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"Perigo comunista" leva famílias às ruas

Morfindel Werwulf Rúnarmo

Geofísico entende de terremoto
Em São Paulo, cerca de 50 pessoas defenderam a volta dos militares ao poder: "cansei de esperar, militares já"

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Na avenida Paulista, em São Paulo, manifestantes pedem a volta dos militares ao poder​

O comunismo está chegando e é um perigo para o Brasil. Pelo menos segundo os cerca de 50 manifestantes que ocuparam parte da avenida Paulista, em São Paulo, na noite de quarta-feira 10, para pedir uma intervenção militar capaz de conter o “perigo vermelho”.

Organizada pelo Facebook, a “Marcha da família com Deus, em defesa da vida, da liberdade, da pátria e da democracia, contra o comunismo” buscou inspiração em 1964. Em março daquele ano, uma série de manifestações públicas com o nome Marcha da Família com Deus pela Liberdade ocorreu antes da derrubada do então presidente da República, João Goulart. Diferentemente do que ocorreu há 49 anos, o movimento de quarta-feira não atraiu grandes massas. A histeria, entretanto, era a mesma.

O protesto era puxado por um carro de som adornado com faixas cujo alvo preferencial era o Foro de São Paulo, idealização esquerdista do PT e de Fidel Castro, constituída em 1990 como resposta ao neoliberalismo que grassava na América Latina. Na trilha sonora do protesto, o hino nacional e o hino à bandeira. Do alto do carro, um homem liderava a manifestação em tom indignado.

Ao chegar em frente ao prédio da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo, o locutor se exaltou. Lembrou que a Fiesp contribui para financiar campanhas eleitorais e deu seu recado: "Vocês também vão dançar com o comunismo aqui". Na rua, os manifestantes tentavam acompanhar o tom do líder e gritavam palavras de ordem na tentativa de fazer os colegas aderirem: “Fora Eike Batista”, “Fora Paulo Skaf”.

O coro que ganhou força, entretanto, foi o mote da manifestação, entoado pelas pessoas que seguravam uma grande bandeira do Brasil. “Cansei de esperar, militares já”, gritavam, aplaudidos por um homem no carro de som com o cartaz “socorro Forças Armadas”.

A democracia não parecia ser uma preocupação da manifestação de quarta-feira. Um pequeno grupo foi hostilizado pelo puxador do carro de som ao gritar “de-mo-cra-cia” em resposta à faixa "Fora Dilma! PT nunca mais! Queremos os militares novamente no poder". Depois, uma manifestante convenceu um colega a não dar entrevista para a reportagem de CartaCapital. “Você sabe muito bem por quê”, disse ao ser questionada.

Outros resolveram falar. Um homem de Brasília, com seus 50 anos, que caminhava atrás de duas garotas e um rapaz com coletes pretos, estampados com caveiras com a inscrição CCC (Comando de Caça aos Comunistas), preferiu não se identificar. “O comunismo é um perigo em qualquer lugar, foi no mundo todo e vai ser aqui também”, disse. “Basta ver o que o governo do Distrito Federal está fazendo com as famílias, está destruindo as famílias, e o primeiro passo do comunismo é destruir a família”. Como assim? “Você põe a criança na creche, a creche educa até os três anos, depois vai para a escola de tempo integral e aí a educação fica por conta do Estado, o Estado não tem que educar ninguém”.

Segundo este entrevistado, o governo federal tem “projetos semelhantes” ao do Distrito Federal, e o golpe militar só deve vir caso a ordem “esteja totalmente corrompida”. “Acho que infelizmente estamos bem perto disso, pois o Congresso já não tem moral, a presidente está negociando com adolescente e perde a discussão”.

No fim da marcha, Lucas de Carvalho, de 33 anos, caminhava calmamente enquanto conversava com outra pessoa. Carvalho é diretor da Frente Integralista Brasileira, movimento fundado no Brasil na década de 1930 por Plínio Salgado, um admirador do líder fascista Benito Mussolini. Apesar dos chamados para os militares voltarem ao poder, Carvalho nega que as pessoas na marcha tivessem essa intenção. “Os militares assegurariam uma transição, como ocorreu agora no Egito”, afirma. “Era isso que deveria ter acontecido em 1964, só que a transição demorou muito tempo”.

