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Notícias Torcedores radicais do Zenit lançam texto contra atletas negros ou homossexuais

Elessar Hyarmen

Senhor de Bri
Um grupo de torcedores do Zenit São Petersburgo publicou, nesta segunda-feira, um manifesto onde demonstra a sua oposição à contratação de jogadores negros ou homossexuais. A intenção, segundo os próprios autores do texto, é manter intacta a identidade do clube russo.

"Não somos racistas, porém para nós a ausência de jogadores negros no Zenit é uma importante tradição, que reforça a identidade do clube. Somos contra também à presença de jogadores pertencentes a minorias sexuais", diz trecho do comunicado.

A nota, que teve repercussão em toda a Rússia, continua o seu texto defendendo a não inclusão também de jogadores de outros continentes.

"Pelo fato de o Zenit ser o clube mais ao norte das grandes cidades europeias, nunca teve vínculos com África, América Latina, Austrália ou Oceania. Não temos nada contra a população desses continentes, porém queremos que, pelo Zenit, atuem somente jogadores com afinidade da nossa mentalidade", apontam os extremistas.

Os torcedores do Zenit são considerados os mais violentos do futebol russo. No texto há ainda referência ao atacante brasileiro Hulk, ao meia belga Witsel e ao zagueiro português Bruno Alves por serem considerados negros, e, portanto, não poderiam defender a equipe:

"Agora o Zenit nos está impondo jogadores negros quase à força, e isso causa uma reação negativa".

Como resposta, o clube saiu em defesa de seus jogadores. O atual campeão russo publicou uma mensagem reprovando a posição do grupo de torcedores.

"Os jogadores não são escalados em nosso time com base em sua procedência étnica ou cor da pele, mas por suas qualidades e conquistas esportivas. A política do Zenit está dirigida para o desenvolvimento da integração dentro do esporte e combate a posturas arcaicas", afirma.

O Zenit também lembrou que o comportamento dos radicais não reflete o pensamento da maior parte de sua torcida.

"O Zenit sempre se destacou por sua tolerância e sempre teve em suas fileiras jogadores de diferentes origens e credos. Nosso clube conta com um exército de milhões de torcedores e admiradores em todos os continentes", finalizou a nota do clube.

Fonte

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Como eles bem disseram: Não são racistas e homofóbicos, mas contra a presença de negros e gays, só isso...
 
A questão não é torcedor se achar dono do time. Até porque, no Corinthians, por exemplo, é "a torcida que tem um time". A questão é dizer que não é racista fazendo, efetivamente, práticas racistas. É que nem Hitler se dizendo "não racista" mas fazendo ressalvas para justificar a perseguição a judeus e negros.
 
Tem coisa mais imbecil, no mundo do futebol, do que torcedor que se acha dono do time pra o qual torce?
:tsc:

Eu não acho os times pertencerem de fato à torcida uma coisa idiota não. Torce-me o nariz assistir a uma Premier League em que os donos são mafiosos russos, sheiks árabes, magnatas americanos e malaios que não hesitam nem em mudar escudo, por vezes cor do time para que ele fique mais "palatável" para o mercado. Ou mesmo a estrutura mesquinha e disfuncional do futebol brasileiro, remanescente vivo, peça abstrata de museu do coronelismo da República Velha, que foi quando o esporte se instalou nas terras de Pindorama.

Para quem acha que não funciona, as três equipes da Liga espanhola que nunca foram rebaixadas são integralmente dos socios (Real, Barça e Atlético de Bilbao - um time que eu pago muito pau, por sinal). Na Alemanha há a regra do 50% + 1 dos torcedores, com duas exceções anteriores à própria regulamentação (Bayer Leverkusen e Wolfsburg, da Bayer e da Volkswagen, respectivamente). E por aí vai.

Mas, voltando ao assunto do tópico, cabe ao time e principalmente à comunidade não-racista de torcedores, se esta for numerosa, manifestar-se e mudar a cultura em torno do Zenit, que já vem sendo criticada há tempos. Mesma coisa para outros times associados à direita xenófoba, como Hansa Rostock ou, em parte, a Lazio.
 
A questão não é torcedor se achar dono do time. Até porque, no Corinthians, por exemplo, é "a torcida que tem um time". A questão é dizer que não é racista fazendo, efetivamente, práticas racistas. É que nem Hitler se dizendo "não racista" mas fazendo ressalvas para justificar a perseguição a judeus e negros.

