• Caro Visitante, por que não gastar alguns segundos e criar uma Conta no Fórum Valinor? Desta forma, além de não ver este aviso novamente, poderá participar de nossa comunidade, inserir suas opiniões e sugestões, fazendo parte deste que é um maiores Fóruns de Discussão do Brasil! Aproveite e cadastre-se já!

Autor da Semana Platão

Lynoka

Like a lady, ya!
Platão.jpgimages.jpg

Platão nasceu em Atenas, provavelmente em 427 a.C.cerca de um ano após a morte do estadista Péricles e morreu em 347 a.C. Seu pai, Aristão, tinha como ancestral o rei Codros e sua mãe, Perictione, era descendente de um irmão de Sólon.

Platão (em grego antigo: Πλάτων, transl. Plátōn, "amplo".) foi um filósofo e matemático do período clássico da Grécia Antiga, autor de diversos diálogos filosóficos e fundador da Academia em Atenas, a primeira instituição de educação superior do mundo ocidental. Juntamente com seu mentor, Sócrates, e seu pupilo, Aristóteles, Platão ajudou a construir os alicerces da filosofia natural, da ciência e da filosofia ocidental.Acredita-se que seu nome verdadeiro tenha sido Arístocles; Platão era um apelido que, provavelmente, fazia referência à sua característica física, tal como o porte atlético ou os ombros largos (:hanhan:), ou ainda a sua ampla capacidade intelectual de tratar de diferentes temas, entre eles a ética, a política, a metafísica e a teoria do conhecimento.
A sofisticação de Platão como escritor é especialmente evidente em seus diálogos socráticos; trinta e cinco diálogos e treze cartas são creditadas tradicionalmente a ele, embora os estudiosos modernos tenham colocado em dúvida a autenticidade de pelo menos algumas destas obras. Estas obras também foram publicadas em diversas épocas, e das mais variadas maneiras, o que levou a diferentes convenções no que diz respeito à nomenclatura e referenciação dos textos.
Embora não exista qualquer dúvida de que Platão lecionou na Academia fundada por ele, a função pedagógica de seus diálogos - se é que alguma existia - não é conhecida com certeza. Os diálogos, desde a época do próprio Platão, eram usados como ferramenta de ensino nos tópicos mais variados, como filosofia, lógica, retórica, matemática, entre outros.


As obras de Platão

A obra de Platão é uma jóia da literatura de todos os tempos e um monumento filosófico de valor eterno. As questões postas, dizendo respeito á conduta ética e política dos atenienses, ao seu comportamento como indivíduos e em sociedade, gozam da maior pertinência vinte e quatro séculos depois. A sua finalidade é sempre a busca da verdade por meio da dialéctica.
Na grande maioria dos diálogos, a figura central é Sócrates, que interroga, argumenta e discute com um vasto leque de personagens, na maioria dos casos sofistas ou figuras que representam a estrutura da cidade. Alguns deles são expressamente dedicados ao mestre, quer para contar o processo de que foi alvo e a sua defesa em tribunal (Apologia), quer a sua permanência na prisão (Críton), quer os últimos momentos antes de beber a cicuta (Fédon).

O mito da caverna (também conhecido como alegoria da caverna, prisioneiros da caverna ou parábola da caverna), escrito por Platão, encontra-se na obra intitulada no Livro VII de A República. Trata-se da exemplificação de como podemos nos libertar da condição de escuridão que nos aprisiona através da luz da verdade, onde Platão discute sobre teoria do conhecimento, linguagem e educação na formação do Estado ideal.

Mito da caverna

Imaginemos um muro bem alto separando o mundo externo e uma caverna. Na caverna existe uma fresta por onde passa um feixe de luz exterior. No interior da caverna permanecem seres humanos, que nasceram e cresceram ali.Ficam de costas para a entrada, acorrentados, sem poder mover-se, forçados a olhar somente a parede do fundo da caverna, onde são projetadas sombras de outros homens que, além do muro, mantêm acesa uma fogueira. Pelas paredes da caverna também ecoam os sons que vêm de fora, de modo que os prisioneiros, associando-os, com certa razão, às sombras, pensam ser eles as falas das mesmas. Desse modo, os prisioneiros julgam que essas sombras sejam a realidade.
Imagine que um dos prisioneiros consiga se libertar e, aos poucos, vá se movendo e avance na direção do muro e o escale, enfrentando com dificuldade os obstáculos que encontre e saia da caverna, descobrindo não apenas que as sombras eram feitas por homens como eles, e mais além todo o mundo e a natureza.
Caso ele decida voltar à caverna para revelar aos seus antigos companheiros a situação extremamente enganosa em que se encontram, correrá, segundo Platão, sérios riscos - desde o simples ser ignorado até, caso consigam, ser agarrado e morto por eles, que o tomaram por louco e inventor de mentiras.
Platão não buscava as verdadeiras essências na simplesmente Phýsis, como buscavam Demócrito e seus seguidores. Sob a influência de Sócrates, ele buscava a essência das coisas para além do mundo sensível. E o personagem da caverna, que acaso se liberte, como Sócrates correria o risco de ser morto por expressar seu pensamento e querer mostrar um mundo totalmente diferente. Transpondo para a nossa realidade, é como se você acreditasse, desde que nasceu, que o mundo é de determinado modo, e então vem alguém e diz que quase tudo aquilo é falso, é parcial, e tenta te mostrar novos conceitos, totalmente diferentes. Foi justamente por razões como essa que Sócrates foi morto pelos cidadãos de Atenas, inspirando Platão à escrita da Alegoria da Caverna pela qual Platão nos convida a imaginar que as coisas se passassem, na existência humana, comparavelmente à situação da caverna: ilusoriamente, com os homens acorrentados a falsas crenças, preconceitos, ideias enganosas e, por isso tudo, inertes em suas poucas possibilidades.


