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Sick-Lit: A nova literatura para adolescentes

Mohanah

Usuário
Doenças graves, depressão, anorexia, tentativas de suicídio e outros problemas que a fantasia costumava ignorar povoam o estilo.

Há algumas semanas, a lista dos livros infanto-juvenis mais vendidos nos EUA e na Inglaterra não é encabeçada por histórias com vampiros, princesas, hobbits, detetives ou fadinhas que soltam pó de pirlimpimpim, como vinha acontecendo nas últimas décadas. No topo dos best-sellers do jornal “The New York Times” para o gênero está “A culpa é das estrelas” (lançado no Brasil pela editora Intrínseca), de John Green, em que a protagonista é uma menina com câncer avançado. Em segundo lugar, aparece “As vantagens de ser invisível” (editora Rocco), de Stephen Chbosky, sobre um adolescente depressivo cujo melhor amigo cometeu suicídio e que, dependendo de como forem as coisas na escola, pode ir pelo mesmo caminho.

Esse tipo de história — voltada para adolescentes, mas trazendo personagens envoltos em doenças graves, depressão, anorexia, tentativas de suicídio e outros problemas realistas que a fantasia costumava ignorar — vem sendo chamado de sick-lit, algo como “literatura enferma” em português. É um termo que traz uma conotação negativa e muitas vezes ignora a qualidade dos livros, mas que tem gerado polêmica e pode indicar uma tendência.

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Ainda não tinha ouvido falar sobre esse assunto e não achei mais nenhum link em português sobre isso. Fiquei curiosa para saber mais. Outro dia mesmo estava comentando com uma amiga como a literatura de fantasia estava desgastada, tudo tão genérico. Talvez eu leia “As vantagens de ser invisível” ou pelo menos veja o filme, está sendo tão bem falado.

Mas, então, o que vocês acham desse "novo" gênero? Por que dessa popularidade toda? Eu já vinha achando estranho o sucesso de Jogos Vorazes, que apesar de se passar em um mundo fantasioso, traz personagens e dramas mais pautados na realidade. Nada de seres mágicos. A sick-lit me dá uma impressão de aprofundamento nessa questão. Uma procura de identificação para enfrentar os problemas ao invés do escapismo da fantasia. É difícil falar mais porque eu não li os livros ou vi os filmes, mas essa é a impressão inicial que eu tenho. Apesar de gostar muito de fantasia e ficção, realismo nunca me atraiu, estou bem interessada.
 
Na minha opnião os autores realmente seguem uma tendência.
E nesse caso estão deixando de lado a fantasia e escolhendo escrever livros sobre problemas mais atuais, que até os próprios adolescentes que lêem estão passando, e se torna algo como uma auto-ajuda.
Essas doenças como anorexia, câncer, depressão são umas das que mais se fala e que os adolescentes mais são vítimas nos ultimos tempos, por isso eu penso que os ecritores resolveram fazer histórias sobre elas, por que tá na midia ou até mesmo por que eles convivem com alguém que está tendo esse tipo de problema, já que são comuns hoje em dia.
Bom, é o que eu penso :think:
 
Na hora que eu li o título, caí na risada. Nada contra gêneros, tropos, temas, etc., mas o problema é quando isso se torna uma questão de "follow the leader" - a gente sabe que os subprodutos não vão prestar.

Né? Nesse caso o passado nos ensina. Se bem que "A culpa é das estrelas" e "As vantagens de ser invisível" parecem ser ótimos (infelizmente não os li), portanto, vamos ter um pouco de fé.

Nota mental: incluir uma doença grave e dar uns ares deprê-góticos ao meu livro de putaria sobrenatural.

Pornografia sobrenatural gótica. Nasce aqui o próximo Nobel.
 
Depende do que o autor quer. Os autores que seguem a tendencia procuram público e sucesso, querem dinheiro, independentemente do que vão escrever. Alguns até fazem algo aproveitável, livros impactantes, mas são raridades. O Sparks por exemplo. Os livros dele são completamente boçais. Os primeiros, que tratavam de romances mais fundos e histórias mais bem desenvolvidas (que mesmo assim não são grande coisa) eram melhores. Agora vemos ele lançando 2 livros por semana, 300 páginas de crônicas adolescentes sem dizer nada.