Como integralista, diz Carvalho, ele tem “contato com os militares”, e avalia que hoje não há risco de uma intervenção no País. “O Brasil não tem risco de ditadura, o maior risco, e que ainda é muito distante, é de que haja um movimento mais autoritário na linha marxista”, diz. Para Carvalho, o marxismo influencia todos os partidos brasileiros na atualidade e “nem o Democratas é de direita”. “Todos representam um único partido com facções diferentes e por isso a democracia atual é uma falsidade”, diz. “Estamos longe [do golpe comunista], mas há sinais e desconfianças de que seguimos nessa direção e são essas desconfianças que move a gente aqui”.

Fonte
 
Do jeito que a coisa tá, o "pobrema" parece não estar em denominações, e sim em PESSOAS. Os partidos mudam, a "safadarnagem" continua. A mudança deveria iniciar na própria mentalidade do povo, pra depois saber escolher os governantes.

E o povo que pede issaí, certeza que não viveu os "anos de chumbo" no Brasil. Eles que perguntem pros pais deles pra ter uma ideia do que foi.
 
Não tem golpe nem nada minimamente aproximado a isso no Brazil, isso é delírio. É como esquerdistas acusando outros de 'fascistas'. É patético. E um triste atestado do baixíssimo nível da discussão política nesse país, e da péssima qualidade dessa nossa direita, principalmente conservadores.

Mas é já um bom sinal de que a condenação às manifestações está virando pó e no futuro poderemos ver crescer uma maior consciência e ativismo político da nossa direita conservadora. Isso é um bom sinal, principalmente para quando progressistas vierem balançando a piroca com descriminalização do aborto, casamento gay etc.

Quem sabe se no futuro não poderemos ressuscitar a Marcha com Deus pela Família e Liberdade?

Ô glória!

Que Deus ouça essas preces!

Mas multidão na rua por causas conservadoras? Duvido e faço pouco. A qualidade da maioria do povo brasileira é cousa muitíssimo mais degenerada que em 1964.
 
Última edição por um moderador:
Mas, Paganus, os conservadores não precisam das ruas para defenderem suas causas. Eles possuem a imprensa, que cumpre muito bem o seu papel, além das Igrejas, escolas e até sindicatos (que mesmo com as manifestações de ontem perderam há muito seu viés combativo, atacando apenas causas pontuais). Tudo trabalha pra manutenção do status quo. Tudo trabalha pro cidadão de bem, por Deus, pela Família e pela Liberdade. A ideologia é burguesa, não há perigo. Mesmo o governo buscando linhas mais progressistas, o caminho é tortuoso, tanto pela representação elitista do Congresso Nacional, quanto pela doação empresarial aos partidos políticos, incluindo o PT - pelo qual tenho certa simpatia, mas a crítica tem que ser feita - que depois cobram a fatura em medidas, licitações e etc.
 
Acho que o Paganus se refere a um tipo de conservadorismo esclarecido, em vez desse imbecilizante que temos hoje, uma caricatura apropriada pelos próprios ditos "conservadores".

Obs.: E olha que eu não concordo com o nosso querido padre, mas entendo que haja uma insatisfação entre aqueles que se guiam por uma dita orientação que se quer "normativa" mas que veem seus ideais sendo deturpados por gente que mal compreende a própria agenda que diz seguir - crítica que cabe a certos partidos liberais, por exemplo...
 
Última edição:
Re: "Perigo comunista" leva famílias às ruas

Mas, Paganus, os conservadores não precisam das ruas para defenderem suas causas. Eles possuem a imprensa, que cumpre muito bem o seu papel, além das Igrejas, escolas e até sindicatos (que mesmo com as manifestações de ontem perderam há muito seu viés combativo, atacando apenas causas pontuais). Tudo trabalha pra manutenção do status quo. Tudo trabalha pro cidadão de bem, por Deus, pela Família e pela Liberdade. A ideologia é burguesa, não há perigo. Mesmo o governo buscando linhas mais progressistas, o caminho é tortuoso, tanto pela representação elitista do Congresso Nacional, quanto pela doação empresarial aos partidos políticos, incluindo o PT - pelo qual tenho certa simpatia, mas a crítica tem que ser feita - que depois cobram a fatura em medidas, licitações e etc.

