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Notícias Cuidado: se você viajar para o exterior, o Google apagará seus livros

Ana Lovejoy

Administrador
Em 2009, em uma ironia absolutamente deliciosa todo mundo que comprou 1984 e Revolução dos Bichos na Amazon, em versão para o Kindle, descobriu que o livro havia sumariamente desaparecido de seus e-readers. Sem traço de sua existência, apagados, deletados, obliterados.

A Amazon explicou que os livros haviam sido disponibilizados por uma empresa que não tinha direitos de distribuição. Versões de Harry Potter também desapareceram. Todo mundo entende que eram casos de pirataria, mas a própria idéia de que a empresa pode acessar remotamente seu Kindle e apagar um livro é assustadora.

Agora esse temor se concretizou, via Google.

O mercado de música e filmes é uma zona. Há toneladas de licenciamentos, o que impede um espectador no Brasil de assinar o Netflix dos EUA, por exemplo, mas há um consenso que em mídias físicas vale tudo. Mesmo com Region Code, ninguém vai te impedir de entrar em uma loja em Miami e comprar um DVD, nem de embarcar com ele pra o Brasil. Com livros muito menos.

As licenças envolvem traduções, mas livrariam sempre venderam livros em língua estrangeira, geralmente cobrando o famigerado dólar-livro. Com o digital, ao invés de manter a estrutura vigente ou flexibilizar, parece que o Google está apertando o cerco.

Foi o que descobriu Jim O’Donnell.


Em uma viagem para Singapura, abriu o app do Google Play Books sem seu iPad, para ler um pouco. O app avisou que tinha atualizações. Ele deixou que fossem instaladas. Feito isso, ela simplesmente apagou os 30 ou 40 livros que ele tinha armazenados.

Achando que fosse algum problema de atualização, Jim tentou baixar de novo alguns títulos. Não conseguiu. A aplicação reconheceu que ele estava em um país onde não havia serviço de venda de livros no Google Play, então ele não estava licenciado para abrir os arquivos que havia comprado. NEM poderia baixar de novo, a não ser quando voltasse aos EUA.

O suporte não ajudou em nada, ele acabou apelando pro archive.org e achou uma cópia do livro de referência que precisava. Baixou sem crise de consciência, afinal já havia pago por ele.

Se isso for uma hagada do estagiário super-zeloso, tudo bem, mas se for uma política oficial, será muito prejudicial ao Google Play como loja de conteúdo digital. Ou é locação ou é venda. Não dá pra ser os dois. Principalmente, se vai se tornar realidade esse retrocesso, se livros serão tratados como episódios de séries, que isso seja muito bem explicado para o consumidor, que então não gastará dinheiro com lojas que pratiquem esse absurdo.


fonte
 
Meio surreal isso. Tipo, já entendemos que não existe direito de propriedade com ebooks. Você não pode emprestar (até pode, mas o esquema é meio ridículo) ou revender. Só que não deixar nem ler o que você comprou é sacanagem. Só não entendi a colocação do Cardoso: "Ou é locação ou é venda. Não dá pra ser os dois". Acho que não é nenhum dos dois, né?

Fodas são os comentários do tipo "é por isso que fico com o pirata". Não, né? É por isso que você deveria comprar o livro de papel. Se acha injusta a política dos ebooks, a solução é voltar pro papel e não piratear.
 
Última edição:
O que me choca é o fato deles controlarem tudo, nessa era digital ninguém tem nenhuma privacidade.
O homem hoje está sozinho mesmo não estando, o futuro é esse.
 
O que me choca é o fato deles controlarem tudo, nessa era digital ninguém tem nenhuma privacidade.
O homem hoje está sozinho mesmo não estando, o futuro é esse.

tem outro aspecto que me emputece sobre essa questão da "propriedade". quer dizer, se eu pago 9,90 em uma edição digital de um livro, e a edição impressa custa 29,90, eu penso "uou, é mais barato". mas se for pensar bem, NÃO É. porque 9,90 é o valor de um empréstimo sem data de devolução, mas ainda assim um empréstimo. é tipo chegar numa locadora e pagar 20 por um filme que você terá que devolver depois do final de semana. se vão seguir tratando arquivo digital como empréstimo, então o preço tem REALMENTE que ser mais baixo.
 