O diálogo de Sócrates e Glauco

trata-se de um diálogo metafórico onde as falas na primeira pessoa são de Sócrates, e seus interlocutores, Glauco e Adimanto, são os irmãos mais novos de Platão. No diálogo, é dada ênfase ao processo de conhecimento, mostrando a visão de mundo do ignorante, que vive de senso comum, e do filósofo, na sua eterna busca da verdade.Sócrates – Agora imagina a maneira como segue o estado da nossa natureza relativamente à instrução e à ignorância. Imagina homens numa morada subterrânea, em forma de caverna, com uma entrada aberta à luz; esses homens estão aí desde a infância, de pernas e pescoços acorrentados, de modo que não podem mexer-se nem ver senão o que está diante deles, pois as correntes os impedem de voltar a cabeça; a luz chega-lhes de uma fogueira acesa numa colina que se ergue por detrás deles; entre o fogo e os prisioneiros passa uma estrada ascendente. Imagina que ao longo dessa estrada está construído um pequeno muro, semelhante às divisórias que os apresentadores de títeres armam diante de si e por cima das quais exibem as suas maravilhas.
Glauco – Estou vendo.
Sócrates – Imagina agora, ao longo desse pequeno muro, homens que transportam objetos de toda espécie, que os transpõem: estatuetas de homens e animais, de pedra, madeira e toda espécie de matéria; naturalmente, entre esses transportadores, uns falam e outros seguem em silêncio.
Glauco - Um quadro estranho e estranhos prisioneiros.
Sócrates — Assemelham-se a nós. E, para começar, achas que, numa tal condição, eles tenham alguma vez visto, de si mesmos e de seus companheiros, mais do que as sombras projetadas pelo fogo na parede da caverna que lhes fica defronte?
Glauco — Como, se são obrigados a ficar de cabeça imóvel durante toda a vida?
Sócrates — E com as coisas que desfilam? Não se passa o mesmo?
Glauco — Sem dúvida.
Sócrates — Portanto, se pudessem se comunicar uns com os outros, não achas que tomariam por objetos reais as sombras que veriam?
Glauco — É bem possível.
Sócrates — E se a parede do fundo da prisão provocasse eco sempre que um dos transportadores falasse, não julgariam ouvir a sombra que passasse diante deles?
Glauco — Sim, por Zeus!
Sócrates — Dessa forma, tais homens não atribuirão realidade senão às sombras dos objetos fabricados?
Glauco — Assim terá de ser.
Sócrates — Considera agora o que lhes acontecerá, naturalmente, se forem libertados das suas cadeias e curados da sua ignorância. Que se liberte um desses prisioneiros, que seja ele obrigado a endireitar-se imediatamente, a voltar o pescoço, a caminhar, a erguer os olhos para a luz: ao fazer todos estes movimentos sofrerá, e o deslumbramento impedi-lo-á de distinguir os objetos de que antes via as sombras. Que achas que responderá se alguém lhe vier dizer que não viu até então senão fantasmas, mas que agora, mais perto da realidade e voltado para objetos mais reais, vê com mais justeza? Se, enfim, mostrando-lhe cada uma das coisas que passam, o obrigar, à força de perguntas, a dizer o que é? Não achas que ficará embaraçado e que as sombras que via outrora lhe parecerão mais verdadeiras do que os objetos que lhe mostram agora?
Glauco - Muito mais verdadeiras.
Sócrates - E se o forçarem a fixar a luz, os seus olhos não ficarão magoados? Não desviará ele a vista para voltar às coisas que pode fitar e não acreditará que estas são realmente mais distintas do que as que se lhe mostram?
Glauco - Com toda a certeza.
Sócrates - E se o arrancarem à força da sua caverna, o obrigarem a subir a encosta rude e escarpada e não o largarem antes de o terem arrastado até a luz do Sol, não sofrerá vivamente e não se queixará de tais violências? E, quando tiver chegado à luz, poderá, com os olhos ofuscados pelo seu brilho, distinguir uma só das coisas que ora denominamos verdadeiras?
