com um público, que dá a atenção àquilo que ele acredita merecer”, disse o músico Brian May, que não é brasileiro mas também falou mal do formato.

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Respeito o cara, mas acho esse raciocínio de um simplismo tão grande! Vai me dizer que você não conhece UM compositor/ cantor que é talentosíssimo, mas não consegue espaço pra mostrar seu trabalho!? Sabe por que é que não basta ter talento e cantar? Sabe por que cantar com "emoção sublime" não é o suficiente? Porque tá cheio de gente talentosa por aí. Ser MÚSICO é uma profissão e, como em outras, você tem que unir talento com sorte e oportunidades. Ser bom de serviço não te torna um cara bem sucedido. E é aí que entra o The Voice, o X Factor, o Idol e todos os realities musicais que existem. ELES SÃO OPORTUNIDADE.

É show? É? É pela audiência? CLARO, como qualquer programa da TV. Mas se fosse só isso, por que as pessoas se candidatariam?

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Ninguém teria ouvido falar em um dos favoritos da temporada não fosse o reality.

OPORTUNIDADE nem sempre aparece pra quem tem talento. Basta ligar o rádio que você vai ouvir um tanto de música de gente sem talento algum, mas que teve oportunidade e sorte, virando sucesso. Por outro lado, quem tem talento e anda carente de sorte e oportunidade pode ter uma chance num programa como o The Voice.

Ontem (19), Christina Aguilera comentou que todo mundo que entra no programa vence de alguma forma. Verdade. Cada pessoa que dá a cara a tapa pras críticas (positivas e negativas) porque tá ali na disputa, acaba ganhando por se tornar de alguma forma conhecido por esses críticos e por todo o público.

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Christina Aguilera humilhando* um dos candidatos do The Voice americano

No Brasil, com uma única temporada, não foi só Ellen Oléria quem saiu ganhando. Muitos dos candidatos que sequer venceram tiveram o cachê dos shows aumentados. A procura por eles também cresceu, gente que tocava nos barzinhos da cidade natal agora recebe ligações e é contratado em todo o país... E isso acontece no mundo todo. Fora o treinamento que eles geralmente recebem durante o programa (essa parte ainda tá só começando no Brasil, mas acredito que ainda vá evoluir ao padrão das outras franquias). Teve gente que entrou quase cru no reality e saiu de lá um músico formado, mesmo sem vencer.

Sem falar do contato com grandes nomes do cenário musical - afinal, antes de criticar a bancada brasileira, por exemplo, você tem que lembrar do currículo de peso que essa galera tem (se não sabe muito sobre eles, clique aqui que já contei) - eles têm o que passar aos candidatos e podem ajudar sim em suas carreiras.

É ÓBVIO que o sucesso perene pode ou não surgir em um programa desses. Encontrar "a grande voz" pode não ser a PROPOSTA PRINCIPAL, mas nada impede que seja uma consequência. A gente conta nos dedos os grandes nomes que vieram de reality shows, Kelly Clarkson é sempre a mais lembrada, temos ainda Jennifer Hudson, que talvez nunca teria sido convidada para fazer o filme que a levou ao Oscar não tivesse aparecido no Idol. Viu o Phillip Phillips no Rock in Rio? Quem de vocês teve a chance de assistir o show de Javier Colon, vencedor da primeira temporada do The Voice US em turnê no Brasil com o Maroon 5? Leona Lewis, Carrie Underwood, Katharine McPhee... Querem exemplos brasileiros? Tiaguinho e Roberta Sá participaram do FAMA. Tem também a Thaeme, que foi do Ídolos.

Será que algum deles teria despontado sem seus respectivos programas? Talvez sim, talvez não.

O fato é que sou mais feliz por conhecer artistas de diversos países que só tive a chance de saber da existência porque assisti a esses programas, especialmente, graças ao The Voice, que considero o melhor reality musical do mundo.

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Filha de um dos candidatos vendo o pai ser humilhado* dos bastidores

* o verbo "humilhar" foi usado com ironia nesses casos. Tô explicando porque tem gente que, olha...
 
Cheguei a fazer um esforço enorme pra assistir uma edição desse programa, que só foi possível porque eu estava ao acaso esperando numa recepção de um hospital e era o que estava passando na TV que tinha lá.

