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Notícias Globo seria o motivo do calendário não ter sido alterado?

Neithan

Ele não sabe brincar. Ele é joselito
A mão de ferro ficou pior em 2013. Com mais privilégios e cobranças. Não interessa se o futebol está estagnado, os clubes atrasados e os torcedores sacrificados. O importante é a grade de programação. Com dinheiro e influência, a TV Globo comprou a alma do futebol brasileiro…


O futebol no Brasil tem uma dona.


Não é vilã.


Sabe se impor.


Administrar o que é seu com mão de ferro.


Ela tem nome: a carioca Rede Globo de Televisão.


No final de 2012 e no início de 2013, foram várias demonstrações de poder.


Públicas, sem medo de questionamento.


Para quem quiser ver.


O e-mail de Marcelo Campos Pinto aos presidentes de clubes foi histórico.


Mandado no final de novembro do ano passado.


"Desde 1997, quando se assinou o primeiro contrato da nova era do Campeonato Brasileiro de Futebol da Série A, a TV Globo e a Globosat não tem (sic) poupado esforçados (sic) para promover, valorizar e engrandecer esta competição. Entendemos, entretanto, como temos ressaltado em todas as nossas reuniões, que este é um esforço de todos nós, clubes e emissoras. Não raras vezes temos a impressão de que os clubes entendem que esta missão não lhes diz respeito, o que evidentemente não faz o menor sentido”.


Outro trecho é mais direto.


"Lembro, por oportuno, que tais matérias são exibidas de segunda a sábado em nossos telejornais e programas esportivos, o que corresponde a mais de 60% da exposição anual das marcas dos clubes e de seus patrocinadores de camisa e material esportivo na Rede Globo e no Sportv."


O protesto de Marcelo é veemente.


"A demora dos jogadores para se dirigirem à coletiva.


Entre o "banho" e a entrevista, podem levar até 2 horas."


Termina o e-mail com um desabafo.


De quem deseja ver tudo mudado neste ano.


“De uma maneira geral, a TV GLOBO não tem nenhum privilégio em relação à (sic) outras emissoras.


Que nada pagam ao clube."


A mensagem, transparente.


Não importa a vida real de um time de futebol.


Mas o show.


O recado deu resultado.


As federações e os clubes facilitarão ainda mais o trabalho da Globo.


Os anúncios de contratações e entrevistas importantes serão dentro dos jornais da emissora.


E, sempre que possível, será avisada antecipadamente.


Lógico que terá privilégio também nas informações com essa antecipação.


A Globo está mais firme neste ano.


Enquadrando até cúpula da CBF.


Acabou com parte da alegria do vice Marco Polo Del Nero.


A Globo e SporTV não irão citar que 20 torneios estaduais no País têm a Chevrolet como patrocinadora.


O motivo: a Volkswagen paga R$ 192 milhões por ano por uma das cotas do futebol na emissora.


Marco Polo apenas agradará os presidentes de federações.


E contabilizará os seus votos na eleição de abril de 2014.


Pior para os executivos da Chevrolet que sonhavam com a divulgação da marca.


O próprio presidente José Maria Marin tem de engolir em seco a vontade da Globo.


A grande maioria dos presidentes de clubes fala em off, longe dos microfones.


Seria ideal adequar o calendário brasileiro ao europeu.


Abriria espaço para excursões.


As janelas não desmontariam seus clubes durante os campeonatos.


Haveria espaço para férias e pré-temporadas de verdade.


Tudo seria facilitado.


Mas acontece que a emissora não permite.


Toda a sua grade de programação está amarrada.


Os anunciantes são fechados de janeiro a dezembro.


Há décadas é assim.


Vai continuar sendo.


E o calendário do futebol brasileiro tem de se adequar a isso.


Quem se sentou na cadeira da presidência da CBF sabe que é assim.


Não há choro nem vela.


"Temos de conviver com essa realidade.


É a realidade que temos.


Não podemos nos basear no calendário de outros países, como os da Europa.


Não vou criar nem alimentar falsas ilusões de que vamos mexer no calendário."


O dirigente deu essas declarações ontem.


Foi um recado de que a CBF continuará se dobrando às exigências da Globo.


