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Notícias Itaú compra Livraria Cultura e faz demissões em massa

JLM

mata o branquelo detta walker
As demissões em massa na Livraria Cultura

Livraria Cultura realiza demissões em massa. Funcionários reclamam das condições de trabalho dentro da empresa e criam uma página no Facebook para manifestar seu descontentamento

Uma série de demissões em massa tem acontecido na Livraria Cultura durante os últimos meses. Só em São Paulo foram 43 funcionários dispensados de uma só vez, sob a alegação de que está realizando uma reestruturação em sua rede, após a aquisição da livraria pelo Banco Itaú. Há duas semanas, a ação se repetiu em Curitiba.


Livraria Cultura realiza demissões em massa; funcionários protestam (Foto: Livraria Cultura)

No dia oito de abril, uma funcionária da sede da capital paranaense, Elisa Carvalho, enviou um e-mail interno endereçado ao presidente da empresa e a todos os colaboradores da rede, com reclamações recorrentes dos funcionários em relação às condições de emprego. Elisa explica que o intuito era expor o que estava acontecendo naquela loja e apontar para esses problemas de maneira que eles não pudessem mais ser ignorados. “Todas as reivindicações eram legítimas, um direito nosso”. No mesmo dia, algumas horas depois, Elisa foi desligada da empresa.

Segundo o ex-vendedor André Lima, que também foi dispensado, o ocorrido foi o estopim para tudo que aconteceu depois. A demissão de Elisa causou mais revolta entre os colaboradores que, assim como ela, também começaram a compartilhar seus pensamentos através de e-mails para toda a rede. A partir de então, ocorreu um efeito dominó e quase todos que se manifestaram foram demitidos. “No início o clima era muito agradável, apesar dos problemas que existem em qualquer empresa. A equipe em sua grande maioria se ajudava, se dava bem, e trabalhar no meio de tantos livros, CDs e DVDs, convivendo com tanta gente bacana e inteligente era muito prazeroso. Fiz amizades que acredito que levarei até o fim da vida”, conta André.¨Mas nesses últimos meses o clima estava horrível, me sentia em plena ditadura militar¨, completa.

A carta escrita por Elisa manifestava as principais revindicações feitas pelos funcionários da Livraria e que, segundo ela, não costumavam ser ouvidas. “Na Loja de Curitiba nos reunimos várias vezes com nossa liderança para discutir esses e outros problemas, mas não surtiu efeito”, afirma.

Os principais problemas apontados na carta se referiam ao salário, considerado baixo demais pelos funcionários. Salário que, segundo Elisa, não correspondia com as exaustivas horas de trabalho e todas as exigências feitas aos funcionários. “Além disso, em nossa carteira de trabalho constava que ganhávamos por faturamento e, apesar de inúmeros pedidos, esse faturamento nunca nos foi mostrado. Tínhamos também problemas relacionados ao banco de horas. Muitas pessoas tinham muitas horas em haver, mas havia uma dificuldade grande para conseguir utilizá-las e os critérios nunca foram claros. Era um direito nosso, mas na hora de concretizar parecia que estávamos pedindo um favor¨, considera .

Já desligada da loja, Elisa critica a relação entre o discurso e a realidade que encontrou na empresa. “A Livraria Cultura foi construída em cima de um discurso que valoriza o ‘poder transformador da informação e da cultura’ e destaca a transparência e moral com que conduzem suas relações comerciais e com seus colaboradores. No entanto, apesar da insistência da empresa em afirmar que seus colaboradores são valorizados, isso não condiz com a prática. Pode ser que isso tenha acontecido, e inúmeros funcionários mais antigos são testemunhas desse tempo, mas isso não acontece mais e o discurso não foi atualizado. No entanto, a imagem da empresa continua intacta”, comenta.

Outros funcionários da loja de Curitiba, também incomodados com a situação, criaram uma página no Facebook para manifestar seu descontentamento. Elisa acredita que compartilhar essas informações é uma questão de cidadania, na medida que faz o público consumidor conhecer de fato as empresas com as quais faz negócio.

(fonte)
 
Caralho, eu gosto da Livraria Cultura. Eu sempre compro meus livros e cds nas lojas. Tenho até o cartão de descontos. E agora, tinha que aparecer o banco Itaú e foder com tudo, a começar pelas demissões. Como pode? O banco já lucra horrores!
 
Que pena. Que triste.

A Livraria Cultura comprada por um banco!!! o_O

Agora entendo os problemas que tive (pela primeira vez em anos!) com umas compras que fiz nos últimos dois meses.

Vai virar uma saraiva da vida, talvez até pior, afinal, o que um banco entende de livros?
O que os banqueiros entendem de cultura?
A cultura de banqueiro é formada por lucro, pressão para atingir metas irreais, estimular funcionários bocós a acreditar que subir a qualquer preço é lindo.