Por essas e outras, não estou me animando a ingressar nessa onda.
E não está me fazendo falta.
 
tem outro aspecto que me emputece sobre essa questão da "propriedade". quer dizer, se eu pago 9,90 em uma edição digital de um livro, e a edição impressa custa 29,90, eu penso "uou, é mais barato". mas se for pensar bem, NÃO É. porque 9,90 é o valor de um empréstimo sem data de devolução, mas ainda assim um empréstimo. é tipo chegar numa locadora e pagar 20 por um filme que você terá que devolver depois do final de semana. se vão seguir tratando arquivo digital como empréstimo, então o preço tem REALMENTE que ser mais baixo.

Inclusive pq, se em bom estado, vc ainda pode vender a versão impressa pra sebos. Ou trocar na internet mesmo naquele site de trocas/vendas. No final, a versão digital sai bem mais cara mesmo.
 
E eu que nem sabia dessa história, que os livros são "emprestados"?

Agora só compro e-books que não me farão falta se perdê-los.
Caso goste muito de algum, compro a versão impressa na primeira promoção do subimarinu oportunidade que aparecer. :dente:
 
Comprei meu Kindle e passei a semana toda feliz comprando livros...

Pra isso? Really? Oh man, its a trap
 
Sei lá, Ecthelion, acho que não. Quer dizer, depende muito do perfil do leitor. Tipo, se você realmente costuma vender ou trocar livros, então eu concordo. Caso contrário, os ebooks continuam valendo mais a pena. É meio difícil afirmar isso com total certeza pq eu ainda não nenhuma pesquisa de preço séria (ou seja, considerando algumas centenas de livros).

Tecnicamente você sempre pode copiar os arquivos dos livros para o computador, né? Não estou dizendo que esse seja o correto, mas não acho que exista algum impeditivo tecnológico para isso.

No mais, eu concordo com a Ana. Os direito de propriedade sobre os ebooks são porcamente definidos. Eu entendo que a Amazon quer coibir a pirataria a todo custo, mas o direito mínimo que um proprietário de ebook deveria ter é o de ler o livro quando e onde quiser. Outros direitos, como o de emprestar ou vender, podem até ser debatidos, mas não o de livre leitura.
 
Sei lá, Ecthelion, acho que não. Quer dizer, depende muito do perfil do leitor. Tipo, se você realmente costuma vender ou trocar livros, então eu concordo. Caso contrário, os ebooks continuam valendo mais a pena. É meio difícil afirmar isso com total certeza pq eu ainda não nenhuma pesquisa de preço séria (ou seja, considerando algumas centenas de livros).

Tecnicamente você sempre pode copiar os arquivos dos livros para o computador, né? Não estou dizendo que esse seja o correto, mas não acho que exista algum impeditivo tecnológico para isso.

No mais, eu concordo com a Ana. Os direito de propriedade sobre os ebooks são porcamente definidos. Eu entendo que a Amazon quer coibir a pirataria a todo custo, mas o direito mínimo que um proprietário de ebook deveria ter é o de ler o livro quando e onde quiser. Outros direitos, como o de emprestar ou vender, podem até ser debatidos, mas não o de livre leitura.
Quem defende a pirataria diz exatamente isso.
 
Interessante. Quem defende a pirataria diz exatamente que você sempre pode copiar os arquivos que você comprou legalmente na Amazon para o seu computador? Sim, pq eu não falei "baixar os arquivos", mas "copiar os arquivos". Acho que houve alguma falha de comunicação, né? :D

Aliás, isso que eu falei é considerado pirataria? Eu acho que não. Até onde eu entendi, quando você compra e baixa um livro na Amazon, o arquivo possui algum mecanismo (sou noob, não manjo dessas putarias) que permite ser usado em apenas um Kindle específico. Só que aparentemente não existe nenhum problema em fazer o backup.
 