Romances e amores são necessários. Quando Ridley Scott entrou na onda de filmes históricos, fez 1492 - A Conquista do paraíso, um filme quase biográfico de Cristovão Colombo. Grande e cansativo, mas rico em conhecimento e fiel aos fatos. Foi um fracasso de bilheteria. Entao, quando fez seus próximos filmes (gladiador, cruzada e etc) sempre pos um romancezinho pra conseguir platéia.

O que eu acho é que verdadeiras obras são feitas através do que o autor quer, nao o publico. Se eu fosse escrever um livro, seria para expressar minhas idéias, não as que o publico quer ouvir.
 
Né? Nesse caso o passado nos ensina. Se bem que "A culpa é das estrelas" e "As vantagens de ser invisível" parecem ser ótimos (infelizmente não os li), portanto, vamos ter um pouco de fé.

No caso do 1º, temos o espectro da doença assombrando os protagonistas o tempo todo - mas o romance não se apoia exclusivamente nisso. Já no caso do 2º, a doença está presente, mas ela tampouco é o foco - é apenas uma característica definidora da personagem. Esses romances derivados, ao que me parece, se apoiam exclusivamente no fatalismo.

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Romances e amores são necessários. Quando Ridley Scott entrou na onda de filmes históricos, fez 1492 - A Conquista do paraíso, um filme quase biográfico de Cristovão Colombo. Grande e cansativo, mas rico em conhecimento e fiel aos fatos. Foi um fracasso de bilheteria. Entao, quando fez seus próximos filmes (gladiador, cruzada e etc) sempre pos um romancezinho pra conseguir platéia.

Eu achava que o filme fosse uma droga por ser uma droga mesmo. Da mesma forma como eu critiquei "Lincoln", digo que "1492" parece filme feito pro History Channel. Fiel aos fatos? Beleza, o roteiro não consegue dar conta de manter o mesmo ritmo até o fim.

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O que eu acho é que verdadeiras obras são feitas através do que o autor quer, nao o publico. Se eu fosse escrever um livro, seria para expressar minhas idéias, não as que o publico quer ouvir.

Precisa ler mais, cara. O Autor, infelizmente, não tá com essa bola toda. Nós ainda detemos o poder sobre a obra dele.
 
Sobre essa questão de "verdadeira obra", acho que o grande lance é o autor conseguir alcançar o que o público precisa (não o que quer, quase sempre são coisas diferentes). Uma obra não se sustenta só pela vontade do autor ou só pelo desejo do público. O autor precisa despertar algo no leitor. É um jogo de troca, acho que toda manifestação artística é assim. Mesmo que o autor não perceba isso no momento da produção de sua obra. A partir do momento que ela encontra o público, já não pertence mais a ele. É algo vivo. Então, unindo isso com a questão da sick-lit, meu questionamento é: A sick-lit é algo que os adolescentes querem ou precisam? Por qual motivo?
 
Primeiramente, acho que "Sick-Lit" seja, por diversos motivos, um termo meio fora da casinha. Estigmatiza os livros, sem a menor necessidade de fazê-lo, uma vez que literatura que aborda temas deprimentemente reais sempre existiu. Ao cunharem o termo, a ideia foi a de fazer um marketing pesado em cima dos livros que abordam temas como depressão, suicídio, câncer, entre outros? Werther juntou as suas cartinhas e decidiu queimá-las, porque está ofendido.

Outro ponto que eu acho importante: não se pode determinar até que ponto as pessoas são influenciáveis. Entretanto, parece ser um padrão acreditar que os livros podem reforçar uma característica que o leitor já traz consigo, mas não fazê-la brotar. Mesmo assim, com todo o destaque (pelos motivos errados, esse é o meu ponto!) dado ao "Sick-Lit", podemos esperar a ocorrência de casos um tanto quanto controversos. (Preparem-se para serem bombardeados, pela milionésima vez, com a história de O apanhador no campo de centeio e o carinha que matou John Lennon. E a mesma história do carinha que tentou matar Ronald Reagan, etc.)