Estou com muita pena do funcionários da Cultura. :osigh:
 
Nossa... que triste.... a Cultura tinha um foco tão diferente das outras livrarias. Lá você encontrava de tudo e todos os tipos de pessoas. Os vendedores eram os mais "diferentes" da sociedade... era muito bacana. Agora.... vai virar uma saraiva chata da vida... :tongue:
 
Caralho, eu gosto da Livraria Cultura. Eu sempre compro meus livros e cds nas lojas. Tenho até o cartão de descontos. E agora, tinha que aparecer o banco Itaú e foder com tudo, a começar pelas demissões. Como pode? O banco já lucra horrores!
E eles só pensam em lucrar mais ainda.

Uma pena.
 
A Cultura vai virar mais uma "megastore" sem sal.... :osigh:
 
Comunicado oficial

Queridos clientes e amigos:

Ninguém joga pedra em árvore que não dá fruto, já diz o antigo ditado.

Quando um negócio cresce, tem mais de meio século de história e vira um empreendimento de sucesso, está inevitavelmente sujeito a isso. Especialmente quando acredita e incentiva uma cultura de estimular a diversidade e sustentar a liberdade de comunicação.

Não seria diferente com a gente.

Sabemos que, nos últimos dias, temos sido alvo de comentários negativos em torno de boatos. Temos o compromisso da transparência com nosso público, por isso, decidimos explicar. Comunicação é feita de gente. As redes sociais estão aí para promover grandes coisas, mudar a forma como as pessoas se relacionam – para o bem e para o mal.

O foco da Livraria Cultura é o bem. Desde 1947. Temos um compromisso com gente. Gente que trabalha, que acredita na nossa empresa, que contribui com nossa história. Gente que gosta de ler, de ouvir boa música, de sorver poesia, gente que ama cultura, gente que se conheceu aqui. Gente que casou aqui (sim, a Livraria Cultura da Paulista foi palco de um casamento ano passado!). Gente como a gente.

Hoje somos mais de 2 mil colaboradores espalhados em 8 capitais. Com tanta gente, em tantos lugares, não conseguimos mais nos comunicar direta e presencialmente como antes – e isso, inevitavelmente, gera ruídos. Vivemos uma mudança cultural até na forma como nos relacionamos. Off-line e online. Todos estamos experimentando modelos muito novos de comunicação e interação, nos ajustando a eles da melhor forma.

Tentamos sempre gerenciar adequadamente qualquer processo de mudança – mas, sujeitos a falhas, nem sempre conseguimos acertar a mão na comunicação deles. Crescemos com a experiência e o aprendizado diários. O que houve foi um ruído, provocado por desligamentos pontuais. Os fatos são estes:

1) Não fomos comprados pelo Banco Itaú.
2) Não realizamos demissões em massa. O que houve foi a substituição de alguns de nossos colaboradores – algo que acontece diariamente em várias empresas em todo o mundo.
3) Sim, cumprimos rigorosamente o que está estabelecido no contrato de trabalho de cada um. Vivemos uma época do pleno emprego, em uma democracia na qual há uma legislação, sindicatos e órgãos fiscalizadores.
4) Até o final deste ano, vamos contratar mais 200 pessoas, abrir novas lojas e investir mais ainda no Brasil.
5) Tentamos administrar as consequências das mudanças da melhor forma, inclusive indo até algumas das lojas explicar o ocorrido e esclarecer os fatos. Também criamos um canal de ouvidoria.

Entendemos que, contra fatos, não há argumentos – e com a verdade dita nenhuma mentira se sustenta.

Em 65 anos de existência, viramos referência no mercado por conta de anos de muito trabalho e suor, nosso e de todos os colaboradores que empregamos. A nossa equipe – e temos muito orgulho disso – é formada por gente da casa, que entrou em cargos menores e cresceu muito. Hoje são diretores, gestores, líderes e colaboradores comprometidos e felizes.

Continuaremos empenhados em fazer da Livraria Cultura um lugar melhor para se trabalhar e frequentar. Queremos, do nosso lado, gente engajada e comprometida que vista a camisa da nossa empresa e nos ajude a melhorar, cada vez mais, prestando um serviço diferenciado que sustentou a nossa reputação através dos anos.

Boatos duram horas. Fatos e história a gente sustenta a vida inteira.

Na dúvida, fique sempre com os fatos.

Um abraço,

Livraria Cultura

Fonte: http://www.livrariacultura.com.br/scripts/home/comunicado.asp
 
Tem os dois lados da história né. Acho que a notícia sobre as demissões em massa já começa errada com esse negócio de que a livraria teria sido comprada pelo Itaú.
Provavelmente a esse respeito eles não mentiriam no comunicado oficial, pois não é algo difícil de ser descoberto, e a imagem da livraria ficaria muito prejudicada caso estivessem mentindo.

Sobre as demissões de fato, aí é outro ponto. É bonitinho a gente achar que as empresas não devem demitir funcionários, mas a realidade não é assim tão bonita. Mesmo uma empresa como a Cultura só vive de lucros, e às vezes é realmente necessário redimensionar o quadro funcional pra cortar custos. Melhor isso que a empresa falir e ir todo mundo pra rua.
 

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