E os omissos presidentes de clubes aceitam.


Cerca de míseros 17 dias de pré-temporada.


Jogos na prática às 15h no verão senegalesco de várias regiões brasileiras.


Partidas às 22h, expondo seus torcedores à falta de condução.


E à cada vez maior violência das cidades grandes.


A Globo está mais do que certa.


Tem de adequar o futebol brasileiro à sua grade de programação.


Tratar os presidentes de clubes como seus funcionários.


Ela faz não porque paga.


Porque sabe que lida com pessoas omissas, fracas, desunidas.


Que se impressionam com o dinheiro.


E esquecem totalmente do bom senso.


Do bem-estar dos apaixonados pelo esporte.


Das pessoas que colocam o clube como uma das prioridades na vida.


Elas não são prioridades para os administradores da CBF e de federações.


Muito menos os jogadores.


Quem tem uma tendência ao sadismo, por exemplo, poderá se divertir com a Copa São Paulo de Futebol Junior.


Garotos de até 20 anos jogarão neste sábado e domingo ao vivo pela SporTV.


Às 14h, no horário de verão.


Ou 13h, no horário do sol, em pleno verão.


Em vez de água, se poderia servir sopa fervente no intervalo.


Aí o espetáculo seria perfeito.


O importante é a grade de programação da emissora.


Ou alguém ainda se ilude?


Imaginando que a FPF faz a tabela sem consultar a dona do futebol?


Ninguém pode se esquecer disso.


Nem dos privilégios de quem paga.


Marcelo Campos Pinto colocou todos no eixo.


Depois que o e-mail vazou, os recados foram mais cuidadosos.


Diretos nos ouvidos de quem interessa.


Desde a riquíssima CBF até o desvalido Potiguar de Mossoró estão avisados.


Calendários, horários de jogos, entrevistas, apresentação de jogadores.


Essa é a sua preocupação.


Condições de trabalho e de saúde dos atletas não interessam.


Nem o bem-estar dos torcedores.


Não é com ela.


A sua preocupação é com o espetáculo, gerar audiência.


E manter patrocinadores felizes e disposto a pagar cada vez mais.


Não é por acaso que Corinthians e Flamengo ganham mais dinheiro da emissora.


Não há preocupação em desequilibrar as forças.


Com a ‘espanholização’.


Na transformação no Barcelona de Itaquera.


Ou do Real Madrid do Ninho do Urubu.


Mais ricos do que os outros.


Com mais dinheiro para ter melhores jogadores.


Ganhar mais títulos.


O importante é mostrar os clubes que levantam o ibope.


E esconder aqueles que não dão.


Como Palmeiras e Botafogo, por exemplo.


O futebol neste País está estagnado.


Parado no tempo, atrasado, amarrado.


Lamentável que seu dono tenha a visão tão limitada.


Só olhe para o bolso.


Mas não é surpresa.


Desde os tempos da ditadura militar é assim.


O futebol virou monopólio.


Deixou de ser esporte, virou show.


Cujos bastidores não interessa mostrar.


Foi na época dos militares que a emissora expandiu, cresceu.


E se tornou a poderosa Rede Globo de Televisão...


Cosme Rimoli~


Olha, nunca gostei dele, mas o texto é interessante. Muita coisa que já sabíamos, mas o lance do Calendário não ter sido mudado para o Europeu (que traria muitos benefícios aos clubes) por conta da Globo, eu nunca tinha pensado.
 
Eu até tento ler esse cara, mas não passo da 3ª linha... não dá! Cosme Rímoli e suas notícias em estrofes de verso livre...
:roll:

Mas nem preciso passar do título do texto para dizer que concordo totalmente.
 
Última edição:
Eu até tento ler esse cara, mas não passo da 3ª linha... não dá! Cosme Rímoli e suas notícias em estrofes de verso livre...
:roll:

Mas nem preciso passar do título do texto para dizer que concordo totalmente.
Eu ia falar a mesma coisa!
O cara pode até estar corretíssimo, mas eu desisti de ler esse texto extremamente pedante antes da 10ª linha. (Cheguei longe, hein!?)
Faz um resumo do texto em lingua de gente, Neithan!
 