Agora vou ir ao meu ponto, que é o fato de o marketing que envolve tais livros exista pelo motivo errado. Sempre fui da opinião de que se o livro é bom, bem escrito, e atende à proposta inicial (tipo, o livro se propõe a abordar a temática do câncer, mas acaba falando de limões e, no fim, termina com considerações sobre as nuvens, a coisa realmente fica complicada, né?), está tudo ok. Mas me incomoda a ideia de todo um auê em cima de um livro não por ele ser bom, mas por ter a pretensão de tratar um tema nobre. Em questão de livros, para mim, o que vale não é a intenção, é a ação. Se a pessoa quis escrever um livro sobre as peripécias adolescentes e não o fez, eu descarto a intenção.

Outra coisa, que vi nas matérias citadas: o discurso de que talvez as pessoas tenham se cansado da fantasia e queiram estar mais próximas da realidade. Gente, pelo amor de Deus, até mesmo uma autobiografia não está isenta de ficção. Nem tanto ao sul nem tanto ao norte, acho que as duas instâncias: a literatura de fantasia e a literatura que aborda temas pesados sejam necessárias, e, em momento algum, eu vou concordar com o fato de que uma tenha de ser privilegiada em detrimento da outra. Volto no meu ponto anterior: importa-me que sejam bons livros.
 
Última edição por um moderador:
Outra coisa, que vi nas matérias citadas: o discurso de que talvez as pessoas tenham se cansado da fantasia e queiram estar mais próximas da realidade. Gente, pelo amor de Deus, até mesmo uma autobiografia não está isenta de ficção. Nem tanto ao sul nem tanto ao norte, acho que as duas instâncias: a literatura de fantasia e a literatura que aborda temas pesados sejam necessárias, e, em momento algum, eu vou concordar com o fato de que uma tenha de ser privilegiada em detrimento da outra. Volto no meu ponto anterior: importa-me que sejam bons livros.

Não é questão de privilegiar uma em detrimento da outra. Mas pensar porque em dado momento as pessoas preferem uma ou outra.
 
Não é questão de privilegiar uma em detrimento da outra. Mas pensar porque em dado momento as pessoas preferem uma ou outra.
Uai, mas isso sempre existiu. Um dia se quer ler um determinado tipo de livro, e, no outro, não. Isso não é a mesma coisa que está nas matérias postadas. O que as matérias dão a entender é que as pessoas tenham cansado de fantasia e querem realidade. Sim, dessa forma simplista que está lá. E foi isso que eu questionei, não o gosto pessoal das pessoas. Não a vontade subjetiva e intransferível de, um dia, querer ler fantasia, e, no outro, não.
 
Uai, mas isso sempre existiu. Um dia se quer ler um determinado tipo de livro, e, no outro, não. Isso não é a mesma coisa que está nas matérias postadas. O que as matérias dão a entender é que as pessoas tenham cansado de fantasia e querem realidade. Sim, dessa forma simplista que está lá. E foi isso que eu questionei, não o gosto pessoal das pessoas. Não a vontade subjetiva e intransferível de, um dia, querer ler fantasia, e, no outro, não.

As matérias sempre vão ser tendenciosas, porque o objetivo é a polêmica. O próprio termo "sick-lit" está aí para provar isso. O que eu gosto de pensar é o que leva as pessoas (em conjunto, não individualmente) a escolherem um gênero ou outro. Escolhas individuais são imprevisíveis, mas em grupos seguem padrões analisáveis.
 
As matérias sempre vão ser tendenciosas, porque o objetivo é a polêmica. O próprio termo "sick-lit" está aí para provar isso. O que eu gosto de pensar é o que leva as pessoas (em conjunto, não individualmente) a escolherem um gênero ou outro. Escolhas individuais são imprevisíveis, mas em grupos seguem padrões analisáveis.
Sim, imparcialidade é um mito. E as matérias tanto a d'O Globo quanto a do blog PESSOAL, utilizam-se, sim, de um discurso que, mesmo sutilmente, deprecia a literatura de fantasia. E eu acho que o caminho não é por aí.

E, claro, não é preciso ser um especialista em behaviorismo para se dizer que o grupos seguem padrões um tanto quanto peculiares e, por vezes, questionáveis. Mas eu não acredito que o cerne do tópico seja o de montar o perfil de "gangues literárias"/demais grupos/whatever. Acredito que a ideia seja a de tecer considerações concernentes à recepção da literatura chamada de "Sick-Lit" e implicações dela decorrentes.
 