Ele foi feito pra entreter mesmo. Querer achar que o foco é revelar novos talentos, isso nitidamente está num segundo plano. Não é objetivo principal.

É claro que o corpo de jurados da versão brasileira está longe de ser "dos melhores", mas mesmo quem se submete a ser julgado por eles, quer de alguma forma aproveitar "a vitrine" de aparecer alguns minutos na tela da Globo pra mais a frente tentar uma oportunidade em outro lugar que abra as portas pra uma promissora carreira.
 
Última edição:
"Sem falar do contato com grandes nomes do cenário musical"

Claúdia Leite e Daniel não são grandes nomes do cenário musical. Lulu Santos e Carlinhos Brown até possuem uma história, mas só eles.
 
Até a metade desse ano eu estava isolado do mundo fazendo cursinho para vestibular e, por conta disso, ignorava totalmente o que era o The Voice, agora que estou com 6 meses de férias tô acompanhando direitinho o brasileiro e o USA.

Dizer que o The Voice é o programa mais entediante, burro e deprimente da televisão é algo para além do exagero. Há toda uma infinidade de porcarias que são infinitamente piores. Comentário a la Paulo Coelho, não tá no meio do rolo e procura jeito de chamar a atenção.

Concordo muito com o texto da Bel, é uma disputa por entretenimento e audiência mas que traz consigo várias oportunidades e serve como vitrine para muita gente de talento que ainda não deu sorte na vida. Tenho gostado bastante do programa nas suas mais variadas fases, quanto a primeira etapa (blind auditions), eu a acho justa, o que conta ali é a voz, o tudo o mais que realmente compõe um cantor é avaliado nas etapas seguintes, se a pessoa não possuir presença de palco ou o tal olho no olho vai acabar pulando mais pra frente.

Quanto à versão brasileira, olha, eu acho ela um pouco chatinha. Em parte pela edição, (que é feito pelo Boninho, não?) penso que ela perca em muito quando comparada com a versão americana, parece que não entenderam bem o feeling do programa, nem de longe é tão emocionante quanto o de lá. Os jurados são outro problema, (li também o texto falando de seus currículos, não os considero má escolha por esse aspecto) acho que realmente falta carisma ali. O Lulu Santos até vai lá, mas é um pouquinho repetitivo ("tá faltando brasilidade nisso aí"). Entre Carlinhos Brown e Claudia Leitte não sei quem é mais pé no saco, o primeiro não sabe a hora de calar a boca, enquanto a segunda na tentativa de agradar o mundo inteiro acaba por não agradar ninguém. Já o Daniel eu considero uma boa escolha, é mais na dele, não força piada idiota, tem bons comentários, sabe ser engraçado quando surge o momento. Um problema sério da edição brasileira é essa tentativa de forçar a piada, parece que o destino do competidor é o de menos, é um tal querer demonstrar preocupação com o sujeito lá na frente que acaba soando um pouco falso.

Por último, um pouquinho fora de ordem, não acho que haja humilhação de ninguém, pelo menos não por enquanto nessa segunda temporada. O Ídolos que passava na record (acho que era record) parecia dar ênfase nisso, tudo bem, eu sei que era outro formato de programa, mas por diversas vezes você via alguém que era péssimo cantando e os jurados pediam para ele repetir e ainda ficava rindo na cara dura, isso quando não mandavam o sujeito desistir de vez da ideia de cantar. Até entendo que em alguns casos eram comentários realmente válidos, mas né, totalmente desnecessários.
 
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Reactions: Bel
"Me desculpe, meu caro, mas prefiro assistir isso na minha TV a programas apelativos e de fofoca que enchem a grade de programação brasileira. Assim como acredito piamente que o The Voice seja infinitamente mais produtivo para crianças, jovens e qualquer pessoa que tenha a TV como uma de suas poucas fontes de cultura."

Outro argumento falho. Então só porque há algo pior que tudo o que for melhor seja de fato bom?
 
Vi a minibiogafia da Claudia Leite e do Daniel, tipo, nenhuma das duas me impressionou...

Achei o Carlinhos Brown o mais "habilitado" deles todos.