Mesmas palavras:

O futebol no Brasil tem uma dona. Não é uma vilã, sabe se impôr, e administrar o que é seu com mão de ferro. Seu nome é Rede Globo de Televisão.

No final de 2012 e no início de 2013, foram várias demonstrações de poder, publicas e sem medo de questionamento, pra quem quiser ver. O e-mail de Marcelo Campos Pinto aos presidentes de clubes foi histórico, mandado no final de novembro do ano passado:

"Desde 1997, quando se assinou o primeiro contrato da nova era do Campeonato Brasileiro de Futebol da Série A, a TV Globo e a Globosat não tem (sic) poupado esforçados (sic) para promover, valorizar e engrandecer esta competição. Entendemos, entretanto, como temos ressaltado em todas as nossas reuniões, que este é um esforço de todos nós, clubes e emissoras. Não raras vezes temos a impressão de que os clubes entendem que esta missão não lhes diz respeito, o que evidentemente não faz o menor sentido”.

Outro trecho é mais direto.

"Lembro, por oportuno, que tais matérias são exibidas de segunda a sábado em nossos telejornais e programas esportivos, o que corresponde a mais de 60% da exposição anual das marcas dos clubes e de seus patrocinadores de camisa e material esportivo na Rede Globo e no Sportv."

O protesto de Marcelo é veemente.

"A demora dos jogadores para se dirigirem à coletiva.Entre o "banho" e a entrevista, podem levar até 2 horas."

Termina o e-mail com um desabafo, de quem deseja ver tudo mudado neste ano.

“De uma maneira geral, a TV GLOBO não tem nenhum privilégio em relação à (sic) outras emissoras. Que nada pagam ao clube."

A mensagem é clara, não importa a vida real de um time de futebol e sim o show. O recado deu resultado, as federações e os clubes facilitarão ainda mais o trabalho da Globo. Os anúncios de contratações e entrevistas importantes serão dentro dos jornais da emissora, e, sempre que possível, será avisada antecipadamente.

Lógico que terá privilégio também nas informações com essa antecipação. A Globo está mais firme neste ano.

Enquadrando até cúpula da CBF. Acabou com parte da alegria do vice Marco Polo Del Nero.A Globo e SporTV não irão citar que 20 torneios estaduais no País têm a Chevrolet como patrocinadora. O motivo? A Volkswagen paga R$ 192 milhões por ano por uma das cotas do futebol na emissora. Marco Polo apenas agradará os presidentes de federações, e contabilizará os seus votos na eleição de abril de 2014. Pior para os executivos da Chevrolet que sonhavam com a divulgação da marca.

O próprio presidente José Maria Marin tem de engolir em seco a vontade da Globo. A grande maioria dos presidentes de clubes fala em off, longe dos microfones: Seria ideal adequar o calendário brasileiro ao europeu, pois:
-Abriria espaço para excursões.
-As janelas não desmontariam seus clubes durante os campeonatos.
-Haveria espaço para férias e pré-temporadas de verdade.

Tudo seria facilitado. Mas acontece que a emissora não permite, toda a sua grade de programação está amarrada, os anunciantes são fechados de janeiro a dezembro, e se há décadas é assim, vai continuar sendo. E o calendário do futebol brasileiro tem de se adequar a isso. Quem se sentou na cadeira da presidência da CBF sabe que é assim, Não há choro nem vela. "Temos de conviver com essa realidade. É a realidade que temos, não podemos nos basear no calendário de outros países, como os da Europa. Não vou criar nem alimentar falsas ilusões de que vamos mexer no calendário." O dirigente deu essas declarações ontem. Foi um recado de que a CBF continuará se dobrando às exigências da Globo.

E os omissos presidentes de clubes aceitam cerca de míseros 17 dias de pré-temporada, jogos na prática às 15h no verão senegalesco de várias regiões brasileiras, partidas às 22h, expondo seus torcedores à falta de condução e à cada vez maior violência das cidades grandes.

