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O arcebispo sul-africano Wilfrid Fox Napier (foto) defendeu a não punição criminal de pedófilos porque, para ele, a atração sexual por crianças é uma "doença" psicológica.
disse ele em entrevista à Rádio 5, da BBC."[A pedofilia] é uma condição psicológica, uma desordem",
"O que você faz com transtornos? Você tem que tentar consertá-los."
Napier disse que os pedófilos, em sua maioria, sofrem dessa desordem porque foram abusados quando crianças, e esse foi o caso de pelo menos dois padres que ele conhece.
Ele defendeu que a punição só deve ser aplicada quando alguém comprovadamente “normal” cometer o abuso.
As afirmações de Napier, que foi um dos cardeais que escolheram o novo papa, causaram indignação em vítimas de padres pedófilos, de especialistas e de grupos de defesa da criança.
Barbara Dorries, responsável por uma ong de vítimas de padres pedófilos, afirmou que Napier está tentando relativizar o abuso de crianças para atenuar a gravidade do problema dentro da Igreja.
Disse que, a rigor, todo tipo de crime pode ser interpretado como resultado de uma distorção psicológica, mas, independentemente disso, o fato é que o criminoso tem de ser punido pelo que fez.
Falou que discursos como esses por parte de bispos e cardeais “contribuíram muito para que os predadores seguissem em frente, sem serem presos”, acobertados.
O escritor Michael Walsh, que escreveu uma biografia de João Paulo 2º, disse que Napier expressou o mesmo ponto de vista defendido até recentemente por cardeais da Igreja nos Estados Unidos e Reino Unido.
afirmou."Eles [cardeais e bispos] chegaram a acreditar que essa era uma condição que podia ser tratada",
"Assim, muitos bispos simplesmente mudaram o lugar de atuação de seus sacerdotes e tentaram esconder o fato de que eles tinham cometido esses crimes."
Walsh disse que esses bispos e agora o cardeal Napier só se preocupam em proteger os pedófilos, e não as crianças.
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