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Júlia Kendall - Aventuras de uma Criminóloga

Eriadan

Well-Known Member
Tem mais algum fã por aqui? A depender eu elaboro melhor este primeiro post!
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Aventuras de Uma Criminóloga (Editora Mythos) é uma série de Bonelli (Zagor, Tex, Mágico Vento...) e Giancarlo Berardi, que responde integralmente pelo roteiro.

A história gira em torno de Júlia Kendall, uma especialista em criminologia. Cada episódio é motivado pelo cometimento de um crime, e acompanhamos a apuração, que conclui quase sempre com um belo trabalho de habilidade e intuição de Júlia.

São histórias bem agradáveis de ler: interessantes, engraçadas, leves, cultas, muito bem desenhadas, excelentes para quem gosta de tema policial. Recomendo muito.

Para quem se interessar, aqui uma ótima crítica: http://pipocaenanquim.com.br/quadrinhos/j-kendall-aventuras-de-uma-criminologa-se-nao-leu-leia/
 

Anexos

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Última edição:
Opa, fã se apresentando!

Não a acompanho desde o começo, conheci a série a partir dos constantes reviews bons do Universo HQ. Acho Júlia uma personagem feminina forte. Os personagens da série são muito bons: a Júlia, assim como a Emily, empregada dela, os policiais Webb e Ben, e o detetive Leo Baxter.

De certa forma, o ponto fraco da série são os personagens masculinos (em comparação com as femininas) e os casos de Júlia, mas não é nada que estrague a história. Um outro problema é o preço (em relação à qualidade do material) e a constante ameaça de cancelamento, que parece afastada desde algum tempo.

Mas que venha o número 100!
 
Última edição:
O que você tem contra a minha preguiça noturna? É por eu ser baiano? Diga, é por eu ser baiano?! Diga!

É não.
Na realidade é para que todos nós possamos ter uma noção do que se trata essa serie, qual o conteudo, seus escritores e desenhistas e assim ter uma noção melhor e quem sabe procurar para ler. ;)
 
Eriadan (e quem mais lê), você tem alguma edição que goste mais?

Eu ainda gosto mais da primeira que comprei, o número 53, "O elevador". Acho que o que o Berardi fez ali: contar uma história e gerar uma tensão crescente, tudo dentro de um elevador, foi excepcional.

Mas no geral, o nível nunca cai muito, né?
 
Jorge, eu toda vez fico de checar em casa para ver qual foi a minha edição preferida mas acabo esquecendo! Acho que, no geral, Berardi consegue manter o nível, e todos os capítulos empolgam, com a exceção daqueles em que - concordando com você como um dos pontos fracos da série - ele dá demasiado enfoque aos casos amorosos de Júlia (aquele do Oeste indígena achei o ó :blah:).

Quanto a esse episódio do elevador, não fale mais nada, porque eu ainda não li (achei genial a ideia, agora tô curioso)! Só comecei a acompanhar Júlia a partir do volume 60, +/-, e depois consegui os volumes 1 a 20, mas a Editora Mythos é um amadorismo só, estou há um tempo tentando conseguir os episódios restantes e nada!
 
Fiz uma loucura e torrei metade do meu 13º nas edições faltantes para completar a coleção. E assim vai embora o plano de ler 5 livros nas férias. :rofl:
 
-Jorge-, finalmente chegaram os capítulos 21 a 61 em casa. Em plena semana de provas, troquei os livros pelos quadrinhos, já li seis! :rofl:
 
Última edição:
Estou pensando em reler desde o 53 até o 61, então, para podermos discutir por aqui. Tem uns que eu não lembro mais e outros muito bons ali no meio.
 
Artigo muito bom do site Bacon Frito: (é meio comprido, melhor ler na fonte: http://www.baconfrito.com/os-fumetti-italianos-julia-kendall.html).

Os Fumetti Italianos : Julia Kendall
HQs sexta-feira, 04 de novembro de 2011


Encerrando esse breve ciclo Bonilliano, apresentando alguns dos personagens da Sergio Bonelli Editora, e que ganharam o mundo após tornarem-se Fumetti de sucesso no país da bota, vou abordar a personagem que vive em tempos mais atuais e próximos da realidade: A criminalista Julia Kendall.

