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Angelina Jolie retira os seios

JLM

mata o branquelo detta walker
uma decisão corajosa, mas infelizmente só p quem tem dinheiro.

Com receio de câncer, Angelina Jolie faz cirurgia para retirar os seios

Revelação foi feita em artigo publicado no jornal ‘The New York Times’. Médicos disseram que atriz tinha 87% de chances de ter câncer de mama.

A atriz Angelina Jolie revelou que passou por uma dupla mastectomia preventiva, uma cirurgia para retirada dos seios. A revelação foi feita em um artigo chamado "My Medical Choice", publicado no jornal americano “The New York Times” nesta terça-feira (14).

"Minha mãe lutou contra o câncer por quase uma década e morreu aos 56", diz a atriz no começo do texto. "Ela viveu o suficiente para conhecer seus primeiros netos e segurá-los nos braços. Mas minhas outras crianças nunca terão a chance de conhecê-la e sentir quão amável e graciosa ela era", afirma.

Angelina, de 37 anos, diz que descobriu ter um "defeito" no gene chamado BRCA1. Os médicos disseram que ela tinha 87% de chances de contrair um câncer de mama, e 50% de ter um câncer no ovário.

"Quando soube que essa era minha realidade, decidi ser pró-ativa e minimizar o risco o quanto podia. Tomei a decisão de ter uma dupla mastectomia preventiva", diz a atriz.

"Comecei com os seios, já que meu risco de câncer de mama é mais alto que meu risco de câncer no ovário, e a cirurgia é mais complexa", afirma.

A atriz diz no artigo que passou por cirurgias num intervalo de três meses. "Durante o processo consegui manter isso de forma privada e continuar com meu trabalho", contou.

O processo médico foi iniciado no último dia 2 de fevereiro com a técnica "nipple delay", um tipo de cirurgia plástica "para que a mastectomia não danifique esteticamente o mamilo. Isto causa um pouco de dor e um montão de hematomas, embora aumente as chances de salvar o mamilo".

Ela conta que duas semanas após o começo do processo, fez a principal cirurgia, na qual se extrai o tecido mamário. "A operação pode levar 8 horas. Você acorda com tubos e expansores nos seus seios. Parece uma cena de um filme de ficção científica. Mas dias depois da cirurgia você pode voltar à sua vida normal", afirma.

Nove semanas depois foi feita a operação para reconstrução das mamas com implantes.

"Eu queria escrever isso para contar a outras mulheres que a decisão de fazer uma masteconomia não foi fácil. Mas estou muito feliz de tê-la tomado", diz Angelina. "Minhas chances de desenvolver câncer de mama caíram de 87% para 5%. Posso dizer a meus filhos que eles não precisam ter medo de me perder para o câncer de mama", afirma.

Angelina também conta no artigo a importância da cirurgia para seus filhos. "É reconfortante saber que eles não veem nada que os deixe desconfortáveis. Eles veem minhas pequenas cicatrizes, e nada mais. Todo o resto é apenas a mamãe, do mesmo jeito que sempre foi. E eles sabem que os amo e que eu faria qualquer coisa para ficar com eles por todo o tempo que puder."

A operação deixou apenas pequenas cicatrizes que não chocarão nossos filhos, conta Angelina. "Pessoalmente não me sinto menos mulher. Me sinto mais forte e tomei uma decisão importante que não diminui em nada minha feminilidade", completa.

A atriz também ressaltou que Brad Pitt foi um grande apoio durante todo o processo."Conseguimos encontrar momentos para rir juntos. Sabíamos que era o melhor que podíamos fazer para nossa família e que nos uniria ainda mais. E foi assim que aconteceu".

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A atriz Angelina Jolie em foto de abril de 2013 em Londres (Foto: Reuters)[/FONT]

Angelina Jolie, uma das atrizes mais bem pagas do mundo, lamenta que o teste para detectar a mutação genética BRCA1, assim como a BRCA2, custe mais de US$ 3 mil dólares nos Estados Unidos, "um obstáculo para muitas mulheres".

Ela também espera que seu caso sirva de exemplo para outras mulheres com risco de câncer. A atriz lembra em seu artigo que o câncer de mama mata 458 mil pessoas por ano, de acordo com a Organização Mundial da Saúde, e afirma que o tratamento pelo qual passou será detalhado na página na internet do instituto onde se tratou, o Pink Lotus Breast Center.

