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Medo da viralização

SilentBob

Usuário
Hoje estava pensando e descobri que não gosto quando os meus interesses nerds se tornam interesse do grande publico, exemplificando; eu odeio a ideia de que daqui a algumas semanas pessoas de todo tipo vão comentar como o novo filme do hobbit é foda e tals, não só com isso mas com todo tipo de viralização de algum assunto relacionado a cultura POP.
Gostaria de entender o pq dessa coisa meio "hipster/babaca" alguém compartilha desse sentimento?
 
Eu pensava assim também, até uma pessoa me falar:
- Mas se não tiver popularização, não tem lucro, se não tem lucro, não tem produção, se não tem produção, não tem material e acabou tudo.

Aconteceu com Doctor Who, quando ele foi pra cultura. Começaram um mimimi arretado, aí depois soltaram: Se fazer sucesso agente vai ganhar mais do que perder.

É normal agente querer as coisas só pra agente, mas se você não tem 3 trilhões de euros para bancar tudo, tem que compartilhar.

Conheço pessoas que dizem que ADORAM os "filmes do Senhor dos anéis", são fãns numero um. Chega pra ela e pergunta o nome das "criaturas" que são árvores andantes, ela não vai nem saber responder. Eu vou desejar o ruim pra ela? Não. Afinal de contas, ela comprou a versão estendida, votou para LOTR Live vim para o Brasil e comprou ingressos para a familia inteira ver "O retorno do rei" juntos.
 
Última edição:
eu na verdade enxergo essa idéia que vc descreveu de uma forma bastante negativa.

essa sensação ruim q vc tem quando vc ve alguém "mainstream" curtindo algo que vc curte não seria uma tentativa de elitização dos teus gostos / interesses? uma tentativa frustrada, diga-se de passagem. tolkien é um dos autores mais lidos do mundo (antes e depois dos filmes). ele inspirou tanto conteúdo popular que nem tenho condições de começar a listar aqui...

esse sentimento negativo ocorre quando algum determinado grupo pelo qual vc detém um forte preconceito começa a demonstrar similaridades, certo? e não deveria ser o contrário? quer dizer, se vc gosta de algo, é por algum motivo. se este motivo é enxergado por outros grupos também, pq isso seria ruim? seria ruim somente na possibilidade de vc se prender na idéia do diferente / elite através desta "particularidade".

a questão pode estar também no foco de cada um. nós aqui do fórum, por exemplo, em maioria, gostamos de ler, interpretar e discutir os detalhes das obras. outros gostam simplesmente de ler de forma leve. e pq os grupos não podem coexistir harmonicamente? por dedicarmos mais tempo / esforço ao estudo de tolkien, isso nos confere algum tipo de direito superior a ponto de poder desprezar os que não fazem isso mas gostam da obra? isso somente nos dá um maior conhecimento da obra, ué.

não concordo com adriel, as questões comerciais não são determinantes neste caso - embora elas influenciem e muito na idealização do filme em relação ao livro. o público alvo certamente é diferente, e temos por exemplo a própria trilogia com bizarrices tais como super-legolas, gandalf estranho, etc. o que podemos dizer disso? eu adorei o filme, e ele vendeu super bem (tanto que criou uma série de tendencias comerciais na midia). se tivesse ficado ruim, então seria um filme ruim e ponto final. em nenhuma das hipóteses é coerente eu gostar do filme, mas criticar um cara q nem sabe quem foi isildur de ter gostado da adaptação cinematográfica, voltada para os que não leram a obra.
 
Eu acho que quando somos mais novos usamos nossos gostos como uma forma de "moldar" o que somos - e se parte do que achamos que somos é alguém que gosta de coisas diferentes, a popularização de algo acaba de alguma forma prejudicando essa imagem. Lembro que quando eu era adolescente comecei a ouvir Oasis antes de estourar com Wonderwall aqui no Brasil, e depois que estourou eu simplesmente deixei de lado. Mesmo com o Blur, depois de Song 2. Mas aí o tempo passa e você vê que é bobagem, primeiro porque com a popularização de algo sempre virão vantagens. Por exemplo, nesses tempos de Oasis e Blur pré-moda, era uma tarefa quase impossível encontrar cds deles para vender aqui em Curitiba, depois ficou muito fácil. E é muito legal ter com quem conversar sobre algo que você gosta (ano passado li Sense of an Ending do Julian Barnes e fiquei meses esperando que mais gente lesse para que eu pudesse conversar sobre o livro, por exemplo).