Já cheguei a citar a personagem em um dos meus primeiros artigos aqui no Bacon. Mas acho que ela merece um aprofundamento, já que é um dos títulos italianos mais vendidos na atualidade, chegando a rivalizar com Tex.

Nascidas pelas mãos do roterista Giancarlo Berardi, o mesmo criador de Ken Parker, em outubro de 1998, a revista retrata o dia-a-dia da criminóloga Julia Kendall, que se divide em ministrar aulas na faculdade de criminologia e auxiliar a polícia de Nova York na resolução de intricados crimes.

Em suas histórias, é perceptível a atenção e dedicação com que Berardi escreve seus roteiros. É claro que como o autor é um fã declarado de romances policiais, ele busca criar a ambientação adequada para que cada crime se tornam ainda mais verossímeis, com as descrições técnicas apresentadas por Berardi. E tal realismo não é sem fundamento, já que o autor, antes de criar a personagem, frequentou o Instituto de Medicina Legal de Gênova como observador para aprender como trabalha um verdadeiro criminólogo.

Assim, com uma boa carga de conhecimento técnico ele passou a elaborar o roteiro que ganhou vida nos desenhos de Luca Vannini e deu vida a Julia Kendall que se equipara a grandes séries do gênero como CSI, Cold Case (Traduzido pelo SBT como Arquivo Morto) e Criminal Minds.

Um fato curioso é que a maioria dos personagens da série tem sua “descrição física” baseada em atores norte-americanos. As feições da protagonista Julia, por exemplo, foram baseadas na atriz Audrey Hepburn. Já a governanta de Julia, Emily Jones é inspirada em Whoopi Goldberg, o sargento Ben Irving é a cara de John Goodman, enquanto o tenente Alan Webb retrata John Malkovich e, por fim temos o detetive Leo Baxter que teve como “forma” Nick Nolte ainda jovem, sendo esses os personagens recorrentes da série.

Julia é solteira e vive em Garden City, uma cidade imaginária próxima de Nova York, num sobrado da periferia que foi herdado de sua avó. Suas companheiras de casa inseparáveis são a governanta/amiga Emily e a gata persa Toni. Logo nas primeiras edições, na qual ela ajuda a polícia de Nova York na caçada de um serial killer, descobrimos sobre sua carreira de professora e consultora, além de ficarmos cientes de que ela acabara de sair de um doloroso e não explicado evento traumático que deixou marcas profundas em sua psiquê, tanto que ela é atormentada por frequentes pesadelos.

Em seu trabalho como consultora, Julia coloca seus conhecimentos de psicologia humana a disposição da polícia de forma a procurar compreender os motivos que levam os criminosos a agir e, com base nos meticulosos cuidados da investigação psicológica, traçar um perfil do criminoso.

O problema é que seu cuidado para fazer as análises acaba se chocando com a necessidade de resultados imediatos da polícia, os quais, por vezes, esperam apenas aparecer o primeiro suspeito para considerar o caso resolvido. E como todo bom romance policial, Berardi narra as conclusões de forma que descobrimos que muitas vezes os crimes não aconteceram do jeito que se acreditava.

O mais interessante é que Julia não usa apenas a psicologia para traçar o perfil dos criminosos, ela também se baseia na antropologia e na sociologia.