"Se escrevo agora sobre isto é porque espero que outras mulheres poderão beneficiar-se de minha experiência", afirmou. "Decidi não manter minha história em segredo porque há muitas mulheres que não sabem que poderiam estar vivendo sob a sombra do câncer. Tenho a esperança que elas, também, sejam capazes de realizar exames genéticos e que, se tiverem um alto risco, saibam que há mais opções."

"A vida está cheia de desafios. Os que não devem nos dar medo são os que podemos enfrentar e podemos controlar", conclui.

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Angelina Jolie ao lado de sua mãe, Marcheline Bertrand, durante a pré-estreia do filme 'Pecado original', em julho de 2001, em Hollywood. Marcheline morreu com câncer aos 56 anos, em 2007 (Foto: REUTERS/Fred Prouser/Files)

(fonte)
 
Última edição:
Precisa de MUITA coragem pra fazer isso. Achei foda a atitude dela de falar abertamente sobre o caso depois.

E de fato, é muito caro ainda pra fazer esse tipo de coisa (os testes e tudo o mais), mas acredito que isso vá baratear no futuro e tornar acessível pra todo mundo.
 
O "bom" dessa noticia é que ela vai levar a questão do cancer de amam, que mata tantas mulheres, para un nivel de debate ainda mais acentuado, e do jeito que ela e o brad Pitt sempre se engajam nesse tipo de "trabalho social", vai ajudar a divulgar a necessidade de exames periódicos.

Mas de qualquer maneira, deve ser muito triste para uma mulher ser mutilada em uma parte do corpo que chama tanta atenção no imaginário social. Alguém sabe se existe chance de o cancer se dsenvolver mesmo com a retirada da mama?
 
Tive uma professora que morreu disso. Ela tbm tirou ambos os seios, mas já estava avançado, infelizmente...

Desejo muita força a ela, mesmo que seja famosa e tenha recursos (mais do que os "meros mortais"), essa barra nunca é fácil...
 
Se antes eu já gostava da Angelina por ela adotar todo mundo agora eu gosto dela mais ainda! :confete:
É muito difícil para uma mulher que passa por algo assim falar abertamente para o mundo todo sobre o assunto.
E ela tomou a decisão certa.. minha mãe teve câncer de mama e foi terrível... ela se recuperou mas aposto que se pudesse fazer esse tipo de procedimento ela teria feito..
 
Uma decisão difícil e corajosa. Angelina Jolie :grinlove: Minha mãe teve que retirar uma mama (mastectomia) para tentar conter a doença, mas infelizmente não deu certo. Enfim, que a Angelina e tantas outras consigam vencer a batalha pela vida.:yep:
 
Entendo as causas e apóio, mas não deixo de lamentar.
Como mulher, afirmo que aqueles seios eram dignos de aplausos, os mais belos seios naturais que já vi. :yep:
 
Entendo as causas e apóio, mas não deixo de lamentar.
Como mulher, afirmo que aqueles seios eram dignos de aplausos, os mais belos seios naturais que já vi. :yep:

uma das coisas mais escrotas que vi rolando na internet foi justamente a gurizada "lamentando" o fato de ela ter tirado os peitos. pq né, tudo o que ela e outras mulheres que terão que passar por uma cirurgia assim precisam é gente falando por aí do que ela perdeu. é tipo chegar pra uma mulher que perdeu a perna e falar "nossa, sua perna era tão linda". puta mau gosto.
 
Bom, no UAI publicaram um texto muito legal sobre a mastectomia preventiva.

Decisão de Angelina Jolie levanta dúvidas sobre mastectomia preventiva, entenda
Especialistas dizem que há alternativas à retirada das mamas e que alteração genética relatada pela atriz corresponde a menos de 10% do total de casos de câncer de mama registrados. Decisão deve ser conjunta e tomada após acompanhamento multidisciplinar


Aos 37 anos, a atriz americana Angelina Jolie revelou ter realizado uma mastectomia (retirada das mamas) dupla e preventiva. Em um artigo publicado nesta terça-feira (14) no jornal New York Times, Jolie conta detalhes do processo que a levou até a decisão, seu histórico familiar – a mãe morreu de câncer aos 56 anos - e da cirurgia em si (veja abaixo).

Qual a sua opinião?

O oncologista Luiz Adelmo Lodi explica que as mutações citadas pela atriz – nos genes BRCA1 e BRCA2 – realmente aumentam consideravelmente a chance de a mulher desenvolver câncer de mama e de ovários e, no caso dos homens, além do câncer de mama, favorece o surgimento do câncer de próstata.

