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Condomínio na Grande São Paulo põe radar para multar morador

Morfindel Werwulf Rúnarmo

Geofísico entende de terremoto
Ao ver o radar na avenida, o motorista pisa no freio para escapar da multa. A estratégia é uma reação natural de motoristas em vias públicas, mas também já ocorre em uma área particular, onde autoridades de trânsito sequer interferem.

Moradores do condomínio Aruã, de classe média alta, em Mogi das Cruzes (Grande São Paulo), se deparam desde o dia 1º com um radar instalado dentro do empreendimento, que reúne 1.300 casas e cerca de 5.000 moradores.

Eles podem ser punidos com multa de R$ 300 caso ultrapassem os 30 km/h permitidos. A multa supera a prevista pelo Código de Trânsito Brasileiro para punir a infração em vias públicas: R$ 85,13 para quem superar o limite de velocidade em até 20%.

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Radar móvel em rua do condomínio Aruã, Mogi das Cruzes; multa de R$ 300 para quem dirigir acima de 30 km/h​

O radar fotográfico se reveza em um dos quatro "pontos críticos", diz o presidente da associação de moradores, Walter Bolzani Júnior -para ele, a iniciativa é "educativa".

Construído nos anos 1940, o condomínio não tem calçadas, o que torna mais perigoso caminhar -naquela época, elas não eram obrigatórias, diz.

Ele afirma que já notificava condôminos que fossem vistos em alta velocidade, com base em regra aprovada em assembleia de moradores.

A instalação do radar, diz, é um instrumento para comprovar a infração.
"Há dez anos temos regras em relação a isso, mas não tínhamos como provar. Agora, temos."

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A medida é legal, segundo a prefeitura, o Denatran e a OAB-SP.

O aparelho é alugado por R$ 6.000 por mês. Os moradores infratores recebem em casa a notificação de multa, com a foto do carro flagrado, data, horário e velocidade aferida.

Na primeira infração, o morador é advertido. Na segunda, tem de pagar R$ 300. Na terceira irregularidade, a multa dobra.
"Na quarta, passamos toda a documentação ao departamento jurídico, que vai enviar os dados ao Ciretran (órgão de trânsito) para que se tomem medidas."

No primeiro teste, 80 carros foram flagrados em velocidades entre 45 km/h a 75 km/h em duas horas. Nenhum morador foi notificado ainda, já que os primeiros 15 dias foram de teste.

O radar virou motivo de debates entre moradores, especialmente após a postagem de uma foto do equipamento no Facebook.
"O dinheiro das multas vai para onde?",
questionou um.

"Tapar os buracos na avenida [dentro do condomínio], ninguém tapa."

Um morador ouvido pela Folha, que pediu para não ser identificado, disse que não concorda.
"É um exagero. O pessoal só quer saber para onde vai esse dinheiro."

Bolzani rebate as críticas.
"O que for arrecadado será usado em benefícios para o condomínio."
Uma moradora apoia.
"Há quem ache que a rua é lugar que não tem lei."

Fonte
 
Eu acho válida a ideia. O único problema que eu vi ali é ser o limite máximo de 30 km/h, ou seja, é uma velocidade muito baixa.

Acontece que em condomínio as pessoas costumam correr mais realmente, principalmente em vias ao extremo em que possui pouco movimento. O fato de não ter um controle, ajuda em muito a violar certas regras, principalmente as de ensinar os filhos a dirigir o carro sendo eles ainda de menor. Isso quando não liberam já o carro para ir na casa de alguém ali dentro.
 
Eu acho válida a ideia. O único problema que eu vi ali é ser o limite máximo de 30 km/h, ou seja, é uma velocidade muito baixa.

Pois é, se o problema é de haver risco de atropelamento dentro das ruas do condominio eu prefiro mais as lombadas.

R$ 6.000 de aluguel do radar por mês isso num ano são R$ 72 mil reais que daria pra investir tranquilo em várias lombadas, placas de sinalização, pintura de solo numa única vez e gastar muito pouco depois só renovando a pintura delas de tempos em tempos.

