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O lado bom da vida (Silver Linings Playbook, 2012)

Sua nota para o filme


  • Total de votantes
    16

Ana Lovejoy

Administrador
Diretor: David O. Russell
Roteiro: David O. Russell (screenplay), Matthew Quick (novel)
Com: Bradley Cooper, Jennifer Lawrence, Robert De Niro e outros.

Sinopse: Depois de deixar um hospital psiquiátrico, Pat vai morar com os pais planejando melhorar para poder se reconciliar com sua esposa. Sim, a sinopse é boba, mas eu estou contando com a possibilidade de você ler o livro antes de ver o filme, e para o livro quanto menos você souber, melhor.

Trailer: [video=youtube_share;RpuXzNk-ZLM]http://youtu.be/RpuXzNk-ZLM[/video]

***

Eu acabei de escrever sobre o livro e o filme lá no Hellfire >> http://www.anica.com.br/2013/01/22/o-lado-bom-da-vida/, vou citar aqui a parte em que falo do filme:

Porém, entra aí a parte do que é a alma do livro, a questão de ir descobrindo aos poucos, junto com Pat, os elementos da história. No filme O lado bom da vida não há nada disso – tudo é colocado de forma bem clara, sim mistérios. Nesse sentido confesso que fiquei um pouco decepcionada: como sempre digo, sei que adaptações são diferentes e que é virtualmente impossível conseguir reproduzir na tela exatamente o que havia nas páginas. Mas do mesmo jeito, acredito que há decisões boas ou ruins, seja sobre o roteiro ou sobre como a história é montada. Aqui, a decisão de David O. Russell (roteirista e diretor do filme) em cortar os pequenos mistérios envolvendo Pat acabou tirando o brilho da história, transformando mais em um romance entre duas pessoas deslocadas do que qualquer outra coisa.

Muito acabou ficando de fora, não só o que Pat não sabe sobre seu passado. Por exemplo: a relação do protagonista com o pai é muito mais complicada no livro. No filme, não sei se para tornar a personagem de De Niro mais simpática para a audiência, a questão toda se resume ao fato de o pai querer o filho por perto durante os jogos do Eagles porque acredita que isso traz sorte. Outra coisa é o próprio processo de aproximação entre Pat e Tiffany, recheado de silêncios nos livros, mas “imposto” pela personagem de Jennifer Lawrence no filme.

A impressão que fica é que o diretor teve receio que o público não fosse conseguir digerir a história tal como ela é. Que várias cenas com Pat correndo e sendo seguido em silêncio por Tiffany, ou mesmo sofrendo com os silêncios do pai não seriam palatáveis. E não é só isso que faz com que eu tenha impressão de que o diretor subestima o público. Tem uma cena, logo no começo, em que a câmera mira os peitos de Tiffany, como para dizer “Olha, o Pat está olhando para ela daquele jeito, sacou, sacou?”, e como que para confirmar que a audiência captou a mensagem, ainda faz Tiffany dizer depois “Eu vi como você me olhou”. O mesmo recurso se repete em uma conversa entre Pat e Cliff, aí o foco são as mãos de Pat, para mostrar como ele está nervoso. Enfim, acabou me parecendo um pouco covarde.

Mas o engraçado é que lá para frente você vai se deixando levar e o filme acaba não sendo uma experiência tão ruim assim. Se ele erra em outras ‘n’ questões, gostei muito de como O. Russell aliviou um tanto o fim e, principalmente, tirou aquele momento de completa forçação de barra em que um Pat todo machucado acaba chegando por acaso na casa de um amigo que conheceu enquanto estava internado, como acontece no livro.

Então fica a mesma sensação de A importância de ser invisível, de um filme ruim como adaptação mas tolerável se vendo como algo separado. Mas vocês vão me perdoar: de todas aquelas indicações para o Oscar ali, não acho que nenhuma tenha sido de fato merecedora. Adoro a Jennifer Lawrence e o De Niro, mas eles não fizeram o melhor deles ali, não. Jacki Weaver teve sua importância na história mutilada pelo roteiro e Bradley Cooper foi, por sua vez, “poupado” pelo roteiro de ter um desafio muito maior. O que juntando a+b já dá para entender que também não achei a indicação para roteiro adaptado justa, ceeeerto? Hmmkay. Mas considerando minha boca santa que sempre erra, é provável que vocês tenham aí o grande campeão da noite.

Seriously, não sei se foi por falta de opção, mas tá muito errada essa indicação para melhor roteiro adaptado. MUITO. :disgusti:
 
De fato foi um exagero este filme ter sido indicado a todos os principais prêmios, que não ocorria há um tempo. O fator dos produtores sempre dando as cartas.