Nada mais longe da verdade. Conservadorismo, pelo menos no sentido verdadeiro, nada tem a ver com 'status quo'. E se o status quo for uma merda? Se cousas como liberalidade sexual, liberalismo econômico, amoralismo se tornam comuns, dominantes, seja entre a intelligentsia, seja entre o povão, não se pode falar de uma sociedade que um verdadeiro conservador queira conservar. Evola trata amplamente disso em 'Men Among Ruins', um de seus livros mais polêmicos, exatamente por colocar que no Kali Yuga, uma era de degenerescência espiritual como a nossa não se deve falar mais de conservar tradições, porque não há mais o que conservar. Deve-se recriar tradições. Deve-se fazer a revolução conservadora. Aliás, basta procurar por nomes como Enrst Jünger para saber do que se trata tal revolução, tal novo posicionamento.

A nossa imprensa não é conservadora, a não ser que você esteja falando de conservadorismo no sentido mais moralista e economicista do termo, e ainda assim erra o alvo. Nossa imprensa é liberal. Plim Plim! Nossas Igrejas são liberais. Quer maior defensor do liberalismo que as igrejas neo-pentecostais? E o que a Igreja Católica senão um campo de embate entre liberais e marxistas? Os sindicatos, como diversas formas de democratismo representativo e ativista que são, além de projeções do globalismo imperialista? São liberais até os ossos, são espiritualmente baluartes da ideologia burguesa! Roma é burguesa, os protestantes são burgueses, nossa imprensa inteira e até a nossa esquerda mais 'moderada' é confessadamente burguesa! Até nossos 'conservadores' são burgueses, mas isso não é conservadorismo verdadeiro. Isso não é Tradição.

Enquanto esses conservadores não perceberem que seu inimigo não é o 'marxismo cultural', o 'comunismo', mas o espírito que este encarna, e que este espírito é igualmente anti-tradicional no capitalismo em todas as suas formas, da ideologia burguesa mais retrógrada até ao mais avançado entreposto liberaloide puxa-saco do Império Americano.

Em resumo, o tradicionalismo é tão anti-liberal, anti-burguês, anti-capitalista quanto é anti-marxista. Ele é anti-moderno por excelência.

Conservadores poderiam tentar aprender algo com isso, com a forma que o mundo que eles tanto criticam foi criado por eles, e que o marxismo nada mais é que uma reação ao capitalismo imperialista, à sociedade burguesa que assassinou o mundo verdadeiramente conservador.
Do contrário nada mais restará para lutarem exceto pela sociedade burguesa.
 
Re: "Perigo comunista" leva famílias às ruas

Nada mais longe da verdade. Conservadorismo, pelo menos no sentido verdadeiro, nada tem a ver com 'status quo'. E se o status quo for uma merda? Se cousas como liberalidade sexual, liberalismo econômico, amoralismo se tornam comuns, dominantes, seja entre a intelligentsia, seja entre o povão, não se pode falar de uma sociedade que um verdadeiro conservador queira conservar. Evola trata amplamente disso em 'Men Among Ruins', um de seus livros mais polêmicos, exatamente por colocar que no Kali Yuga, uma era de degenerescência espiritual como a nossa não se deve falar mais de conservar tradições, porque não há mais o que conservar. Deve-se recriar tradições. Deve-se fazer a revolução conservadora. Aliás, basta procurar por nomes como Enrst Jünger para saber do que se trata tal revolução, tal novo posicionamento.

A nossa imprensa não é conservadora, a não ser que você esteja falando de conservadorismo no sentido mais moralista e economicista do termo, e ainda assim erra o alvo. Nossa imprensa é liberal. Plim Plim! Nossas Igrejas são liberais. Quer maior defensor do liberalismo que as igrejas neo-pentecostais? E o que a Igreja Católica senão um campo de embate entre liberais e marxistas? Os sindicatos, como diversas formas de democratismo representativo e ativista que são, além de projeções do globalismo imperialista? São liberais até os ossos, são espiritualmente baluartes da ideologia burguesa! Roma é burguesa, os protestantes são burgueses, nossa imprensa inteira e até a nossa esquerda mais 'moderada' é confessadamente burguesa! Até nossos 'conservadores' são burgueses, mas isso não é conservadorismo verdadeiro. Isso não é Tradição.