Explico: meus pais moraram 15 anos num condominio fechado com 7 ruas internas e em todas tinha lombadas daquelas bem volumosas que obrigam qualquer carro a reduzir, todas elas a cada 100 metros e ninguém corre, a não ser que esteja realmente a fim de arrebentar com a suspensão do carro. E dentro desse tempo que eles moraram lá nunca houve um atropelamento sequer.

Fora o fato que as lombadas funcionam 24hs com chuva e sol e esse radar de tripé depende de energia, não pode ficar exposto a chuva e se ficar muito escodido alguém passa correndo e o risco de um possivel atropelamento acontece, ou seja você garante a multa mas não evita o risco de atropelamento.
 
Última edição:
Sob que autoridade eles concedem uma multa? :think:

Furia disse:
Pois é, se o problema é de haver risco de atropelamento dentro das ruas do condominio eu prefiro mais as lombadas.

Muito mais eficaz, mas não deve gerar retorno para o condomínio né?
 
Muito mais eficaz, mas não deve gerar retorno para o condomínio né?

Mas aí eu questiono qual tipo de retorno? O de melhorias pra rua (tapar buracos, conserto de bueiros, etc) ?

Pelo menos nesse condomínio que eu mencionei que ficava em Sampa, toda a responsabilidade da manutenção das vias era da prefeitura usando verba pública como é em qualquer via pública comum. Então o condomínio não necessitava de nenhuma receita vinda de outra fonte pra isso.
 
Bom, acredito que a verba das multas deve ficar com o condomínio, para assim investir na manutenção da mesma. Isso seria mais ou menos como ocorre com as estradas e os pedágios em si.
 
Uma rua de condomínio tem uma vantagem de ser uma rua onde a maior parte do tempo só circulam veículos leves (os pesados pra entregas e mudanças só entram ocasionalmente com autorização) e geralmente o asfalto quando bem executado ele dura muito tempo.

Isso é mais um fator o qual não vejo a necessidade do radar como fonte extra de dinheiro, pois não é uma situação igual a de uma rodovia que necessita constantemente manutenção pelo tráfego pesado.

E mesmo arrecadando bem com as multas, descontando o aluguel tem sempre uma parcela que fica pro governo que tradicionalmente adora levar a maior fatia do bolo né?
 
Última edição:
Isso daí é legal? Multa de trânsito não é competência do Estado? Ou pode ser estabelecida assim?
 
Uma rua de condomínio tem uma vantagem de ser uma rua onde a maior parte do tempo só circulam veículos leves (os pesados pra entregas e mudanças só entram ocasionalmente com autorização) e geralmente o asfalto quando bem executado ele dura muito tempo.

Isso é mais um fator o qual não vejo a necessidade do radar como fonte extra de dinheiro, pois não é uma situação igual a de uma rodovia que necessita constantemente manutenção pelo tráfego pesado.

E mesmo arrecadando bem com as multas, descontando o aluguel tem sempre uma parcela que fica pro governo que tradicionalmente adora levar a maior fatia do bolo né?
O investimento nas condições da própria via foi apenas um exemplo. Eles podem investir em outros lugares da estrutura do condomínio com esse dinheiro tranquilamente. Mas claro que isso foi uma medida mais radical por parte da direção. Antes devem ter ocorrido várias discussões sobre os motoristas no lugar e não ter chego a um consenso.

E aquela história dos seguranças vigiarem nesse caso não adianta muito. Muitos vão dar desculpas pro segurança ou são amigos e acaba passando em branco.
 
Éomer disse:
Isso daí é legal? Multa de trânsito não é competência do Estado? Ou pode ser estabelecida assim?

Eu penso exatamente o mesmo. E para reduzir a velocidade as lombadas são mais eficientes. Isso tudo parece ser para ter mais uma fonte de renda para o condomínio, por isso eu questiono que o motivo para o uso de multa é justamente esse, gerar receita.
 
Sim. Eu acho a ideia do fúria de colocar lombadas (quebra-molas aqui no RS) a uma distância bem reduzida uma da outra bem mais racional
 

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