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Os Contos da Cantuária.

Mavericco

I am fire and air.
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A Cia das Letras vai lançar o livro em outubro. No blog eles estão colocando algumas postagens do tradutor a respeito da obra; então, pra não tumultuar o Lançamentos 2013, vamos concentrar aqui e já criar esse templo da perdição.

Chaucer e as metáforas da bebedeira
Por José Francisco Botelho

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A bebedeira é um dos temas nobres das letras universais. O vexante pileque de Noé em frente aos seus filhos, no Gênesis, inaugura a vasta antologia da ressaca literária. Foi graças a um odre de vinho especialmente forte que Odisseu conseguiu enganar Polifemo, o Ciclope — sempre achei comovente a cena em que o monstro, bêbado e subitamente amigável, tem a cortesia de postergar o esquartejamento de seu hóspede-prisioneiro: “Vou devorar você por último”. No mundo islâmico, existe uma rica tradição de poemas em louvor da intoxicação etílica — vista como uma metáfora do êxtase místico. O sufi persa Rumi, do século XIII, compara o coração de Deus a um recipiente cheio de algum licor delicioso e devastador: “No cântaro do Teu amor, o meu espírito flutua — e arruinada é a pobre Casa de meu corpo”.

Poderíamos falar sobre Falstaff, sobre Hemingway, sobre Malcolm Lowry — mas vamos nos ater ao Chaucer. A bebedeira é um dos temas favoritos e recorrentes nos Contos da Cantuária. Alguns peregrinos de Chaucer falam (e agem e bebem) como autênticos especialistas no assunto. Os efeitos do álcool sobre a fisiologia e o temperamento humano são descritos com verve e detalhismo. Há reflexões sobre a intensidade relativa dos vinhos franceses e espanhóis; onomatopeias naturalistas do ronco dos bêbados; tocantes elegias às bebedeiras da juventude; descrições minuciosas da expressão facial, entonação da voz e coloração da pele em indivíduos alcoolizados. (Vale lembrar que Chaucer nasceu em uma família de comerciantes de vinho e, portanto, tinha um conhecimento mais ou menos profissional sobre o assunto).

As metáforas da bebedeira também são responsáveis por um dos dilemas mais interessantes que encontrei na tradução dos Contos. O enigma surgiu no “Prólogo do Provedor”. Certa manhã, o Cozinheiro aparece tão bêbado que mal consegue se manter no lombo do cavalo. O Provedor, em tom de zombaria, comenta:

“Therto me thynketh ye been wel yshape.
I trowe that ye drunken han wyn ape,
And that is, whan men pleyen with a straw”.
And with this speche the Cook wax wroth and wraw.

Uma tradução circunspecta, palavra por palavra, daria algo como: “Acho que você está em forma para esse tipo de exercício. Tenho a impressão de que andou bebendo o vinho do macaco, quando os homens brincam com uma palha.” Ouvindo isso, o Cozinheiro ficou furioso.

O que é o tal vinho do macaco? E o que significa “brincar com uma palha”? A misteriosa passagem só começou a fazer sentido quando mergulhei a cabeça nas rigorosas categorias da embriaguez medieval. A tradição judaica da época tinha uma deliciosa teoria zoológica quanto aos efeitos do álcool. Noé, ao plantar o primeiro vinhedo da história, regou o solo com o sangue de quatro animais, abatidos nesta ordem: uma ovelha, um leão, um macaco e um porco. Por isso — continua a tese, com humor rabínico — os quatro estágios da bebedeira humana equivalem até hoje ao temperamento daquelas quatro vítimas. O primeiro patamar da embriaguez é o “estágio da ovelha”, quando nos tornamos afáveis ou ingênuos em demasia (a bebedeira gentil de Polifemo na Odisseia é um excelente exemplo). Em seguida, o vinho transforma o ser humano em um leão — é o momento da fanfarronice, das mentiras mirabolantes, das confidências agressivas e das eventuais brigas de boteco. O terceiro estágio é o do macaco – mais desastroso que a alegria ovina inicial, ele nos leva à pantomima e a pronunciamentos saltitantes e sem fundamento. Por fim, o rabino nos ensina que o vinho acaba transformando o ser humano em um suíno — e sobre esse ponto em particular não é preciso explicar mais nada.