E no caso de Tolkien, acho que o Amon já deu a má notícia, né. Eu vi ali no seu perfil que sua idade é 18 anos, isso então quer dizer que você estava na casa dos 8 quando rolou o boom Tolkien por causa dos filmes de O Senhor dos Anéis, então vc provavelmente não tem uma noção exata de como foi. Sim, apareceu um monte de adolescente monguinha apaixonada pelo Legolas. Mas junto com as monguinhas vieram várias traduções de livros de Tolkien que até então ainda não tinham sido lançadas no Brasil. E agora O Hobbit nem chegou aos cinemas e já estão começando a surgir notícias de novas traduções. Eu acho isso ótimo. Muito melhor do que o período de vacas magras entre 2006 e 2011, acredite.
 
A viralização não consigo ver como algo totalmente positivo e nem negativo, porque simplesmente é algo que chega agregando transformações que estarão nos dois extremos.

Quando isso acontece com algo que curto procuro me precaver do que virá como pontos negativos e curtir bastante o que virá de positivo, pois sempre há um lado bom nisso e seria um baita desperdício abrir mão disso.
 
Sem falar que moda é moda: passa. Vai sair o filme e a Valinor vai estourar de gente, um período que deve durar alguns meses, mas logo o tempo vai fazer o filtro: a maioria se provará apenas entusiasta, e vai desaparecer; outros se tornarão fãs mesmo, e devem permanecer. Por que lamentar o crescimento do nosso fandom?

E no caso de Tolkien, acho que o Amon já deu a má notícia, né. Eu vi ali no seu perfil que sua idade é 18 anos, isso então quer dizer que você estava na casa dos 8 quando rolou o boom Tolkien por causa dos filmes de O Senhor dos Anéis, então vc provavelmente não tem uma noção exata de como foi. Sim, apareceu um monte de adolescente monguinha apaixonada pelo Legolas. Mas junto com as monguinhas vieram várias traduções de livros de Tolkien que até então ainda não tinham sido lançadas no Brasil.
E veio eu também, Joy, não esqueça que veio eu. :wacky:
 
A Ana, ao meu ver, descreveu exatamente o que eu sinto, de fato achamos que (assim como em filmes) todos temos o "caráter" definido, ou seja nossos gostos constroem oq nós somos, e se outros também se identificam com isso é pq não somos diferentes, quando na verdade não é esse estereótipo que é o real já que não somos caracterizados por apenas um aspecto cultural . O mesmo se repete em outros pontos acredito que se seguirmos a idéia de nerd (fanboy de cultura pop) eu poderia me encaixar perfeitamente nessa definição apesar de não gostar de star wars, star trek. Na verdade me pergunto pq eu tenho de usar rótulos para me definir? espero não ter sido prolixo.
 
Essa é uma das características incontroláveis dos produtos do universo da cultura pop que os produtores procuram preservar a todo custo. Inclusive o objetivo está tão imbuído no produto que acaba lutando contra a própria vontade dos produtores de impedir a pirataria.

O que quer dizer que são projetados desde o início para invadir e se espalhar por meio de cópias com uma rapidez tão grande que o comportamento lembra o de uma epidemia.

Os vírus por serem materiais estranhos geram respostas caóticas e possuem significado negativo na biologia e na informática pelos danos que causam ao penetrar um sistema organizado por sob as barreiras quando a defesa está baixa para parasitarem o hospedeiro.

No momento da infecção o alvo adere a um núcleo de opinião fácil, podendo gerar comportamentos imprevisíveis. Parte do grupo sai fortalecido do embate e se aprofunda enquanto outra parte se desinteressa rápido. E nós vivemos na era da desistência fácil. Quando a viralização anda junto com os excessos da virtualidade então muitos se enganam. Porque há recompensas que apenas a paciência e tempo alcançam e a pressa não pode obter.
 
Acho que SilentBob já sabia a resposta desde o início, quando abriu o tópico: hipsteragem babaca. E os anos passam mas a pose hipster segue firme e forte, especialmente em meios nerdes.
 
não sei como fui tão blasé sobre a pessoa ter 8 anos quando saíram os filmes :rofl: se bem que minha sobrinha nasceu no mesmo ano de as duas torres e hoje em dia ele já é maior de idade então eu já deveria ter reajustado a idade dos filmes na minha cabeça. mas ainda parece que foi ontem.

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