Glauco - Não o conseguirá, pelo menos de início.
Sócrates - Terá, creio eu, necessidade de se habituar a ver os objetos da região superior. Começará por distinguir mais facilmente as sombras; em seguida, as imagens dos homens e dos outros objetos que se refletem nas águas; por último, os próprios objetos. Depois disso, poderá, enfrentando a claridade dos astros e da Lua, contemplar mais facilmente, durante a noite, os corpos celestes e o próprio céu do que, durante o dia, o Sol e sua luz.
Glauco - Sem dúvida.
Sócrates - Por fim, suponho eu, será o sol, e não as suas imagens refletidas nas águas ou em qualquer outra coisa, mas o próprio Sol, no seu verdadeiro lugar, que poderá ver e contemplar tal qual é.
Glauco - Concordo.
Sócrates - Depois disso, poderá concluir, a respeito do Sol, que é ele que faz as estações e os anos, que governa tudo no mundo visível e que, de certa maneira, é a causa de tudo o que ele via com os seus companheiros, na caverna.
Glauco - É evidente que chegará a essa conclusão.
Sócrates - Ora, lembrando-se de sua primeira morada, da sabedoria que aí se professa e daqueles que foram seus companheiros de cativeiro, não achas que se alegrará com a mudança e lamentará os que lá ficaram?
Glauco - Sim, com certeza, Sócrates.
Sócrates - E se então distribuíssem honras e louvores, se tivessem recompensas para aquele que se apercebesse, com o olhar mais vivo, da passagem das sombras, que melhor se recordasse das que costumavam chegar em primeiro ou em último lugar, ou virem juntas, e que por isso era o mais hábil em adivinhar a sua aparição, e que provocasse a inveja daqueles que, entre os prisioneiros, são venerados e poderosos? Ou então, como o herói de Homero, não preferirá mil vezes ser um simples lavrador, e sofrer tudo no mundo, a voltar às antigas ilusões e viver como vivia?
Glauco - Sou de tua opinião. Preferirá sofrer tudo a ter de viver dessa maneira.
Sócrates - Imagina ainda que esse homem volta à caverna e vai sentar-se no seu antigo lugar: Não ficará com os olhos cegos pelas trevas ao se afastar bruscamente da luz do Sol?
Glauco - Por certo que sim.
Sócrates - E se tiver de entrar de novo em competição com os prisioneiros que não se libertaram de suas correntes, para julgar essas sombras, estando ainda sua vista confusa e antes que seus olhos se tenham recomposto, pois habituar-se à escuridão exigirá um tempo bastante longo, não fará que os outros se riam à sua custa e digam que, tendo ido lá acima, voltou com a vista estragada, pelo que não vale a pena tentar subir até lá? E se alguém tentar libertar e conduzir para o alto, esse alguém não o mataria, se pudesse fazê-lo?
Glauco - Sem nenhuma dúvida.
Sócrates - Agora, meu caro Glauco, é preciso aplicar, ponto por ponto, esta imagem ao que dissemos atrás e comparar o mundo que nos cerca com a vida da prisão na caverna, e a luz do fogo que a ilumina com a força do Sol. Quanto à subida à região superior e à contemplação dos seus objetos, se a considerares como a ascensão da alma para a mansão inteligível, não te enganarás quanto à minha idéia, visto que também tu desejas conhecê-la. Só Deus sabe se ela é verdadeira. Quanto a mim, a minha opinião é esta: no mundo inteligível, a idéia do bem é a última a ser apreendida, e com dificuldade, mas não se pode apreendê-la sem concluir que ela é a causa de tudo o que de reto e belo existe em todas as coisas; no mundo visível, ela engendrou a luz; no mundo inteligível, é ela que é soberana e dispensa a verdade e a inteligência; e é preciso vê-la para se comportar com sabedoria na vida particular e na vida pública.
Glauco - Concordo com a tua opinião, até onde posso compreendê-la.