O “vinho do macaco”, portanto, simboliza o penúltimo estágio da bebedeira, quando o bêbado está prestes a chafurdar na lama — seja a lama real ou a metafórica. (Aqui, sempre me recordo dos macacos de Rudyard Kipling — notoriamente, os animais mais irritantes do Livro da Selva). Mas faltava ainda explicar a outra observação: quando os homens brincam com uma palha. A opinião tradicional é a seguinte: quando chega ao estágio do macaco, o bêbado fica como uma criança, brincando com palhas, ou gravetos, ou outras coisas sem importância. Sempre achei essa interpretação pouco convincente: brincar com uma palha não parece coisa de quem já passou pelo estágio do leão, e está prestes a cair no abismo do porco. Encontrei a solução em uma nota de rodapé de Nevil Coghill, autor da mais respeitada tradução de Chaucer para o inglês moderno. Coghill relata que alguns trabalhadores dos portos de Londres tinham o mau hábito de entrar nos depósitos de vinho, à noite, fazer buracos nos barris com a ajuda de uma verruma, e chupar o conteúdo por meio de um canudo. A gíria para essa prática antiga e engenhosa era to suck the monkey — “chupar o macaco”.

Não pretendo experimentar isso na prática, mas suponho que chupar vinho por um canudo, direto do barril, seja uma forma mais extrema de alcançar o êxtase sufi do que por meio de um copo ou taça. Portanto, aquela passagem no “Prólogo do Provedor” ficou assim:

“Te juro, estás prontinho e preparado,
Pois já chupaste o vinho do macaco
Por um canudo; a pipa está vazia!”
E o Cozinheiro, ouvindo, refervia.

Levei exatamente duas semanas e três dias para decidir que um canudo, nesse caso, valia bem mais do que uma palha.

FONTE: http://www.blogdacompanhia.com.br/2013/08/chaucer-e-as-metaforas-da-bebedeira/

Outra postagem dele é essa aqui, Da Lancheria do Parque aos maçaricos de Bagé, a epopeia da tradução.

Para uma pequena sessão de links:

 
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CONTOS DA CANTUÁRIA -- Geoffrey Chaucer.
trad. José Francisco Botelho.
R$ 54,00

Publicado a primeira vez em 1475, Contos da Cantuária é uma das pedras fundamentais da literatura do Ocidente, uma coleção magistral de histórias de cavalaria, alegorias morais e farsa desbragada. Escritas pelo britânico Geoffrey Chaucer, as histórias ajudaram - assim como Dante e Cervantes fizeram em suas respectivas culturas literárias - a sedimentar a literatura de todo um país.

Tudo começa a partir de um certame entre peregrinos acerca das melhores histórias de cavalaria e romances. Rico e diverso, o livro descortina - com crueza e lirismo, graça e deboche - o universo social e cultural da Inglaterra em plena Idade Média. Anedotas, ciclos cavalheirescos, escatologia, ensinamentos edificantes e muita caricatura surgem nas histórias desses peregrinos que rumam em direção à Cantuária, onde pretendem visitar o túmulo de São Thomas Becket.

Vertido para o português com maestria, mas sem deixar de lado o humor e a diversão, o livro tem tudo para cativar leitores de todas as idades.

http://www.companhiadasletras.com.br/detalhe.php?codigo=85074

Que capa foda =(
Vou me segurar pra comprar na primeira promoção que surgir.

P.S.: Os Contos da Contuária... :hihihi:
 
aff, 680 páginas. vou comprar só se sair para kindle.

estranho, lembro de ter lido uma edição bem menor em número de páginas na faculdade. :eh:
 
É, a média de páginas costuma ser essa mesmo. Tem uma tradução mais antiga do Paulo Vizioli:
http://produto.mercadolivre.com.br/MLB-511002348-livro-os-contos-de-cantuaria-_JM
Era essa que você leu, Anica? Ela tem 302 páginas... Se bem que não acho que o Vizioli traduziu parcialmente. De fato, meio estranho... Talvez a diagramação nela seja diferente (em 2 colunas).

