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Universidade / Faculdade Pública x Particular

Assim, esse assunto já surgiu no Diário e no tópico de Namorados recentemente... então, pra evitar conflitos por causa de off-topic estou trazendo a conversa pra cá.

Abaixo colocarei o que eu já havia dito sobre o assunto!

Os amigos que me perdoem, mas eu sempre fico abismada com o comportamento elitista (nós somos mais inteligentes e mais capacitados que o resto) vindo justamente de quem ***diz*** ser contra elitizações e preconceitos.

As particulares tem problemas e defeitos tbm... mas eu não troco minha particular por nenhuma pública nunca mais depois do INFERNO que passei na Unesp.

Vela, você fez federal, imagino que seja como uma estadual no quesito: professor pouco se fudendo pra você.
Eu vivo esperando professor em sala de aula meia hora e quando desisto e vou embora (pelo calçadão lindo da Uel), encontro o professor todo garboso e digo: Prof, vai ter aula? Ele: Não, eu não avisei né? Hoje vocês tão liberados.

Acontece que isso acontece TODA BENDITA SEMANA com algum concursado que acha que ser professor universitário é ter um laboratório cheio de estagiário no departamento, que dá o artigo pronto na mão dele, dá notoriedade pra ele e tchanran! Esquece de dar aula.

Mais um ponto positivo pra particular.

Não digo todos, mas a maioria dos meus profs. na estadual eram assim tbm... já os profs da particular - fosse no técnico ou na facul - são super atenciosos, até ficam te ajudando depois da aula (mesmo que já seja quase meia-noite) - não pensem bobagens seus maliciosos!!! - e geralmente ficam até irritados quando o feriado cai no dia de aula deles!

A questão particulares / públicas é basicamente a seguinte: quem dá aula em particular em geral é quem está no começo da carreira. Quem está tentando aumentar o Lattes ou está se preparando pra concurso público. Ou então são professores já renomados (ou aposentados), que não querem a encheção de saco das milhares de cobranças (acreditem, vocês não fazem ideia da pressão que essa gente tem) que um federal/estadual tem.

:no: Mas não MESMO....

todos os meus professores tinham entre 30 e 50 anos, com mestrados / doutorados... e vivem se atualizando e NOS motivando a se atualizar tbm (perguntas tipo: e aí, já resolveu se vai fazer mestrado ano que vem? em que área?).

Inclusive um excelente professor de fotografia foi despedido por não ter feito o mestrado ainda. Ele dava aula por amor à fotografia mesmo e não por interesse na área acadêmica. Acho que muita gente tem visões equivocadas da pública assim como gente da pública costuma ter uma visão totalmente equivocada da particular e do que ocorre lá dentro!!!
 
Última edição:
Eu acho que qualidade de ensino depende muito mais da Universidade ou faculdade em si do que o fato de ela ser pública ou privada. Por exemplo, uma das melhores faculdades de Direito aqui do RS é privada, a de Jornalismo também, e as melhores de Medicina e de Veterinária são públicas. O problema é que existem muitas faculdades particulares de fundo de quintal que tem como único objetivo ganhar dinheiro e estão cagando para qualidade de ensino.

Outro fator que eu considero super importante para avaliar qualidade de ensino é a estrutura que as Universidades têm para a pesquisa. E nesse ponto eu vejo uma distanciamento muito grande a favor das Universidades públicas em detrimento das privadas, principalmente na área de exatas, ciências agrárias e tecnologia
 
"Os amigos que me perdoem, mas eu sempre fico abismada com o comportamento elitista (nós somos mais inteligentes e mais capacitados que o resto) vindo justamente de quem ***diz*** ser contra elitizações e preconceitos."

E o contraditório é que essas pessoas que possuem esse comportamento na maioria das vezes fazem pública. HELLOÕW, PÚBLICA! Eu faço faculdade pública e vejo a galerinha que faz sociais aplicadas falando/cantando musiquinha trouxa do curso que quem faz ~~tal curso~~ na particular não tem nem que ir de camisa pra aula, que não é curso 'de verdade'. Caraca, zoam até a roupa dos caras! E na boa, visto que já disse a situação 'precária' que citei, a respeito do meu curso (não vou falar da universidade toda, apesar de saber que também ocorre, porque afinal, o que me afeta tá na química), não considero fazer pública uma 'vantagem'.

Quando entrei nessa faculdade, já tinha feito minha inscrição na particular, por ter ganho bolsa, e acabei desistindo dela pra entrar nesse curso, que eu queria mais. Se me arrependo? Talvez. Acho que a galera diz que particular é fácil, que paga pra passar, mas muitos profissionais ótimos que eu conheço "pagaram pra estudar", inclusive minha mãe, que, na boa, é foda na área dela.

E acho que essa questão de particular x pública é relativa demais, o que o Éomer falou a respeito de pesquisa é verdade, fazendo química é muito mais perceptível visto que é pesquisa pura; mas HOJE, a única vantagem que vejo em fazer uma estadual é não ter que pagar, mas tá tenso, a gente tem indicativo de greve pro dia 03/09, e outras estaduais já entraram. Não vou nem entrar no assunto auxílio do governo, que aí vou pra particular de vez.
 
Bom, no momento eu estou profundamente furioso por não ter nem acabado uma matéria do 1º semestre (graças à brilhante decisão do professor em aderir à greve, sendo que todos os outros professores de Direito não aderiram), e agora vamos ter que esperar a greve acabar para concluir essa matéria para só então começar 2012.2, lá pra setembro já - e provavelmente não teremos férias de fim de ano (isso sendo que eu tenho uma viagem programada para o Canadá em janeiro)... :disgusti: Em suma: as circunstâncias atuais tornam a minha opinião suspeita, seja lá qual for.
 
desculpem povo, mas n vou postar fontes dessa vez pq to enrolado pra linkar. quem sabe mais tarde eu edito e posto.

a idéia é bem simples: a elite do ensino superior brasileiro está sim nas faculdades públicas. é muito fácil fundamentar isso: os melhores resultados em concursos, as melhores posições no mercado, e os melhores índices de desempenho estão nos graduandos de universidades públicas.

entretanto, estou enxergando uma tendência meio tenebrosa pro nosso ensino público. antes de mais nada, eu apoio sim as cotas, mas tem um problema bastante grave ocorrendo com elas. hoje em dia, temos técnicas de ensino muito avançadas e funcionais* (citation needed ehaueh), que possibilitam praticamente qualquer um com especialização em determinado setor a criar um sistema de ensino bom para aquele setor. a grande diferença é que as técnicas de ensino assumem que os alunos estão empenhados com o aprendizado (vão pra lá com aquela bullshit que bom instrutor desperta o interesse no aluno). ou seja: você consegue fazer um ensino de qualidade somente quando alunos de qualidade procuram o teu curso. de outra forma, ou você cria uma estrutura com índices de reprovação gigantescos, ou vc não adota as melhores práticas de ensino, visando a funcionalidade do teu sistema. vamos seguir assumindo que índices de reprovação altos não são bons nem pra faculdade pública (o nosso governo é profundamente comprometido com estatísticas de aprovação), nem pra particular (razão simples: não é interessante, financeiramente falando).

a "elite" estudantil acaba indo parar nas faculdades públicas (mesmo pq o processo de vestibular é, em grande maioria, direcionado para faculdades públicas - aqui em sp, por exemplo, temos poucas exceções, como FGV e PUC, que ainda assim, sabidamente, possuem um processo seletivo "mais fácil" do que o da USP, UNICAMP, etc; e acabam sendo "segunda opção" das mesmas). portanto, a faculdade pública tem a liberdade de adotar as melhores práticas de ensino, pq podem partir da premissa de que tem alunos qualificados para tal (ou seja: os melhores qualificados nos seus processos seletivos). as faculdades particulares, na média, não podem partir dessa premissa. portanto, visando evitar retenção insustentável, elas reduzem a qualidade do ensino.