A Globo está mais do que certa, tem de adequar o futebol brasileiro à sua grade de programação, tratar os presidentes de clubes como seus funcionários. Ela faz não porque paga, e sim porque sabe que lida com pessoas omissas, fracas, desunidas, que se impressionam com o dinheiro e esquecem totalmente do bom senso, do bem-estar dos apaixonados pelo esporte, das pessoas que colocam o clube como uma das prioridades na vida. Elas não são prioridades para os administradores da CBF e de federações. Muito menos os jogadores.

Quem tem uma tendência ao sadismo, por exemplo, poderá se divertir com a Copa São Paulo de Futebol Junior. Garotos de até 20 anos jogarão neste sábado e domingo ao vivo pela SporTV, Às 14h, no horário de verão. Ou 13h, no horário do sol, em pleno verão. Em vez de água, se poderia servir sopa fervente no intervalo, aí o espetáculo seria perfeito.

O importante é a grade de programação da emissora. Ou alguém ainda se ilude? Imaginando que a FPF faz a tabela sem consultar a dona do futebol? Ninguém pode se esquecer disso, nem dos privilégios de quem paga.

Marcelo Campos Pinto colocou todos no eixo. Depois que o e-mail vazou, os recados foram mais cuidadosos, direto nos ouvidos de quem interessa. Desde a riquíssima CBF até o desvalido Potiguar de Mossoró estão avisados: Calendários, horários de jogos, entrevistas, apresentação de jogadores, são essas as preocupações da Globo, não as condições de trabalho e de saúde dos atletas não interessam, nem o bem-estar dos torcedores. Não é com ela. A sua preocupação é com o espetáculo, gerar audiência, e manter patrocinadores felizes e disposto a pagar cada vez mais.

Não é por acaso que Corinthians e Flamengo ganham mais dinheiro da emissora. Não há preocupação em desequilibrar as forças com a ‘espanholização’, na transformação no Barcelona de Itaquera ou do Real Madrid do Ninho do Urubu, mais ricos do que os outros, com mais dinheiro para ter melhores jogadores e ganhar mais títulos. O importante é mostrar os clubes que levantam o ibope, e esconder aqueles que não dão como Palmeiras e Botafogo, por exemplo.

O futebol neste País está estagnado, Parado no tempo, atrasado, amarrado. Lamentável que seu dono tenha a visão tão limitada, e que só olhe para o bolso. Mas não é surpresa, desde os tempos da ditadura militar é assim. O futebol virou monopólio. Deixou de ser esporte, virou show, cujos bastidores não interessa mostrar.

Foi na época dos militares que a emissora expandiu, cresceu.

E se tornou a poderosa Rede Globo de Televisão...

:rofl:
 
A questão é: o que fazer? Sair do dinheiro do monopólio global para fazer o monopólio do dízimo da Record?
A não ser que se destrua esse monopólio, a exemplo da CableVisión na Venezuela, ou que haja intervenção federal no futebol como na Argentina.
Clubes e CBF se unirem para mudar a situação? Seria interessante, mas muito difícil de acontecer, pelos motivos citados no texto. A Globo aposta na desunião em cheio, e a fomenta.
Creio que uma ajuda do governo seria muito necessária, mas iria bater de frente com a Vênus Platinada, e seria um caminho sem volta. Afinal, as elites brasileiras são bem mais influentes e formadoras de opinião que as terras de Hugo e Cristina.
 
Nenhum campeonato do mundo foge disso.
Se não é pra agradar o canal de TV e o horário da novel, é fazer jogos às 13h pra pegar horário nobre na ásia.

Se alguém conseguir achar uma solução, poderá ser consultor de futebol para o mundo inteiro.
 
Dividir a cota de televisão de forma igualitária ou esse campeonato vai pro vinagre não demora muito.Se a Globo manda os dirigentes rezarem na cartilha dela e todo mundo diz amém...:blah:Formação de uma liga de clubes seria uma solução plausível, mas ainda assim os clubes ficariam "reféns" da dita emissora pelo que conhecemos dos dirigentes do futebol brasileiro.
 
Eu sou plenamente a favor do governo meter o pé na janta no futebol da Globo. Na verdade, meter o pé da janta de uma forma mais profunda nos dois itens: tanto na organização do futebol em si, remanescente da República Velha, quanto no monopólio escandaloso sobre as telecomunicações em si.

