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Mostra Alexander Sokurov

Spartaco

Anton Bruckner - 200 anos do nascimento
Centro Cultural Banco do Brasil apresenta
ALEXANDER SOKUROV – POETA VISUAL
Uma grande retrospectiva da obra do maior diretor russo da atualidade, autor da Tetralogia do Poder e vencedor do Leão de Ouro em Veneza
São Paulo – 22 de maio a 16 de junho

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Considerado o maior cineasta russo da atualidade, Alexander Sokurov é um autor de uma das mais interessantes e controversas filmografias contemporâneas. A partir de maio, o CCBB apresenta uma grande retrospectiva de sua obra, com 30 filmes. A seleção inclui todos os seus longas-metragens de ficção, entre eles a famosa Tetralogia do Poder – Moloch, Taurus, O Sol e Fausto – e uma seleção de seus documentários, médias e curtas-metragens.

Nascido em 1951 em Podorvikha, Rússia, Sokurov trabalhou como produtor num canal de televisão desde os 19 anos. Em 1974, mudou-se para Moscou e entrou na famosa escola de cinema russa, a VGIK. Apesar de depreciado pelos dirigentes da escola, que consideravam seu cinema antissoviético, conseguiu se formar em 1979. Seu primeiro longa-metragem, A Voz Solitária do Homem (1978) só saiu nos cinemas russos em 1987. Apesar de apresentado tardiamente, chamou a atenção de Andrei Tarkóvski,que afirmou ver em Sokurov um dos “raros gênios do cinema”. A partir dessa amizade, Sokurov conseguiu entrar no segundo maior estúdio russo, o Lenfilm.

Sokurov conseguiu criar um estilo cinematográfico próprio. Perfeccionista, ele vê no cinema, a possibilidade de experimentar com as matérias que são a imagem. Artista plástico do cinema, o diretor se apodera de um lirismo existente na pintura e literatura dos séculos 17, 18 e 19 e aplica a seus filmes, transformando-os em verdadeiras experiências sensoriais, onde a própria natureza é modificada a partir da arte. Sokurov trabalha a arte como instrumento de melancolia.
 
Bruce, você já viu algum viu algum filme dele? O que pode nos dizer.

Vi "A Arca Russa" esses dias na Cultura - é um feito tecnológico/estético bem interessante, pois não há cortes e é uma história "longa" (e esteticamente bela): a história da Rússia. Contudo, tenho para mim que talvez seja o filme mais acessível dele ao grande público. Digo isso porque "O Sol", "Moloch" e "Taurus" (que fazem parte da Tetralogia do Poder) são densos e, apesar da duração média esperada para um filme, remetem muito ao Tarkóvski - que aliás foi amigo/mentor dele. Parece até que tem um documentário do próprio Sokurov sobre isso, e espero assistir na Mostra.

Agora, caso você assista a algum desses filmes citados acima - dizem que o "Fausto" também é assim, mas ainda não vi -, é difícil não pensar na hora no próprio Tarkóvski e também em Peter Greenaway - tem horas em que parecem "quadros vivos", e encantam tanto a fotografia como a combinação com a trilha sonora. Se forem assistir "O Sol", reparem em como as cores tem um tom "oriental" - algo até meio ofensivo, se fôssemos desconstruir a coisa toda. :P Mas "A Arca Russa"... Difícil também não lembrar de "Ludwig" ou "O Leopardo", de Visconti.

Acho que vale a pena conferir a Mostra para ver uma Introdução a Tarkóvski, como eu chamo, rs. Se você tiver medo de enfrentar o grande Andrei, chances há de que Alexander te ajude a superá-lo. Eu mesmo quero ver os documentários e primeiros filmes - e como as cópias que se encontram em DVD no Brasil são de qualidade dúbia, seria interessante ver os masters restaurados.
 
Vi "A Arca Russa" esses dias na Cultura - é um feito tecnológico/estético bem interessante, pois não há cortes e é uma história "longa" (e esteticamente bela): a história da Rússia. Contudo, tenho para mim que talvez seja o filme mais acessível dele ao grande público. Digo isso porque "O Sol", "Moloch" e "Taurus" (que fazem parte da Tetralogia do Poder) são densos e, apesar da duração média esperada para um filme, remetem muito ao Tarkóvski - que aliás foi amigo/mentor dele. Parece até que tem um documentário do próprio Sokurov sobre isso, e espero assistir na Mostra.