E a propósito, aqui tem alguns trechos da tradução do Vizioli.
 
foi essa aí mesmo, mavericco! mas sinceramente, não recordo se o texto era completo ou não. só sei que fiz meu trabalho usando esse livro :rofl:

(anos depois li uns trechos em inglês para literatura inglesa, mas só trecho nem conta)
 
O desenho dessa capa... me lembra aquela tirinha de humor nonsense que divulgam pelo Facebook...:think:
 
Oi, pessoal. Sou o José Francisco Botelho, tradutor dessa edição dos Contos da Cantuária - e, coincidentemente, também membro do fórum Valinor, embora esteja inativo há um bom tempo.
Quanto ao tamanho do livro: a tradução do Paulo Vizioli foi feita em prosa, ou seja, com menos quebras de linhas. A atual tradução é em versos e, por isso, ocupa mais espaço.
Quanto à capa: Calib, sua impressão está perfeitamente acertada. Quem desenhou a capa foi mesmo o Joan Cornellà, o artista que faz aquelas tirinhas nonsense no facebook.
Falo disso aqui no meu último texto para o blog da Cia das Letras:
http://www.blogdacompanhia.com.br/2013/10/o-indiscreto-charme-da-bruxaria/

Um abraço a todos,
Chico.
 
óun \o/ sou foda.


Joan Cornellà - taí o nome do sujeito. Valeu pelo esclarecimento. ;)

E, né, 'bora comprar logo esse livrão aí.
 
Vou colar aqui o textículo que o @Mavericco escreveu sobre este livro lá no seu bloguinho quando incluiu "OS CONTOS DA CANTUÁRIA" entre as suas melhores leituras de 2016:
http://formasfixas.blogspot.com.br/2016/12/os-melhores-de-2016.html

CONTOS DA CANTUÁRIA. CHAUCER
trad. José Francisco Botelho
Penguin / Cia das Letras, 2013

Chaucer, o homem que ri. Sempre lembro do velho Pound elogiando Chaucer daquele jeito meio torto dele, dizendo, entre outras coisas, que Chaucer trazia uma experiência direta para seu leitor (algo como "o que ele vê ele tasca no papel"), e não algo estilizado. Aliás, era bem um argumento desses que fazia com que Pound elogiasse mais a tradução escocesa de Gavin Douglas para a Eneida (Eneados) do que o próprio original de Virgílio (pois, ele diz, o nosso amigo Gavin tinha experiência marítima, sabem?, ele sabia do riscado). Bem. Quanto ao resto eu não sei, mas é intrigante ver Pound tecer um elogio desses para Chaucer, elogio que estava na mesma raiz do que ele também fazia quando a Villon ("After Villon, poetry can be considered as fioritura"). Intrigante e com um fundo de verdade: quando leio algo como "A vida é uma goteira / Que respinga", no Conto do Feitor, de um modo muito estranho eu sinto que estou diante de uma verdade, um tipo de condensação de sabedoria que é trazida para o leitor de maneira muito simples e direta, quase que com um frescor que envolva capim molhado, uns dois violeiros por perto e o barulho da brasa crepitando.