De acordo com João Henrique Penna Reis, presidente da Sociedade Brasileira de Mastologia/Regional Minas Gerais, a mastectomia profilática, ou retirada das mamas, como a realizada por Jolie, pode ser feita em pacientes de alto risco para câncer de mama, mas é uma medida extrema que beneficia um número muito restrito de pacientes.

Além disso, o processo de tomada de decisão – até mesmo para se realizar o exame que identifica a mutação - deve avaliar inclusive a condição psicológica do paciente para lidar com o resultado. “A Sociedade Brasileira de Mastologia entende que sua indicação é muito restrita e deve ser feita por uma equipe composta por mastologista, geneticista, oncologista e psicólogo. Seu benefício se restringe a pacientes com mutações genéticas comprovadas, geralmente identificadas em famílias com vários casos de câncer de mama e de ovário”, explica o médico.

O especialista lembra ainda que o risco apontado pela atriz – de 87% - corresponde aos primeiros estudos em torno dessa mutação genética, nas décadas de 90 e 2000. “Os estudos mais recentes apontam risco de 60 a 65%, que ainda assim é altíssimo, é claro. Mas essa mutação corresponde a uma faixa de 5 a 10% de todos os casos de câncer de mama registrados. Uma mulher norte-americana que não apresenta essa mutação apresenta risco médio em torno de 13 a 14%; e no Brasil estima-se que o risco seja um pouco menor”, pondera Penna Reis.

O presidente da SBM/MG completa que, geralmente, os cânceres decorrentes dessas mutações tendem a ser mais agressivos e aparecem em idades mais jovens. “Quando se identifica a mutação, a retirada das mamas não é a única alternativa. Pode-se considerar três estratégias – vigilância intensa por meio de mamografia, ressonância magnética e ultrassom; emprego de medicamentos de quimioterapia preventiva, como o tamoxifeno, que reduz o risco em 47%; e por fim, a medida mais extrema, que é a retirada das mamas, lembrando que ela reduz muito, mas não elimina completamente as chances de a doença se desenvolver”, explica o presidente da Sociedade.


'Posso dizer a meus filhos que não precisam ter medo de me perder por culpa de um câncer de mama', disse a atriz. Especialistas ponderam que a mastectomia preventina reduz muito, mas não elimina o risco. Alternativas podem ser consideradas
Soraya Zhouri Costa e Silva, mastologista e professora do Departamento de Ginecologia e Obstetrícia da Faculdade de Medicina da UFMG, reforça que, apesar de controverso, o procedimento da mastectomia como prevenção de câncer e mama é estabelecido. “A decisão deve ser tomada em conjunto com os médicos que acompanham o paciente e deve levar em conta que o risco, apesar de em muitos casos diminuir em mais de 90%, não cai a zero”, explica. Outro fator que deve ser lembrado, segundo a mastologista, é que a colocação de implantes em mulheres que passaram pela retirada do tecido mamário, embora seja esteticamente muito satisfatória - inclusive porque, quando feita de forma preventiva, é possível preservar o mamilo -, oferece um risco maior de rejeição e encapsulamento da prótese.

Exame

Sobre o exame para a detecção da mutação genética, a médica explica que existem diversas técnicas, disponíveis tanto nos Estados Unidos quanto no Brasil. É possível realizar um teste que indica presença da mutação, mas que não oferece a precisão máxima e tem custo em torno de R$3 mil. E é possível também realizar um exame que faz a tipagem completa de toda a cadeia do gene, que pode chegar a R$15 mil.

No laboratório belo-horizontino Gene, comandado pelo geneticista brasileiro Sérgio Danilo Pena, é possível realizar alguns dos exames capazes de identificar a mutação nos genes BRCA1 e BRCA2.

Ana Helena Heller, bióloga do Laboratório, explica que o material coletado é o sangue e que são utilizadas duas técnicas – o sequenciamento genético e a técnica MPLA, que analisa deleções (perda) e duplicações na cadeia de DNA. O resultado pode ser negativo, quando não há alterações; e pode ser positivo. No caso de um resultado positivo, o exame aponta se a alteração tem importância clínica. O teste realizado por meio dessas duas técnicas tem custo de R$4.390 reais. “O procedimento só é realizado com solicitação médica e o resultado só pode ser analisado pelo especialista que acompanha o paciente, ciente dos outros fatores envolvidos, como o histórico familiar”, ressalta a bióloga. Ela lembra ainda que, embora os principais genes que conferem alto risco para câncer de mama sejam o BRCA1 e BRCA2, há outros genes associados à doença. Ela destaca que o tema deve ser tratado com bastante cuidado.