fontes:
http://www.educ.fc.ul.pt/docentes/opombo/hfe/momentos/escola/academia/obrasplatao.htm
http://pt.wikipedia.org/wiki/Platão
 
Última edição:
Vou compartilhar com vocês um "artigo" que escrevi para a disciplina de Introdução à Filosofia do Direito, que tencionava tratar da estética platônica e de como o filósofo chegou à conclusão de que os poetas não eram bem-vindos à sua República idealizada. Por favor, tenham em mente que tudo foi escrito numa noite e que o final principalmente ficou prejudicado pela minha completa exaustão mental. Hahaha. Mas há de valer para alguma coisa.

Vou cortar as partes que não interessam ao tópico. :joinha:


Platão, a pólis e os poetas:
breve estudo sobre a estética platônica e suas consequências à cidade

1 INTRODUÇÃO

[...]

2 A VIDA E A FILOSOFIA

Trataremos aqui da vida e da obra de Platão num sentido mais geral, para depois entrarmos na questão das Ideias, de onde se origina o que nos interessa. Dividiremos sua vida em antes e depois da fundação da Academia, quando Platão, depois de morto Sócrates, assume para si a responsabilidade de conduzir os jovens filósofos à semelhança do mestre.

2.1 A vida antes da Academia

Platão nasceu em Atenas por volta de 427 a.C., pouco depois de morrer Péricles, o maior dos governantes atenienses, e faleceu oitenta anos depois, antes de ser a Grécia tomada pelos macedônios. Viveu, portanto, durante um longo período de paz e prosperidade, embora houvesse aqui e acolá algumas rusgas políticas na cidade, entre democratas, oligarcas e aristocratas. O próprio Platão era de família nobre, descendente de Sólon e parente de dois aristocratas famosos.

Na Atenas de então, o regime era democrático, e as decisões tomadas em Assembeia, com a participação de todos os cidadãos. Os cidadãos, no entanto, não eram todos, pois, como sabemos, escravos, metecos, mulheres e homens jovens não gozavam desse privilégio. Cabia apenas aos homens adultos o governo da pólis. “Os cidadãos de plenos direitos, nas cidades da Hélade, constituíram sempre uma relativa minoria na totalidade da população.”

Nesse contexto de democracia limitada e direta, todos tinham o direito de tomar a palavra e manifestar-se em Assembleia, porém na prática só quem tinha o verdadeiro talento da oratória é que se aventurava à tarefa e levava considerável vantagem sobre os demais, por fazer-se ouvir e por convencer os outros. Por essa época, aproveitando-se da ocasião propícia, grassavam sofistas dispostos a vender aulas de retórica para quem quisesse estar apto a vencer debates, mesmo que à custa da verdade. A má figura que fizeram na Grécia foi tanta que até hoje “sofista” é usado como xingamento. Com efeito, os sofistas “eram relativistas que ensinavam retórica para os jovens ricos de Atenas, e que, segundo os relatos, cobravam preços exorbitantes por suas ‘habilidades’” . Contra eles Platão mais tarde dirigirá muitas críticas severas. Talvez nem tão severas como as palavras de Iglésias:

Ao tempo da velhice de Sócrates começaram a surgir sofistas que, talvez remedando a dialética socrática, se especializaram em uma técnica de agonística (disputa) verbal, também conhecida como erística. Ao contrário de Sócrates, esses sofistas não tinham o menor interesse em alcançar conhecimento algum. O que eles queriam era ridicularizar o adversário, confundi-lo, refutá-lo a qualquer preço, ganhando assim a disputa. Para isso, não tinham o menor escrúpulo em viciar os argumentos, criando dessa forma os argumentos conhecidos como argumentos sofísticos, argumentos erísticos ou simplesmente sofismas. (IGLÉSIAS, 2002, p. 43).

Platão desde a mocidade, nesse tempo, intentava entrar na vida política, porém quando conheceu Sócrates, este lhe abriu os olhos para o mundo da filosofia, e Platão reconheceu que antes de fazer política – que é sobretudo a ação – era necessário ter consciência do porquê se agia, e para que fim; para ser justo, carecia saber o que era justiça. E assim por diante. Sócrates fê-lo reconhecer sua própria ignorância e o maravilhou com o seu método dialético. Platão seguiu seus passos.

Mas Sócrates um dia foi acusado de corromper a juventude e ofender aos deuses, e por isso condenado pela Assembleia à pena de morte pela ingestão de cicuta. A injusta punição de Sócrates fez Platão perceber que a sua Atenas, apesar de democrática e de todas as qualidades de que se vangloriava, não era uma cidade perfeita. O projeto político de Platão passa a ser, desde esse dia, elaborar um plano de cidade ideal, perfeita.

Platão então deixa Atenas e empreende uma série de viagens, passando pela Itália, onde capta instrução pitagórica, e pelo Egito. Conta-se também que, por ter querido introduzir suas convições político-filosóficas teria sido vendido como escravo pelo tirano de Siracusa, e posteriormente resgatado por intervenção de seu amigo Anicere, quando então voltou a Atenas. Ao retornar, funda a Academia, em torno de 387 a.C. Platão contava quarenta anos e estava a meio do caminho da vida.

2.2 A Academia e a filosofia de Platão

Com a sua Academia, Platão cria o que viria a ser o primeiro modelo de universidade no Ocidente. Porém não se tratava de lecionar conhecimentos prontos, e sim de descobrir a verdade juntamente com os alunos. Mas não só de ciência e filosofia ocupava-se a Academia; pretendia ser também “um centro de preparação para a atuação política baseada na busca da verdade e da justiça” .

Platão, que já tivera contato com a ciência e a filosofia pitagóricas, passa a dar grande importância à matemática, que para ele era a base do pensamento filosófico e na qual ele via uma forte aliada para refutar com eficiência os sofistas, os quais relativizavam em demasia e afirmavam não haver verdades absolutas, mas tão-só opiniões circunstanciais. O seu pensamento foi uma grande síntese da filosofia ocidental anterior, e Platão procurou conciliar o imobilismo de Parmênides e o mobilismo universal de Heráclito.