A primeira coisa seria baixar uma lei proibindo uma rede de TV de, ao mesmo tempo, ter direito exclusivo de fazer a transmissão naquela modalidade (aberta, fechada ou pay-per-view) e abdicar de fazê-lo. Como assim? A Globo é dona do Brasileirão todo, mas só transmite jogos quarta às 21:50 e domingo ás 16:00? Então ela que cedesse para outras. Seria muito legal ver o jogo de sábado às 18:30 na Band, às 20:30 no SBT, quinta-feira, às 20:30, na Record e por aí vai. Na verdade, seria excelente se esse horário exdrúxulo das 10 horas da noite fosse banido.

Outra seria instalar a meritocracia na distribuição das cotas de TV, emendando ou regulamentando o Estatuto do Torcedor: oras, pagar uma diferença tão absurda entre Flamengo e Corinthians e times como Galo e Botafogo influencia diretamente no resultado do campeonato que a própria Globo está transmitindo, não? Absurdo isso. Deviam fazer a regra com uma diferença pequena, no máximo razoável dos times, com preferência para aqueles que ficaram mais bem-posicionados na tabela do campeonato.

A distribuição do campeonato entre as diferentes emissoras distribuiria também o que é o chamariz de audiência mais garantido dos tempos modernos, que não têm mais saco para programas chatos de auditório. Com o tempo, as outras redes teriam recursos para investir em outras coisas, aquecendo a comunicação.

Isso seria só o primeiro passo para uma Ley de Medios. Há tanta coisa para mudar...
 
Não consegui ler tudo pois é muito difícil e requer grande paciência, mas a parte final é o que eu sempre digo.

A Globo está pouco se lixando para os clubes, ela só quer audiência e por isso privilegia Corinthians e Flamengo. Poderia ser qualquer outro. E ela sempre vai mostrar mais e mais partidas destes times e a torcida aumentará e eles terão cada vez mais justificativas para transmitir partidas destes clubes e dar mais dinheiro: dá mais audiência. Equipes como Santos, Inter e Cruzeiro nos últimos anos foram preteridas quando tinham partidas decisivas ora de libertadores, sul americana ou recopa por filmes. Agora se for o Corinthians eles fincam o pé e deve estar em contrato que o timão pela libertadores sempre tem que jogar as 22:00 para ter transmissão para todo o Brasil.

Quando eu reclamo alguns pensam que falo em nome do meu time, não é isso. Eu reclamo em nome do futebol brasileiro. Times tradicionais como Botafogo e Vasco já não tem poder nenhum. O Corinthians só está fazendo estes investimentos porque ganha mais da TV e tem a Caixa por trás, não fosse isso jamais conseguiria o Pato.

Sem contar o absurdo que é o calendário, já falei isso trocentas vezes aqui e este ano pelo simples fato de que a Globo quer acabar com a Fox ela fez um esquema de que só participa da sul americana (que a fox transmite) os clubes que caírem nas 8º da copa do brasil, quem passar está fora da sul americana. Ou seja, os grandes clubes brasileiros não jogarão a sul americana em consequência disso a competição perderá audiência tudo porque a globo mexeu os pauzinhos.

Não adianta, o que eu digo há tempos está se tornando realidade, certos times tem a preferência e outros são relegados e o pior de tudo é que os outros aceitam isso bovinamente, como bois que vão para o abate, não reclamam, tem medo. Preferem contentar-se com migalhas do que lutar por algo melhor, mais justo.

EDIT:
Recomendo a leitura deste artigo, que fala da divisão de dinheiro da Premier League, atualmente o maior e melhor campeonato do mundo de futebol.

http://www.futebolfinance.com/premier-league-distribuicao-de-receitas-tv-201112

Nada mais justo que isso, divide 70% do bolo de forma igualitária, 15% do total vai de acordo com a classificação e 15% vai de acordo com a audiência.

Acho justíssimo com os clubes que organizam-se e fazem um grande campeonato.
Mas duvido que certos clubes aceitem receber apenas isso.

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Nenhum campeonato do mundo foge disso.
Se não é pra agradar o canal de TV e o horário da novel, é fazer jogos às 13h pra pegar horário nobre na ásia.