vamos evitar citar que determinados alunos oriundos de faculdades particulares não tradicionais são "top" na área em que atuam, pois esse com certeza é mérito deles, e não da instituição, e portanto estes fatos não tem qualquer valor para a discussão.

o problema que estou enxergando é o seguinte:
http://congressoemfoco.uol.com.br/noticias/senado-aprova-projeto-que-define-cotas-do-ensino-publico/
as cotas impactaram negativamente na qualidade do ensino superior público, como qualquer aluno de graduação deve ter notado. é inviável para a instituição reprovar os alunos desqualificados (não preciso provar que alunos da escola pública não tiveram preparação mínima para o ensino superior, né?), uma vez que elas normalmente não possuem estrutura para manter alunos reprovados em altíssimas taxas, assumindo que a demanda por vagas novas é altíssima e constante, e levando em conta também o comprometimento do estado com as estatísticas. então ou elas começam a "afrouxar" os métodos, ou então vão ter que sofrer mudanças radicais de forma a comportar os altíssimos índices de reprovação dos cotistas (índice de reprovação que já era alto, mesmo para os alunos elitistas - qualquer aluno de engenharia pode comentar como as coisas funcionam nos cálculos :lol:).

o que acredito que vai acontecer, naturalmente, é a elitização de universidades particulares, uma vez que as públicas não mais atenderão a demanda da elite, por naturalmente optarem pela facilitação do processo de aprovação. +- como é nos estados unidos.
 
A questão particulares / públicas é basicamente a seguinte: quem dá aula em particular em geral é quem está no começo da carreira. Quem está tentando aumentar o Lattes ou está se preparando pra concurso público. Ou então são professores já renomados (ou aposentados), que não querem a encheção de saco das milhares de cobranças (acreditem, vocês não fazem ideia da pressão que essa gente tem) que um federal/estadual tem. Péssimos profissionais existem em todas as áreas. Na carreira docente não seria diferente. Conheço muita gente que vai pras federais só porque, assim, têm suas pesquisas financiadas e dar aula é só uma chateação a mais que eles têm que encarar pra isso. Paciência. Mas daí a resumir toda a classe a esses maus profissionais, desculpa, eu sou obrigada a discordar veementemente. Conheço profissionais em quem me espelho e que, por admirá-los profundamente, ainda acalento a intenção de seguir nessa carreira de maluco. Porque eles são fodas. Não só tratam os alunos com o respeito devido - vejam bem, respeito devido: se quer respeito, saiba respeitar, porque tem muito aluno de graduação que é pior que criança, porque age como uma se achando muito adulto com isso -, dão aulas fantásticas e são orientadores fodas.

E uma coisa que é foda de admitir, mas que, depois que você chega no mestrado, não tem muito mais como evitar: 90% do esforço quem tem que fazer é o aluno. Esse negócio de professor dando em cima é coisa de ensino médio. O cara não quer dar aula? Beleza, me passa os textos aí, tio (ou exercícios, sei lá como é nas exatas). Se vira. Quem corre atrás consegue. É meio cruel falar isso - e não é como pretendo me portar, deixando claro, porque eu discordo dessa atitude docente - mas é a realidade. Mestrandos e mestres possivelmente vão concordar comigo que é o que acontece.
Assino embaixo.
 
Concordo com tudo que a Ainurian falou. Principalmente com isto:
E acho que essa questão de particular x pública é relativa demais,
E com isto:
"Os amigos que me perdoem, mas eu sempre fico abismada com o comportamento elitista (nós somos mais inteligentes e mais capacitados que o resto) vindo justamente de quem ***diz*** ser contra elitizações e preconceitos."
 
Eu acho que qualidade de ensino depende muito mais da Universidade ou faculdade em si do que o fato de ela ser pública ou privada.

Concordo

Por exemplo, uma das melhores faculdades de Direito aqui do RS é privada, a de Jornalismo também, e as melhores de Medicina e de Veterinária são públicas. O problema é que existem muitas faculdades particulares de fundo de quintal que tem como único objetivo ganhar dinheiro e estão cagando para qualidade de ensino.

Pois é... aí surge o preconceito!

Dizer que TODAS as particulares são ruins é o mesmo que dizer que todo negro é bandido, todo judeu é mercenário, todo gay é promíscuo, todo nordestino é preguiçoso e todo evangélico é alienado.

Outro fator que eu considero super importante para avaliar qualidade de ensino é a estrutura que as Universidades têm para a pesquisa. E nesse ponto eu vejo uma distanciamento muito grande a favor das Universidades públicas em detrimento das privadas, principalmente na área de exatas, ciências agrárias e tecnologia

O que tenho percebido é que existe um número MAIOR de públicas que investem em pesquisas... Isso de forma alguma significa que SÓ as públicas investem em pesquisas.

Trabalhei (estagiei) no setor de pesquisas da área de biologia no campus universitário da UniVap (chamado de Fazenda) e é realmente ENORME!!! Também conheci os laboratórios de outras áreas, como de exatas. Aliás, o campus é tão grande que é preciso andar de ônibus lá dentro.

Na UNIP diversas vezes vi cartazes de incentivo à iniciação científica... sem contar as excursões, os congressos, concursos, etc...

E, embora eu tenha birra da ETEP, sei que ela também investe bastante na pesquisa da área de exatas e tem um bom laboratório (apesar de que minha amiga que estuda lá anda reclamando da desorganização.... mas problemas todas tem. A pública também é desorganizada muitas vezes!!!)

"Os amigos que me perdoem, mas eu sempre fico abismada com o comportamento elitista (nós somos mais inteligentes e mais capacitados que o resto) vindo justamente de quem ***diz*** ser contra elitizações e preconceitos."

E o contraditório é que essas pessoas que possuem esse comportamento na maioria das vezes fazem pública.

Mas se vc for na página original do Diário onde eu postei isso - clica no botãozinho azul ao lado do nome no quote- verá que eu estava me referindo justamente ao que o pessoal da pública estava falando, como "na pública vc vai conhecer gente com o mesmo nível de inteligência que você" WTF??? :omfg: Por acaso na particular só tem jegue??? Sinceramente, quando EU estudei na UNESP o que mais vi foi gente folgada, desinteressada, alienada... que só queria saber de fumar, ir em festa, matar aula e fazer balburdia.
Sim, tinha gente boa, compromissada e inteligente, mas era a imensa MINORIA (e não só no meu curso...)
Aliás o campus era dividido entre os esnobes (Direito e Relações Internacionais) e os "não to nem aí pra nada" (História e Serviço Social).
Já a UNESP aqui de SJC (Odonto) o pessoal parece ser BEM mais focado e responsável (convivi muito com alunos e profs. quando fazia Coral lá). O que me faz pensar que o comportamento dos alunos depende MUITO da área de atuação também!

Vira e mexe - quando lembro de tudo que passei na Unesp - comento com meu pai que NÃO ENTENDO porque uma pessoa se mata num cursinho pra passar num vestibular difícil pra depois jogar tudo fora não se dedicando ao curso.

Tanto na pública quanto na particular eu fui totalmente contra todo e qualquer paredão!!! Pq eu não vou pra faculdade pra ficar no bar, eu vou pra faculdade pra fazer a coisa mais importante da minha vida: ESTUDAR!!!

HELLOÕW, PÚBLICA! Eu faço faculdade pública e vejo a galerinha que faz sociais aplicadas falando/cantando musiquinha trouxa do curso que quem faz ~~tal curso~~ na particular não tem nem que ir de camisa pra aula, que não é curso 'de verdade'. Caraca, zoam até a roupa dos caras! E na boa, visto que já disse a situação 'precária' que citei, a respeito do meu curso (não vou falar da universidade toda, apesar de saber que também ocorre, porque afinal, o que me afeta tá na química), não considero fazer pública uma 'vantagem'.