Penna Reis explica também que os testes são realizados em parentes que tiveram e que não tiveram a doença. Dependendo do número de pessoas, o custo pode ser diluído. “Ainda assim, é bom lembrar que o resultado é passível de interpretação”, define o presidente da SBM/MG.

Soraya lembra que, nos anos 80, houve o que se pode classificar de 'histeria coletiva' nos Estados Unidos, com um número elevado de mulheres interessadas em fazer a retirada preventiva das mamas, ainda que o risco de desenvolvimento da doença pudesse ser acompanhado ao longo da vida. “Hoje, a postura é menos radical, mas não descarta o controle rígido. Se há mais de um caso de família em parentes de primeiro grau, essa estratégia deve, sim, ser avaliada em conjunto com o médico”, pondera Soraya. “A estratégia de fazer a mastectomia bilateral preventiva é mais dificilmente aceita em uma cultura como a nossa, de fortes raízes latinas. Isso impacta também a demanda pelo exame ”, completa Luiz Adelmo Lodi.

Alertas
Lodi ressalta que, ainda que não seja realizado o exame para verificar a mutação genética, há sinais de alerta que não devem ser ignorados. “Se, na família, há mais de um caso de câncer de mama ou de ovário em parentes de primeiro grau – mãe, filha, irmã – , a paciente deve procurar o mastologista e contar todos os detalhes de seu histórico familiar. Se este caso for cercado do máximo de cuidados, é possível uma detecção precoce que evite a mastectomia bilateral”, completa.

Outra informação importante que ganha mais relevo com este caso – Angelina tem 37 anos – é que, apesar de a política nacional prever a mamografia regularmente a partir dos 50 anos, há várias correntes que já estabelecem a necessidade de ela começar mais cedo, aos 40. “E, se houver um histórico familiar, a estratégia deve ser bem individualizada, uma vez que a doença pode atingir mulheres mais jovens”, destaca o oncologista. Soraya concorda. “A Sociedade Brasileira de Mastologia, que segue as diretrizes da American Cancer Society, também recomenda que o exame seja feito regularmente a partir dos 40 anos”, define.

“Não se recomenda o teste genético em pessoas sem histórico familiar de câncer de mama e de ovário. Para as mulheres em geral, a melhor arma contra o câncer de mama é a mamografia anual a partir dos 40 anos”, define Penna Reis.

'Minha opção médica'
Este é o título do artigo de Angelina Jolie publicado no NY Times nesta terça-feira. Ela explica que tem uma mutação genética, conhecida como BRCA1, que indicava uma probabilidade de 87% de desenvolver um câncer de mama e 50% de chance para o câncer de ovários. A mãe de Angelina, Marcheline Bertrand, morreu de câncer aos 56 anos, após lutar durante dez anos contra a doença."Ela viveu o suficiente para conhecer seus primeiros netos e segurá-los nos braços. Mas minhas outras crianças nunca terão a chance de conhecê-la e sentir quão amável e graciosa ela era", afirma.

A atriz conta que, quando teve a situação confirmada, optou pela “prevenção para minimizar o risco o máximo possível”. Ela começou a estratégia pelos seios pela probabilidade maior de sofrer com a doença. No dia 27 de abril, Jolie concluiu os três meses de preparação para a operação. Segundo a atriz, depois da intervenção, o risco de ter câncer de mama é de apenas 5%. "Posso dizer a meus filhos que não precisam ter medo de me perder por culpa de um câncer de mama", escreve a atriz e diretora, que teve três filhos com Brad Pitt e adotou outros três.

No texto, ela detalha a operação para retirada de tecido mamário e a substituição por implantes temporários: “após 8 horas, você levanta com tubos de drenagem e extensores nos peitos. Parece uma cena de um filme de ficção científica, mas, alguns dias depois da operação, pude voltar à vida normal", lembra. O processo foi realizado com a técnica 'nipple delay', "para que a mastectomia não danifique esteticamente o mamilo. Isto causa um pouco de dor e um montão de hematomas, embora aumente as chances de salvar o mamilo", explica.