Chaucer, o homem que ri. Dá pra se divertir e muito lendo os Contos da Cantuária. Logo no início, por exemplo, mencionando a figura do cavaleiro, o poeta diz: "Das roupas falarei com brevidade: / Melhor era o cavalo que o seu traje." Onde mais você vai encontrar uma nota irônica tão precisa como esta? Chaucer retira o globo das costas de Atlas apenas para arremessá-lo na piscina olímpica do deboche, de modo muito parecido com o que Machado, Nabokov ou Roth séculos depois fariam. Não existe ninguém que escape de sua língua ferina. Chaucer viu a máquina do mundo e, ao invés de traduzir aquela visão num alento a mais para que prosseguisse sua alta empresa, ou ao invés de sair por aí de mãos pensas após recusá-la, resolveu rir da maneira empenada e espalhafatosa com que aquelas engrenagens iam se encaixando umas nas outras. Não é, assim sendo, a venerável tradição da poesia humorística e satírica tomada pra que se espante a horda de puritanos embalsamados, primeiro porque se encontra de tudo nos Contos da Cantuária, até mesmo textos de caráter penitencial ou veiculados em registro elevado, e segundo pois a visão de Chaucer é panorâmica e profunda demais para que nos contentemos apenas com a gargalhada desvinculada do gole em seco. Nenhuma poesia satírica é apenas satírica, é apenas colocar um chapéu na cabeça e uns gonzos ali no tornozelo. Existe um fundo moral poderoso na coisa toda.

Chaucer, o homem que ri. Sim, o homem que ri: ainda no Conto do Feitor, temos a descrição de uma família que dorme com os anjos:

O moleiro roncava, em abandono,
Parecendo um cavalo a dar nitridos;
Pelo rabo também solta rugidos.
Ao coro roncador uniu-se a esposa,
Verberando cantiga estridorosa,
E a garota roncou par compagnie.

(O par compagnie é do original mesmo: "The wenche routeth eke par compagnie.") Não precisa achar estranho. Roncar pelo rabo é isso mesmo que até as Angels fazem. Existem passagens ainda piores, que falam de sexo de maneira muito safada e com trocadilhos que farão qualquer bobagento da vida dar uns chiliques ― veja-se o que consta no Conto do Navegador, em passagens como: "A mão no meu cofrinho então afunda / E pega ― o pagamento em mim abunda." Ou então, no Conto do Moleiro, a situação do sacristão que, pensando dar um lindo beijo molhado na boca de sua amada, dá um beijo... é, meu amigo, que fase!: "E o sacristão logo enxugou os lábios. / Escura estava a noite; a sombra, funda, / E na janela a moça pôs a bunda."

Chaucer, o homem que ri. Francisco Botelho realizou um feito que deixou Ivan Junqueira boquiaberto e a nós, pobres mortais, nem se fala. Esse é o tipo de coisa que deveria ter sido anunciada com dois, três anos de antecedência para que nosso emocional pudesse começar a se acostumar com a ideia de podermos ler Chaucer numa tradução que pegasse o boi pelo chifre e enfrentasse as variações formais que a obra apresenta. Em entrevistas, o tradutor menciona que passou a traduzir Chaucer em tudo quanto é lugar, até em fila de espera, e que seu pensamento se dava quase que todo em decassílabos (neste sentido, aliás, seu relato me lembra o de Haroldo de Campos carregando exemplares e dicionários da Ilíada para onde quer que fosse). Felicíssima, de fato, sua tradução, de onde não se pode nem mesmo repreender os estalidos causados por versos fora da métrica aqui e acolá ou, mesmo, pelo uso de rimas parciais, primeiro por se tratar de um purismo que entorna o caldo, segundo por não encontrar apoio na própria métrica chauceriana e terceiro (tenho a impressão que o tradutor, em entrevistas, também o menciona) pois cria uma ponte de contato inteligente e saborosa com a mais cristalina tradição da poesia popular. De fato: a sensação que ficamos lendo muitas e muitas passagens da tradução de Francisco Botelho é a de que estamos saboreando um romance de cordel, tamanha é a fluência não só de passagens prosaicas mas também de passagens onde o tema poético exige uma gravidade própria:

O rei dos reis, tão forte e altivo e assoberbado,
Crê que nem mesmo Deus o vença em majestade,
Nem possa de sua glória imensa derrubá-lo.
Mas eis súbita a queda, e a tragédia então faz-se:
Aos ermos, sob a chuva, o rei insano vai-se
E pasta como um boi, e urra, e corre, e berra,
E assim viveu no agreste e em regiões selvagens
Por longo tempo em meio ao nada e junto às feras.

