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Leitura no Brasil

Ranza

Macaco
Vindo para o serviço hoje, encontrei no chão naquele jornal Metro uma noticia que me chamou a atenção, falando o índice de leitura do brasileiro.

A pesquisa foi entre julho de 2011 e agosto de 2012 e entrevistou pessoas entre 12 a 75 anos em 12 diferentes pontos do país.

Belo Horizonte e Porto Alegre aparecem em primeiro lugar com 41%, seguido por Brasília (37%), Curitiba (34%), e Rio de Janeiro e São Paulo (33%).

Alguns dados

33% das pessoas entrevistadas disseram ter lido um livro nos últimos 30 dias, desses 53% dizem que leem com frequência enquanto 47 praticam a leitura eventualmente.

54% dos leitores pertencem a classe A e B

25% dos leitores são graduados no ensino superior

Mulheres são 60% enquanto homens são 40%



Bem, engraçado mas não em surpreendeu tanto assim, como uso o transporte coletivo, vejo que muita gente vem lendo livros aqui em BH, sempre tem duas ou três pessoas dentro do ônibus com um livro na mão, e apesar da pesquisa não falar com qual frequência essas pessoas leem, o fato do numero de leitores estar num patamar de 41% já é um avanço. Outra coisa, não tenho como ligar um evento ao outro, então posso só chutar, acredito que esses livros modinha como Crepúsculo, HP e 50 tons, colabora para esse aumento do numero de leitores, mesmo que parte deles tenha conteúdo contestável.
 
Lembro quando na seção de cartas do mangá Vagabond a editora Conrad fez um comparativo com os volumes vendidos entre Brasil e Japão. Enquanto no Brasil o mangá vendia em torno de 40 mil exemplares (distribuição nacional) no Japão cada número alcançava 600 mil exemplares vendidos.

Apesar da diferença cultural, Vagabond era baseado em uma obra literária internacional de renome, Musashi, que só viria a chegar no Brasil bem depois.

Esses números acho que já possuem uns 10 anos desde que li a resposta dos editores e devem ter alterado de cenário um pouco mas não muito e não do jeito que eu gostaria. Outras informações úteis que foram repassadas pelos editores foram do fato de um antigo decreto imperial japonês ter ordenado para que os japoneses procurassem o conhecimento em qualquer parte do mundo aonde quer que ele pudesse ser encontrado e que não houvesse nenhuma pessoa analfabeta em uma família e nenhuma família analfabeta em uma vila. Preciso confirmar mas acho que a editora trabalhava com um público de 4% de leitores dentro da população brasileira.

Esses dias saiu um texto interessante sobre tiragem de revistas científicas no Observatório da Imprensa:



JORNALISMO CIENTÍFICO
E a ciência básica?

Por Felipe A. P. L. Costa em 15/01/2013 na edição 729


Embora haja similares no mercado – como a Scientific American Brasil e a Pesquisa Fapesp –, a Ciência Hoje segue sendo não apenas a mais antiga, mas também a mais importante revista de divulgação científica publicada no país. A coleção completa é uma das preciosidades da biblioteca aqui de casa: são 299 edições – a edição de janeiro/fevereiro de 2013, que já deve estar saindo do forno, será a de nº 300 –, ocupando duas prateleiras e pesando uns 60 kg (uma saca de milho!), talvez mais.

De todas as revistas de divulgação publicadas no país, a CH é a única que aceita artigos enviados espontaneamente. Quer dizer, qualquer um – estudantes, professores, cientistas etc. – pode submeter um manuscrito para avaliação. Isso não significa dizer, claro, que todo artigo enviado será publicado. Há um processo de avaliação, a exemplo do que se passa nas revistas técnicas, ao longo do qual são recusados muitos artigos. Também não significa dizer que a revista não encomende artigos, pois encomenda – os artigos da seção “Memória”, por exemplo, na qual são comentados alguns feitos científicos notáveis, são previamente encomendados aos seus autores. Há, no entanto, um amplo e diversificado conjunto de seções a serem preenchidas com os artigos que são enviados espontaneamente.