No Brasil, a personagem só estreou em 2004 pela Mythos Editora e em sua primeira edição os leitores se deliciaram com o editorial escrito pelo próprio Berardi, no qual ele se declara apaixonado pelo Brasil, que inclusive foi homenageado em sua série Tiki, o Menino Guerreiro, que retrata as aventuras de um índio Carajá. O Editorial pode ser visto a seguir:

"Viva! Júlia está viajando ao Brasil. E vai chegar antes de mim. Há quanto tempo eu me prometo umas férias nessa terra tão única, tão especial… Dez, quinze anos? Não, muito mais. No mínimo uns trinta e quatro. Eu ainda era estudante universitário quando li que, ao construir a estrada Transamazônica, o governo teve que usar bombas de napalm para abrir passagem na floresta fechada. A partir deste fato eu escrevi uma série, “Tiki, o menino guerreiro”, cujo personagem principal era um índio Carajá. Como é meu costume, comecei a me documentar, devorando livros e mais livros e, em poucos meses, eu me apaixonei por esse país – fascinante e terrível – da mesma forma que se pode desejar uma bela mulher de quem sempre se ouviu falar e que só se viu em fotografias. Depois, a Editora Vecchi, no Rio de Janeiro, começou a publicar Ken Parker e chegaram à Itália as primeiras cartas dos leitores do além-mar. Eu fiquei impressionado ao ver como aquelas pessoas, muito distantes de mim por nascimento, história, cultura… Estavam em perfeita sintonia com minhas pequenas histórias, geralmente inspiradas na realizada da minha nação, para não falar da minha cidade e até do meu bairro. Às palavras se seguiram os fatos. Porque os brasileiros são sonhadores, sim, mas sabem agir. Começaram a chagar à Itália pessoas que queriam me conhecer, me entrevistar, me cumprimentar. Todos tinham no sorriso o calor de sua terra e no coração a emoção de quem privilegia os sentimentos. Assim conheci Laerte – um grande cartunista – Merli, Wagner, Rosana, Olaia e os colegas como Mauricio de Souza, Ziraldo, Angeli… Hoje eu escuto muita música brasileira, e mais de uma história de Júlia nasceu sob as notas de Caetano Veloso. Mas eu nunca imaginei que a minha criação chegaria ao Brasil antes de mim. E sei que estará em boa companhia. A começar por Júlio Schneider, que vai cuidar da tradução, e pelo competente pessoal da Mythos Editora. Alem de todos os amigos, conhecidos ou não, que a farão se sentir em sua própria casa. Pode ser que logo eu vá encontra – lá. Boa viagem minha querida. E boa estada."

Atualmente, Julia já passou da centésima edição na Itália e no Brasil também se aproxima desta marca, já que está na edição 81, e certamente continuará por muito mais, já que é leitura obrigatória para quem gosta de quadrinhos e histórias policiais.

http://www.baconfrito.com/os-fumetti-italianos-julia-kendall.html
Sinalizei a parte que achei mais interessante: já sabia da inspiração de Audrey Hepburn para Julia, obviamente, e de Whoopy Goldberg para Emily, mas não sabia das inspirações para o o sargento Irving e Leo Baxter! John Malkovich para o tenente Webb acho meio forçado, mas fui buscar fotos de John Goodman e Nick Nolte jovem e não é que são idênticos aos personagens?

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Estou relendo, Eriadan e tem edições muito boas no meio, como lembrava. Já são de 2009? O tempo passa rápido.

Quanto a isso de utilizar atores como referência para os personagens, nunca tinha percebido as semelhanças de Leo Baxter e de Webb. Mas parece que tem mais. Achei um dos assassinos da edição 56 muito parecido com o Norman Bates de Psicose (ou com o Anthony Perkins, né?) o que dá uma dica sobre o roteiro. Na 58 achei um dos policiais a cara do Charles Bronson e o enviado da máfia, o "John Smith" muito parecido com Clark Gable. Vê lá se não tenho razão. Vou ficar mais ligado nesses pequenos detalhes.

Quanto às edições entre 54 e 58; quase todas acima da média. Só a 57, "Os guerreiros" que achei fraca. Mas pode ser porque tem muitos personagens e acho difícil acompanhar (personalidades e ações, por exemplo). Como nessas últimas mais recentes, a 97 e a 98.
 
Li só uma revista dela na época em que estava embrenhado em Tex. Gostei bastante! Foi a edição 38: "O Crime está no ar!"

Vou ver se compro mais coisas dela. Tem um sebo aqui em Goiânia que é um orgulho nesse quesito.
 
