• Caro Visitante, por que não gastar alguns segundos e criar uma Conta no Fórum Valinor? Desta forma, além de não ver este aviso novamente, poderá participar de nossa comunidade, inserir suas opiniões e sugestões, fazendo parte deste que é um maiores Fóruns de Discussão do Brasil! Aproveite e cadastre-se já!

ONU reconhece Palestina como Estado observador não membro

Pearl

Usuário
Por maioria, a Assembleia-Geral da ONU reconheceu nesta quinta-feira a chamada Palestina como um Estado observador não membro. A decisão eleva o status do Estado palestino perante a organização e significa uma importante vitória política para os palestinos.


A resolução foi aprovada com 138 votos dos 193 da Assembleia-Geral. Houve nove votos contrários e 41 abstenções.
O status de Estado observador, semelhante ao do Vaticano, não garante direito a voto e fica aquém do reconhecimento pleno, que transformaria a Palestina no 194º membro da organização. Desde a entrada na ONU, em 1974, os palestinos eram representados pela OLP (Organização para Libertação da Palestina), que tinha o status de entidade observadora.
Pelo direito internacional, o reconhecimento de Estados não se dá na ONU (Organização das Nações Unidas), mas por outros países.


Perante as delegações, o presidente da ANP (Autoridade Nacional Palestina), Mahmoud Abbas, afirmou que "a janela de oportunidade" para a paz "está se fechando".


Ele afirmou que a mudança solicitada pelos palestinos nesta quinta é a "única chance de salvar a solução dos dois Estados". Para Abbas, a operação realizada pelo Exército de Israel contra a faixa de Gaza, há duas semanas, que matou quase 170 palestinos, é um "doloroso lembrete" de que a solução de dois Estados é "uma escolha muito difícil, se não impossível".


Muito aplaudido, ele disse ainda que não aceitará "nada além de uma Palestina independente", que viva ao lado de um Estado judeu. "Não acho que isso seja terrorismo."


O pedido não acontece nesta quinta por acaso. Ele marca o aniversário de 65 anos da resolução que estabeleceu a divisão da Palestina em um estado árabe e outro judeu. Os líderes judeus aceitaram e fundaram Israel. Mas a liderança árabe rejeitou o plano e declarou guerra, reivindicando toda a Palestina.


"Nós não viemos aqui procurando deslegitimar um Estado estabelecido anos atrás, que é Israel, mas sim afirmar a legitimidade do Estado que deve conseguir sua independência, que é a Palestina", disse Abbas.


O premiê israelense, Binyamin Netanyahu, afirmou, em um comunicado difundido por SMS minutos antes da votação, que o líder palestino fez um discurso "mentiroso". "O mundo pode ver outro discurso de ódio, cheio de propaganda mentirosa sobre o Exército israelense e os cidadãos israelenses", afirmou. Abbas afirmou, em alguns momentos, que Israel faz uma "ocupação colonial racista" e uma "limpeza étnica" contra os palestinos.


Logo após Abbas, o representante de Israel tomou o palco e afirmou que a paz só pode ser alcançada por meio de negociações de paz, e não por meio de uma resolução na ONU. Ele ainda criticou Abbas por reivindicar liderança sobre um território que não controla --a faixa de Gaza, dominada pelo movimento radical islâmico Hamas. "Os que apoiarem a resolução hoje estão minando a paz, e não dando o seu apoio."


Prosor afirmou que "os palestinos estão virando as costas para a paz" e que a entidade "não pode quebrar a relação de 4.000 anos de ligação entre o povo de Israel e a terra de Israel".


Ele acusou os palestinos de não aceitarem a "mão estendida" de Israel para negociar um acordo de paz. "Essa resolução não serve para as negociações de paz com Israel, não diz nada sobre a segurança de Israel e não pede o fim do conflito." "A verdadeira negociação não é em Nova York, mas sim em Jerusalém e em Ramallah", concluiu.


PAZ



Mais cedo, o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, pediu formalmente que dirigentes israelenses e palestinos "retomem o processo de paz", paralisado há dois anos. "O necessário, agora, é vontade política e é coragem", disse Ban durante discurso no Comitê sobre os Direitos Inalienáveis do Povo Palestino.


Recomeçar as negociações "é a única maneira de resolver os temas que permanecem suspensos" entre a ANP e Israel e conseguir um acordo de paz, disse.


Ban reiterou sua condenação aos ataques feitos a partir da faixa de Gaza contra o território israelense, bem como a colonização da Cisjordânia por Israel. "O prolongamento da política de assentamentos na Cisjordânia, incluindo Jerusalém Oriental, constitui uma violação do direito internacional e essas ações devem acabar."