Do Conto do Monge, falando de Nabucodonosor. O original diz:

This king of kinges proud was and elate;
He ween'd that God, that sits in majesty,
Mighte him not bereave of his estate;
But suddenly he lost his dignity,
And like a beast he seemed for to be,
And ate hay as an ox, and lay thereout
In rain, with wilde beastes walked he,
Till certain time was y-come about.


O tradutor observa que aqui Chaucer emprega um modelo poético distinto do que o leitor encontrará, por exemplo, no Conto do Erudito, de modo que, por isso, optou pelo uso de um dodecassílabo ao invés de um decassílabo. Escolha feliz, pois não só o dodecassílabo comumente se liga a temas nobres com maior frequência que o decassílabo (herança de seu uso pelos parnasianos), como também o poeta consegue em muitos desses dodecassílabos adicionar uma fluência e uma agilidade que impedem que a leitura destes versos seja truncada. No primeiro verso, por exemplo, note as elisões internas, note o uso do "e" agilizando a leitura e note, em específico, a maneira com que essa agilidade ligada à descrição dos sentimentos que o rei nutria, assoberbados, é contraposta à maneira amputada com que, no sexto verso da estrofe, o mesmo procedimento é usado: "e urra, e corre, e berra". É preciso uma consciência poética muito aprimorada para se lançar mão de instrumentos poéticos assim, que potencializam a mensagem retratada e guardam, intacto, vocês já sabem o quê.

Chaucer, o homem que ri.
 
Última edição por um moderador:
Vi esse lá na lista do Mav e empolguei, fortes chances de incluí-lo nas metas para esse ano. Essa tradução da Penguin tá saindo por menos de 40 reais na Amazon, e lembrando também que há a edição da 34. Edição bilíngue, com tradução do Vizioli.

sendbinary2.asp


Redigidos por Geoffrey chaucer entre 1386 e 1400, Os Contos de Canterbury são o primeiro grande clássico da literatura mundial composto em língua inglesa e provaram ser, ao longo do tempo, fonte recorrente de inspiração para autores tão diversos como William Shakespeare, James Joyce e Pier Paulo Pasolini, que o adaptou para o cinema.
Com uma estrutura análoga ao Decameron, de Boccaccio, mas sem nada dever à obra do italiano, aqui trinta peregrinos (entre os quais se inclui o próprio autor) partem em romaria para a catedral de Canterbury e durante a viagem contam, cada um à sua maneira, uma história para entreter o grupo. O conjunto das narrativas forma um panorama extremamente vivo dos gêneros cultivados na época - o romance de cavalaria, o poema heroico-cômico, a fábula, as legendas dos santos e a narrativa popular, com tons que vão do cômico ao sublime, do tratado moral à pura malícia e picardia.
A partir dessa multiplicidade de registros e situações, Chaucer compôs um conjunto coeso que casa com perfeição os discursos com a profissão e a personalidade de quem narra, criando um jogo de espelhos entre as histórias que ilumina de maneira fascinante as diversas facetas da vida medieval.
A presente edição, bilíngue, traz a premiada tradução em prosa de Paulo Vizioli, realizada diretamente a partir do original em inglês médio, além de notas e uma esclarecedora introdução do tradutor sobre Chaucer e o contexto histórico de sua obra. Complementam o volume notas adicionais e um posfácio redigidos por José Roberto O'Shea, professor-titular de literatura inglesa da UFSC, e as xilogravuras realizadas para a primeira edição ilustrada do livro, impressa por William Caxton em 1483.
 
Tava conversando com o Lufe, mais cedo, e o assunto desembocou nesta edição de Contos da Cantuária. Fiquei surpresa quando o Lufe mencionou que o Mavz tinha criado um tópico sobre o livro, para a tradução em questão, de modo mais específico, por aqui, porque eu realmente amo Contos da Cantuária, mas não fazia ideia da existência dessa edição (eu sou lerda, cês sabem). Agora, ela já está na listinha de livros que pretendo comprar.
 
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Tinha esgotado a edição da Penguin/Cia e andavam cobrando os olhos da cara em sebos. Agora está disponível a um preço módico, na loja do Mr. Bezos. Não deixem de aproveitar.
 

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