Como sempre esse é o comportamento dos medíocres (os verdadeiros medíocres) que para se auto-afirmarem na sua "superioridade" precisam denegrir e rebaixar os outros. Insegurança, oi!

Quando entrei nessa faculdade, já tinha feito minha inscrição na particular, por ter ganho bolsa, e acabei desistindo dela pra entrar nesse curso, que eu queria mais. Se me arrependo? Talvez. Acho que a galera diz que particular é fácil, que paga pra passar, mas muitos profissionais ótimos que eu conheço "pagaram pra estudar", inclusive minha mãe, que, na boa, é foda na área dela.

E acho que essa questão de particular x pública é relativa demais, o que o Éomer falou a respeito de pesquisa é verdade, fazendo química é muito mais perceptível visto que é pesquisa pura; mas HOJE, a única vantagem que vejo em fazer uma estadual é não ter que pagar,

Isso é relativo... Você realmente só 'não paga' se for na sua cidade.

No meu caso, por exemplo, eu gastava mais pra morar em outra cidade do que o que gasto com mensalidade e van na particular.

mas tá tenso, a gente tem indicativo de greve pro dia 03/09, e outras estaduais já entraram. Não vou nem entrar no assunto auxílio do governo, que aí vou pra particular de vez.

desculpem povo, mas n vou postar fontes dessa vez pq to enrolado pra linkar. quem sabe mais tarde eu edito e posto.

a idéia é bem simples: a elite do ensino superior brasileiro está sim nas faculdades públicas.

:blah:

Não sei porque eu ainda me surpreendo com a hipocrisia desse país :roll:
Reclamam das "elites" sociais, mas só porque passou no vestibular público se acha melhor que o resto da nação!!!

é muito fácil fundamentar isso: os melhores resultados em concursos, as melhores posições no mercado, e os melhores índices de desempenho estão nos graduandos de universidades públicas.

melhores posições no mercado significa simplesmente que os setores de RH são preconceituosos... isso sem contar o famoso "quem indica". Muita gente consegue bom emprego, boas posições simplesmente porque estudou em uma pública e/ou porque papai é amigo do chefe... e não exatamente por ser capacitado! Lembro que o curso de RI era CHEIO desses tipos que no 1º ano já estavam garantidos.

a grande diferença é que as técnicas de ensino assumem que os alunos estão empenhados com o aprendizado (vão pra lá com aquela bullshit que bom instrutor desperta o interesse no aluno).

Não vejo nada de "bullshit"... Pergunto de novo: SE NÃO TAVA AFIM DE ESTUDAR pra que entrar na faculdade e tirar a oportunidade de quem REALMENTE quer estudar????

a "elite" estudantil acaba indo parar nas faculdades públicas (mesmo pq o processo de vestibular é, em grande maioria, direcionado para faculdades públicas - aqui em sp, por exemplo, temos poucas exceções, como FGV e PUC, que ainda assim, sabidamente, possuem um processo seletivo "mais fácil" do que o da USP, UNICAMP, etc; e acabam sendo "segunda opção" das mesmas).

Sério??? Você está afirmando que nenhuma (ou quase nenhuma) particular tem vestibular? Sério???

E, passar no vestibular não quer dizer NA-DA!!!

A primeira coisa que um dos professores nos disse no primeiro dia de aula da facul particular foi: "pode ser fácil de entrar... mas não se iludam! O que é difícil aqui é sair formado!"

E se você acha que passar no vestibular é TÃO importante pra definir a "superioridade" de alguém, procure saber antes quantos alunos que estão na particular não passaram também na pública, mas não foram para esta por 'n' motivos (como por exemplo, não valer a pena mudar de cidade, conseguir bolsa, etc... etc... etc...)
Eu passei na pública, eu tirei as notas mais altas do ENEM na prova de redação 2x e tenho certeza que mesmo anos depois do Ensino Médio / Cursinho posso prestar novamente um vestibular e passar.

Além do que o sistema de seleção via vestibular é bem menos eficiente do que os aplicados no resto do mundo que levam em conta todo o seu histórico no Ensino Médio.

portanto, a faculdade pública tem a liberdade de adotar as melhores práticas de ensino, pq podem partir da premissa de que tem alunos qualificados para tal (ou seja: os melhores qualificados nos seus processos seletivos). as faculdades particulares, na média, não podem partir dessa premissa. portanto, visando evitar retenção insustentável, elas reduzem a qualidade do ensino.

:blah:

Preconceito novamente... Porque você não vai estudar numa faculdade particular (uma faculdade de verdade... não uma fundo de quintal) antes de soltar tanta bobagem???

vamos evitar citar que determinados alunos oriundos de faculdades particulares não tradicionais são "top" na área em que atuam, pois esse com certeza é mérito deles, e não da instituição, e portanto estes fatos não tem qualquer valor para a discussão.

:rofl:

Esse argumento é tão RIDÍCULO e furado que só rindo... É bem simples: não tem qualquer valor pra discussão porque anula o SEU argumento, né...
Quando um aluno da particular se dá bem "é por mérito dele próprio"... quando um aluno da pública se dá bem "é por mérito da instituição". facepalm.gif

Me poupe!!!

Assino embaixo.

E eu repito o que disse antes:

A questão particulares / públicas é basicamente a seguinte: quem dá aula em particular em geral é quem está no começo da carreira. Quem está tentando aumentar o Lattes ou está se preparando pra concurso público. Ou então são professores já renomados (ou aposentados), que não querem a encheção de saco das milhares de cobranças (acreditem, vocês não fazem ideia da pressão que essa gente tem) que um federal/estadual tem.

:no: Mas não MESMO....

todos os meus professores tinham entre 30 e 50 anos, com mestrados / doutorados... e vivem se atualizando e NOS motivando a se atualizar tbm (perguntas tipo: e aí, já resolveu se vai fazer mestrado ano que vem? em que área?).

Inclusive um excelente professor de fotografia foi despedido por não ter feito o mestrado ainda. Ele dava aula por amor à fotografia mesmo e não por interesse na área acadêmica. Acho que muita gente tem visões equivocadas da pública assim como gente da pública costuma ter uma visão totalmente equivocada da particular e do que ocorre lá dentro!!!
 
O maior problema nessa discussão é que existem vários níveis de faculdade particular. Não tem como colocar em apenas um bloco chamado "Faculdades Particulares" e vir discutir o tema. Mesmo o nível de professores são diferentes de uma para outra.
 
melhores posições no mercado significa simplesmente que os setores de RH são preconceituosos...
Deixando a parte das indicações de lado. Não é preconceito, mas um cuidado especial com a formação do candidato; O responsável pela seleção assume que alguém vindo de uma universidade bem conceituada (seja ela pública ou privada) teve uma formação superior a de um formado na UNIBLERG.

Estendendo um pouco:

A qualidade das universidades públicas hoje é superior unicamente pela seleção dos melhores alunos e segurança para reprovar aqueles com desempenho insuficiente -- não é raro, mas também não é regra, que professores e chefes de curso de instituições privadas sintam-se pressionados a aprovar alunos temendo que a administração veja-os como alguém que está "chateando o cliente"; as instituições sérias não tem essa cultura. Infelizmente, as cotas que selecionam alunos por critérios não-meritocráticos e aprovações "facilitadas" acabarão com isso :(

E notem que temos poucas universidades privadas; a maioria das instituições são só faculdades mesmo. Outro problema é que, assumindo critérios internacionais, muitos desses cursos superiores não passam de cursos técnicos glorificados e não são voltados à formação científica/acadêmica. É parte da nossa visão de que o ensino superior deve ser universalizado: não precisa, a formação da maioria das classes profissionais é assunto para cursos técnicos especializados, como no sistema alemão que separa a escola vocacional da universidade, onde alunos seguem caminhos distintos e bem focados.
 
