Vejam alguns dos craques que jogaram na
Lazio no período em questão:
Peruzzi: ícone da Juventus nos anos 90, o goleiro chegou já experiente a Lazio em 2000. No clube de Roma, Peruzzi ganhou aos poucos a condição de titular e encerrou a carreira vestindo a camisa celeste em 2007. Pena que a fase dourada do time já havia passado.
Nesta: cria das categorias de base da Lazio, o zagueiro Alessandro Nesta se transformou num dos maiores jogadores dos anos 90 e 2000, com regularidade, posicionamento impecável, técnica e talento. Foi o capitão do time naqueles anos de ouro e marcou inclusive alguns gols, como na final da Copa da Itália de 1998. É o 11º na lista dos jogadores que mais vezes vestiram a camisa da Lazio, com 263 partidas disputadas. Foi figura constante na seleção e depois de mais de 10 anos de Lazio, seguiu carreira no Milan, onde ficou até 2012.
Mihajlovic: Tinha um chute poderosíssimo e foi um dos maiores cobradores de faltas na década de 90, ao lado de Ronald Koeman e Roberto Carlos. Craque campeão da Europa e do Mundo pelo Estrela Vermelha em 1991, o iugoslavo chegou à Lazio já consagrado, em 1998, tendo passado por vários setores do campo, como o meio de campo e a lateral-esquerda, mas mostrou que ainda tinha muita lenha pra queimar. Como zagueiro, fez uma dupla inesquecível com Nesta e esbanjou categoria, segurança, poder de marcação e, claro, gols. Suas subidas ao ataque eram um perigo para qualquer adversário. Foram seis anos de Lazio e uma eternidade no coração da torcida.
Fernando Couto: chegou à equipe em 1998 para dar mais qualidade no setor defensivo do time e foi essencial quando jogou, mesmo com a concorrência de Nesta e Mihajlovic. Foi um dos grandes jogadores de seu tempo e um dos principais de Portugal na década de 90.
Stankovic: tanto na marcação do meio de campo e quanto no apoio ao ataque (principalmente com seus chutaços de longe), Stankovic foi um dos craques do grande meio de campo da Lazio naqueles anos de conquistas. Jogou na equipe romana de 1998 até 2004 e fez uma parceria histórica ao lado de Nedved e Mancini. Depois de vários títulos e partidas fantásticas, foi aumentar sua coleção de taças pela Internazionale.
Roberto Mancini: depois de brilhar constantemente na melhor Sampdoria de todos os tempos, aquela do final dos anos 80 e início dos anos 90, campeã italiana, tetra da Copa da Itália, campeã da Recopa e vice-campeã da Liga dos Campeões, o meia e atacante Roberto Mancini foi em busca de novos desafios na Lazio. O craque desembarcou em Roma junto com o recém-contratado técnico Sven-Göran Eriksson e foi um dos principais jogadores do time entre 1997 e 2000, mais como garçom do que como artilheiro. Habilidoso e técnico, Mancini era ao mesmo tempo mandão, chato e de personalidade forte. Mancini se aposentou na Lazio em 2001 e foi o técnico do time entre 2002 e 2004 até brilhar na Inter e no Manchester City nos anos seguintes.
Verón: um dos maiores meio-campistas da Argentina na história, Juan Sebastian Verón foi um ícone dos anos 90 e 2000, capaz de marcar, defender e atacar com a mesma qualidade, técnica e talento de um craque fora de série. Era titular absoluto da seleção da Argentina quando chegou a Lazio em 1999, onde ficou até 2001. No período, foi peça crucial para o doble na Itália (Campeonato e Copa), além dos títulos da Supercopa da UEFA sobre o Manchester United e da Supercopa da Itália sobre a Internazionale. Depois que deixou a Lazio e foi jogar no Manchester, em 2001, perdeu o brilho e só voltou aos bons tempos com a camisa do seu querido Estudiantes-ARG, onde levantou a Libertadores de 2009.