O que quis dizer é que os torcedores se acham no direito de dizer como um time deve ser gerido, e o que é pior como nesse caso, com argumentos racistas.
Ou então, como aqui no Brasil, quebrar lojas e propriedades privadas e ameaçar de morte membros da equipe e essas coisas doidas.

E me desculpem torcedores apaixonados mas, um time é uma empresa, acreditar nessa de "uma torcida tem um time" é no mínimo ingenuidade.
 
O que quis dizer é que os torcedores se acham no direito de dizer como um time deve ser gerido, e o que é pior como nesse caso, com argumentos racistas.
Ou então, como aqui no Brasil, quebrar lojas e propriedades privadas e ameaçar de morte membros da equipe e essas coisas doidas.

E me desculpem torcedores apaixonados mas, um time é uma empresa, acreditar nessa de "uma torcida tem um time" é no mínimo ingenuidade.

Mas se não houver essa crença na possessão do time, essa identidade, quase que de uma "nação" dentro de outra nação, o sentimento futebolístico morre, não tem sentido em existir.

O torcer está na identificação - você de fato acredita que aquele time te representa, por fatores psicoculturais você crê que aqueles que estão em campo têm algo em comum de você, e que a vitória ou a derrota pode dar juízo de valor sobre você mesmo. E a vontade da vitória te dá sim vontade de dar pitaco - pode até ser de uma maneira mais sutil e indireta, comentando na roda de amigos, na internet tendo uma esperança profunda de que a diretoria do clube vá ouvir o consciente coletivo dos torcedores. Ou não, pode ser invadindo o campo do Couto Pereira e quebrando tudo porque o Coritiba foi rebaixado.

Não estou dizendo que isso é certo, porque a vida não é só futebol e não dá para ponderar só o próprio nas tomadas de decisão. O futebol deve ter uma parte relativamente pequena na vida, ser a "coisa mais importante dentre as menos importantes", como se diz. Mas sem o sentimento de que a torcida joga, não há paixão.
 
Bem, talvez seja isso mesmo.

O problema é que não tenho essa paixão toda por futebol (na verdade, paixão nenhuma por esporte algum) então talvez não entenda essa parte.

Mas me chamou a atenção esse negócio de "não gosto de pretos nem de gays, então meu time não pode contratá-los".

Em qualquer parte da vida em sociedade isso é de uma estupidez sem tamanho.

E sim, claro que percebi a contradição (por isso escrevi que é imbecil) na declaração: "não somos racistas, só não gostamos de negros e gays". :batera:

Só pode ser piada, né? E bem sem graça.
 
Bom. O Bilbao só aceitam jogadores da região e nem por isso são rotulados de xenófobos.
Se esses caras tivessem colocado suas "sugestões" de outra forma, talvez eu até nem acharia problemático. Sei lá, dizer que só queriam jogadores do norte da russia.

Mas a forma como eles colocaram chega a ser tragicômico. Claramente é sim homofobismo e racismo, mas eles tentaram dizer que não é com argumentos horrorosos.
 
O caso do Bilbao citado pelo Fusa é de não-aceitação declarado e formalmente oficializado no estatuto. Se não me engano é assim desde o dia da fundação do clube.

É um time fundado pelos bascos e só quem é regionalista torcem pra eles.

Já times que assumidamente em estatuto são monoraciais eu não conheço e acredito que se a FIFA tomar conhecimento pode até resultar em alguma punição.
 
E, de fato, eu não acho que o caso do Bilbao seja de xenofobia. Se há um supremacismo, é o mesmo encontrado em todo e qualquer discurso nacionalista ou regionalista, sem o envolvimento de um culto ao ódio ou desrespeito à tradição alheia. A regra é para manter a identificação do clube com a torcida, manter a aura de representação do País Basco, em contraponto a um futebol onde o circo triunfa sobre a paixão.

Quanto ao Zenit, não, o racismo não pode estar ligado às origens do clube, porque todos ou quase todos foram criados pelo comunismo, e no discurso oficial deste qualquer supremacismo é reflexo de uma discriminação de classe. Isso foi uma reorganização social pós-Guerra Fria. E é mais um nojinho que um desejo de identificação, até porque um clube russo se tornar o defensor do caucasianismo é uma realidade no mínimo delirante.
 

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