2.3 A doutrina das ideias

Platão toma o método dialético socrático e busca aperfeiçoá-lo, elevá-lo progressivamente do plano incerto das opiniões para formas mais seguras de conhecimento, rumo à verdade. É um método ascendente. Até então, a filosofia buscava respostas para o que vinha “antes”, remotando sempre a um estágio anterior, ao passado, até à origem do universo – para explicar as causas de um dado problema. O que Platão passa a fazer é tentar explicar o presente, a situação atual do universo e dos seres, através de uma causa intemporal, que pudesse explicar sempre por que algo é o qué. Ou seja, uma explicação maior, geral, que sirva para todos os casos possíveis e não recaia numa casuística; uma “arquicausa”, se podemos tomar a liberdade.

O que Platão fazia era aplicar uma lógica matemática, o método dos geômetras, o qual consiste basicamente no seguinte:

tendo-se um problema, levanta-se uma hipótese para resolvê-lo; se ela parecer satisfatória, passa-se então a verificar se ela se sustenta a si mesma ou se supõe outra hipótese mais geral – e assim sucessivamente. Cria-se, desse modo, uma cadeia de hipóteses interdependentes, que buscam uma sustentação última – portanto, uma não hipótese – que se baste a si mesma e que sustente, no final, como que “do alto”, todas as hipóteses que lhe estão subordinadas. (PESSANHA, 2002, p. 57).

Como principal consequência desse método, Platão propõe que existam, hipoteticamente, “formas” ou “essências” ou “ideias” que seriam modelos eternos das coisas sensíveis. Mas, apesar de as chamar de “ideias”, elas não residem na mente humana, senão que existem em si mesmas. Por exemplo, a ideia de uma “casa”: existem muitas e variadas moradias a que chamamos igualmente casas, e existem muitos e variados edifícios aos quais não chamamos casas; há traços que distinguem quaisquer edifícios (geral) de casas (específico); e mesmo as casas de verdade o são cada uma à sua maneira: grandes ou pequenas, de madeira ou de tijolos, azuis ou brancas, etc. E nenhuma delas será idêntica à ideia de casa, que é o modelo perene, é um conjunto de traços distintivos que a definem enquanto casa e não prédio, loja ou cadeira. É aquilo a que se refere a palavra “casa” em qualquer língua e em qualquer tempo. A semelhança à noção de signo linguístico de Saussure** é evidente.

Contudo, se as ideias são incorpóreas e imateriais, como poderia o ser humano alcançá-las e compreendê-las? Platão conclui que o homem deveria também ter uma parcela imaterial e por conseguinte imortal – a alma. Seguindo essa linha, ele imagina que a alma humana já teria tido contato com esse mundo de ideias mas que agora, estando presa ao corpo físico, já não se lembraria de o ter feito. Para Platão, portanto, o conhecimento é, em verdade, reminiscência, um lembrar de algo que a alma já sabia mas que estava “desativado”. Conhecimento é reconhecimento. Mas esse reconhecimento das ideias ou essências não se dá de pronto; ele segue etapas sucessivas, cada uma levando a outra mais elevada, partindo-se da mais obscura incerteza à mais cristalina e máxima certeza, a suma verdade. Depois de percorridas todas as hipóteses, chegar-se-à ao absoluto, à não-hipótese. A isso chama Platão de “Bem”.

3 UMA ESTÉTICA PLATÔNICA

[...]

Se fôssemos ao pé da letra, levando em conta apenas o conceito criado por Baumgarten, diríamos que não havia Estética antes dele; contudo, lato sensu, é autorizado pela tradição e lícito dizer que Platão ocupou-se do “problema estético” ao tratar do Belo enquanto conceito abstrato, ideia, essência – e das obras de arte.

Adotaremos, assim, uma postura menos radical e mais congregadora, como parece ser também a postura de Mondin, ao afirmar, alheio a essas minúcias que “o problema estético diz respeito à natureza da obra de arte, seu fim e as relações que decorrem entre a atividade estética e outras atividades humanas” . Falaremos, portanto, em uma estética platônica.

3.1 A arte imitativa

O problema estético foi um dos primeiros com que se depararam os gregos da Antiguidade. Inicialmente para a filosofia ocidental, a natureza da arte era considerada de ordem mimética. Mas não pensavam todos do mesmo modo: entre Platão e Aristóteles, por exemplo, havia uma abismo que os separva quanto a essa natureza mimética. Platão dizia que a arte imitava a natureza, a qual por sua vez, como já vimos, não podia ser senão também imitação do mundo das Ideias. A arte era cópia da cópia, portanto; um mero simulacro da Ideia. O objeto dessa imitação é a Beleza, prelúdio sensível do Bem inacessível. Mais tarde Platão desenvolve em certa medida também a noção de arte como criação, como um “parto” resultante da busca do artista pelo Belo que fecundaria Eros no seu afã direcionado à Beleza.

A filosofia de Platão é dualista, à medida que distingue um cosmo eidético e, diametralmente oposto a este, um cosmo sensível. Ao primeiro corresponde a esfera do Ser, das Idéias, as quais culminam na do Bem (ápice da divindade). Já o cosmo sensível equivale ao não-ser ou à Matéria, a qual não passa de mera aparência. As Idéias são arquétipos ontológicos, caracterizando-se pela transcendência, pela universalidade. (BARROS, 1987, p. 22-23).