Se alguém conseguir achar uma solução, poderá ser consultor de futebol para o mundo inteiro.

Mas foge do que? A Globo investirá mais de 1 bilhão no brasileiro, a Record tinha proposta igual ou superior. E o futebol brasileiro rende pouco pra fora.

O problema é que pela nova divisão a globo quer dar ao Corinthians e Flamengo por volta de 30% do total, e os outros 18 clubes ficam com o resto divididos também de forma errada e injusta.

É que não tem como ficar calado perante a isso. Vejam se tem graça assistir a jogos do campeonato espanhol? Não tem. E o Brasil chegará logo em breve lá. Claro que é maravilhoso para os corinthianos, mas é injusto. Alguns ficam brabinhos quando leem a verdade, já não basta ter um patrocínio milionário do governo, ganhar um estádio sem comprometer receita nenhuma (enquanto outros clubes terão que jogar fora, perder receitas com publicidade, gastar parte dos investimentos que poderiam ser em futebol no estádio), e ganhar não mais da tv, mas muito mais. 60 milhões a mais por ano. Isso em 10 anos (que é o que a globo quer) são 600 milhões a mais. E pouca gente reclama, ninguém fala nada, tá tudo bem parece. O sr Andrés Sanches está conseguindo o que sempre quis. E não vão me dizer que ele não tem influência. Deu, cansei de reclamar por hoje.

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Dividir a cota de televisão de forma igualitária ou esse campeonato vai pro vinagre não demora muito.Se a Globo manda os dirigentes rezarem na cartilha dela e todo mundo diz amém...:blah:Formação de uma liga de clubes seria uma solução plausível, mas ainda assim os clubes ficariam "reféns" da dita emissora pelo que conhecemos dos dirigentes do futebol brasileiro.

Nem falo igualitária, mas é natural que premie-se aqueles clubes organizados com um pouco mais.
E é natural que os grandes clubes consigam outras receitas, através da torcida e que no final tenham um faturamento maior com as vendas. O problema é a priorização que a tv dá a 2 clubes, a tentativa de transformar o campeonato numa disputa a parte, sem graça nenhuma.

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A questão é: o que fazer? Sair do dinheiro do monopólio global para fazer o monopólio do dízimo da Record?
A não ser que se destrua esse monopólio, a exemplo da CableVisión na Venezuela, ou que haja intervenção federal no futebol como na Argentina.
Clubes e CBF se unirem para mudar a situação? Seria interessante, mas muito difícil de acontecer, pelos motivos citados no texto. A Globo aposta na desunião em cheio, e a fomenta.
Creio que uma ajuda do governo seria muito necessária, mas iria bater de frente com a Vênus Platinada, e seria um caminho sem volta. Afinal, as elites brasileiras são bem mais influentes e formadoras de opinião que as terras de Hugo e Cristina.

Não estamos falando da forma que o dinheiro vem, e sim como ele é aplicado. OU tu acha que se a Record tivesse o poder nas transmissões não ganharia mais com patrocinadores? Claro que ganharia, exemplo disso foi a cobertura das olimpiadas onde faturaram muito dinheiro.
 
Última edição:
Bom, o Kalil até tentou bater o pé com a Globo e ameaçou fechar à parte com a Record, mas no final arregou por não ter o apoio de absolutamente mais ninguém dos outros times de futebol.

É o estilo dele, no começo ele fecha a cara e cruza os braços, faz crer que sua impassibilidade é total. E por vezes funciona.

No ano de 2009, primeiro do mandato dele, ele deixou o time sem patrocínio master porque ninguém pagou o valor de mercado estimado, por uma consultoria, de ter a marca estampada na camisa do Galo.

Agora, não fechou acordo favorável com o consórcio que gere o Mineirão. E a Libertadores, por enquanto, será no Independência. Já há notícias de que investidores que compraram camarotes estão devolvendo alguns.

Mas a Globo é muito, mas muito maior que ele ou meia dúzia de opositores vocais. Não tem como enfrentar mesmo não.

Vai ser difícil, dolorido ver os 2 de Minas, a longo prazo os 2 de RS, Palmeiras, Botafogo e Vasco chutados na lata de lixo do futebol. Ou na caixinha de música da nostalgia, num canto mofado do armário.
 