Enquanto esses conservadores não perceberem que seu inimigo não é o 'marxismo cultural', o 'comunismo', mas o espírito que este encarna, e que este espírito é igualmente anti-tradicional no capitalismo em todas as suas formas, da ideologia burguesa mais retrógrada até ao mais avançado entreposto liberaloide puxa-saco do Império Americano.

Em resumo, o tradicionalismo é tão anti-liberal, anti-burguês, anti-capitalista quanto é anti-marxista. Ele é anti-moderno por excelência.

Conservadores poderiam tentar aprender algo com isso, com a forma que o mundo que eles tanto criticam foi criado por eles, e que o marxismo nada mais é que uma reação ao capitalismo imperialista, à sociedade burguesa que assassinou o mundo verdadeiramente conservador.
Do contrário nada mais restará para lutarem exceto pela sociedade burguesa.

Paganus, eu usei o termo não no seu sentido "ortodoxo", mas na ideia que traz de se manter privilégios, rechaçando a revolução social.

Mas, enfim, não tenho bagagem sobre tradicionalismo. Tirando alguns posts teus sobre o tema, tô liso. Um dos motivos pelos quais votei no Evola.
 
Re: "Perigo comunista" leva famílias às ruas

Paganus, eu usei o termo não no seu sentido "ortodoxo", mas na ideia que traz de se manter privilégios, rechaçando a revolução social.

Mas, enfim, não tenho bagagem sobre tradicionalismo. Tirando alguns posts teus sobre o tema, tô liso. Um dos motivos pelos quais votei no Evola.

Não é só uma questão de manter privilégios, depende do que se entende pelo termo. Toda ideologia igualitária é anti-tradicional. Mas isso não implica em uma impossibilidade de justiça social mas na existência de hierarquias, com a diferença da sociedade burguesa que esta divide a sociedade por fatores econômicos. Uma sociedade tradicional a divide por parâmetros espirituais.
 
"A tarefa para o conservador é encontrar as fundamentos da existência política concreta, e trabalhar para o re-estabelecimento de um governo legítimo em um mundo que foi varrido e desprotegido por abstrações intelectuais. Nosso modelo final para um fim legítimo é aquele que é dado historicamente, para as pessoas unidas por seu senso de um destino comum, uma cultura comum e uma fonte comum dos valores que regem suas vidas.
[...]
A intelligentsia liberal no Ocidente, como da intelligentsia comunista antigo no Oriente, persistentemente se recusou a aceitar a naturalidade da existência humana. Ele tornou a vida, e em particular da vida política, em uma espécie de experiência intelectual. Vendo a infelicidade do homem, eles se perguntam - o que deu errado? Sonham com um mundo em que um ideal abstrato de justiça será feita realidade. Parece que, para todos lugares, uma única solução, irá resolver os conflitos e restaurar a harmonia em todos os lugares, seja no Pólo Norte ou no Equador. Por isso, a total incapacidade do liberalismo para fornecer uma solução para aqueles que estão aflitos por uma ilegitimidade totalitária.
[...]
Qualquer título verdadeiro de nosso sentimento de legitimidade deve começar a partir do reconhecimento de que a piedade precede a justiça, tanto em nossas vidas, quanto em nosso pensamento, e que, até que tenhamos associado nós mesmos a um lugar e as pessoas, e começar a pensar nos outros como "dos nossos", as exigência da justiça, a superstição de igualdade, são inteiramente sem sentido para nós. Mas esse apego ao lugar e as pessoas não é escolhido: não é o resultado de uma reflexão liberal sobre os direitos do homem, nem é concebido no espírito experimental que é tão importante para o programa socialista. Nascemos para as obrigações da família, e na experiência de nós mesmos como partes de um todo maior. Não reconhecer a prioridade desta experiência é de admitir a premissa maior do pensamento totalitário, que afirma que a existência política nada mais é que um experimento de longo prazo.
[...]
Assim, se quisermos redescobrir as raízes de ordem política, devemos tentar endossar as obrigações não escolhidas e que conferem a nossa identidade política, e se contentar com um pólo, e este, não pode ser governado de Moscou, ou para um habitante das Ilhas Malvinas que ele não pode ser legitimamente governado a partir de Buenos Aires."
 

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