Também corresponde ao cosmo sensível o conhecimento sensorial (particular, variável): a doxa ou opinião; enquanto ao cosmo eidético corresponde o conhecimento lógico e intelectual (universal, exato, absoluto): a espiteme ou ciência. É em virtude desse dualismo entre mundo das Ideias e mundo da Matéria que se processa uma distinção extrema entre o Belo e a arte. O Belo (junto ao Bem a ao Verdadeiro) é um dos aspectos transcendentais do Ser, ao passo que a arte, na condição de cópia da natureza, do mundo material e não diretamente das Ideias, a arte é inferior e mesmo perigosa. Daí a célebre passagem da sua República em que decide pela expulsão dos poetas.

3.2 A função da arte

O objeto da atividade estética é o belo. O artista, ao fazer arte, propõe-se antes de tudo a dar expressão sensível à beleza. Mas os filósofos também atribuem outras finalidades à obra de arte.

Platão – assim como Agostinho e Tomás de Aquino, que beberam de sua fonte – dizem que a arte tem uma função pedagógica e que, por isso, devem ser evitadas as obras que levem à corrupção e privilegiadas as que servem à educação. Mas como é possível que a arte corrompa?

Janaway lança uma luz sobre essa questão: “na visão de Platão, a alma jovem é impressionável e apta a ser amoldada por qualquer material que ela encontra.” Platão sugere que boa parte da educação dos jovens seja feita pela mousikê, que envolve não só a música como também a poesia, o drama e a narração de história. Contudo, tais formas de arte só serão úteis para os fins da cidade somente se se adaptarem às condições de valores que lhes forem extrínsecas. Para Platão, certos tipos de conteúdo corrempem os jovens, e é preferível que o poeta não diga a verdade a que a diga se for imoral. Em verdade, há uma flagrante contradição no pensamento platônico sobre este particular.

O objetivo da discussão na República X consiste em justificar a expulsão da poesia mimética da cidade ideal. Platão nunca fala de banir os pintores ou outra pessoa que possa contar como um artista mimético. As razões para banir a poesia mimética são que ela está muito afastada da verdade, embora seja facilmente tomada por uma obra de alguém com conhecimento, e que faz apelo a uma parte inferior da alma e por isso ajuda a subverter o comando do intelecto e da razão. (JANAWAY, 2011, p. 365).

A arte, para Platão, portanto, tem função eminentemente pedagógica e em sua cidade ideal só serão aceitas certas formas de arte, e somente se estiverem em conformidade com valores morais previamente estabelecidos. É uma censura escandalosa. Platão, já vimos, descendia da aristocracia e sempre defendeu o governo de uns poucos, os melhores (nos quais se incluía o próprio Platão, por óbvio). Tendo-se desiludido com a democracia ateniense, que lhe tomara o mestre Sócrates injustamente, desenvolveu todo um projeto político de idealizar uma cidade perfeita. Não é à toa que Turnbull o chama de “filósofo autoritário” – não só ele era contrário à democracia, e por isso favorável a um regime autoritário por exclusão – mas também porque tinha a postura típica desses regimes, de controlar a vida do povo nos mínimos detalhes, de querer guiá-lo como se fosse a uma criança.

4 CONCLUSÃO

Platão conclui pela expulsão dos poetas de sua cidade perfeita, sob a alegação de que eles “com seu gosto por imagens fantásticas, representavam uma ameaça para a ordem filosófica da cidade-estado ideal” .

Mas nada fala Platão sobre o banimento de músicos, pintores, escultores.

Portanto, podemos ver na filosofia platônica não uma estética (ou filosofia da arte) única, mas uma filosofia que discrimina as formas de artes e lhes atribui diferentes valores e funções.

Ao admitir que o poeta (via tragédia – teatro) podia manipular as almas dos jovens, Platão em alguma medida se aproxima do pensamento catártico de Aristóteles por reconhecer precisamente os efeitos profundos que a representação desencadeava no espectador.

A diferença crucial entre Platão e o Estagirita é o modo de avaliar esses efeitos: se este os considerava benéficos para purificar a alma, aquele via-os como um mau que desviaria as almas do caminho da “verdade”.