Fonte

Na globo está bem inteiressante também
______________________________


Finalmente né Sra ONU? Com mais de 50 anos de atraso.
 
Ser estado observador ainda é muito pouco pelo que a Palestina e seu povo precisam (e merecem), mas ao menos já é um avanço.

Mas é preciso continuar lutando pra obter o reconhecimento pleno. Tomara que isso demore bem menos.
 
CHUPA, ISRAEL!!!!!!!!!!

:clap:

Importante medida, atrasada sim, mas que marca uma etapa importante. A situação no Oriente Médio nunca esteve tão complicada, os verdadeiros poderes por trás das forças que por ali se locomovem nunca estiveram mais visíveis e ousados e nunca tivemos vislumbres tão claros de um desenho de um possível conflito mais amplo que dali pode surgir. Esse acontecimento pode parece insignificante mas, IMO, pode ser o começo do fim.

É aguardar e rezar por uma solução pacífica pelo menos por enquanto.
 
Estou torcendo para que tudo termine, finalmente... Depois de tanto tempo, chega de guerra. Se amar uns aos outros é impossível ou difícil, tentemos ao menos respeitar uns aos outros.
 
Israel deveria ser expulsa da ONU e a Palestina deveria substituir a mesma. Esse estado sintético cansou de desrespeitar as conveções da ONU e desafiou mais de uma vez a soberania da mesma quanto a sua participação no debate de paz no Oriente Médio.

O engraçado é ver os países que votaram contra: EUA, Canadá, Israel, Panamá... tudo capacho tradicional do tio Sam.
E os que se absteram é ainda mais curioso: Os dois unicos sul-americanos a se abster foram a Colombia (governo mais colaborador dos americanos no continente) e o governo golpista Paraguaio!
Na Euroa, Alemanhae Inglaterra foram covardes. Mais um vez a França dá o exemplo de diplomacia e respeito a soberania dos povos e das nações e votou a favor. Ainda é muito pouco para a Palestina, mas o cenário mundial já percebeu que de vitima Israel não tem nada.
 
Ser estado observador ainda é muito pouco pelo que a Palestina e seu povo precisam (e merecem), mas ao menos já é um avanço.

Mas é preciso continuar lutando pra obter o reconhecimento pleno. Tomara que isso demore bem menos.

O foda é ter que passar pelo câncer de um Conselho de Segurança composto por países que ganharam uma guerra há quase 70 anos atrás para ser Estado pleno.

A ONU, com esse órgão, cospe no seu próprio ideal de ser um mecanismo de debate igualitário entre as nações. Ainda mais que o CS é a única coisa que tem algum poder real por ali.

Os órgãos das Nações Unidas compostos por países deveriam ser dissolvidos e substituídos por um único parlamento global, com a(s) cadeira(s) de cada país ocupada(s) por alguém do corpo diplomático. Ou quem sabe algum dia poderemos ter sufrágio universal para Deputado Mundial?
 
Esse conselho de segurança da ONU realmente é o que mais me decepciona lá dentro, pois descaradamente é uma panelinha elitista numa entidade que diz pregar a igualdade.

E não a toa sempre critiquei a postura do nosso ultimo presidente com aquela insistente ambição de querer a todo custo colocar o Brasil lá dentro.

E enquanto houver essa maldita panela fica dificil a Palestina obter o reconhecimento pleno, já que os EUA vão estar lá sempre votando contra e melando tudo. Queria mais que essa porcaria fosse dissolvida.
 
.

E que demora criminosa, não? Mas antes tarde do que nunca.

Espero que Israel tome juízo e volte às práticas de seus tempos heroicos.

.
 
Esse conselho de segurança da ONU realmente é o que mais me decepciona lá dentro, pois descaradamente é uma panelinha elitista numa entidade que diz pregar a igualdade.

E não a toa sempre critiquei a postura do nosso ultimo presidente com aquela insistente ambição de querer a todo custo colocar o Brasil lá dentro.

E enquanto houver essa maldita panela fica dificil a Palestina obter o reconhecimento pleno, já que os EUA vão estar lá sempre votando contra e melando tudo. Queria mais que essa porcaria fosse dissolvida.

Mas o Brasil se conseguir entrar no grupo, forama'ra aquela "oposição" dentro do CS formada por China, Rússia e as vezes a França! Poderia fazer diferença o Brasil lá.
 
Israelenses e palestinos deveriam viver dentro de um único país, cada qual com suas crenças, lingua e implantar uma democracia plena onde toda a população eleja seus representantes. Um unico congresso e etc...

Mas essa ação da ONU é um grande avanço, embora muita coisa precisa ser feita ainda.