Ela utilizou o espaço no jornal para ressaltar o papel de Brad Pitt. "Conseguimos encontrar momentos para rir juntos. Sabíamos que era o melhor que poderíamos fazer e que nos uniria ainda mais", relata. Ela explicou ainda que as cicatrizes não são chocantes e que ela não se sente menos mulher após a mastectomia. “Sinto que estou mais forte e tomei uma decisão importante, que não diminui em nada minha feminilidade", completa a atriz, conhecida por interpretar heroínas e mulheres-fatais no cinema, como a Lara Croft em Tomb Raider. Ela lamenta, no artigo, que o teste para detectar a mutação genética custe mais de US$ 3 mil nos Estados Unidos, o que é um obstáculo para a realização dele para muitas mulheres.

Ela disse ainda esperar que seu caso sirva de exemplo para outras mulheres e que resolveu escrever sobre o assunto porque espera que elas possam se beneficiar de sua experiência. A atriz lembra no texto que o câncer de mama mata 458 mil pessoas por ano, de acordo com a Organização Mundial da Saúde. O tratamento também estará detalhado, em breve, na página do instituto Pink Lotus Breast Center, que atendeu a atriz.

"Eu queria escrever isso para contar a outras mulheres que a decisão de fazer uma mastectomia não foi fácil. Mas estou muito feliz de tê-la tomado", diz Angelina."A vida está cheia de desafios. Os que não devem nos dar medo são os que podemos enfrentar e podemos controlar", conclui a vencedora do Oscar e alta comissária da Organização das Nações Unidas para os Refugiados (UNHCR).

Câncer de mama – é o mais comum entre as mulheres e corresponde a 22% do total de casos a cada ano no Brasil, segundo o Instituto Nacional de Câncer. De acordo com o presidente da Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM), Carlos Alberto Ruiz, a estimativa do Instituto Nacional do Câncer (Inca) prevê mais de 52 mil casos em 2013. As estatísticas demonstram que são mais de 13 mil mortes por ano no Brasil por conta da doença, que já é a segunda maior causa de morte da mulher brasileira, perdendo apenas para doenças cardíacas. O presidente da SBM ressalta que o diagnóstico precoce ainda é o melhor caminho para a prevenção e que a mamografia é o exame mais preciso na identificação dos tumores precocemente. Quando detectado logo no início, 95% dos casos têm chances de cura. A recomendação da Sociedade Brasileira de Mastologia é que ela seja feita anualmente a partir dos 40 anos. Estudos independentes sobre dados obtidos em pesquisas mundiais mostram redução de até 35% na mortalidade pela doença em mulheres entre 39 e 69 anos, como resultado do rastreamento mamográfico. “A detecção precoce também pode levar à preservação dos seios na cirurgia de retirada do tumor”, afirma Ruiz, ressaltando que há muita vida após o câncer de mama.

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Mais uma da série "Sua opinião deveria ficar para você" ou da "WTF"

Angelina Jolie a heroína cretina

Jovem, Angelina Jolie se cortava com navalhas e chafurdava em drogas. Adulta, paga picaretas para anestesiá-la e cortá-la com bisturis. Estrela, em uma década se transmutou de anabólica Mulher Maravilha em Mater Dolorosa. Se arrasta esquálida por tapetes vermelhos e aeroportos, carregando a pobre humanidade, versão multicor de chupeta, embaixatriz da ONU, metade do casal mais famoso do mundo.

Decidiu realizar uma dupla mastectomia preventiva. Explicou os porquês em um artigo para o New York Times. Não existem porquês. Tirar as duas mamas saudáveis é loucura varrida. O texto rescende a sensatez. É macabro. Ela diz que revelou o segredo para inspirar outras mulheres. É irresponsável. O New York Times se rebaixa a pasquim, publicando o texto. Que, como tudo em Hollywood, parece produto de especialistas em relações públicas. E é. Mesmo que o press release seja mesmo de autoria de Jolie.

Angelina conta que carrega mutações no gen BRCA1, que a predispõe ao câncer de mama e ovário. Explica que médicos deram 87% de chance de ter câncer de mama, e 50% de câncer no ovário, em algum momento de sua vida. Um câncer de ovário matou sua mãe, que tinha a mesma tendência genética, aos 56 anos. Para diminuir radicalmente seu risco de ter câncer, Angelina tirou os dois peitos completamente e botou implantes no local.

Entre ricos e famosos cirurgia é o arroz com feijão de cada dia. A própria Angelina já fez várias, mudou de rosto etc. Nasceu com muito a seu favor, mas ninguém nasce perfeito. Tinha narizinho achatado, cara redondinha, uma perfeita polinésia. A busca da perfeição leva à loucura. Que é a única explicação razoável para a decisão da atriz. Seu médico topou fazer? Tem médico que topa qualquer coisa. Médicos de Hollywood transformaram Michael Jackson naquele monstro...