**“O signo lingüístico une não uma coisa a uma palavra, mas um conceito a uma imagem acústica” (SAUSSURE, 2006, p. 79).


REFERÊNCIAS

BASTOS, Fernando. Panorama das ideias estéticas no Ocidente: de Platão a Kant. Brasília: Universidade de Brasília, 1987.
FERREIRA, José Ribeiro. A democracia na Grécia antiga. Coimbra: Minerva, 1990.
IGLÉSIAS, Maura. Pré-socráticos: físicos e sofistas. In: REZENDE, Antonio (Org.). Curso de Filosofia. 11. ed. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2002, p. 19-50.
JANAWAY, Christopher. Platão e as artes. In: BENSON, Hugh H. (Org.) Platão. Porto Alegre: Artmed, 2011, p. 362-373.
KIRCHOF, Edgar Roberto. A Estética antes da Estética: de Platão, Aristóteles, Agostinho, Aquino e Locke a Baumgarten. Canoas: Ulbra, 2003.
MONDIN, Battista. Introdução à Filosofia: problemas, sistemas, autores, obras. Tradução de J. Renard e Luiz J. Gaio. 18. ed. São Paulo: Paulus, 2010.
PESSANHA, José Américo Motta. Platão e as Idéias. In: REZENDE, Antonio (Org.). Curso de Filosofia. 11. ed. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2002, p. 51-68.
SAUSSURE, Ferdinand de. Curso de linguística geral. Trad. Antônio Chelini, José Paulo Paes e Izidoro Blikstein. São Paulo: Cultrix, 2006.
TURNBULL, Neil. Fique por dentro da Filosofia. 2. ed. Trad. de Felipe Lindoso. São Paulo: Cosac & Naify, 2003.











Espero que sirva para alguma coisa. :coelho:
 
Última edição por um moderador:
Mas confesso que não sou muito chegado no Platão, não.
Acho que ele dizia muita asneira.

Sou team Aristotles. :joy:
 
[video=youtube_share;YlREcUSztSE]http://youtu.be/YlREcUSztSE[/video]
 
Depois, voltarei aqui para falar sobre o fato de o maldito do Platão ter sido o responsável por mais da metade dos problemas que eu tive durante a adolescência, mas, por enquanto, fica aqui o meu agradecimento à Lynoka por ter se oferecido para criar o tópico. Muito obrigada. :abraco:
 
A Editora da Universidade Federal do Pará (ed.ufpa) lançou a Coleção Diálogos de Platão – Edição Bilingue, em setembro do ano passado. A nova edição traz o texto original, em grego, e a tradução para o Português de forma espelhada.

fotodivulgacao.jpg


Parece que esta coleção é muito boa, pena que é cara (R$ 80,00 cada volume).
 
edipro

até agora a melhor tradução q eu já havia lido era a dos livros da edipro. é a única com a obra completa traduzida, e tb ñ é nada baratenha: 50 dilmas cada 1 dos 7 livros d diálogos + 1 d cartas/epigramas. tem mtas notas d referência, mas ñ é bilíngue.

2074667_Vitrine.jpg
LV224289_N.jpg
platao-dialogos-socraticos-iii-platao-edipro-isbn-9788572836166-grande-85-21421451.jpg
Imagens%5CLivros%5CNormal%5CLV257913_N.jpg
LV261999_N.jpg
LV288499_N.jpg
Imagens%5CLivros%5CNormal%5CLV288498_N.jpg


LV290910_N.jpg
 
Único contato que tive com Platão foi no ensino médio (terceiro colegial, pra ser mais exata).
Passamos algumas semanas debatendo o Mito da Caverna. Achei bem interessante, mas quando c está no ensino médio, filosofia é matéria que menos dão crédito.
 
Único contato que tive com Platão foi no ensino médio (terceiro colegial, pra ser mais exata).
Passamos algumas semanas debatendo o Mito da Caverna. Achei bem interessante, mas quando c está no ensino médio, filosofia é matéria que menos dão crédito.

Então, tenho que discordar.
Quando tive filosofia no Ens. Médio, ela era uma matéria com muita credibilidade e os professores cobravam muito, tanto a atenção em matéria, quanto a dedicação no desenvolvimento de respostas elaboradas, claro, com a intenção de desenvolver o pensamento crítico e análise do espaço que se habita. Os professores se referiam a filosofia como a conquista para o Ens. Médio, porque na época deles não havia essa liberdade de estudo e aprendizado. De um jeito ou de outro, em alguns mais do que em outros, a filosofia desenvolve pessoas mais pensantes, e um país, mesmo que pouco, ao abrir suas escolas para deixar que se criem pessoas pensantes é, sem dúvida, um avanço.

Afora o fato de amar filosofia, sim, gosto de muito de Platão, já li muitos tratados dele, gostei muito da Apologia de Sócrates, aprendi mesmo lendo esse livro.
 