Última edição por um moderador:
Não é novidade.

Na escola tínhamos que obrigatoriamente ler livros indicados pra fazer prova e me lembro de um que achei muito bom na época - de autor brasileiro - que falava sobre um garoto que descobriu ter AIDS e a reação dos amigos. O problema é que fiz a besteira de emprestar para uma prima e nunca mais o vi. E, pior, esqueci o título e o autor. Só lembro que a capa era vermelha.
A matéria do 1º post citou Christiane F. Não passei da metade... eu quase tive, MESMO, que ir pro banheiro vomitar. Além das descrições tem fotos... livro horroroso! (embora útil pra muita gente e biográfico, o que lhe dá maior credibilidade).

Eu tava curiosa em relação ao "A Culpa é das Estrelas" e "As Vantagens de ser Invisível", mas não sabia a temática deles... aliás, nem tava sabendo dessa tendência.

A fantasia não está saturada... não a BOA fantasia! O que está saturado são os subprodutos dela.

Eu considero Crepúsculo como um início dessa sick-lit aí.... afinal, pra mim, a Bella é uma perturbada sem noção.

Li no início do ano (e me arrependi amargamente) "O Inverno das Fadas". Também considero mais para sick-lit do que para Fantasia. Aborda o suicídio - ligando-o intrinsecamente ao sucesso e ao talento - como se fosse uma coisa completamente normal e aceitável! Detalhe: a autora disse que passou boa parte da adolescência pensando em se suicidar. Eu considero esse "livro" uma pavorosa aberração!!!

Não acho que sick-lit sejam necessariamente ruins (quando bem escrito e bem embasado), mas prefiro aqueles que falam de coisas belas e de esperança (mesmo quando há crítica social forte). Resumo: sick-lit tem seu valor, mas gosto mesmo é de Fantasia e Distopia.

A propósito: Jogos Vorazes não é sick-lit. É distopia. Gênero que vem sendo tendência nos últimos anos também. E é impossível escrever distopia sem tocar em assuntos "mais reais", afinal não existe distopia sem crítica social. É o cerne, a essência do gênero. Mas mesmo assim já vem surgindo vários que não sei se valem a pena, mas estou disposta a ler. Me irrita um pouco que esses gêneros (fantasia, distopia,sick-list) só façam sucesso quando os personagens são adolescentes... tem muita coisa boa com personagens adultos e a galera nem dá bola.
Dessas modinhas, acho que esse é o maior defeito. Harry Potter era claramente voltado para crianças no início. Nem por isso todos tem que ser também.
Acho irônico esses livros serem chamados de YA (Young Adults), quando na verdade são descaradamente adolescentes mesmo!!!
 
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Outra coisa, que vi nas matérias citadas: o discurso de que talvez as pessoas tenham se cansado da fantasia e queiram estar mais próximas da realidade. Gente, pelo amor de Deus, até mesmo uma autobiografia não está isenta de ficção. Nem tanto ao sul nem tanto ao norte, acho que as duas instâncias: a literatura de fantasia e a literatura que aborda temas pesados sejam necessárias, e, em momento algum, eu vou concordar com o fato de que uma tenha de ser privilegiada em detrimento da outra. Volto no meu ponto anterior: importa-me que sejam bons livros.

concordo sobre a questão de o que importa é a qualidade. se bem que fico tentando imaginar histórias como a culpa é das estrelas e elas simplesmente não funcionariam sem o elemento do câncer. no máximo haveria uma doença/maldição como metáfora para o câncer, mas ele estaria ali, de qualquer jeito.

o que nos leva ao fato de que a tal da "sick-lit" não é novidade. eu era adolescente ainda quando a capricho fazia campanha pesada sobre Depois daquela viagem (sobre AIDS). A marca de uma lágrima do Pedro Bandeira, sucesso absoluto na época, tinha em um momento uma tentativa de suicídio da protagonista. e mesmo na escola líamos livros sobre doenças, uso de drogas e morte - leitura solicitada pelos professores, btw. isso não fez de mim nem dos meus colegas suicidas ou seja lá qual influência as pessoas temem que esse tipo de livro possa trazer para os jovens.