Agora, caso você assista a algum desses filmes citados acima - dizem que o "Fausto" também é assim, mas ainda não vi -, é difícil não pensar na hora no próprio Tarkóvski e também em Peter Greenaway - tem horas em que parecem "quadros vivos", e encantam tanto a fotografia como a combinação com a trilha sonora. Se forem assistir "O Sol", reparem em como as cores tem um tom "oriental" - algo até meio ofensivo, se fôssemos desconstruir a coisa toda. :P Mas "A Arca Russa"... Difícil também não lembrar de "Ludwig" ou "O Leopardo", de Visconti.

Acho que vale a pena conferir a Mostra para ver uma Introdução a Tarkóvski, como eu chamo, rs. Se você tiver medo de enfrentar o grande Andrei, chances há de que Alexander te ajude a superá-lo. Eu mesmo quero ver os documentários e primeiros filmes - e como as cópias que se encontram em DVD no Brasil são de qualidade dúbia, seria interessante ver os masters restaurados.

Valeu Bruce pelas informações. Se der, com certeza tentarei assistir algum dos filmes que serão exibidos.
 
Spartaco, vc sabe se a mostra vai passar no CCBB do Rio tbm :D?

Edit: Ah, achei, do dia 7 ao 26 de maio... viu, aqui vai ter a mostra antes do que vocês aí de sp :hihihi: Vou ver se vou...

Bruce, essa tal quadrilogia do poder precisa ser vista na sequência de lançamento dos filmes? Ou são independentes?
 
Última edição:
Bruce, essa tal quadrilogia do poder precisa ser vista na sequência de lançamento dos filmes? Ou são independentes?

Não, eles são independentes. Não sei quanto ao "Fausto", mas os demais são slices of life de três ditadores famosos: Hitler, Hiroíto e Lênin. É interessante ver como ele humaniza/suaviza esses caras - até recentemente o cinema tinha dificuldades em abordar de forma "íntima" tais sujeitos. O filme com Hitler ("Moloch") é o que acho mais soturno. Mas impressiona mesmo "O Sol" (sobre o Hiroíto) - imagino que os japoneses não devem ter gostado muito.
 
Última edição:
Spartaco, vc sabe se a mostra vai passar no CCBB do Rio tbm :D?

Edit: Ah, achei, do dia 7 ao 26 de maio... viu, aqui vai ter a mostra antes do que vocês aí de sp :hihihi: Vou ver se vou...

Gabriel, se você assistir, coloque neste tópico as suas impressões. OK?
 
Pra quem for do Rio, aqui está a programação:

Alexander Sokurov - Cineasta russo, criativo, talentoso e perfeccionista; Seus filmes proporcionam verdadeiras experiências sensoriais. Vai perder?
Começa na terça-feira!

Programação:
Dia 7 de maio (terça-feira)
15h30 A pedra, 84 min, 35 mm, 16 anos
17h30 Fausto, 137 min, 35 mm, 14 anos
20h Pai e ! lho, 94 min, 35 mm, 18 anos

Dia 8 de maio (quarta-feira)
17h Elegia da Rússia, 68 min, digital, Livre
18h30 Mãe e ! lho, 67 min, 35 mm, 16 anos
20h O Sol, 110 min, 35 mm, Livre

Dia 9 de maio (quinta-feira)
16h Arca russa, 99 min, 35 mm, 14 anos
18h Elegia da vida, 101 min, digital, Livre
20h Páginas ocultas, 77 min, 35 mm, 14 anos

Dia 10 de maio (sexta-feira)
13h30 Maria & Elegia de São Petersburgo, 77 min, digital, Livre
15h Salvai e protegei, 168 min, digital, 16 anos
18h Dolorosa indiferença, 110 min, digital, 16 anos
20h Alexandra, 90 min, 35 mm, Livre

Dia 11 de maio (sábado)
13h Elegia moscovita, 88 min, digital, Livre
14h30 Elegia soviética & Uma simples elegia, 60 min, digital, Livre
16h A voz solitária do homem, 87 min, digital, Livre
18h Moloch, 107 min, 35 mm, 16 anos