30 anos na estrada

Em julho do ano passado, a CH completou exatos 30 anos de existência. A revista foi oficialmente lançada durante a 34ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira Para o Progresso da Ciência (SBPC), realizada na Unicamp, em Campinas (SP), de 6 a 14/7/1982. Nos primeiros anos, a publicação era bimestral; com o sucesso, porém, o número de edições anuais aumentou – a partir de 1987, esse número passou de seis para 11 (janeiro e fevereiro têm até hoje uma única edição). Na primeira década (julho de 1982 a julho de 1992), foram publicadas 82 edições (nºs 1 a 82); na segunda (agosto de 1992 a julho de 2002), foram 102 (nºs 83 a 184); na terceira (agosto de 2002 a julho de 2012), 110 (nºs 185-294).

Além de mudanças na periodicidade, alguns percalços atrapalharam a regularidade das edições. Pouco antes de completar a primeira década de existência, por exemplo, a CH passou por uma grave crise financeira, correndo o risco de acabar. Em 1991, as edições nºs 70 (janeiro/fevereiro) e 71 (março) foram impressas apenas em preto e branco, ambas trazendo na capa um alerta aos leitores: “AMEAÇADA DE EXTINÇÃO”. O grito de alerta surtiu efeito. Com o tempo, os problemas foram equacionados e o risco de desaparecer, ao que tudo indica, foi afastado. A revista atingiu a maturidade e se converteu em uma referência.

A tiragem da CH, no entanto, nunca decolou para patamares estratosféricos – até onde sei, as maiores tiragens, na casa dos 70-80 mil exemplares/mês, teriam sido alcançadas ainda na década de 1980. Quando publiquei o meu primeiro artigo na revista, no segundo semestre de 1996, a tiragem média mensal estava na casa dos 15-16 mil exemplares. Para dimensionar melhor este número, basta dizer que o lixo que a Abril publica ainda hoje sob o rótulo de Superinteressante tinha, mais ou menos na mesma época, uma tiragem média mensal na casa dos 400 mil exemplares. (A propósito, algum tempo depois, toda a equipe editorial da Superinteressante foi substituída. Os chefões queriam que os novos editores dobrassem a tiragem. Como? Em primeiro lugar, publicando menos ciência – “uma chatice complicada que ninguém entende”. Em segundo lugar, ocupando as páginas da revista com assuntos pretensamente polêmicos ou que estivessem na moda. Por fim, embrulhando tudo com capas apelativas – nus femininos, por exemplo.)

Populismo científico?

Nos últimos anos, a CH (via Instituto Ciência Hoje) ganhou um fôlego extra: apoio financeiro do governo federal. Em troca, o governa ficava com uma fatia da tiragem mensal da revista. Esses exemplares eram então distribuídos para determinadas instituições e pessoas físicas, como os bolsistas de pós-graduação do Ministério da Ciência e Tecnologia – a rigor o nome atual é Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI). Nesse sentido, podemos dizer que o aporte financeiro veio acompanhado de uma repentina ampliação no universo de leitores.

Não sei se as condições dessa parceria se mantêm, mas acho que a pergunta é apropriada: será que ela de algum modo provocou mudanças duradouras no perfil da CH? Arrisco dizer que sim, lembrando, antes de tudo, que os bolsistas do MCTI abrangem as mais diversas áreas do conhecimento (ciências sociais, filosofia, artes etc., além das áreas tecnológicas), não se restringindo apenas às ciências naturais (física, química, biologia etc.). Uma coisa que tem me chamado a atenção é o leque temático da revista, que publica hoje, muito mais frequentemente do que antes, artigos tratando de questões fora do âmbito estritamente científico. Mais recentemente, inclusive, foi criado um suplemento trimestral, o “sobreCultura”, no qual são abordados apenas temas e assuntos “culturais” – literatura e artes plásticas, por exemplo.

É bom que se diga que a CH nunca restringiu sua pauta aos domínios exclusivos das ciências naturais, publicando desde o início artigos de outras áreas do conhecimento. Do meu ponto de vista, contudo, o problema agora é que a revista abriu demais o leque, passando a sobrevalorizar temas e assuntos não científicos. Como o número de páginas da revista permaneceu inalterado e o espaço ocupado pelos artigos de “interesse geral” (rótulo arbitrário usado aqui para acomodar os artigos de ciências sociais, artes e tecnologia) foi ampliado, houve uma correspondente redução no espaço deixado para os artigos de ciências naturais (básicas ou aplicadas).