EDIT:
Recomendo a leitura deste artigo, que fala da divisão de dinheiro da Premier League, atualmente o maior e melhor campeonato do mundo de futebol.

http://www.futebolfinance.com/premier-league-distribuicao-de-receitas-tv-201112

Nada mais justo que isso, divide 70% do bolo de forma igualitária, 15% do total vai de acordo com a classificação e 15% vai de acordo com a audiência.
E ainda assim é um campeonato onde nos ultimos 20 anos o Manchester Utd foi campeão 12 vezes (vice em 5), Arsenal 3, Chelsea/Abramovic 3, Blackburn 1, Man City / arabes 1.
 
E ainda assim é um campeonato onde nos ultimos 20 anos o Manchester Utd foi campeão 12 vezes (vice em 5), Arsenal 3, Chelsea/Abramovic 3, Blackburn 1, Man City / arabes 1.

O Manchester só ganhou tudo isso porque tem um treinador competente.

Se for verificar os investimentos feitos perde feio para o Chelsea, agora o Man City e não duvido que o Tottenham gaste mais também.

O Ferguson gasta com inteligência (e vende com inteligência também). Queria o Lucas, mas falou a verdade: 45 milhões de euros é muito dinheiro para ele, até pode valer mais no futuro mas no momento não valia isso e só pagaram porque encontraram um árabe meio louco com o Leonardo por trás indicando.

E o Manchester, assim como o Barcelona, tem muitos sócios. Mas da TV não ganha muito mais que os outros não. Ganha mais em outras áreas. O que aconteceria com o Corinthians também e se o Flamengo se organizasse minimamente também.
 
O modelo de divisão de receita do inglês é o mais justo, mas é aquilo que já cansamos de discutir. Enquanto os clubes forem totalmente escravos da grana da TV com alguns chegando a pedir adiantamento do recebimento da cota dos próximos 2/3 anos nada mudará.

Achavam que em 1987 quando criaram o C13 deram um grande passo se rebelando contra a CBF, mas não deu em nada pois foi a partir daquele ano cairam nas teias de algo muito pior.

Pior apenas pros demais, pois pra Flamengo e Corinthians o cenário atual é simplesmente um paraíso.
 
Uma mudança gigante como essa não acontece de uma hora pra outra e não está atrelada a apenas um fator.

Concordo com todos que afirmam ser a Globo a principal causadora do problema.
Mas é preciso entender que futebol é um negócio de cifras bilionárias e desperta alguns interesses escusos nos seus organizadores.
A falta de ética não é só daqueles que controlam a Globo.
CBF, governo, patrocinadores, dirigentes de clubes, jogadores, empresários... Todo mundo quer sua parte!
E pior: todo mundo quer aumentar sua parte sem se importar com o que isso demande.

Vários pontos contribuiriam para corrigir as injustiças a médio/longo prazo:

1- Fortalecimento/criação da liga dos clubes:
O grande problema da liga é que ela não pode ser constituída dos mesmo motivos que moveram o Clube os 13 até hoje.
Assim como a Globo faz hoje, o C13 também oprimia os menores e privilegiava os maiores.
Uma liga que tenha como premissa o desenvolvimento comum de todos os clubes brasileiros e não apenas de uma minoria pode amenizar as interferências do poder econômico de quem detém o monopólio.
A decadência do C13 se explica por essa patética vontade de encher os próprios bolsos. O mercado moderno atesta que dividindo o bolo, sua fatia aumenta.
É uma premissa que no futebol poucos entendem: o desenvolvimento do seu vizinho vai forçar o seu próprio desenvolvimento também, desde que você faça por onde.

2- Quebra do monopólio:
O monopólio só existe porque a CBF permitiu. Ninguém da Globo apontou uma arma pra cabeça do Ricardo Teixeira e o obrigou a assinar nada! Se ele assinou, está atestado o seu consentimento em nome de todos que ele representava. Alguma vantagem ele deve ter levado pra ter vendido a alma de todos os clubes de futebol do Brasil ao capeta.
Não somos ingênuos e sabemos que ele não foi o único que tirou vantagem nisso.
Essa situação só se reverterá quando o item acima estiver concretizado.
Parece ser fácil de quebrar a banca da Globo, mas não é porque ela se vale da ganância das pessoas que comandam os clubes.
Assim como numa licitação pública forjada, alguém tá recebendo um por fora.