Não sei porque eu ainda me surpreendo com a hipocrisia desse país :roll:
Reclamam das "elites" sociais, mas só porque passou no vestibular público se acha melhor que o resto da nação!!!
mas quem que tá se achando melhor aqui? o_o

e veja: reclamar de elites (se é que isso acontece mesmo) e negar que elas existem são duas coisas completamente contraditórias entre si.

melhores posições no mercado significa simplesmente que os setores de RH são preconceituosos... isso sem contar o famoso "quem indica". Muita gente consegue bom emprego, boas posições simplesmente porque estudou em uma pública e/ou porque papai é amigo do chefe... e não exatamente por ser capacitado! Lembro que o curso de RI era CHEIO desses tipos que no 1º ano já estavam garantidos.
vem cá, vc tá falando de um curso de relações internacionais, relações internacionais, e reclamando de pessoas que entram neste curso se baseando em contatos que elas já possuem?

Não vejo nada de "bullshit"... Pergunto de novo: SE NÃO TAVA AFIM DE ESTUDAR pra que entrar na faculdade e tirar a oportunidade de quem REALMENTE quer estudar????
mas aqui estamos concordando, certo? não é a faculdade que tem que dar a motivação pra alguém querer estudar.

Sério??? Você está afirmando que nenhuma (ou quase nenhuma) particular tem vestibular? Sério???
err..não?
aqui em sp, por exemplo, temos poucas exceções, como FGV e PUC
como todo mundo sabe, tanto FGV quanto PUC tem uma qualidade exemplar. ah sim, a parte do quase nenhuma, estou afirmando sim. das faculdades particulares de SP, os vestibulares rigorosos são esses dois, e talvez também do mackenzie e ESPM. somado a umas outras poucas que eu não conheço, e comparando este número ao total de faculdades particulares de sp, temos aí um "quase nenhuma".

A primeira coisa que um dos professores nos disse no primeiro dia de aula da facul particular foi: "pode ser fácil de entrar... mas não se iludam! O que é difícil aqui é sair formado!"
Mas esse é o ponto! São poucas as faculdades que adotam essa postura...se a tua adotou mesmo, aí são outros 500. se vc acredita nisso, pq vc não nos mostra, ao invés de responder de forma birrenta?

E se você acha que passar no vestibular é TÃO importante pra definir a "superioridade" de alguém
só queria saber onde que eu disse isso :lol:
passar num vestibular bom é consequência de uma série de fatores, e não a prova definitiva dessa tal superioridade.

Eu passei na pública, eu tirei as notas mais altas do ENEM na prova de redação 2x e tenho certeza que mesmo anos depois do Ensino Médio / Cursinho posso prestar novamente um vestibular e passar.
tá ué o_o

Além do que o sistema de seleção via vestibular é bem menos eficiente do que os aplicados no resto do mundo que levam em conta todo o seu histórico no Ensino Médio.
novamente: tá ué o_o
mas q q isso tem a ver com a discussão? se vc acha o sistema brasileiro de vestibular atrasado, ok, mas o tema é outro.

Preconceito novamente... Porque você não vai estudar numa faculdade particular (uma faculdade de verdade... não uma fundo de quintal) antes de soltar tanta bobagem???
(tá ué o_o)³

Esse argumento é tão RIDÍCULO e furado que só rindo... É bem simples: não tem qualquer valor pra discussão porque anula o SEU argumento, né...
prove :cool:
 
Bem, ocorre de a consciência da responsabilidade pela escolha do modelo de carreira e trabalho na vida pertencer ao aluno e muitas vezes também à família (se ela possui negócio próprio, etc...)

Antes de eleger a faculdade o aluno deve ter foco para saber que o mercado contrata aqueles que desenvolvem o melhor modelo pessoal de superação e se direcionam para os melhores lugares possíveis de cada área do conhecimento sobre a profissão que vai conseguir.

Quem faz a fama (ou nome) da profissão e da faculdade (pública ou privada) é a pessoa formada e que enfrenta batalhas porque escolheu uma vida de batalhas. Primeiro passa pela batalha do ingresso (composta pela luta por educar uma pessoa economicamente produtiva na família), depois a batalha para continuar (dinheiro, resistência física e mental), a seguir quem vence a batalha pelo diploma (derrotando as dúvidas na carreira) ganha o direito de entrar na batalha do livre mercado ou então escolher entrar na batalha da disputa por uma continuação da vida acadêmica (especialização, mestrado, doutorado... etc.)

A partir do momento que o aluno aprender as disciplinas básicas ele deve procurar estágios pra sondar a realidade do que o mercado está comprando dentro do serviço que ele vai oferecer. Muitas vezes os locais de estágio possuem os próprios meios de seleção, outras vezes o aluno se depara com faculdades que possuem carteira de contatos com empresas melhores que outras e a vantagem de cursar aqui ou ali quem busca é o aluno. O que existe antes de tudo é a visão do aluno de obter da melhor forma possível o diploma e isso passa por procurar orientadores que sejam bons integradores. Normalmente eles estão nas melhores instituições e podem ser ou não funcionários de uma faculdade.

Por exemplo, há orientadores de mercado que são maravilhosos nas empresas que trabalham. Há clientes de empresas que sabem uma enormidade de coisas úteis e que não estão trabalhando em escolas. O olho vivo do aluno deve estar sempre ativo pra sugar o máximo de experiência desses caras.

Agora, pesa muito o fato de o ranking top 500 de universidades do mundo ficar sem universidades brasileiras entre as top 100 e ter apenas uma meia dúzia entre as posições 101-500. Com uma população tão grande e uma relação Universidades/Universidades de Referência tão ruim existe um problema de falta de tutela das universidades de referência em relação as demais universidades. Essa falta de comunicação é uma deficiência típica nossa que reflete no que os alunos recebem.

E ocorre de formarem-se universidades mal integradas porque as próprias universidades centrais que dão origem a elas estão mal inseridas nos planos econômicos. Deveria haver um constante estímulo para que se formem amizades entre os professores das públicas e privadas para que se consultem sempre e troquem conhecimento (e essa é também uma obrigação do aluno formado). O silêncio que vigora entre partes é prenúncio de uma catástrofe e a ferida invisível é a mais terrível e a mais difícil de ser tratada.
 
Última edição:
E ocorre de formarem-se universidades mal integradas porque as próprias universidades centrais que dão origem a elas estão mal inseridas nos planos econômicos. Deveria haver um constante estímulo para que se formem amizades entre os professores das públicas e privadas para que se consultem sempre e troquem conhecimento (e essa é também uma obrigação do aluno formado). O silêncio que vigora entre partes é prenúncio de uma catástrofe e a ferida invisível é a mais terrível e a mais difícil de ser tratada.

Não estou assumindo um lado, pois os dois lados tem bons argumentos e me desculpem por fugir do assunto, mas isso é a regra, incrivelmente entre universidades públicas há muito de professor que acha que é dono de um tal dado, isso vale para os de Exatas, um pesquisador que tem, digamos, um dado gravimétrico (usar as variações de microgravidade para sondar o subterrâneo), mas não cede para nenhum outro pesquisador, claro que dados filtrados pertencem a pessoa que os filtrou, mas não os dados brutos, assim como um amigo que fazia biologia aqui na UFRN me disse que no Museu tinha vários fósseis desconhecidos, que ninguém estudou, mas que a professora responsável não deixava ninguém ir estudá-los, meu amigo dizia que era por medo de alguém descobrir algo que ela não descobriu, segundo ele por incompetência, essas são riquezas públicas, pertencem ao país não a um professor x ou y. No meu curso tem muito disso, e élo que parece essa cultura do país não vai mudar tão cedo.
 