Deveria se chamar: República Federativa de Israel/Palestina ou simplismente a RFIP. (sonhar não custa né!)
 
Israelenses e palestinos deveriam viver dentro de um único país, cada qual com suas crenças, lingua e implantar uma democracia plena onde toda a população eleja seus representantes. Um unico congresso e etc...

Mas essa ação da ONU é um grande avanço, embora muita coisa precisa ser feita ainda.

Deveria se chamar: República Federativa de Israel/Palestina ou simplismente a RFIP. (sonhar não custa né!)
Para mim o estado deveria ser Palestina e os judeus viveriam dentro como "minoria protegida". Claro que seriam necessários enormes esforços para não deixar que a Palestina tente se vingar dos israelitas ou que se radicalize demais as posições desta nação, mas para mim seria o mais historicamente justo com o povo palestino.
 
O problema do Estado único da Palestina é o perigo real de se tornar uma república islâmica aos moldes de outras que massacram minorias no Oriente Médio, como fazem há séculos com os cristãos (coptas, sírios, nestorianos etc), além de fortalecer na região um anti-ocidentalismo muito perigoso aos interesses americanos. Aí a interferência americana poderia ser mais direta.

Eu acho bem complicado. Os EUA defenderão seu posto avançado (Israel) até o último suspiro e agora eles contam com mais apoio na região.
 
Eu acho bem complicado. Os EUA defenderão seu posto avançado (Israel) até o último suspiro e agora eles contam com mais apoio na região.
Com mais apoio não! Até a década de 70 a Turquia, o Irã, o Egito e algumas outras nações eram favoraveis a Israel e amigas dos EUA. Hoje em dia o Egito já se posiciona contra, a Turquia saiu do seu papel de apoiadora americana para tomar uma atitude mais própria, o Irã então nem se fala.
Os aliados americanas naquela região são as monarquias na peninsula arábica, Kuwait, Iraque ocupado (e este o apoio mais sintético) e a Jordania (eu acho).
 
Como eu já disse, não sentiria nenhuma falta se Israel sumisse. Eles temem um Estado único por medo de uma vingança vinda do outro lado. Engraçado, eles sequestraram o Eichmann na Argentina (o Mossad fez isso), mas se algum palestino fizesse o mesmo estaria errado.
 
Para mim o estado deveria ser Palestina e os judeus viveriam dentro como "minoria protegida". Claro que seriam necessários enormes esforços para não deixar que a Palestina tente se vingar dos israelitas ou que se radicalize demais as posições desta nação, mas para mim seria o mais historicamente justo com o povo palestino.

Não, isso não funcionaria.

Para o nacionalismo, esta universal ideologia nascida no século XIX, símbolos têm mais poder do que nunca. Eles não representam mais uma tradição dinástica, uma família, e sim um povo inteiro. Os israelenses nunca aceitariam ser chamados de "palestinos". Se é que isso um dia vai acontecer, o Estado deveria ser uma confederação chamada "Israel e Palestina", com cada território tendo sua própria lei - ou mesmo uma definida étnica, mas não geograficamente, com cada etnia se submetendo a um sistema judicial.

De toda forma, isso é delírio, não é coisa para as próximas décadas. Sabemos que é impossível, até inaceitável para os dois lados, viver sob a mesma entidade. Cada um tem seus interesses supracionacionais. Os palestinos querem ser parceiros comerciais e culturais dos vizinhos árabes, enquanto não é nenhum delírio pensar no Estado judeu, uns 10-20 anos após a completa resolução do conflito, ingressando na UE, por exemplo.

Além de tudo, Israel não gostaria de perder seu status de estado judeu - mesmo laico, de identidade cultural judaica. Nem o Ocidente desenvolvido gostaria de ver isso, os judeus fazendo tão crucial parte de sua história.

Possível de acontecer até é, mas só no ultra-longo prazo. Por enquanto, a onda é ir na solução de dois Estados.
 
Compartilho da mesma opinião do ET sobre cada um ter e viver no seu próprio estado.

Mas nunca é demais lembrar que não basta apenas chegar e traçar uma linha divisória a torto e a direito ou dividir exatamente meio a meio, pois um dos pontos que mais pegam não é simplesmente deixar uma cidade "x" ou "y" dentro do território judeu ou palestino e sim o acesso a água potável, que nessa região nem é necessário dizer que é um bem mais que precioso e que recentemente Israel vinha fazendo de tudo pra ter o máximo de controle ficando os palestinos em situação dificílima. Essa é uma questão que precisa ser muito bem resolvida pra não termos aquilo que alguns estudiosos previram: guerras por causa de água.
 

Valinor 2023

Total arrecadado
R$2.404,79
Termina em:
Back
Topo