3- Divisão justa das cotas:
É simples! Pega-se um montante que será pago aos clubes pela participação em determinado campeonato.
Desse montante, 80% é dividido equitativamete entre todos.
O que resta será pago com base em critérios pré-estabelecidos. Pode ser por índice de Ibope, por número de jogos transmitidos, por classificação no ano anterior... Enfim, esses 20% seriam um bônus pra os que tiverem um desempenho melhor, de acordo com critérios combinados previamente. Mas esse valor não vai ser tão grande em relação ao montante pago aos demais, evitando as distorções atuais.
O problema de implantar essa sistemática não é da Globo em si, mas dos próprios clubes. Aqueles que ganham mais não querem perder nada! E assim se perpetua a injustiça que corrói ano a ano as finanças dos menores e os coloca em posição de impotência.
O que esses grandes não entendem é que esse sistema impede o desenvolvimento do conjunto como um todo e os impede de crescerem ainda mais.
Novamente, a ganância, dessa vez aliada à incompetência de gestão dos clubes, faz com que o futebol brasileiro patine no mesmo lugar.

Depois desse processo todo, ainda há outros entraves para o ajuste do calendário a uma realidade similar à europeia.

1- Questões regionais:
São todas aquelas questões com os estaduais. Substituílos por regionais é um começo, mas ainda não é a solução definitiva para o problema.
Como ter pré-temporada, intervalos entre partidas, férias pros jogadores e dirigentes profissionais, paralisação das atividades em datas Fifa, sem acabar com os estaduais?
E se os estaduais acabarem, como dar sustentabilidade aos times pequeninos do interior?
As dimensões do Brasil impedem que nós nos comparemos a maioria dos países europeus.
Alguém aqui conhece a fundo o modelo Russo?

2- Questões federativas:
A Conmenbol tem um calendário para a Libertadores e pra Sul-Americana que não ajuda muito no nosso processo.
Forçar a mudança não deve ser muito difícil, mas não devemos esquecer dos demais países.
E se nós formos o único país que se interessa pela mudança desses torneios?
A decisão deve ser democrática e não imposta.
 
Dizem que o Andrez quer derrubar a CBF, com Juvenal e Tirone a princípio apoiando, mas quer fazer isso com o apoio da Globo, então dá na mesma.

O foda é que não temos emissoras que consigam brigar com a Globo, pelo menos na TV aberta. O monopólio dela é gigantesco demais.
 
Se os clubes tivessem culhões e se recusassem a vender os direitos nesse formato atual, ele fatalmente mudaria, porque por mais que a Globo se interesse só por Flamengo e Corinthians, ela depende dos direitos dos adversários desses times. O foda é que os clubes são desunidos, e quem tentou puxar esse movimento foi o bufão do Kalil, que ninguém leva a sério.
 
Se os clubes tivessem culhões e se recusassem a vender os direitos nesse formato atual, ele fatalmente mudaria, porque por mais que a Globo se interesse só por Flamengo e Corinthians, ela depende dos direitos dos adversários desses times. O foda é que os clubes são desunidos, e quem tentou puxar esse movimento foi o bufão do Kalil, que ninguém leva a sério.
O problema não é a ausência de culhões.
O que atrapalha mesmo é que esses culhões são vendidos muito baratos!
 
É, a ideia do Kalil era ótima. Globo só transmitira dois jogos por campeonato, a ida e a volta de Flamengo X Corinthians. Seria totalmente inviável. Mas tinha de ter sido feita por alguém com mais moral entre os clubes. Ou entre uma aliança entre clubes. Se os gaúchos, mineiros e Botafogo, Palmeiras, Santos, Vasco, SPFC e Fluminense fizessem isso, os menores viriam juntos e pronto. Falta atitude e interesse destes dirigentes, que não percebem que essa espanholização pode, e já está ocorrendo. A diferença entre o que recebe o Flamengo e o Botafogo, de TV, é ridícula.
 

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