Poeta, crítico e dramaturgo norte-americano naturalizado inglês (26/9/1888-4/1/1965). Considerado um dos principais nomes da poesia moderna de língua inglesa. Nascido em Saint Louis, Missouri, Thomas Stearns Eliot estuda nas universidades de Harvard (EUA), Oxford (Inglaterra) e Sorbonne (França).Em 1915, desencantado com a vida cultural dos EUA, muda-se para Londres, onde trabalha no Lloyds Bank durante sete anos. Em 1917 publica A Canção de Amor de John Alfred Prufrock, de influência simbolista. Seus ensaios em The Sacred Wood (1920) iniciam uma revolução nos critérios da análise literária.
O reconhecimento internacional é alcançado com A Terra Devastada(1922), sua obra-prima. É uma longa descrição poética da Europa desolada do pós-guerra e uma síntese dos grandes momentos da civilização ocidental. Além dos simbolistas franceses, o escritor italiano Dante Alighieri influencia sua obra, que explora os mecanismos da consciência.
Em 1927 naturaliza-se inglês e converte-se ao anglicanismo. Recebe o Prêmio Nobel de Literatura em 1948. Escreve as peças Murder in the Cathedral (1935), The Family Reunion (1939) e The Elder Statestman (1958), entre outras.
FONTE: http://www.algosobre.com.br/biografias/t.s.-eliot.html
Outra fonte interessante é a do site do Prêmio Nobel:
MLA style: "T.S. Eliot - Biography". Nobelprize.org. 28 Oct 2012 http://www.nobelprize.org/nobel_prizes/literature/laureates/1948/eliot-bio.html
Li recentemente T. S. Eliot no original e confesso que não fiquei tão admirado quanto a primeira leitura que tivera dele... Talvez seja a época errada. Mas enfim. O que importa é que Eliot continua excelente, de modo que quero abrir esse templo para que possamos falar de seus poemas, livros, comidas favoritas e essas coisas todas.
Quero começar fazendo um pequeno questionamento para tentar iniciar uma discussão com aqueles que já o leram:
Que o tema principal da poesia de Eliot é a dissolução, a devastação das coisas, a meu ver não se trata de algo muito questionável (ou que, se questionável, não radicalmente questionável). Assim, posso dizer que The Love Song of Alfred Prufrock trata da dissolução da mente humana, que The Waste Land trata da dissolução do espaço, que The Hollow Men trata da dissolução do homem, que The Four Quartets trata da dissolução da consciência humana (isto é, mente humana+espaço).
Se em Alfred Prufrock Eliot compara o céu a um "patient etherized upon a table", a meu ver essa comparação parece ter como objetivo o vazio que a sociedade da época, emergindo na Primeira Guerra, ostentava, o que parece ser logo depois analisado pelo poeta nas próximas estrofes:
Let us go, through certain half-deserted streets,
The muttering retreats
Of restless nights in one-night cheap hotels
And sawdust restaurants with oyster-shells:
Streets that follow like a tedious argument
Of insidious intent
Esse vazio é o resultado direto de toda dissolução, o que não implica que as coisas tenham deixado de existir, mas que elas apenas saíram de seu arranjo (para se reorganizar em outros, para se afastar etc). A única forma de retornar a esse arranjo primordial das coisas seria o de justamente rearranjar o universo, no que o eu lírico se pergunta:"Do I dare / Disturb the universe?" Posteriormente o eu lírico também pergunta:"Should I, after tea and cakes and ices, / Have the strenght to force the moment to its crisis?"
No entanto, no final o eu lírico diz que não é Hamlet, mas que é um atendente, um Bobo. A referência a Hamlet parece partir do princípio que Hamlet também usa a equação básica de que, ao se desordenar o caos, o caos estará sendo organizado. É o que a dissolução da mente de Hamlet na mente de um louco parece indicar; mas o poeta não tem mais a força de recuperar aquele tempo evocado anteriormente ("There will be time , there will be time / To prepare a face to meet the faces that you meet"), e, mesmo que a voz humana acorde esse eu lírico, ele está afogado, pois está dissociado.
Assim, a dissolução do indivíduo advém diretamente de sua incapacidade de mudar o meio e do fato do meio já está por si mesmo dissociado. seguindo meu raciocínio anteriormente exposto, é em The Waste Land que Eliot nos diz como o espaço se dissociara.
Mas não quero me estender muito sem saber a opinião de quem leu. Vamos botar pra quebrar, T. S. Eliot sempre tem muita coisa a ser discutida!
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