Se fosse para elencar melhores atuações que eu vi este ano, também não incluiria a Lawrence num top 10. Mas considerando-se os filmes realmente elegíveis pela academia, ela acaba entrando forte no grupo.

Bradley Cooper é sacanagem.

Assisti entusiasmado por achar que poderia ser a volta do De Niro em grandes atuações. Mas realmente ele não parece que está mais querendo se esforçar. Uma pena.
 
Achei o filme agradável e tal (não li o livro), mas realmente é difícil de entender tanta adoração por ele. Segundo a Wiki:

Silver Linings Playbook became the first film in 31 years to receive nominations in all four acting categories; the last film to do so was Reds in 1981. Silver Linings Playbook also became the first film in eight years to be nominated in the "Big Five" categories; the last film to do so was Million Dollar Baby in the 2004.

Eu até gostei da Jennifer Lawrence aqui, mas não é para tudo isso, né. Na minha listinha para o VFA há pelo menos 13 atrizes antes dela. :dente: Os Weinstein, pelo jeito, continuam supremos no jogo da temporada de premiações. Só espero que O Lado Bom da Vida não se torne mais um feel-good movie a vencer o grande prêmio (como Quem Quer Ser um Milionário, O Discurso do Rei ou mesmo O Artista).
 
Ah, o filme é bom, e o David O. Russel dirige muito bem especialmente os primeiros minutos, quando o Bradley Cooper está em total descontrole. Eu realmente gosto do elenco e das cenas em conjunto. Só perde um pouco a graça quando entra a Jennifer Lawrence e o filme entra em modo comédia romântica.
 
Joy, eu não li o livro, só vi o filme, vc acha que vale a pena ler ou ter visto meio q estraga a história?

Bem, eu concordo com a Joy na critica ao roteiro. Achei fraco. No entanto gostei da direção. Vou tentar explicar.

O filme é clichê. O plot principal é o mesmo de 23.874 comédias romanticas: Mocinho perde a mulher por problemas comportamentais e se une com mocinha num plano para reconquistar a esposa até que eles acabam se apaixonando.

Mas a maneira com q ele contou a história eu gostei. Gostei do tom depresivo de todo filme. Que a comédia é vista nos momentos mais sérios e delusionais dos personagens. Q vc sente raiva, pena e melancolia pelos personagens sem precisar vilonizá-los

Ou seja, no final, gostei do filme, mas esperava algo diferente. Esperava algo mais original, e isso me incomodou um pouquinho
 
eu acho que o estranhamento foi o charme do livro (começar a descobrir com o pat o que rolou com ele e as pessoas próximas nos quatro anos que ele esteve fora), fora isso fica meio que no que você falou, não tem nada de muito diferente. é gostosinho de ler, é divertido e tudo o mais, mas se você tem outros livros para ler no momento, dá para deixar esse para depois.
 
Ah, eu fui hj ao cinema com minha mãe pra assistir a esse filme, pensando que seria só um água com açucar, bom pra divertir e tal, mas, pelo menos pra mim, foi muito mais que isso. Me encantou demais todo o clima do filme! Talvez tenha sido até melhor eu não ter lido o livro antes pq eu poderia tbm não gostar... Se bem que eu geralmente consigo dissociar uma adaptação de um livro, como aconteceu com As vantagens de ser invisível: adorei o livro com todas as suas particularidades e adorei o filme, por ver a trama e os personagens que tinha gostado tanto ali na tela. E foi justamente isso que gostei nesse O lado bom da vida: senti uma grande identificação com os personagens, com seus problemas... Gostei demais da trilha, tanto a escolha das músicas(adoro quando reconheço músicas no filme!) quanto a composição do Elfm. Resumo: adorei o filme e não vejo como daria menos de 10 a ele. Quanto a questão do oscar, aí já não é comigo =P

Ah, e a Jennifer Lawrence :amor:
Dá até uma depressãozinha básica sempre que vejo um filme ou leio um livro que gosto muito, e não posso, depois, me encontrar e conversar com as pessoas envolvidas(no caso de um filme, os atores, ou o diretor ou o roteriasta... no livro, o autor, ou, ainda mais impossível, os personagens!).