Estou relendo, Eriadan e tem edições muito boas no meio, como lembrava. Já são de 2009? O tempo passa rápido.

Quanto a isso de utilizar atores como referência para os personagens, nunca tinha percebido as semelhanças de Leo Baxter e de Webb. Mas parece que tem mais. Achei um dos assassinos da edição 56 muito parecido com o Norman Bates de Psicose (ou com o Anthony Perkins, né?) o que dá uma dica sobre o roteiro. Na 58 achei um dos policiais a cara do Charles Bronson e o enviado da máfia, o "John Smith" muito parecido com Clark Gable. Vê lá se não tenho razão. Vou ficar mais ligado nesses pequenos detalhes.

Quanto às edições entre 54 e 58; quase todas acima da média. Só a 57, "Os guerreiros" que achei fraca. Mas pode ser porque tem muitos personagens e acho difícil acompanhar (personalidades e ações, por exemplo). Como nessas últimas mais recentes, a 97 e a 98.
Estou na 56 ainda, então deixa eu chegar lá pra comentar! :dente: E a propósito, a 53 "O Elevador") é realmente sensacional! Fica no ar aquele suspense sobre o passado do cara que acho que nem o próprio Berardi sabe!

Li só uma revista dela na época em que estava embrenhado em Tex. Gostei bastante! Foi a edição 38: "O Crime está no ar!"

Vou ver se compro mais coisas dela. Tem um sebo aqui em Goiânia que é um orgulho nesse quesito.
Êa, Mavericco, junte-se a nós para o tópico deixar de ser um diálogo meu com o Jorge! :lol:
 
Eriadan, não sei se você notou a importância dos sonhos em Júlia. Eu não tinha notado a princípio, mas relendo agora vi como as edições estão cheias dos sonhos (ou pesadelos mais propriamente) dela. Parece ser algo bem importante para o Berardi. Acho que isso culmina na edição 59, a dos xamãs, em que ela se comunica com um deles e vai aos poucos descobrindo sobre o roubo do ídolo nos sonhos. Mas geralmente eles envolvem a morte de alguém, inclusive dela mesma, como é o caso nessa edição 59.

Nas que reli, encontrei sonhos na 56, em que quem morre é Norma, a irmã dela; e na 58, em que o Berardi faz referências a A Bela e a Fera da Disney de forma até meio engraçada. Nas mais recentes, tem a edição 97, em que quem morre é Leo Baxter, morto por um escorpião gigante; a 98, em que ela conversa com a irmã de novo; e a 99 em que ela sonha com a mãe. Interessante que, pelo que vi, as mortes não tem nenhuma relação com o que se passa na edição, acho que seria mais um elemento para despistar do criminoso ou para gerar mais identificação com a Júlia, não sei. Que você acha? Vê alguma dica nesses sonhos?

Outra coisa, a edição 99 foi a melhor das mais recentes! Muito muito boa! Se não leu ainda, pule as outras e leia ela. =D E se alguém quiser começar a ler por ela recomendo também.
 
Cara, a gente nota que Berardi adora usar elementos psicológicos. Os sonhos de Júlia são a melhor oportunidade que ele tem - e os sonhos são, realmente, um prato cheio para profissionais. Eu, como leigo, nunca soube interpretar nada dos pesadelos. :lol: Mas notei isso também: quase sempre acaba numa tragédia (com a própria Júlia ou um amigo/parente morrendo) e sempre há alguma relação com o enredo. Quando for reler (já sabendo o final das histórias), vou prestar atenção para ver se eles dão alguma indicação da resolução dos casos!

Ah, e segui sua dica: eu iria para a edição #59, mas resolvi pular para a #99, e não me arrependi: sensacional! Apesar de que eu ainda considerar a #44 a mais bem bolada até agora. :)
 
-Jorge-, já leu a #102? Percebeu que o comandante do avião é a cara do George Clooney? :lol: Tô com a ligeira impressão de que o Berardi baseia pelo menos um personagem de cada capítulo em uma celebridade, vou prestar atenção nisso de agora em diante, e quando for reler as antigas.
 

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