Ai, Deus. Outro tópico pra discutir o sexo dos anjos - e que provavelmente não vai chegar a lugar algum.

Mas, né? A gente não tá aqui pra convencer ninguém, mas pra discutir (civilizadamente, sempre que possível). Donc, voilà.

Dizer que TODAS as particulares são ruins é o mesmo que dizer que todo negro é bandido, todo judeu é mercenário, todo gay é promíscuo, todo nordestino é preguiçoso e todo evangélico é alienado.

Concordo em gênero, número e grau. Só acho que não presenciei ninguém fazendo isso aqui (ainda). A qualidade das PUC's da vida, por exemplo, é inegável - isso pra me prender num exemplo só e não ficar aqui listando qualidades de universidade por curso. O problema é que quando a gente fala "públicas" e "particulares" é inevitável dar uma generalizada. Por exemplo? A Estácio de Sá, aqui no RJ, há um tempo aprovou um analfabeto no seu "vestibular", deu uma puta repercussão. E, no entanto, o cara mais foda e inteligente e que eu mais pago pau pra inteligência que eu conheço (e isso não é pouco, porque conheço vários) se formou pela Estácio. Perceba que, financeiramente, o interesse da instituição é de colocar quanto mais gente for possível pra dentro, porque é assim que o cash entra. Não há uma seleção rígida, genericamente falando - de novo, sempre haverá as PUC's da vida pra contradizer quem afirma estupidamente que não há particulares que prestem.

Aliás, o campus é tão grande que é preciso andar de ônibus lá dentro.

Na UFRJ também. Aliás, acho um absurdo não ter busão na UFF, quase morri quando tive que ir lá buscar um certificado numa tarde de sol escaldante... Deveria ter, ou pelo menos uns carrinhos, sei lá. :D

mas problemas todas tem. A pública também é desorganizada muitas vezes!!!

Sim, não à toa estamos em greve há uns três meses. Não só pelos salários, mas pelas condições também. No caso das exatas e biológicas nem tanto, porque há incentivo externo de empresas e tal, mas as humanas e, principalmente, as Artes se fodem de verde e amarelo.

O que me faz pensar que o comportamento dos alunos depende MUITO da área de atuação também!

Discordo.

Algumas das pessoas mais focadas e responsáveis que conheci são da Dança e da História. Os piores exemplos que já tive são da Medicina e da Engenharia. É claro que eu conheço muito mais gente dos dois primeiros, mas tenho certeza de que área de atuação não é sinônimo de dedicação ou falta dela - afinal, quantas pessoas responsáveis e dedicadas você conhece em Medicina e Engenharia? Pois é.

Vira e mexe - quando lembro de tudo que passei na Unesp - comento com meu pai que NÃO ENTENDO porque uma pessoa se mata num cursinho pra passar num vestibular difícil pra depois jogar tudo fora não se dedicando ao curso.

Muita gente por pressão da família. Outras por questão de status. Ainda há os que se desiludem com o curso e ficam perdidos até encontrar um rumo.

melhores posições no mercado significa simplesmente que os setores de RH são preconceituosos...

E, pra protestar contra isso, eu vou me recusar a fazer uma universidade pública pra provar que eles estão errados. Sei lá, mas isso não faz muito sentido pra mim. Um professor meu disse pra minha turma, no primeiro período, que se você quer mudar o sistema você tem que estar dentro dele. Quer um setor de RH menos preconceituoso? Faça administração, especialize-se na área e vá trabalhar nela. AÍ SIM, você vai poder COMEÇAR a mudar as coisas. E talvez só assim. E talvez nem assim.

Sério??? Você está afirmando que nenhuma (ou quase nenhuma) particular tem vestibular? Sério???

Aqui no RJ elas fazem um vestibular "de fachada". Vide o caso que citei acima, do analfabeto que foi aprovado e tal.

A primeira coisa que um dos professores nos disse no primeiro dia de aula da facul particular foi: "pode ser fácil de entrar... mas não se iludam! O que é difícil aqui é sair formado!"

Sair de uma pública também não é fácil não... Quer dizer, a menos que você abandone o curso...

todos os meus professores tinham entre 30 e 50 anos, com mestrados / doutorados...

Aqui eu também repito o que disse:

A questão particulares / públicas é basicamente a seguinte: quem dá aula em particular em geral é quem está no começo da carreira. Quem está tentando aumentar o Lattes ou está se preparando pra concurso público. Ou então são professores já renomados (ou aposentados), que não querem a encheção de saco das milhares de cobranças (acreditem, vocês não fazem ideia da pressão que essa gente tem) que um federal/estadual tem.

Em tempo: Quem recém se titulou doutor também pode ser considerado "começo de carreira". Pelo menos academicamente falando.

Inclusive um excelente professor de fotografia foi despedido por não ter feito o mestrado ainda. Ele dava aula por amor à fotografia mesmo e não por interesse na área acadêmica.

A posição que vou adotar aqui pode ser polêmica, mas eu concordo com a demissão. Se quer dar aula "por amor", abra um curso. Vai fazer o que ama, vai ter o retorno financeiro que espera e não vai ter o compromisso acadêmico. Eu vejo isso no caso da Dança; grandes nomes da dança contemporânea como Paulo Caldas já fez concurso pra UFRJ. Quando ele - entre outros - ficou reprovado na primeira prova, alguns alunos acharam um absurdo. Porque ele é um grande nome da Dança, porque ele é do mercado, porque ele já fez trozilhões de espetáculos internacionais, blá, blá, blá. A questão é a seguinte: Universidade é pesquisa. Universidade tem um padrão de exigência, de formação que deve ser cumprido. O fato dele não ter passado o faz um professor de Dança, um Coreógrafo ou um Bailarino pior? Longe disso. Ele continua sendo foda. Mas o ensino de uma graduação não deve ser nivelado pelo ensino que se é dado em um curso. Você tá formando profissionais, e a responsabilidade é muito grande.
 
Última edição:
se n me engano, em algum momento nos últimos anos, saiu uma determinação do MEC que diz que só pode dar aula para ensino superio o cara que tiver, no mínimo, mestrado. isso desconsiderando os que já tão no cargo, então isso se aplica somente aos candidatos a professor.

uma pena que isso mia os meus planos de dar aula (falando sério, eu tava pensando em prestar o concurso e tudo mais pra dar aulas a noite e continuar trabalhando :lol:)
 
se n me engano, em algum momento nos últimos anos, saiu uma determinação do MEC que diz que só pode dar aula para ensino superio o cara que tiver, no mínimo, mestrado. isso desconsiderando os que já tão no cargo, então isso se aplica somente aos candidatos a professor.

uma pena que isso mia os meus planos de dar aula (falando sério, eu tava pensando em prestar o concurso e tudo mais pra dar aulas a noite e continuar trabalhando :lol:)

Espero estar com meu titulozinho em mãos o mais rápido possível pra poder me arriscar nesses concursos da vida. Pelo menos enquanto minha área tiver concursos pra mestrado... :joy:
 
Não estou assumindo um lado, pois os dois lados tem bons argumentos e me desculpem por fugir do assunto, mas isso é a regra, incrivelmente entre universidades públicas há muito de professor que acha que é dono de um tal dado, isso vale para os de Exatas, um pesquisador que tem, digamos, um dado gravimétrico (usar as variações de microgravidade para sondar o subterrâneo), mas não cede para nenhum outro pesquisador, claro que dados filtrados pertencem a pessoa que os filtrou, mas não os dados brutos, assim como um amigo que fazia biologia aqui na UFRN me disse que no Museu tinha vários fósseis desconhecidos, que ninguém estudou, mas que a professora responsável não deixava ninguém ir estudá-los, meu amigo dizia que era por medo de alguém descobrir algo que ela não descobriu, segundo ele por incompetência, essas são riquezas públicas, pertencem ao país não a um professor x ou y. No meu curso tem muito disso, e élo que parece essa cultura do país não vai mudar tão cedo.