Mas uma coisa que não entendi é: pq que o nome original, e tbm o do livro, é Silver Linings Playbook? Talvez isso ficasse mais esclarecido no livro :think:
 
Última edição:
Mas uma coisa que não entendi é: pq que o nome original, e tbm o do livro, é Silver Linings Playbook? Talvez isso ficasse mais esclarecido no livro :think:

2 coisas: 1, o "silver linings" é da teoria do pat sobre o otimismo. a gente tem o ditado "depois da tempestade vem a bonança", eles tem "Every cloud has a silver lining". 2, o "playbook" é o livro de jogadas ensaiadas, considerando aqui que pat é louco por futebol americano e está ensaiando um jeito de trazer a ex de volta.

Se bem que eu geralmente consigo dissociar uma adaptação de um livro

eu tb consigo. tanto que costumo dizer "como adaptação o filme é ruim". o que eu não consigo é deixar de criticar trabalho de roteirista e diretor (que aqui, por acaso, é a mesma pessoa), que consegue deixar de lado justamente o que o livro tem de melhor para construir a história. é um romance água com açúcar sim, ele transformou a história nisso. não que o livro seja infinitamente melhor, mas ele tem características que não só poderiam ser preservadas na troca de mídias, como também eram o que faziam da história algo diferente de "dois desajustados começam como amigos e depois se apaixonam" que bem, hollywood já mostrou de forma exaustiva.

vou dar como exemplo outro livro que estou lendo de onde foi adaptado um filme dos indicados ao oscar, as aventuras de pi. é ÓBVIO que o livro é melhor, é ÓBVIO que tem digressões do guri que simplesmente não seriam transportadas para a telona. mas o ang lee conseguiu captar o que a história tinha de melhor e colocar lá.

ainda acho que silver linings é fraco e só está lá por causa daquele lobby louco que fazem. não há nada no filme que diga "uau, esse aqui é bem superior a tudo que saiu este ano". botava fácil moonrise kingdom na vaga desse filme, por exemplo ¬¬'
 
Ah, e a Jennifer Lawrence :amor:
Dá até uma depressãozinha básica sempre que vejo um filme ou leio um livro que gosto muito, e não posso, depois, me encontrar e conversar com as pessoas envolvidas(no caso de um filme, os atores, ou o diretor ou o roteriasta... no livro, o autor, ou, ainda mais impossível, os personagens!).
Ah, eu tenho depressão de não poder estar tete-a-tete com a Jennifer Lawrence independentemente desse filme.
:g:
 
Impressão de ter visto "Pequena Miss Sunshine" ou um daqueles filmes inspiradores estrelados pelo Dean Cain que vivem sendo exibidos na Sessão da Tarde. Digno de menção apenas as atuações de Cooper, Lawrence, Weaver e Tucker - o último precisa encontrar mais papeis que lhe caibam ou que o desafiem.
 
Eu fui assistir pq fiquei curiosa pela quantidade de Oscars que ta concorrendo, é diferente mesmo gostei :yep:
 
Ah, e a Jennifer Lawrence :amor:
Dá até uma depressãozinha básica sempre que vejo um filme ou leio um livro que gosto muito, e não posso, depois, me encontrar e conversar com as pessoas envolvidas(no caso de um filme, os atores, ou o diretor ou o roteriasta... no livro, o autor, ou, ainda mais impossível, os personagens!).

Nadavê com esse filme, mas esses dias vi "Like Crazy", que tem a Lawrence no elenco, e a inglesinha protagonista do filme (Felicity Jones) esmerilhou tanto, mas tanto, que a Lawrence hoje em dia faz nem cosquinha.
 
SLP-silver-linings-playbook-32430009-480-360.jpg


Gente! E essas bochechas?
Dá vontade de beijar, morder, apertar e dar uns tapas.
Muito fofa essa moça. :grinlove:
 
"Hormônios" é só uma palavra insensível pra "paixão". Humpf.

Mas, sério, pelo menos quando eu citei a Felicity (que nome lindo, hein) em Like Crazy, não tava me referindo a gostosura ou sex appeal (anos 90, hello), tava falando da atuação mesmo... e também um pouquinho da fofurice e coisa e tal. Mas, né.
 
Pra uma comédia romântica de hollywood, é um filme muito bom. Tem um nível ok de sutilezas, e eles ousaram ocultar o diálogo do pat com a ex-mulher, logo no finalzinho.

Um monte de piadas clichê, mas consegue manter um nível descontraído, sem forçar a barra com a necessidade compulsória de ser engraçado. Eu ri bastante assistindo, e recomendo o filme pra quem quer passar o tempo :joinha:

Como não li o livro, não tenho como falar algo sobre o quesito adaptação.
 
É difícil uma comédia romântica me cativar, mas eu gostei demais desse filme. Todo o desenvolvimento dele foi muito bem feito.
 

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