Um exemplo dessa aparente inversão de prioridades eu encontrei no último sábado (12/1), quando fiz uma visita ao sitio da revista. Das 14 principais chamadas estampadas na primeira página, apenas quatro poderiam ser apropriadamente classificadas sob o rótulo de “ciência básica”, a saber: “Descobertas de dinossauros ao acaso”, “Educação na Terra e no espaço”, “Cinema rupestre” e “Mulheres na química”. É bom ainda ressaltar que, dessas quatro manchetes, apenas a primeira levava a um artigo de divulgação; as outras três eram chamadas para matérias reportando notícias vindas de fora do país.

Mais ciência, menos provincianismo

Das outras 10 manchetes, quatro tinham a ver com ciências aplicadas ou tecnologia – “Casa feita de restos”, “Detecção precoce”, “Controlando multidões” e “Grafeno será o silício do século 21?”. As seis manchetes restantes tinham a ver com ciências sociais ou artes – “A viagem e a pesquisa nas humanidades”, “Missão: fotografar o Brasil”, “A universalidade da razão”, “Nelson Rodrigues: um trágico no imaginário social”, “O futuro a quem pertence?” e “Cálculos entre letras”.

Posso estar exagerando, mas tenho a impressão de que as ciências naturais (sobretudo as básicas) estão sendo deixadas de lado. Pessoalmente, acho uma pena. Em vez de artigos repisando as mesmas questões provincianas que há anos dominam os cadernos de cultura dos jornais brasileiros – a Semana de Arte Moderna, a Tropicália ou a obra de Nelson Rodrigues –, preferia que a revista se voltasse mais para questões propriamente científicas: de onde vieram os elementos da Tabela Periódica? O que há no interior do planeta? O que é e como é gerado o campo magnético da Terra? Como e quando surgiram os oceanos? Por que o céu é azul? Por que o mundo é verde? No fim das contas, acho que são questões mais ou menos como essas que borbulham na cabeça da gente quando temos diante de nós uma revista que tem a palavra “ciência” no nome.

***

[Felipe A. P. L. Costa é biólogo e autor de Ecologia, evolução & o valor das pequenas coisas (2003) e A curva de Keeling e outros processos invisíveis que afetam a vida na Terra (2006)]

Boa parte do tempo do ensino nas escolas precisa ser dedicado a corrigir vícios e reeducar a postura dos alunos para receber o conhecimento. Já que isso ocupa bastante espaço das aulas, num esforço que fica fora do conteúdo da matéria a solução é que a duração das atividades escolares seja aumentada.

Edit para incluir mais informações:

Para se ter uma idéia de como ocorre a valorização dos produtos impressos eu tomo como exemplo um artido que li há bastante tempo que fazia uma analogia com uma esfera:

Na superfície da esfera se localizam as publicações mais temporárias e confeccionadas com material menos nobre (revistas de entretenimento, etc...). Um pouco mais abaixo aparecem as publicações de conteúdo mas que são feitas para não durar como revistas científicas populares, periódicos, etc...

Ao fundo dessas camadas, indo em direção ao centro da esfera aparece um mercado mais robusto e feito com matéria prima de melhor qualidade e conteúdo mais estável por ser mais caro de se produzir que é o mercado de livros. Dentro do mercado de livros existe um mercado de livros didáticos e manuais de treinamento com tiragens realmente grandes feitas para escolas, empresas, indústrias e franquias que costumam dar o tom do rumo de uma economia do país (não apenas da economia literária).

Ocasionalmente aparecem bolsões de inovação em cada uma das camadas da esfera puxados por algum novo produto ou por aplicação de alguma pesquisa de um empreendedor criativo. Ao adquirir importância o novo produto ou empreendedor de sucesso deste bolsão inovador ganha peso econômico e é atraído para o interior da esfera, adquirindo projeção no núcleo editorial.

No Brasil o caminho para o centro de decisão econômico da esfera literária é mais longo e mais arriscado em razão de haver desequilíbrios que impedem o sucesso (igual o peso do estado sobre as iniciativas individuais e o "panelismo" em faculdades).

De forma que encontrar uma maneira justa de projeção no mercado brasileiro é mais difícil que em mercados consolidados. Por exemplo, é difícil tanto o produto penetrar nos consumidores quanto os consumidores se tornarem autores e penetrarem no mercado editorial.