Interessante. Quem defende a pirataria diz exatamente que você sempre pode copiar os arquivos que você comprou legalmente na Amazon para o seu computador? Sim, pq eu não falei "baixar os arquivos", mas "copiar os arquivos". Acho que houve alguma falha de comunicação, né? :D

Aliás, isso que eu falei é considerado pirataria? Eu acho que não. Até onde eu entendi, quando você compra e baixa um livro na Amazon, o arquivo possui algum mecanismo (sou noob, não manjo dessas putarias) que permite ser usado em apenas um Kindle específico. Só que aparentemente não existe nenhum problema em fazer o backup.

o problema é quebrar o drm, que pelos termos da amazon é ilegal. estou falando de amazon, que é onde comrpo, mas eu tb sou noob e não manjo dessas paradas, porém, acho que é através do drm que eles conseguem acessar seu arquivo. então não adianta copiar no seu computador como um backup, pq se eles quiserem apagar um determinado livro, tão logo vc coloque sua cópia-backup no seu leitor, ela será reconhecida e apagada. no final das contas o problema persiste: enquanto lojas como a amazon trabalharem com conceitos que no final das contas indicam que você não comprou, mas "emprestou" um livro deles (ou seja, enquanto por contrato estiver ok para eles simplesmente apagarem um livro pelo qual você pagou), não tem outra solução legal para manter em sua biblioteca o que você comprou.

mas não defendo a ideia do "oba, então vamos só piratear" porque apesar de tudo, ainda vale a pena comprar ebooks, sim: é garantia de que o material virá bem formatado, que você lerá o texto original sem alterações ou, caso compre no brasil, uma tradução feita por profissional. mas o que o dermeister mesmo comenta em casos como esse, o negócio é ir quebrando drm mesmo, caso um livro seja muito importante/especial para você.

em outras notícias, seguindo no caminho oposto do google e de outras empresas que só estão fazendo babaquice quando o assunto é e-book, nesta semana li uma notícia bem legal: uma editora lá nos estados unidos está dando a edição digital do livro de graça para quando você compra a edição impressa. vai que dá certo e vira moda, né.
 
Interessante. Quem defende a pirataria diz exatamente que você sempre pode copiar os arquivos que você comprou legalmente na Amazon para o seu computador? Sim, pq eu não falei "baixar os arquivos", mas "copiar os arquivos". Acho que houve alguma falha de comunicação, né?
Vc não falou a parte do comprar legalmente. :dente:

O que vc falou foi:
Tecnicamente você sempre pode copiar os arquivos dos livros para o computador, né? Não estou dizendo que esse seja o correto, mas não acho que exista algum impeditivo tecnológico para isso.
Isso um produto pirata pode fazer.

Entenda, não sou a favor de pirataria, só estava esclarecendo o seu discurso.
 
em outras notícias, seguindo no caminho oposto do google e de outras empresas que só estão fazendo babaquice quando o assunto é e-book, nesta semana li uma notícia bem legal: uma editora lá nos estados unidos está dando a edição digital do livro de graça para quando você compra a edição impressa. vai que dá certo e vira moda, né.

Pow, isso que eu sempre pensei! É bom porque às tem um livro que eu quero ler e ter, mas é muito grande (ou chique demais, hehe - exemplo do guerra e paz da cosac) que eu não queira levar pra algum lugar (como uma viagem ou pra faculdade - pra ler no trem - etc)... Aí dando o ebook de graça se eu já paguei pela versão física iria ser demais mesmo XD
 
Tava lendo um artigo sobre essa notícia que a Ana postou e encontrei o seguinte comentário:

Eu continuo achando imoral ter que pagar 2 vezes pelo mesmo produto, especialmente livros. Por isso que procuro em fontes alternativas os ebooks de livros que eu possuo fisicamente e queira ler no Kindle do celular, com base no preceito do fair use.

Será que é o mesmo produto mesmo? Então quer dizer que se tenho um filme em VHS, é imoral que eu tenha que pagar pelo DVD ou pelo Bluray? Não faz muito sentido.
 
também não acho que seja a mesma coisa, até porque outros profissionais trabalharam para fazer a versão eletrônica (o que implica em novos custos). se fosse assim tão simples já existiria ebook de todos os livros já publicados até hoje, o que não acontece - volta e meia busco um título e fico QUEEEE, NÃO TEM PRA KINDLE AINDA?? hehe

enfim, só acho que querem arrumar desculpa para pirataria.
 

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