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Autor da Semana Níkos Kazantzákis

Spartaco

Anton Bruckner - 200 anos do nascimento
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Níkos Kazantzákis
(Heraclion, 18 de fevereiro de 1883 - Freiburgo, 26 de outubro de 1957) é geralmente considerado o mais importante escritor e filósofo grego do século XX. É também o autor grego contemporâneo mais traduzido.

Em 1902, muda-se para Atena, onde estudou Direito na respectiva Universidade. Em 1907, transferiu-se para França a fim de estudar filosofia em Paris. Lá é influenciado pelos ensinamentos de Henri Bergson. Na capital francesa, começou uma carreira de escritor e jornalista.

Ao regressar à Grécia, começa a traduzir obras de filosofia e entra em contato com Ángelos Sikelianós. Juntos viajam durante anos pelos lugares em que floresce a cultura greco-cristã, em grande medida influenciada pelo nacionalismo entusiasta de Sikelianós.

Deve-se salientar que Kazantzákis foi um homem de ação tanto quanto um erudito. Um homem de verdade é aquele que resiste, que luta e que não tem medo de dizer não, nem mesmo a Deus, quando necessário (Testamento para El Greco). Sua busca de autenticidade e verdade o levou a atravessar o mundo, percorrendo terrenos perigosos (guerra dos Bálcãs, guerra civil espanhola, revolução russa, revolução chinesa). Ia de país em país, de doutrina em doutrina, abraçando causas que tocavam seu coração. Dentre seus objetos de interesse podemos destacar:


  • A herança grega: Ulisses, Dioniso, Prometeu, Homero, Platão;

  • A especificidade cretense: o capitão Mikhalis (personagem do livro Liberdade ou morte, sobre a rebelião dos cretenses contra o Império Otomano, em 1889), El Greco;

  • A herança cristã: Jesus, São Francisco de Assis, Dante;

  • Personagens que simbolizaram a resistência: Dom Quixote, Fausto.

Além de Bergson e Nietzsche, seu pensamento sofreu influências variadas, que vão de Lênin a Schweitzer e Buda.

A fama e o reconhecimento literário vieram quando as suas obras de foram traduzidas para outras línguas e ganharam as telas de cinema em adaptações de grande projeção, como Zorba, o Grego, que foi publicado pela primeira vez em 1943 e recebeu uma versão cinematográfica em 1964, estrelada pelo ator Anthony Quinn. O filme fez um extraordinário sucesso e deu ao nome de Kazantzákis reconhecimento mundial.

Outra obra de Kazantzákis adaptada para o cinema foi A Última Tentação de Cristo. Publicada em 1948, a obra foi levada às telas em 1998 por Martin Scorsese, causando grande polêmica pelo tratamento humano dado à figura de Cristo. Na época de sua publicação, o romance causou a excomunhão de Kazantzakis.

Em 1956 Níkos Kazantzakis recebeu o Prêmio Internacional da Paz. O escritor foi também tradutor de Dante e Goethe e de outros autores clássicos para o grego moderno.

Em 1957 fez uma viagem à China, onde adoeceu. Foi transferido para Copenhague e depois para um hospital em Freiburgo, na Alemanha, onde acabou falecendo. Seu corpo foi transladado para sua cidade natal, Heraclion, na Ilha de Creta.

"Não tenho nenhuma esperança. Não tenho medo de nada. Sou livre."
Este é o epitáfio do poeta, novelista, dramaturgo e filósofo Níkos Kazantzákis, gravado em seu túmulo.

Obra

Kazantzákis é autor de romances imortais que tratam de temas universais como o amor, a solidão, o pecado, a violência e a hipocrisia. Entre seus principais trabalhos com tradução para o português incluem-se:

  • O Cristo Recrucificado
  • A Última Tentação
  • Zorba, o grego
  • Testamento para El Greco
  • Os irmãos inimigos
  • Toda Raba
  • O Pobre de Deus
  • Ascese - os salvadores de Deus
  • Liberdade ou morte

Fonte:
Wikipédia
http://www.netsaber.com.br/biografias/ver_biografia_c_544.html
http://www.kazantzakis-museum.gr/in...&level=&pre_level=&action=&searchKey=&lang=en
 
Última edição:
"O Cristo Recrucificado" é uma leitura que exibe tanto uma procura introspectiva pela ascese quanto a necessidade de pregar e exercer o Amor, a base da doutrina cristã. Quando o padre estabelece que a protagonista represente Cristo e que os demais encarnem versões de seus contemporâneos - os apóstolos, Barrabás, Maria Madalena -, ficamos supresos com a forma como tais encarnações remetem de fato às figuras representadas e como teria se dado o choque entre a determinação de uma divindade, a missão que Cristo recebeu, e sua dimensão humana, procurando focar-se em seu objetivo. É o ser humano à procura de um Sentido abraçando aquele que lhe é determinado - para o bem ou para o mal, é uma questão de ponto de vista sobre se os frutos de tal empenho valeram a pena esse Sacrifício. Vale muito a pena lê-lo, denso que só.
 