Dia 12 de maio (domingo)
14h Vozes espirituais (parte 1 & 2), 72 min, digital, Livre
15h30 Vozes espirituais (parte 3), 86 min, digital, Livre
17h30 Vozes espirituais (parte 4), 79 min, digital, Livre
19h Vozes espirituais (parte 5), 90 min, digital, Livre

Dia 14 de maio (terça-feira)
15h Os dias do eclipse, 137 min, digital, 16 anos
17h30 Elegia de uma viagem & Elegia, 74 min, digital, Livre
Sala 2, 19h Salvai e protegei, 168 min, digital, 16 anos
Dia 15 de maio (quarta-feira)
16h30 Vida humilde, 76 min, digital, Livre
18h Alexandra, 90 min, 35 mm, Livre
Sala 2, 20h Elegia da vida, 101 min, digital, Livre

Dia 16 de maio (quinta-feira)
14h A voz solitária do homem, 87 min, digital, Livre
16h Dolce... & Elegia oriental, 106 min, digital, Livre
18h O segundo círculo, 92 min, 35 mm, 14 anos
Sala 2, 20h Maria & Elegia de São Petersburgo, 77 min, digital, Livre

Dia 17 de maio (sexta-feira)
14h30 Con! ssão (parte 1, 2 & 3), 120 min, digital, Livre
17h Con! ssão (parte 4 & 5), 80 min, digital, Livre
18h30 Elegia soviética & Uma simples elegia, 60 min, digital, Livre
20h A pedra, 84 min, 35 mm, 16 anos

Dia 18 de maio (sábado)
16h30 Elegia da Rússia, 68 min, digital, Livre
18h PALESTRA
20h Arca russa, 99 min, 35 mm, 14 anos

Dia 19 de maio (domingo)
12h30 Moloch, 107 min, 35 mm, 16 anos
14h30 Sonata para Hitler (curta) & Taurus, 104 min, digital & 35 mm, 16 anos
16h30 O Sol, 110 min, 35 mm, Livre
18h30 Fausto, 137 min, 35 mm, 14 anos

Dia 21 de maio (terça-feira)
16h Vozes espirituais (parte 1 & 2), 72 min, digital, Livre
18h Dolce... & Elegia oriental, 106 min, digital, Livre
20h Elegia moscovita, 88 min, digital, Livre

Dia 22 de maio (quarta-feira)
16h Vozes espirituais (parte 3), 86 min, digital, Livre
18h30 Vida humilde, 76 min, digital, Livre
20h Sonata para Hitler (curta) & Taurus, 104 min, digital & 35 mm 16 anos

Dia 24 de maio (sexta-feira)
15h Elegia de uma viagem & Elegia, 74 min, digital, Livre
16h30 Vozes espirituais (parte 4), 90 min, digital, Livre
18h Pai e ! lho, 94 min, 35 mm, 18 anos
20h Mãe e ! lho, 67 min, 35 mm, 16 anos

Dia 25 de maio (sábado)
16h Vozes espirituais (parte 5), 90 min, digital, Livre
17h45 Con! ssão (parte 1, 2 & 3), 120 min, digital, Livre
20h O segundo círculo, 92 min, 35 mm, 14 anos

Dia 26 de maio (Domingo)
Sala 2, 13h Dolorosa indiferença, 110 min, digital, 16 anos
Sala 2, 15h Con! ssão (parte 4 & 5), 80 min, digital, Livre
16h30 Páginas ocultas, 77 min, 35 mm, 14 anos
18h Os dias do eclipse, 137 min, digital, 16 anos

Eu não gosto de voltar tarde da cidade, então só queria ir em algumas das primeiras sessões :dente:

To pensando em ir nessa quinta ver Arca Russa. Se for mesmo, depois comento aqui :)
 
Para quem se interessa, uma dica: há um livro sobre a obra do cineasta Aleksándr Sokúrov (Editora Cosac & Naify).

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Além de apresentar o cinema do cineasta russo Aleksándr Sokúrov como uma obra espiritualista da era pré-glasnost, os ensaios do livro traçam um panorama das características estéticas de um cinema que revela, ao questionar, um conceito de montagem diferente daquele praticado pela geração da escola da montagem, fundado, sobretudo, na composição.

Para maiores detalhes tem o link da própria editora:
http://editora.cosacnaify.com.br/Loja/PaginaLivro/10610/Aleksandr-Sokúrov.aspx
 

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