Lembro que no dia-a-dia da universidade a orientadora comentava da possessividade com relação a uso de laboratórios entre professores. O recurso de origem central era tão pouco e tão mal gerido que quando um professor arrumava grana pra aparelhar um laboratório por meio do dinheiro de projeto (fapesp/cnpq) a faculdade usava o resultado final como quebra-galho para ampliar e estruturar o câmpus. Ou seja, muitas daquelas áreas enormes de laboratórios nas universidades que existem hoje e são propagandeadas na política na verdade aparecem para tapar um buraco administrativo que a ciência brasileira ainda não solucionou.

Quer dizer acredito que tirando as questões específicas como patentes, todo resto (depois de finalizado o projeto) deveria servir a comunidade de pesquisadores do câmpus sem os ciúmes que campeiam a vaidade humana.

Em conseqüência quando essa solução local (temporária) de estruturação através de verba de projeto e facilidades ocasionais da política atingem seu limite a universidade corre o risco de se feudalizar e aparecem atritos entre professores.

Infelizmente a visão de ciência nas reitorias está limitada pelo vazio criado pelas universidades de referência que deveriam assumir o papel de exemplos. Mas elas sofrem de um problema central em que o governo vê uma figura enquanto os ministérios não conseguem identificar os elementos que formam a imagem nem as relações existentes entre os elementos que formam a imagem. Vêem mas não enxergam porque não entendem o sistema de comunicação que liga os agentes do ensino superior no Brasil. E quando se fala em comunicação se fala desde uma requisição de material de laboratório até programas e premiações que integrem faculdades privadas com as públicas.

Um outro professor reclamava que a ouvidoria da faculdade não ouvia (o e-mail nunca funcionava). Quer dizer, se em uma conversa simples a pessoa já usa os 5 sentidos então o mínimo que a faculdade precisa para ser alerta é ter todos os sentidos ativos, do contrário, vai ser no máximo um centro de excelência no meio de tantas pessoas sedentas de instrução.
 
Última edição:
Eu até ia postar aqui de modo mais elaborado, mas a discussão tomou um rumo que não sei se vale a pena. Parece mais briguinha de federal X federupa (pra quem não conhece, é a sigla de "federal, chupa") do que os alunos das instituições dizendo os prós e contras delas.

Minhas conclusões não são só baseadas em achismos, em "me disseram que" ou em impressões de outra instituição tendo a visão unilateral do negócio. Eu tenho vivência em uma faculdade particular e em três públicas, então sei bem do que falar e quais posições, de ambos os lados, podem ser exageradas ou não... Enfim.


Na UFRJ também. Aliás, acho um absurdo não ter busão na UFF, quase morri quando tive que ir lá buscar um certificado numa tarde de sol escaldante... Deveria ter, ou pelo menos uns carrinhos, sei lá. :D

Em qual câmpus tu foi? Gragoatá? A UFF é toda espalhada, e parece que agora haverão ônibus pra pegar os alunos em pontos 'estratégicos' para deixá-los nos campi e fazer o caminho inverso no fim do dia letivo.
 
Em qual câmpus tu foi? Gragoatá? A UFF é toda espalhada, e parece que agora haverão ônibus pra pegar os alunos em pontos 'estratégicos' para deixá-los nos campi e fazer o caminho inverso no fim do dia letivo.

Sim, sim. Eu acho essencial a existência desses ônibus, justamente por ela ser tão espalhada. Mas no próprio Gragoatá é tudo muito grande! O prédio da História é lá nos cafundós... :lol:
 
Amon, vou te responder de forma bem resumida: seu problema é que você joga tudo numa maçaroca só e julga sem ter vivido a experiência, sem conhecimento de causa.
É como você falar sobre como é a vida, sei lá, na Nigéria (estou assumindo que vc nunca foi lá, mas se já foi pense em outro país que não conhece :lol:). Você pode falar sobre a vida de um nigeriano a partir do que a mídia te diz, do que algum conhecido que lá foi te contou, do que se houve falar de forma geral, mas você não pode assumir essa visão de terceiros distorcida como verdade absoluta sem ver com os próprios olhos.

Em suma, é isso que quero dizer... Além disso dizer que nenhuma faculdade particular é boa é sim, um tremendo preconceito!


Quem faz a fama (ou nome) da profissão e da faculdade (pública ou privada) é a pessoa formada e que enfrenta batalhas porque escolheu uma vida de batalhas.

Exato... mas se as pessoas ficarem com esse pensamento mesquinho de "ah, se ele se deu bem não importa, mesmo assim a faculdade continua sendo péssima" fica difícil né.

Se o vestibular é parâmetro para eleger os "melhores alunos", então deveria-se levar em conta quantos alunos passaram na faculdade pública mas por "n" fatores preferiram fazer a particular.
Aliás, se dessa vez for bem feito, acho a mudança do ENEM excelente, pois assim o mesmo exame será usado para selecionar os alunos em todas as instituições e o que pode ajudar a diminuir essa discriminação idiota.
Há ainda os meios de avaliação, como o ENADE. Aqui está uma lista das instituições com maiores notas entre 2007 e 2010: 25 particulares, 14 estaduais e 33 federais. Federais são a maioria, mas se (quase) todas as particulares fossem assim tão ruins teria bem menos de 20 aprovadas.

Quanto às faculdades fundo-de-quintal a culpa é do próprio MEC de permitir sua abertura!

Primeiro passa pela batalha do ingresso (composta pela luta por educar uma pessoa economicamente produtiva na família), depois a batalha para continuar (dinheiro, resistência física e mental), a seguir quem vence a batalha pelo diploma (derrotando as dúvidas na carreira) ganha o direito de entrar na batalha do livre mercado ou então escolher entrar na batalha da disputa por uma continuação da vida acadêmica (especialização, mestrado, doutorado... etc.)

Sim, concordo plenamente.

Mas o que me revolta é que um aluno tenha sua história julgada por ter estudado numa particular e não numa pública, sem levar em consideração a qualidade da instituição específica!
O aluno passa a ser rechaçado e ter sua superação desvalorizada por causa, apenas, de ter estudado em uma faculdade particular.

Por exemplo, no caso do Direito. É preciso passar na prova da OAB... será que tem mais valor um aluno da USP que não passou no exame ou um aluno da UniVap que passou de primeira? E se ele passou, foi porque teve excelentes professores para conduzi-lo durante o curso... Agora, não adianta ser o melhor professor do mundo e ter alunos desmotivados, desinteressados...

Portanto, acho errado desvalorizar uma instituição privada porque alguns alunos foram mal, pois também existem alunos da pública que vão mal.

E outra, a maior parte dos alunos da particular - principalmente da noite - ralam muito mais do que os alunos da pública porque precisam passar o dia todo trabalhando, sem direito de qualquer bolsa-auxílio. Sim, ele paga pra estudar... Mas não com o dinheiro do papai e sim com o próprio suor. E à noite ainda tem que ter concentração suficiente para prestar atenção nas aulas!!!


A partir do momento que o aluno aprender as disciplinas básicas ele deve procurar estágios pra sondar a realidade do que o mercado está comprando dentro do serviço que ele vai oferecer. Muitas vezes os locais de estágio possuem os próprios meios de seleção, outras vezes o aluno se depara com faculdades que possuem carteira de contatos com empresas melhores que outras e a vantagem de cursar aqui ou ali quem busca é o aluno. O que existe antes de tudo é a visão do aluno de obter da melhor forma possível o diploma e isso passa por procurar orientadores que sejam bons integradores. Normalmente eles estão nas melhores instituições e podem ser ou não funcionários de uma faculdade.