aliás, não entendo essa mania de colocar os jovens dentro de uma bolha de faz-de-conta. não digo nem só sobre querer afastar dos livros a possibilidade de ficar doente ou morrer, mas coisas mais triviais mesmo. deem uma olhada nos títulos YA e calculem aí quantas heroínas dessas histórias fumam, bebem ou fazem sexo. o último item, aliás, chama bastante minha atenção, já que a gurizada parece cada vez mais precoce. e nesse sentido eu não acho que o ponto da questão seja as crianças preferindo histórias próximas da realidade à fantasia. o problema não é a fantasia. fantasia é uma delícia, e sempre será, e sempre agradará. o problema é uma tentativa de retratar a realidade, mas se esquivar do que é real para eles.
 
A questão, como você bem apontou, passa também pelo fato da pretensão de se retratar uma realidade irreal, uma realidade que, em alguns pontos se assemelha, sim, ao real, mas, em outros, é tão real quanto as personagens assexuadas da Disney (que só foi colocar curvas acentuadas em uma personagem em Pocahontas).

E eu li A marca de uma lágrima, na quinta-série (onze anos), para a escola. Na época, dei um jeito de elaborar a apresentação em forma de teatro, com destaque para os poemas LINDOS. "E o meu amado o que diria se eu partisse? O que diaria se esses versos não ouvisse?" e coisa e tal. (sim, adoro o livro).

E tem, também, Agora estou sozinha, que é uma releitura de Hamlet e... vejamos, a roda que o povo julga estar descobrindo já foi recauchutada até mesmo pelo Bardo, minha gente. Então, para alguém que já leu as tragédias, não é muito difícil pensar que chega até a ser "má fé" vender essa literatura como algo inédito, o que não é verdade. Pode-se dizer que há uma acentuada tentativa de centralizar os personagens desses livros como adolescentes (o que não seria inédito - como os livros citados mostram -, mas um pouco menos explorado). Não é algo inédito, é algo que sempre existiu. Afinal, a literatura, além de nos nutrir de impulsos, não é uma maneira de nos ajudar a lidar com a falta intrínseca aos seres humanos?
 
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Sim, imparcialidade é um mito. E as matérias tanto a d'O Globo quanto a do blog PESSOAL, utilizam-se, sim, de um discurso que, mesmo sutilmente, deprecia a literatura de fantasia. E eu acho que o caminho não é por aí.

E, claro, não é preciso ser um especialista em behaviorismo para se dizer que o grupos seguem padrões um tanto quanto peculiares e, por vezes, questionáveis. Mas eu não acredito que o cerne do tópico seja o de montar o perfil de "gangues literárias"/demais grupos/whatever. Acredito que a ideia seja a de tecer considerações concernentes à recepção da literatura chamada de "Sick-Lit" e implicações dela decorrentes.

Literatura de Fantasia sempre foi vista como uma espécie de Literatura menor, assim como Sci-Fi. Outro dia tive que ouvir que deveria procurar ler coisas mais adultas. o_O
A gente pode discordar e achar absurdo, mas é assim que as coisas são.

Eu acho que falar sobre recepção e implicações da sick-lit passa por pensar sobre quem são e o que motiva esses leitores. Não vejo da forma como você coloca de "gangues literárias". A ideia não é fazer rotulações, até porque isso já tem até demais. Mas, enfim, cada um responde ao tópico do jeito que acha melhor e/ou mais produtivo.
 
A gente pode discordar e achar absurdo, mas é assim que as coisas são.
Não concordo com a ideia de aceitar, passivamente, o "é assim que as coisas são".

Eu acho que falar sobre recepção e implicações da sick-lit passa por pensar sobre quem são e o que motiva esses leitores. Não vejo da forma como você coloca de "gangues literárias". A ideia não é fazer rotulações, até porque isso já tem até demais.
Eu coloquei "gangues literárias" entre aspas justamente para evitar uma interpretação equivocada, mas, né?

Mas, enfim, cada um responde ao tópico do jeito que acha melhor e/ou mais produtivo.
Olha você sendo gratuitamente grosseira. Eu não disse como as pessoas deveriam responder o tópico, eu disse que acreditava que o cerne do tópico fosse outro. Mas você fez questão de ser grosseira. E, na boa, como não estou com o menor saco para isso, vou me retirar do tópico.
 

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