Já me falaram pra participar desses programas, q eu tenho a voz boa e etc... mas é mta firula, acho que não faço o estilo do que eles querem...
 
"Toda vez que vejo alguns cantores jovens arrebentando suas tripas para tentar ganhar a atenção de alguém, que está sentado de maneira rude, virado de costas para eles...eu tenho nojo", disparou.

"A performance engloba TUDO que o artista oferece...em voz, em som, em linguagem corporal, na expressão facial, no contato íntimo do olhar. Essa ideia muito estúpida de que alguém pode JULGAR um cantor ao virar as costas para ele, perdendo o contato completo, para mim não faz qualquer sentido."

Esse conceito de música dele me soa muito distorcido... Eu espero do músico que ele faça uma boa música, que é totalmente definida pelos aspectos sonoros da arte - não vejo interesse em "expressão corporal", "contato íntimo do olhar" , ou qualquer coisa do tipo, e discordo profundamente que a música perde a completeza sem esses aspectos. Isso é meramente uma questão de preferência pessoal e que preferência o programa vai seguir. Isso só significa que ele não é o público-alvo do programa.

O mercado está cheio de atividades para quem valoriza ver o cantor indo pra lá e pra cá, fazendo caras e bocas, etc. Aliás, talvez esse seja um dos motivos do porquê de ser muito difícil hoje em dia alguém parar para ouvir com exclusiva atenção uma música: porque no mercado esse critério puramente sonoro não é tão valorizado. Quando muito ela é usada para pano de fundo para atividades cotidianas ou conversar com colegas. Daí tem-se esse estranho fenômeno de termos uma sociedade extremamente "musicalizada" (infinitas aspas seriam necessárias), onde para todo canto há música, mas não há quem aprecie a mera atividade de ouvir música.
 
Pessoal aqui parece estar confundindo um bocado o próprio gosto musical com a qualidade e o mérito de cada jurado. Eu não suporto Cláudia Leitte e Daniel, mas entre a minha predileção musical e dizer que eles não têm capacidade de ser jurados do The Voice tem um absimo enorme.

O Daniel representa um gênero meio brega e que eu não ouço, mas que fala intimamente com grande parte do Brasil. O sertanejo romântico, gostemos ou não, é um dos gêneros mais representativos do Brasil. E entre os cantores desse nicho, o Daniel é sem dúvida o que tem a melhor técnica vocal, e o mais preparado para julgar e treinar músicos que sigam essa mesma linha musical.

Cláudia Leitte é apenas OK vocalmente, e o ideal para o gênero dela é que a jurada fosse a Ivete, muito mais completa. Mas se na voz ela não se garante, na presença de palco e no "x factor" (ehehe) ela pode acrescentar bastante aos candidatos da equipe dela. É de longe a menos relevante dos quatro, mas ainda assim é alguém que se deu bem no mercado e têm a ensinar. Aliás, é até bom isso, porque ela pode ajudar gente com mais talento que ela a ganhar o destaque que ela tem.

Carlinhos Brown é um pé no saco, mas é um dos caras que mais entende de ritmo no Brasil. Ah, e canta pra caralho, o que é difícil a gente notar, já que as músicas dele raramente têm linhas vocais interessantes. Burrice dele. Mas enfim, chato ou incoerente, ele tem base suficiente para ajudar os candidatos dele também.

E o Lulu Santos é fácil o melhor de todos, seja como músico ou como mentor. É o maior hitmaker do país (e ao contrário do que mta gente diz, isso é algo BOM) e é o único que faz críticas construtivas e embasadas aos cantores, sem ficar na pura babação de ovo.

Eu curto o programa. As versões gringas são melhores sim, mas porque já estão em edições mais avançadas, tiveram mais tempo de se desenvolver. E um pouco pela própria cultura desses países, onde as pessoas que sonham com o show businness já chegam para as audições mais preparadas, mais completas. Mas ainda assim, o daqui é bom e pode evoluir. A Ellen Oléria, por exemplo, não deve nada a nenhum candidato gringo.
 
Nah. BBB é uma das coisas mais lucrativas da Globo hoje em dia. Seria loucura cancelar. Só se o público boicotasse em massa...
 

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