...que pode ou não ser pública.

E uma coisa que esqueci de dizer antes é que alguns cursos - a grande maioria novos - simplesmente não existem na rede pública.

Por exemplo, há orientadores de mercado que são maravilhosos nas empresas que trabalham. Há clientes de empresas que sabem uma enormidade de coisas úteis e que não estão trabalhando em escolas. O olho vivo do aluno deve estar sempre ativo pra sugar o máximo de experiência desses caras.

Exato. E isso depende da seriedade e comprometimento do aluno.

Agora, pesa muito o fato de o ranking top 500 de universidades do mundo ficar sem universidades brasileiras entre as top 100 e ter apenas uma meia dúzia entre as posições 101-500. Com uma população tão grande e uma relação Universidades/Universidades de Referência tão ruim existe um problema de falta de tutela das universidades de referência em relação as demais universidades. Essa falta de comunicação é uma deficiência típica nossa que reflete no que os alunos recebem.

A questão do ranking internacional eu nem vou comentar...

E ocorre de formarem-se universidades mal integradas porque as próprias universidades centrais que dão origem a elas estão mal inseridas nos planos econômicos. Deveria haver um constante estímulo para que se formem amizades entre os professores das públicas e privadas para que se consultem sempre e troquem conhecimento (e essa é também uma obrigação do aluno formado). O silêncio que vigora entre partes é prenúncio de uma catástrofe e a ferida invisível é a mais terrível e a mais difícil de ser tratada.

Olha... talvez eu tenha dado sorte de entrar em um curso melhor nesse aspecto.

A troca de informações e contatos é constante e muito intensa. Quando eu entrei no curso era apenas a 2ª turma a se formar (sim, curso novo)... devido a diversos problemas eu tive que parar e voltar 2 anos depois... Vi mudanças drásticas, amadurecimento enorme de professores, alunos, do curso em geral e até mudança de nome do curso. Novamente tive que parar por motivo de doença e voltarei agora já sabendo que vou me sentir ainda mais perdida do que antes...


Ai, Deus. Outro tópico pra discutir o sexo dos anjos - e que provavelmente não vai chegar a lugar algum.

Não Loth... eu criei o tópico porque o assunto estava se espalhando por outros tópicos que não tinham nada a ver e não ia demorar até a própria moderação transferir os posts para um tópico à parte para não desviar o assunto dos demais.


Concordo em gênero, número e grau. Só acho que não presenciei ninguém fazendo isso aqui (ainda). A qualidade das PUC's da vida, por exemplo, é inegável - isso pra me prender num exemplo só e não ficar aqui listando qualidades de universidade por curso. O problema é que quando a gente fala "públicas" e "particulares" é inevitável dar uma generalizada. Por exemplo? A Estácio de Sá, aqui no RJ, há um tempo aprovou um analfabeto no seu "vestibular", deu uma puta repercussão. E, no entanto, o cara mais foda e inteligente e que eu mais pago pau pra inteligência que eu conheço (e isso não é pouco, porque conheço vários) se formou pela Estácio. Perceba que, financeiramente, o interesse da instituição é de colocar quanto mais gente for possível pra dentro, porque é assim que o cash entra. Não há uma seleção rígida, genericamente falando - de novo, sempre haverá as PUC's da vida pra contradizer quem afirma estupidamente que não há particulares que prestem.

O seu exemplo é justamente o motivo pelo qual NÃO SE DEVE generalizar.

Sinceramente... eu fiquei horrorizada com o que vi estudando em uma faculdade estadual. O pior exemplo - pra citar só um - foi a professora de Antropologia que não falava coisa com coisa, era uma bicho-grilo doida e mais parecia Sibila Trelawney. A maioria dos outros profs também eram muito ruins.

Já os professores de História Antiga, Média, História Econômica e Psicologia eram :grinlove:, mas devido à falta de estrutura eles não conseguiam dar aulas que valessem à pena e que permitissem 100% de absorção da matéria.

Meus vizinhos, que estavam prestes a se formar em História, eram um bando de loucos, bêbados e drogados contra os quais 2x fui obrigada a abir B.O.
Um deles chegou a invadir meu quarto.
Quando souberam do BO me imploraram para retirar a queixa pois isso impediria que eles participassem de concurso público e a única coisa que consegui pensar é que eu teria HORROR se um deles um dia pudesse se tornar professor de um filho meu!

Logo... se formar na pública também não é garantia de ser um excelente profissional, assim como se formar na particular não é garantia de ser mal profissional. Existem, sim, faculdades públicas PÉSSIMAS! (e, infelizmente, eu caí em uma delas) Até porque, se fossem assim TÃO boas quanto gostam de alardear estariam entre as top 100 internacionais.


Muita gente por pressão da família. Outras por questão de status. Ainda há os que se desiludem com o curso e ficam perdidos até encontrar um rumo.

A maioria é: "OBA! Estou longe de casa, posso fazer o que quiser e não devo satisfação a ninguém" Até que um dia a conta da vida bate na porta: as consequências!


E, pra protestar contra isso, eu vou me recusar a fazer uma universidade pública pra provar que eles estão errados. Sei lá, mas isso não faz muito sentido pra mim.

Onde eu disse que estava na particular por protesto??? :ahn?: :eh:

Vou explicar minha história de forma mais clara: eu entrei na 1ª série na escola pública. 1º e 2º ano tive excelentes professoras. Na 3ª, sem brincadeira, a professora era semi-analfabeta. Foi então que por muita insistência minha em mudar de escola - e sem outra opção por perto - meus pais me colocaram na escola particular do bairro. Não, eles não tinham dinheiro pra pagar, mas também não consegui bolsa. Então eles pagaram com muito sacrifício.
Como eu sempre quis ir para a área de biológicas fiz o ensino médio junto com o técnico em Patologia Clínica (que era bem mais puxado que uma faculdade, aliás) na UniVap. O campus fica no centro da cidade, mas o campus da faculdade fica num bairro super longe (aquele campus gigante que citei) e era lá que eu estagiava. Portanto, lá tive contato com professores e alunos de faculdade e até cheguei a assistir algumas aulas de biologia no lab em que eu estagiava e tinha acesso irrestrito a toda a biblioteca. Portanto, posso atestar a qualidade da mesma 10 anos atrás (sim, faz exatamente 10 anos e não sei como está lá agora, mas creio que tenha melhorado).
Prestei o vestibular para a estadual para Biologia mesmo, embora eu estivesse pensando em desistir da área após o curso técnico. Não passei porque eu sempre fui PÉSSIMA em física e química, 2 matérias com maior peso no vestibular, além da própria biologia, e que também eram o motivo da minha desistência.
Fiquei 6 meses procurando trabalho em laboratórios sem sucesso (excesso de estagiários gratuitos disponíveis, nenhum lab precisava contratar mão-de-obra) e então trabalhei por 1 ano numa locadora de vídeo que meu pai comprou. Então meu pai insistiu para que eu fizesse o cursinho intensivo (4 meses).
Consegui meia-bolsa no Objetivo e fiz o maldito cursinho (maldito por motivos impertinentes ao tópico).
Foi então que prestei novamente o vestibular da estadual, mas agora para História. Passei, me arrependi amargamente e de qualquer forma, sem dinheiro, teria que voltar gostasse ou não.
Passei mais 1 ano trabalhando - novamente em 1 locadora, mas agora como empregada - e depois decidi entrar em outra faculdade particular, a UNIP, simplesmente porque ela tinha um curso que tinha mais a ver com meus objetivos profissionais (fotografia e cinema) e ficava na mesma cidade em que moro!

