Morfindel Werwulf Rúnarmo
Geofísico entende de terremoto
Aiken Cura é ainda um dos grandes nomes do mundo do pólo, apesar de ter morrido em 2007.
Ele era um dos cavalos mais amado do mundo. Aiken Cura, o puro-sangue do melhor jogador de pólo do mundo, Adolfo Cambiasso, era forte, elegante e rápido - tanto que ficou conhecido além dos círculos da elite do esporte. Em 2006, durante uma partida na Argentina, o garanhão quebrou. Cambiaso chorou na ambulância que levou o animal embora do estádio. Aiken Cura foi tratado com várias protéses, mas em 2007 acabou morrendo. Porém, estava enganado quem pensava não ver mais o famoso alazão desfilando seu estilo.
Em um dia escaldante no verão do hemisfério norte, um enorme portão de madeira se abre na zona rural e revela uma sinuosa estrada através de centenas de hectares de terra. O caminho é pontilhado por pôneis que vagam em bandos. Um deles trota corajosamente na sombra de várias árvores. Ele tem pêlos castanho-claro salpicado por pontos brancos. Ele parece ser outro cavalo. Porém, para os verdadeiros fãs de pólo, ele é inconfundível.
É o clone do Aiken Cura.
Há outros 11 clones, todos com menos de um ano de idade e criados para o pólo. O filho de Aiken Cura vive a poucos quilômetros do rancho, onde foi executado com o gêmeo identico de seu pai morto.
O proprietário desta fazenda, um homem chamado Alan Meeker, está no negócio com Cambiaso e tem outros clones de cavalo na Argentina. Dois deles, diz ele, são réplicas genéticas de puros-sangue superiores. São quase três anos, e Meeker diz que correm ‘como o vento’.
Os americanos não se importam muito para o pólo, mas o sucesso do empreendimento de clonagem de Meerker e Cambiasso pode ter enormes implicações para o que já foi um dos esportes mais populares dos Estados Unidos: as corridas de cavalo. Houve uma mudança sutil na percepção dos cavalos clonados em todo o mundo, a Federação Equestre Internacional (FEI) reverteu uma proibição sobre clones em competições.
Embora seja muito tarde para qualquer cavalo clonado ser introduzido nos Jogos de Londres, os clones estão autorizados a participar dos Jogos Olímpicos de 2016, no Rio de Janeiro. A decisão da FEI baseia-se na crença de que os clones não são 100 por cento idênticos e também que o jóquei e o ambiente fazem diferença no desempenho do animal.
O pensamento é que não existe um clone exato, assim como não há um gêmeo idêntico.
afirma Dr. Graeme Cooke, diretor da FEI, a ABC News.“Portanto, chegamos à conclusão de que havia tantas variáveis que não há vantagens ou injustiças contra o espírito esportivo”,
Este raciocínio, no entanto, não demonstra que a clonagem será permitida nas corridas de puro-sangue, pelo menos em um curto prazo de tempo. O Jockey Club, a organização dedicada a manter a integridade das corridas de cavalos, não vai reconhecer um clone e, muito menos permitir em uma prova.
Embora o principal argumento contra a clonagem de cavalos – a manutenção da pureza do esporte – seja ainda muito forte, o outro questionamento contra ela se apagou. Muitos temiam que a clonagem pudesse gerar animais malformados ou com deficiências. Meerker diz que nunce teve problema de saúde com seus clones e compara o método a fertilização in vitro, que causou grande alvoroço na década de 1980, mas produziu uma geração saudável de bebês em proveta. E a ideia de que a clonagem diluiria a raça não soa muito bem.
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