Gosto de Platão, embora considere Aristóteles mais empírico, e por isto funcional. "Se olharmos as coisas com os olhos da mente, então veremos não imagens da beleza, mas a verdadeira face dela", acho que ésta é uma das frases de Plato (Platão em latim e em inglês), que mais define o conceito de sua imensa contribuição ao mundo da Filosofia, Platão é no Ocidente aquilo que Confúcio é no Oriente, mas eu tenho que confessar que Platão não é meu filósofo favorito, embora ame ele enquanto autor (Platão era famoso por ser voraz leitor e prolífico escritor, Aristóteles havia inclusive apelidado a residência de Platão de "A Casa do Leitor"). Gosto da "filosofia" de Kant, e também vejo filosofia muito profunda em Spinoza (e ambas são bem diferentes uma da outra). Sêneca é para mim no mínimo igual à Platão em importância, mas os escolásticos fizeram muito mais para imortalizar Platão e Aristóteles. Nos livros dos filósofos atuais, à "moda" é misturar muita comédia na prosa dos ensaios filosóficos, e ao invés de comparar as diferentes escolas filosóficas, fazer apologia à alguma e crítica à outras. Eu entendo os motivos comerciais disto, e não nego que tal tentativa de tornar a Filosofia algo com um sabor "pop" aos olhos dos leigos no assunto, especialmente dos jovens, é atrativa para mim. Mas concentrar muito em Platão, Aristóteles, Nietzsche e outros, é equivalente aquela tendência de associar imediatamente o período renascentista com Da Vinci e Michelangelo, por exemplo, mas não lembrar-se do mesmo modo (em grau de importância) de Alberti, Boltraffio, Verrochio, Dürer, etc... Em suma, Platão sempre será o mais importante filósofo ocidental (mais importante do que Voltaire! Isto é muito...), e sua obra precisa ser bem conhecida pelos interessados em filosofia de todos os tempos, inclusive seus geniais Diálogos são na verdade muito famosos mas pouco conhecidos, na minha opinião... Porém do ponto de vista científico, Aristóteles e outros tornam-se preponderantes em contribuição significativa. :)
 
Última edição:
Aí é que discordo. Aristóteles é mais importante do que Platão em todas ou quase todas as áreas em que se aventurou, ao meu ver.
:lol: Eu concordo que ele é mais importante, o que eu quis dizer quando afirmei que Platão é e sempre será o mais importante filósofo ocidental foi que ele sempre será considerado assim pela maioria dos taxonomistas da filosofia, por assim dizer. :) Puro conservantismo deles, resquícios do Neoplatonismo do tipo renascentista e subsequente continuação lógica disto. :)
 
Então, tenho que discordar.
Quando tive filosofia no Ens. Médio, ela era uma matéria com muita credibilidade e os professores cobravam muito, tanto a atenção em matéria, quanto a dedicação no desenvolvimento de respostas elaboradas, claro, com a intenção de desenvolver o pensamento crítico e análise do espaço que se habita. Os professores se referiam a filosofia como a conquista para o Ens. Médio, porque na época deles não havia essa liberdade de estudo e aprendizado. De um jeito ou de outro, em alguns mais do que em outros, a filosofia desenvolve pessoas mais pensantes, e um país, mesmo que pouco, ao abrir suas escolas para deixar que se criem pessoas pensantes é, sem dúvida, um avanço.

Afora o fato de amar filosofia, sim, gosto de muito de Platão, já li muitos tratados dele, gostei muito da Apologia de Sócrates, aprendi mesmo lendo esse livro.

Não estou desmerecendo a matéria, Arringa, só que (e pode ser que em cada região seja de uma forma) aqui ela não tinha a credibilidade que merece. Não tanto pelo professor que aplica a matéria, mas sim pelos outros de matérias diferentes e pela escola no geral.
 
Estou ressuscitando este tópico para indagar aos entendidos na obra de Platão sobre qual a melhor tradução dos Diálogos. Tenho interesse em adquiri-los, mas primeiramente, peço-lhes esse favor. Será que os livros lançados pela Edipro são realmente os melhores?

Obrigado e um abraço a todos.
 
Como até agora não houve informação a respeito da minha indagação (acima), acrescento mais uma dúvida, no que tange à tradução de Edson Bini dos Diálogos lançados pela Edipro, pois não conheço nada deste tradutor, ao passo que Carlos Alberto Nunes é um nome que todos conhecem como um dos grandes tradutores brasileiros. Será que o @JLM ou outro amigo forista saberia informar algo sobre isso?
 
Infelizmente não tenho como ajudar, pois nunca li nada a respeito do assunto, Spartaco! Tenho uma tradução inglesa aqui comigo, que nem sei se é boa.
 
Infelizmente não tenho como ajudar, pois nunca li nada a respeito do assunto, Spartaco! Tenho uma tradução inglesa aqui comigo, que nem sei se é boa.

Que pena. No entanto, creio que vou adquirir os Diálogos da Edipro mesmo, uma vez que ela já lançou toda a coleção e com um preço mais acessível.
 
Estou ressuscitando este tópico para indagar aos entendidos na obra de Platão sobre qual a melhor tradução dos Diálogos. Tenho interesse em adquiri-los, mas primeiramente, peço-lhes esse favor. Será que os livros lançados pela Edipro são realmente os melhores?

Obrigado e um abraço a todos.

A tradução mais conceituada é a do Carlos Alberto Nunes mesmo. Está saindo também duas obras do Platão pela Editora 34 (O Banquete e Fedro), ao que tudo indica boas traduções - se seguir o nível que estão fazendo com Aristóteles é só sucesso -. Quanto a Edipro, pelo que parece é uma tradução razoável, boa para aqueles que não querem estudar seriamente e se dispõem a pagar 80 conto em uma edição da UFPA.
 

Valinor 2023

Total arrecadado
R$2.404,79
Termina em:
Back
Topo