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ONG coloca cartunista brasileiro na lista dos dez mais antissemitas

Mercúcio

Usuário
[h=1]ONG coloca cartunista brasileiro na lista dos dez mais antissemitas[/h]Por Douglas Gavras


Conhecido internacionalmente pela militância em favor dos palestinos, o cartunista brasileiro Carlos Latuff, autor de ilustrações críticas a Israel, acaba de ser incluído em uma lista das dez organizações ou pessoas consideradas mais antissemitas do mundo, publicada na última quinta-feira (27) pelo centro de defesa dos direitos humanos Simón Wiesenthal.


O relatório resume: "Durante os conflitos recentes instigados pelo Hamas contra o Estado judaico, o brasileiro criticou Israel e o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu por fazer o que qualquer outro líder mundial teria feito para proteger civis inocentes".


Latuff aparece logo na terceira posição da lista, atrás apenas do líder Mohammed Badie, guia espiritual do partido islâmico egípcio Irmandade Muçulmana que acusou os judeus de "disseminar a corrupção pelo mundo", e do presidente iraniano, Mahmud Ahmadinejad, que propôs em várias ocasiões "riscar o Estado Hebreu do mapa".


Em 2011, o cartunista emprestou seus traços a protestos de manifestantes da Primavera Árabe. Utilizados na Líbia, seus desenhos antecipavam a queda do ditador Muammar Gaddafi e imaginavam o futuro do país após a mudança.


Em entrevista à Folha, Latuff disse que o incidente teve início com a publicação no dia 20 de novembro de uma charge crítica às investidas do Exército israelense na Faixa de Gaza. O desenho foi reproduzido pelo site americano "Huffington Post". Um dos líderes da Simón Wiesenthal teria pedido a retirada do desenho do blog e acusado o brasileiro de antissemitismo.


"Não é uma crítica ao conteúdo de minhas charges, é uma tentativa de associar questionamentos quanto à postura do Estado de Israel ao sentimento antijudaico, criminalizando a manifestação e buscando confundir a opinião publica", diz Latuff.


De acordo com o cartunista, retratar a causa palestina ainda é motivo de receio por parte dos artistas, pois "as portas podem se fechar para eles". Em uma nota em seu perfil no Facebook, Latuff diz que "não foi a primeira e nem será a última vez que tal incidente acontece".

"Vou continuar fazendo desenhos que defendam os palestinos, os indígenas no Chile, contra a violência policial no Brasil", diz Latuff. "É um trabalho autoral, mas não se trata só da minha opinião. É preciso que seja útil para os manifestantes, e que eles possam usar aquilo como uma ferramenta."
[h=4]Carlos Latuff[/h] Ver em tamanho maior »





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Desenho do quadrinista carioca Carlos Latuff, que retrata o conflito entre israelenses e palestinos



Até o fim da manhã desta sexta-feira, a organização Simón Wiesenthal não havia retornado as tentativas de contato da reportagem.

Abaixo do artista brasileiro, na quarta posição da "lista negra", está um grupo de torcedores europeus por seus cantos contra a equipe do Tottenham Hotspur, que tem sua sede em um tradicional bairro judeu de Londres --em uma recente partida contra o West Ham United, parte da torcida cantou "Adolf Hilter vem aí e vai ter câmara de gás", em referência aos campos de extermínio da Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

A lista traz ainda o partido ucraniano de direita Liberdade (Svoboda), o partido grego nacional socialista Amanhecer Dourado e o partido de extrema direita húngaro Jobbik. Fecham o ranking antissemita Trond Ali Linstad, ativista norueguês, Jakob Augstein, editor da revista alemã "Der Freitag" e colaborador da "Spiegel", e o norte-americano de origem muçulmana Louis Farrakhan.




Veja a lista dos dez mais antissemitas, segundo a organização Simón Wiesenthal:


1. Mohammed Badie, líder político
2. Mahmud Ahmadinejad, presidente do Irã
3. Carlos Latuff, cartunista
4. Membros de torcidas de times de futebol europeus
5. Partido Svoboda, da Ucrânia
6. Partido Amanhecer Dourado, da Grécia
7. Partido Jobbik, da Hungria
8. Trond Ali Linstad, ativista
9. Jakob Augstein, jornalista
10. Louis Farrakhan, ativista

FONTE: http://www1.folha.uol.com.br/ilustr...eiro-na-lista-dos-dez-mais-antissemitas.shtml
 
Ele não é antissemita, só critica a política israelense, antissemitismo é achar que o povo judeu deve ser eliminado.

Nem sei o que dizer. E quando alguma organização vai classificar Israel como anti-árabe? Israel é imune a críticas só porquê os pais e avós de alguns cidadãos sofreram na Europa? E os palestinos que sofrem agora, ninguém olha para eles?

A imunidade de Israel se deve às relações que eles construíram com os EUA.

http://www.youtube.com/watch?v=kSufLkx5Aug#t=8m28s

Edit: consertei o link :mrgreen:
 
Última edição:
Nem sei o que dizer. E quando alguma organização vai classificar Israel como anti-árabe? Israel é imune a críticas só porquê os pais e avós de alguns cidadãos sofreram na Europa? E os palestinos que sofrem agora, ninguém olha para eles?

Essa tem sido a tônica.
Israel mantêm uma política ultra agressiva na região, mas diante da crítica recorre ao discurso vitimista com referência ao holocausto.
A tal ONG vai ter que alargar essa lista aí, porque a crítica aos pupilos do Tio Sam tem ganhado corpo em todo o mundo ocidental, além de adesões importantes de grandes nomes da intelectualidade contemporânea.
 
É muito mais uma crítica a política agressiva de Israel na região (como foi dito) que antissemitismo. Pelos cartuns apresentados em nenhum momento foi proposto a exterminação de judeus ou expulsão etc. Israel precisa rever sua política na faixa de Gaza e no mundo árabe o mais breve possível. Mantendo a postura de vítima perante a comunidade internacional não resolve o problema em si. O primeiro passo é reconehcer a Palestina como estado de fato e de direito ( Estado observador é muito tímido ainda).
 
Estado observador, pra quem não era nada, já é alguma coisa.

O único jeito de haver mudança na política israelense em gaza (e nos outros territórios ocupados) é se houver uma mudança dentro dos EUA, porque o pessoal tá praticamente ajudando/bancando um estado fascista dentro do oriente médio.

Israel mantêm uma política ultra agressiva na região, mas diante da crítica recorre ao discurso vitimista com referência ao holocausto.

Also, se for parar pra pensar, os nazistas costumavam colocar os judeus em guetos, que é exatamente o que os israelitas fazem com os palestinos em Gaza.
 
Se é pra banalizar o uso do termo, tem que banalizar seu significado também.
Banalizar o uso mas querer manter o mesmo significado pesado é de uma injustiça gigantesca.

Esse é um grande perigo. Todo mundo é antissemita, todo mundo é racista, todo mundo é homofóbico, todo mundo é machista, etc.
 
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Para quem não sabe: Os palestinos são semitas.

PS: Um dos meus melhores e mais queridos amigos é um judeu.

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