Logo... estou na faculdade particular não por protesto e sim por outros motivos como:

- decepção com a pública
- gasto menos pagando uma faculdade na mesma cidade do que o que gasto morando longe
- preciso trabalhar e aqui tenho contatos e clientes
- aqui tem o(s) curso(s) que me interessa(m), que é difícil de achar na rede pública.

Agora... as minhas vivências na rede particular, principalmente no que se refere à qualidade de professores e colegas de turma, foi infinitamente melhor do que as que tive na rede pública. Aliás, tive e tenho professores realmente fantásticos!!!

Então, sim, eu defendo e exijo respeito com veemência e paixão à minha faculdade (o que frequento e o que estagiei no passado), ao meu curso, aos meus professores e colegas por conhecer de perto o valor que eles tem e não só por mim!


Um professor meu disse pra minha turma, no primeiro período, que se você quer mudar o sistema você tem que estar dentro dele. Quer um setor de RH menos preconceituoso? Faça administração, especialize-se na área e vá trabalhar nela. AÍ SIM, você vai poder COMEÇAR a mudar as coisas. E talvez só assim. E talvez nem assim.

Discordo.

Primeiramente não fiz ADM por não ter o menor talento pra área (bem que minha mãe queria!)
Mas isso não me impede de "lutar em outros fronts". Eu acredito, sim, no poder da conscientização. Quanto mais consciente for a sociedade, menor será o preconceito!

O problema é que temos um país com um ciclo vicioso - e venenoso - na educação: má educação de base -> alunos despreparados para a faculdade -> maus profissionais, maus professores e também maus pais que vão enviar para a escola alunos cada vez mais mal educados e que vão ter cada vez menos estrutura (seja em casa ou na escola).


Aqui no RJ elas fazem um vestibular "de fachada". Vide o caso que citei acima, do analfabeto que foi aprovado e tal.

Eu não vejo isso aqui em SP.

Não posso afirmar que não tenha, mas eu não tive contato com esse tipo de faculdade.



Sair de uma pública também não é fácil não... Quer dizer, a menos que você abandone o curso...

Ele disse sair formado!

Com essa frase ele quis dizer que o curso seria puxado... e é de fato bastante puxado, até porque o mercado é muito exigente!

Ah, e ao contrário do que muitos afirmaram, o índice de desistência é muito grande justamente porque são alunos que não aguentam o tranco. Que não conseguem passar nas provas, não conseguem acompanhar a turma... acaba havendo uma seleção natural. (por isso é difícil sair formado)
Vi alunos se revoltarem, sem sucesso, contra professores porque "a matéria é muito difícil". Bem, estes ficaram a ver navios...
Os professores não passam ninguém pra ter índice de aprovação e sala cheia, não. Que eu saiba, a "aprovação automática" existe em abundância é na escola (escola, não faculdade) pública de onde os alunos saem sem nem sequer conseguir ler um texto direito... que dirá passar no vestibular!


Aqui eu também repito o que disse:

A questão particulares / públicas é basicamente a seguinte: quem dá aula em particular em geral é quem está no começo da carreira. Quem está tentando aumentar o Lattes ou está se preparando pra concurso público. Ou então são professores já renomados (ou aposentados), que não querem a encheção de saco das milhares de cobranças (acreditem, vocês não fazem ideia da pressão que essa gente tem) que um federal/estadual tem.

Em tempo: Quem recém se titulou doutor também pode ser considerado "começo de carreira". Pelo menos academicamente falando.

Você precisa conhecer meus professores... É aquilo que eu falei lá em cima, não se pode fazer esse tipo de afirmação sem conhecimento de causa.


A posição que vou adotar aqui pode ser polêmica, mas eu concordo com a demissão. Se quer dar aula "por amor", abra um curso. Vai fazer o que ama, vai ter o retorno financeiro que espera e não vai ter o compromisso acadêmico. Eu vejo isso no caso da Dança; grandes nomes da dança contemporânea como Paulo Caldas já fez concurso pra UFRJ. Quando ele - entre outros - ficou reprovado na primeira prova, alguns alunos acharam um absurdo. Porque ele é um grande nome da Dança, porque ele é do mercado, porque ele já fez trozilhões de espetáculos internacionais, blá, blá, blá. A questão é a seguinte: Universidade é pesquisa. Universidade tem um padrão de exigência, de formação que deve ser cumprido. O fato dele não ter passado o faz um professor de Dança, um Coreógrafo ou um Bailarino pior? Longe disso. Ele continua sendo foda. Mas o ensino de uma graduação não deve ser nivelado pelo ensino que se é dado em um curso. Você tá formando profissionais, e a responsabilidade é muito grande.

Concordo apenas em parte...

Não sei como é no mundo da dança, mas sei como anda o mundo fotográfico!

Quando cursos novos surgem é preciso, sim, gente do mercado E acadêmicos para dar aula, dependendo da disciplina.
Em História da Arte é fácil achar mestres e doutores.
Em Fotografia, não. Quem tem que dar aula são os fotógrafos da velha guarda como meu pai e o professor citado. Na época deles não existiam faculdade para a área e nem sequer cursos de fundo de quintal. Eles aprenderam na raça, no sistema de mestre (profissional da área mais velho) e aprendiz, comprando livros e mais livros sobre fotografia, arte e um pouco de física. Em suma, foram pioneiros, autodidatas. Estes precisam ser respeitados e valorizados!
De que adianta para ele - na profissão que exerce - um doutorado em História da Arte ou Publicidade? São áreas parecidas e interligadas, mas que para um fotógrafo não tem efeito prático, apenas de status.

Com o fim do filme e advento do digital se por um lado facilitou muito nosso trabalho, também piorou muito o mercado que ficou inflado com "metidos a fotógrafos" sem conhecimento técnico ou teórico nenhum. Fora o surgimento de inúmeros cursos de fundo de quintal e workshops que só servem para iludir e levar o aspirante a fotógrafo do nada a lugar nenhum! E, claro, isso só acontece porque a profissão não é regulamentada!!!

Portanto, sou plenamente contra a frase "então vá dar um curso", pois sou a favor da regulamentação da profissão! Por que? Porque cansei de ver trabalho mal feito, picareta estragando o mercado e afundando quem trabalha correta e honestamente!
Uma coisa é arte de museu - aí não precisa mesmo de regulamentação - outra bem diferente é trabalho remunerado!!!

No caso desse professor, eu tive aula com ele no 2º semestre do 1º ano. Ele era fantástico!!! Me ensinou mais coisas até que meu pai.
Soube que ele foi despedido quando voltei ao curso 2 anos depois quando perguntei aos novos colegas de turma se eles tiveram aula com esse prof. Então perguntei se o professor novo era bom e me disseram que era uma bela merda!
Tinha curso superior, mestrado, doutorado (em alguma área relacionada ao curso), mas não tinha experiência, vivência em fotografia... Não era da velha guarda, não trabalhava na área, enfim... só achava que entendia do assunto. O que me disseram foi que ele COPIOU as apostilas do antigo professor e mandava os alunos lerem, mas não sabia responder NENHUMA dúvida mais profunda...

Ou seja, trocaram um professor que tinha CONTEÚDO a oferecer para os futuros profissionais por um professor que só tinha status.



Minhas conclusões não são só baseadas em achismos, em "me disseram que" ou em impressões de outra instituição tendo a visão unilateral do negócio. Eu tenho vivência em uma faculdade particular e em três públicas, então sei bem do que falar e quais posições, de ambos os lados, podem ser exageradas ou não... Enfim.

As minhas também não são baseadas em achismo, como coloquei acima... 2 particulares e 1 pública.
 

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