De vez em quando são lançados relatórios das livrarias, úteis para agregar informações gerais, mas devem ser considerados como um reflexo dos interesses das editoras mas não a origem (cujos relatórios são bem mais raros e cercados de sigilo).
 
Última edição:
As pessoas podem até estar lendo, mas infelizmente não creio que sejam livros de muita qualidade... alguns sim, mas a maioria é livro de "como agarrar o seu gato" (rsssss) dentre coisas semelhantes... não vejo muita gente lendo literatura, ou narrações mais "rebuscadas". Verso então...

Infelizmente no Brasil ainda são poucos.

E mesmo que esse número de um livro por mês seja verídico, ainda assim é pouco em comparação a países onde as pessoas lêem um livro por semana.

Eu quando tinha mais tempo lia mais... agora é que não dá muito, mas tento sempre ler alguma coisa.
 
Vale resgatar da memória outra vez o dado daquela pesquisa que foi feita em cada bairro de São Paulo que calculava o número de livros por habitante. Os resultados mostraram que apenas 2 bairros alcançaram o padrão ideal para leitura sendo que um deles foi a Liberdade. o_O De arrepiar os cabelos...
 
sendo que um deles foi a Liberdade

Mas aí é só nos mangá, né, bixo xD Que demora 10min pra ser lido

-tahparei

Brincadeiras à parte, eu estudava numa escola (considerada a pior da cidade) que eu e outro aluno éramos os únicos que liam.
Mas esse aluno lia só de vez em quando, e ele era tipo, MUITO nerd, do tipo que se afasta de propósito dos outros para não ser influenciado.
Eu não, eu só não queria a companhia alheia e queria a companhia de um livro.
Só sei que numa dessas eu comecei o ano com os apelidos "ratinho", "porquinho" e "pikachu", e fechei o ano com os apelidos "solitário" e "excluído".

Raramente vejo alguém lendo, e quando vejo, são uns best-sellers, na maioria 50 Tons de Cinza ou Crepúsculo. Livros que não são lá essas coisas (mas, bem, cada um gosta do que gosta).

--
Esses dias meu pastor veio com uma dessas: "Qual de vocês lê pelo menos 5 livros por semana?". Sei lá, o cara devia estar muito desesperado pra que ninguém levantasse a mão.
 
Quando eu estudava o povo tbm não lia... eu era uma das únicas que frequentava biblioteca. Rs.

A maioria só lia resumos para provas de literatura - ou pediam pra eu resumir. Rs.

Nessa época eu lia um livro por semana, rs. Mas não raro ainda encontro - em pessoas de todas as idades, diga-se de passagem - pessoas que nunca leram um livro INTEIRO na vida.
 
Mas é triste um país onde não há o hábito de leitura. E ainda gastar com livros é considerado desperdício, mas gastar 300 reais na balada ou em bebidas não é nada errado.

Esses dias meu pastor veio com uma dessas: "Qual de vocês lê pelo menos 5 livros por semana?". Sei lá, o cara devia estar muito desesperado pra que ninguém levantasse a mão.

Mano! 5 livros por semana? Só se for livros de poesia (não antologias) ou livros de auto-ajuda curtos. Ou a pessoa não faz mais nada além de ler.
 
E pior ainda: criticar quem lê, mas raramente criticar malandragens, roubalheiras, ações que realmente prejudicam a vida das pessoas...

Quando eu lia bastante, o que não faltava era gente pra me criticar - mesmo dentre os parentes. Eu dizia que podia estar me drogando ou coisa pior, mas é como se não surtisse efeito.

Agora, 5 livros por semana, só se for um "livrinho" de 50 páginas por dia. :lol:
 
Sei la, não são livros de boa qualidade mas são livros.

Indo um pouco contra Schopenhauer, acredito que esses livros de pouca qualidade podem alavancar a vontade de leitura, começa com um bobinho aqui depois outro ali e ai vai crescendo em qualidade. Eu mesmo quando comecei a ler na escola quando menino, lia apenas e edição vagalume e adorava aqueles livrinhos, depois passei a ler só fantasia, e dai fui diversificando. O hábito da leitura tem que ser igual a aprender a andar, comece engatinhando, pois se tentar correr vai ficar frustrado e não vai tentar mais.

O país vem passando por transformações que logicamente são lentas, mas só o fato de que o número de leitores vem aumentando já é um bom sinal.
 