Angelina tem 37 anos e saúde perfeita. Tem 100% de chance de morrer de alguma coisa algum dia. Todos nós carregamos este e aquele gen que nos predispõem a isso e aquilo. Hoje muitos de nós têm acesso a exames que podem detectar essas doenças em seu início, e podemos tratá-las a tempo. Seria desejável que toda a humanidade tivesse acesso a medicina preventiva gratuita. Jolie, milionária, pode pagar os melhores exames e médicos do mundo. Qual a medida racional, em casos como o seu? A maioria dos especialistas recomenda mamografia e ressonância magnética anuais, simples assim. Se o câncer der sinal, dá pra matar no ninho. Jolie decidiu pelo que havia de mais agressivo e invasivo e explosivo.

Câncer de mama é o câncer mais comum entre mulheres. Como evitar? Não há garantias, mas os maiores especialistas em câncer repetem sempre as mesmas recomendações: dieta balanceada, alguma atividade física, pouco álcool, peso adequado à altura e idade, autoexame, mamografia anual. Segundo o Instituto Nacional do Câncer, dos EUA, 98% dos cânceres de mama não têm nenhuma relação com mutação do gen BRCA-1. O exame para detectar o problema custa, lá, três mil dólares. Entre cinco e dez por cento dos casos são hereditários, conforme o grupo étnico (é mais comum entre mulheres nórdicas do que asiáticas, por exemplo). O resto é consequência da vida que a mulher leva. Uma mulher qualquer - você - tem em média 12% de chance de ter câncer de mama em algum momento da sua vida.

Repetem que Jolie tomou sua decisão baseada nos melhores dados científicos. Em seu artigo ela diz: "reconheço que existem muitos médicos holísticos maravilhosos trabalhando em alternativas à cirurgia." Faz parecer que a terapia normal é a mastectomia dupla preventiva, quando é uma aberração, e que as alternativas é que são o resto. E não existe medicina holística. É bruxaria, charlatanismo, e se Jolie reconhece sua eficácia, não tem a menor noção do que é ciência.

Garantem que temos que respeitar e aplaudir sua coragem, leio. Não e não. O que ela fez e escreveu pode e deve ser discutido e contestado. É figura pública, a mulher mais pública do mundo, e usou sua celebridade para influenciar a opinião das mulheres mundo afora. Quantas mulheres com a mesma mutação de Jolie não se sentirão tentadas, ou pressionadas, a seguir o seu exemplo?

Angelina Jolie não tem que ser beatificada. Como toda santa, não existe. É uma construção de relações públicas, é uma atriz. Interpretava o papel da supermulher, Lara Croft, gata valente. Hoje posa como exemplo de mulher perfeita - excelente profissional, mãe dedicada, elegância personificada, desprendimento absoluto, casamento perfeito com o homem perfeito, Brad Pitt. Ah, e agora corajosa combatente do câncer.

O tratamento não era necessário, porque Angelina não estava doente. Sua decisão foi baseada em coisa nenhuma. Sua divulgação da maluquice é péssima influência sobre as mulheres do mundo, com câncer de mama ou não. A recepção da imprensa foi escandalosamente leniente e irresponsável. Angelina é cretina. Mais idiotas são os que a tomam por heroína.

FONTE


:blah::loser: Vai entender..
 
Se Bob Marley tivesse amputado o dedo talvez ele estivesse hoje entre nós. E é triste ver que os comentários mais reacionários apoiando o autor do texto vieram de mulheres. Não se cansaram ainda dos outros dizendo como vocês devem ser ou se comportar?!
 
nossa, eu adorava o andré forastieri quando era adolescente. mas ele anda tão, tão babaca. ficou meio viciado nessa coisa de polêmica pela polêmica. uma pena.
 
Me pareceu aqueles jornalistas que lêem 5 páginas de divulgação cientifica e se acham especialistas.
Jogou um monte de estatísticas, mas que nenhuma delas importa se a Angelina estiver infelizmente inserida dentro dos 2% restantes, dos outros 12%, etc.
Valeria mais ter tentado conversar com os médicos que avaliaram ser essa a medida recomendável para ela e então usar esses argumentos, certamente levaria algumas patadas técnicas dos médicos.
 

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