"O Cristo Recrucificado" é uma leitura que exibe tanto uma procura introspectiva pela ascese quanto a necessidade de pregar e exercer o Amor, a base da doutrina cristã. Quando o padre estabelece que a protagonista represente Cristo e que os demais encarnem versões de seus contemporâneos - os apóstolos, Barrabás, Maria Madalena -, ficamos supresos com a forma como tais encarnações remetem de fato às figuras representadas e como teria se dado o choque entre a determinação de uma divindade, a missão que Cristo recebeu, e sua dimensão humana, procurando focar-se em seu objetivo. É o ser humano à procura de um Sentido abraçando aquele que lhe é determinado - para o bem ou para o mal, é uma questão de ponto de vista sobre se os frutos de tal empenho valeram a pena esse Sacrifício. Vale muito a pena lê-lo, denso que só.

Concordo plenamente com você, Bruce. Para mim, dos livros que eu li, O Cristo Recrucificado é um dos melhores do século XX.
 
Conhecia o Nikos só de comentários feitos à obra do Kaváfis (:grinlove:). Mas hoje pus-me a ler um interessante texto com uma tradução de um trecho da Odisseia do Nikos, feito pelo Silvio Somer:

http://www.mafua.ufsc.br/numero18/metafrasis/fragmento_da_odisseia_de_nikos_kazantzakis.html

Deu uma vontade de ler... Creio que o mais próximo disso em língua portuguesa, afora o texto já citado do Silvio, é esse livro, mas não sei se ele apresenta uma tradução da obra. Se bem que o ebook com tradução inglesa tá bem barato.
 
Mavericco, se você puder, vale a pena ler O Cristo Recrucificado. Eu tenho aquela edição da antiga Coleção Imortais da Literatura Universal (Abril Cultural); a tradução dessa obra de Kazantzákis é de Guilhermina Sette.
 
Obrigado pela indicação, Spartaco! Outro que me interessei foi o Ascese. Mas foi mais por duas traduções dele: a do Ivo Barroso e a do José Paulo Paes. Considerando a qualidade dos tradutores, imagino que o texto seja bom!

De todo modo, o Paes tem uma antologia de poetas gregos modernos. De acordo com essa matéria da Saraiva Conteúdo, ele traduziu vários poetas famosos, dentre os quais presumo que o Kazantzakis esteja presente. Assim que meu exemplar chegar eu confirmo pra vocês.

De todo modo, encontrei um artigo sobre a Odisseia do Kazantzakis, feito pela Carolina Dônega Bernardes. Creio que seja a mesma que, nessa postagem no blog do Paulo Coelho, afirma ter um mestrado e um doutorado sobre ele. Seja como for, ela tem também outros artigos que falam sobre a Odisseia kazantzakiana: A Odisséia de Nikos Kazantzakis como potência criadora na modernidade; A aventura incessante de Ulisses: Kazantzakis e José Miguel Silva e Entre a autoria e a redenção: abordagens críticas acerca de Nikos Kazantzakis. Pra quem manja espanhol, o Miguel Castillo Didier, tradutor do poema, tem um artigo também digno de nota: Odisea de Kazantzakis Itaca, punto de llegada y de partida.
 
Mavericco, se você puder, vale a pena ler O Cristo Recrucificado. Eu tenho aquela edição da antiga Coleção Imortais da Literatura Universal (Abril Cultural); a tradução dessa obra de Kazantzákis é de Guilhermina Sette.

Que coincidência! Tenho essa mesma edição. :)
 
Bruce, você também tem essa coleção?

Eu não tenho certeza, mas acho que só tenho esse volume - comprei com uns 16 anos, acho. Talvez eu tenha de outro livro, mas não tenho certeza.

EDIT: Foi mal, Spartaco, mas na verdade a edição que tenho é da "Grandes Romancistas". Contudo, sobre a coleção "Imortais", tenho "Tom Jones", "A Pele" e "Servidão Humana", apenas.
 
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