Quem me vê comentando aqui no fórum sabe que sou um tanto crítico com relação a essas leituras ditas "bobinhas". No meu entender, o problema de tais leituras reside no subtexto quando empregado em massa. Explico: uns veem "Crepúsculo" como história de vampiros, outros como romance, e outros como manual de comportamento. Sério. O problema da percepção indicada por último é que ela não é disseminada abertamente, mas por meio de uma idealização presente no texto de aquela é a "forma ideal", aquela, sim, é a conduta que se deve ter na vida e nos relacionamentos. O mesmo ocorre com "Cinquenta Tons de Cinza", o que levou muita gente a se questionar se não estaríamos vivenciando uma nova "revolução sexual" por conta do impacto do livro sobre seus leitores. E o que falar de "O Código Da Vinci", que levou muita gente a questionar suas próprias crenças sem que o livro mesmo apresentasse argumentos sólidos? Além disso, temos os livros de pseudo-auto-ajuda, as tramas romanescas inspiradas em eventos religiosos e que já tiraram o sono de muita gente, não-ficção que vai na contramão do pensamento científico ou mesmo do bom senso, etc. Não é questão de termos mais leitores, mas de saber o que estamos colocando nas mãos deles. Infelizmente, dependendo do livro, pode-se causar um efeito muito grave na cabeça de alguns - por exemplo, dizem que Mao Tsé-Tung descobriu "O Capital" por acaso.
 
Infelizmente, dependendo do livro, pode-se causar um efeito muito grave na cabeça de alguns - por exemplo, dizem que Mao Tsé-Tung descobriu "O Capital" por acaso.

= aquela citação d 1 escritor q esqueci o nome agora:

qto menos se lê, mais prejudicial é oq se lê.
 
Explico: uns veem "Crepúsculo" como história de vampiros, outros como romance, e outros como manual de comportamento. Sério. O problema da percepção indicada por último é que ela não é disseminada abertamente, mas por meio de uma idealização presente no texto de aquela é a "forma ideal"

Nossa... sobre isso, tinha uma conhecida minha que leu "Crepúsculo" e me confessou que dizia ao noivo dela para ele se comportar como o Edward...

Gente...

Deixar as coisas irem "até esse ponto", realmente, fazem um mal danado... chega uma hora em que é necessário deixar o livro na estante e ir viver a vida.
 
Deixar as coisas irem "até esse ponto", realmente, fazem um mal danado... chega uma hora em que é necessário deixar o livro na estante e ir viver a vida.

Não adianta querermos que mais pessoas leiam, que os livros sejam mais acessíveis, se não houver um preparo desses leitores. Fora alguns casos, é fácil alguém sem preparo ser facilmente tragado pelo conteúdo de qualquer livro que lhe cair à mão ou aceitar como verdade algo idealizado, pois não lhe ensinaram a ler nas entrelinhas. É uma questão de educação, afinal. Ler é um exercício, mesmo quando é por diversão - precisamos de mais treinamento e de mais ferramentas pra esclarecer o propósito de tais exercícios.
 
Mas aí é só nos mangá, né, bixo xD Que demora 10min pra ser lido

-tahparei

Brincadeiras à parte, eu estudava numa escola (considerada a pior da cidade) que eu e outro aluno éramos os únicos que liam.
Mas esse aluno lia só de vez em quando, e ele era tipo, MUITO nerd, do tipo que se afasta de propósito dos outros para não ser influenciado.
Eu não, eu só não queria a companhia alheia e queria a companhia de um livro.
Só sei que numa dessas eu comecei o ano com os apelidos "ratinho", "porquinho" e "pikachu", e fechei o ano com os apelidos "solitário" e "excluído".

Raramente vejo alguém lendo, e quando vejo, são uns best-sellers, na maioria 50 Tons de Cinza ou Crepúsculo. Livros que não são lá essas coisas (mas, bem, cada um gosta do que gosta).

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Esses dias meu pastor veio com uma dessas: "Qual de vocês lê pelo menos 5 livros por semana?". Sei lá, o cara devia estar muito desesperado pra que ninguém levantasse a mão.

:D E olha que eu ficaria aliviado se a pesquisa fosse só de mangás por habitante. Infelizmente era de livros em geral. Pelo visto tem muita gente que não tem nem o novo testamento deixado nos hotéis.
 

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