Quem é: Gabriel García Márquez (Aracataca, 6 de março de 1927) é um escritor, jornalista, editor, ativista e político colombiano. Considerado um dos autores mais importantes do século 20, ele foi premiado com o 1972 Prémio Internacional Neustadt de Literatura de 1982 e o Nobel de Literatura de 1982 pelo conjunto de sua obra, que entre outros livros inclui o aclamado Cem Anos de Solidão. Foi responsável por criar o realismo mágico na literatura latino-americana. Viajou muito pela Europa e vive actualmente no México. É pai do cineasta Rodrigo García.
Em abril de 2009 declarou que se aposentou e que não pretendia escrever mais livros. Essa notícia viu-se confirmada em 2012, quando o seu irmão, Jaime Garcia Marquez, noticia que foi diagnosticada uma demência a Gabriel Garcia Marquez e que, embora esteja em bom estado físico, perdeu a memória e não voltará a escrever. (
Fonte )
O que escreveu: Cem anos de solidão, O amor nos tempos do cólera, Ninguém escreve ao coronel, Do amor e outros demônios, Relato de um náufrago, Memórias de minhas putas tristes, A incrível e triste história de Cândida Eréndira e sua avó desalmada entre tantas outras obras.
Defenderei “Cem anos de solidão”
Porque ele é o melhor romancista de todos? Para quem já leu algum livro dele, sabe o quanto esse cara é grande. Ele molda as palavras de uma forma única, que te transportam para dentro da história e você acaba se tornando mais um dos personagens, sofrendo, sorrindo e participando da história. Você começa o livro de um jeito e certamente termina de outro. Se as histórias do Gabriel García Márquez não te quebraram nenhum paradigma, acho bom você reler.
Exemplos: Em “Crônica de uma morte anunciada”, na primeira página já temos a dimensão da história, mas ao mesmo tempo, não sabemos sequer uma linha do que ela se trata exatamente. Como uma teia, pequenos fragmentos vão se abrindo e se transformando e você chega ao final do livro com aquela cara de “Ih, mas já acabou? No primeiro parágrafo eu já sabia o que ia acontecer e nem vi que só parei de ler na última página! COMO ASSIM, BRASIL?”.
Em “O amor nos tempos do cólera” temos uma das melhores histórias de amor escritas, onde o amor supera tudo, até o cólera. É quase como a história da Cinderella, o protagonista é um patinho feio e sem muitas perspectivas para o futuro. Porém, essa é uma história de amor e já dizia o poeta, “só o amor constrói”. Florentino encontra a felicidade nos braços da sua “deusa coroada”, em outra oportunidade que a vinha lhe oferta. Falo mais sobre esse livro aqui -
Leia a resenha
Do amor e outros demônios é outro exemplo da fodicidade do Gabo. Não conheço um autor que misture o realismo mágico com sincretismo religioso e nos presenteie com uma história de amor linda e angelical. Aqui tem uma resenha
leia
Mas vamos ao que interessa: Cem anos de solidão
Um resuminho bacana da nossa amiga Wikipédia:
Considerado um dos melhores livros de literatura latina ja escritos, sua história passa-se numa aldeia fictícia e remota na América Latina chamada Macondo. Esta pequena povoação foi fundada pela família Buendía – Iguarán. A primeira geração desta família peculiar é formada por José Arcadio Buendía e Úrsula Iguarán. Este casal teve três filhos: José Arcadio, que era um rapaz forte, viril e trabalhador; Aureliano, que contrasta interiormente com o irmão mais velho no sentido em que era filosófico, calmo e terrivelmente introvertido; e por fim, Amaranta, a típica dona de casa de uma família de classe média do século XIX. A estes, juntar-se-á Rebeca, que foi enviada da antiga aldeia de José Arcadio e Ursula, sem pai nem mãe. A história desenrola-se à volta desta geração e dos seus filhos, netos, bisnetos e trinetos, com a particularidade de que todas as gerações foram acompanhadas por Úrsula (que viveu entre 115 a 122 anos). Esta centenária personagem dará conta que as características físicas e psicológicas dos seus herdeiros estão associadas a um nome: todos os José Arcadio são impulsivos, extrovertidos e trabalhadores enquanto que os Aurelianos são pacatos, estudiosos e muito fechados no seu próprio mundo interior. Os Aurelianos terão ao longo do livro a missão de desvendar os misteriosos pergaminhos de Melquíades, o Cigano, que foi amigo de José Arcadio Buendía. Estes pergaminhos tem encerrados em si a história dramática da família e apenas serão decifradas quando o último da estirpe estiver às portas da morte.
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Por enquanto é isso. Depois do almoço coloco mais coisas