Nedved: depois de ótimas temporadas no futebol checo e de uma atuação de destaque na Eurocopa de 1996, Nedved chegou a Lazio em 1996 para ser o cérebro do time até 2001. Com ele em campo, a Lazio podia contar com um perito em arrancadas, passes precisos, construção de jogadas e gols, além de ser letal em cobranças de falta. Conquistou sete títulos com a Lazio e continuou a brilhar na Juventus, de 2001 até 2009, ano em que encerrou a carreira. Nedved foi descrito por seu técnico na Lazio, Eriksson, como “um meio campista de extrema habilidade e completo”. A torcida da Lazio assina embaixo.
Salas: depois de brilhar no River Plate, o chileno Salas foi para a Lazio em 1998 e virou um dos xodós da torcida. Com seus gols, sua presença de área e sua habilidade, foi um dos principais artilheiros do time no período mais glorioso do clube e responsável direto pelas taças inéditas do esquadrão romano. É um dos maiores artilheiros da Lazio em competições europeias, com oito gols.
Claudio López: chegou justo quando a Lazio começava a perder força, mas ainda sim faturou uma Supercopa da Itália ao marcar dois gols na final contra a Inter, em 2000, e ainda a Copa da Itália de 2004. Foi um dos principais atacantes argentinos de seu tempo e adorava jogar pela ponta esquerda. Sofreu com muitas contusões enquanto defendeu a camisa celeste, mas mesmo assim foi muito querido da torcida pelos gols bonitos que marcava, com um olímpico na Liga dos Campeões de 2000-2001 contra o Anderlecht-BEL, em Roma.
Boksic: atacante de muita força, explosão e técnica, o croata Boksic jogou na Lazio de 1993 até 1996 e voltou para jogar de 1997 até 2000, conseguindo brilhar mesmo com a concorrência no ataque. Marcou gols importantes e foi uma das peças do técnico Eriksson para fazer o time brilhar em várias competições simultâneas. Teve destaque, também, no Olympique de Marselha-FRA, onde faturou a Liga dos Campeões da UEFA de 1993. Poderia ter feito uma dupla letal com Suker na Copa do Mundo da França em 1998, mas uma contusão o tirou do mundial.
Vieri: depois de jogar muito com a camisa do Atlético de Madrid e ser o artilheiro do Campeonato Espanhol com 24 gols em 24 jogos disputados, o atacante italiano desembarcou na Lazio para fazer uma dupla dos sonhos com Marcelo Salas. Uma pena que a parceria tenha durado tão pouco. Com Vieri em campo, a Lazio conseguiu faturar o inédito título da Recopa da UEFA de 1999, quando o matador marcou um dos gols da final. Apenas uma temporada depois, a Internazionale pagou uma quantia até então recorde de 32 milhões de libras pelo atacante, que partiu para Milão.
Crespo: o argentino já tinha brilhado no River e no Parma antes de chegar a Lazio. Artilheiro nato, Crespo mostrou a que veio logo em sua primeira temporada, em 2000-2001, quando foi o artilheiro da Serie A com 26 gols. Mesmo com o faro de gol apurado em Roma, a crise financeira do time forçou a venda do craque para a Inter já em 2002.
Por fim, não poderíamos deixar de citar o técnico
Sven-Göran Eriksson; o sueco transformou a Lazio numa das maiores potências da Itália nas quatro temporadas em que esteve no comando técnico do time. Com um esquema tático sem segredo, simples, Eriksson colocou o que de melhor tinha a sua disposição e faturou sete troféus, além de um vice-campeonato na Copa da UEFA de 1998. Sua Lazio tinha como característica principal a força na defesa e no meio de campo, principalmente, graças aos talentosos jogadores do forte elenco celeste. Suas façanhas em Roma foram tão marcantes que chamaram a atenção dos ingleses, que o levaram para o comando da seleção inglesa em 2001. Até hoje, grande parte da torcida considera Eriksson como o melhor técnico da história do clube.