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Partido neonazista ganha vaga no parlamento grego

Morfindel Werwulf Rúnarmo

Geofísico entende de terremoto
[h=2]'Amanhecer Dourado' prega linha dura contra imigrantes.
Partido então pouco expressivo ganhou espaço com crise econômica.[/h]

O partido neonazista Chryssi Avghi (Amanhecer Dourado) ganhou uma vaga no Parlamento grego após ter obtido entre 6% e 8% dos votos, dos 9,8 milhões de gregos que votaram nas eleições legislativas realizadas neste (6) domingo no país, segundo os últimos resultados divulgados por sondagens de institutos gregos.

O partido (que obteve 0,29% dos votos nas legislativas de 2009) resurge em um momento marcado pela contestação à política de austeridade e pela implosão do velho sistema político, o que poderá por em cheque os esforços para recuperar o país no seio da zona do euro.

Pesquisas pré-eleitorais já davam cerca de 5% das intenções de voto ao partido, o que lhe permitiria conseguir entre 13 e 22 cadeiras, suficientes para contar com grupo parlamentar próprio.

Ambos os partidos pró-austeridade gregos - Pasok (socialista) e da Nova Democracia (direita) -, que formam o governo de coalizão desde novembro de 2011, entraram em colapso nas eleições parlamentares deste domingo, evidenciado a grande insatisfação popular com relação às medidas de austeridade.

Até pouco tempo, o Amanhecer Dourado só contava com um apoio eleitoral mínimo, mas nas eleições municipais de 2010 conseguiu um vereador na prefeitura de Atenas, obtendo em alguns bairros até 20% dos votos.

O Amanhecer Dourado ganhou terreno graças à crise econômica que afeta a Grécia, contexto cujas ideias xenófobas de seus militantes e a opção pela linha dura contra os imigrantes, aos quais qualificam como 'escória humana', ganhou mais adeptos.

Fundado em 1993 pelo ex-oficial do Exército grego Nikolaos Mijaloliakos, o partido mantém vínculos com outros movimentos neonazistas europeus e, segundo denúncias da imprensa e políticos gregos, com elementos da Junta Militar deposta em 1974 e inclusive com grupos da polícia atual.

Fonte
 
Pois é... nesse contexto de crise, muitos grupos de extrema-direita na Europa têm ganhado força.
A própria propaganda da UE que trazia conotação xenófoba é um tanto sintomática. A tensão ganhou forma de discurso oficial, embora tenha repercutido mal e a UE tenha pedido desculpas.
Quem é o inimigo? Os extra-comunitários.



*Edit: tinha escrito ONU, onde pretendia dizer UE... falha nossa. :mrgreen:
 
Última edição:
Atualmente nos países da zona do Euro que estão tendo eleições, desde que a crise estorou como se fosse um efeito dominó vários líderes estão caindo e muitos não estão se conseguindo se reeleger, vide agora o Sarkozy que foi a mais recente vítima na eleição francesa.

E a população desses países tem se mostrado totalmente disposta a mudar de lado, talvez achando que mudando pior do que está não irá ficar. Se existe uma exceção é apenas a Angela Merkel da Alemanha. Pelo menos por enquanto.

E nesse caso específico da Grécia se tá havendo mais espaço até pra partido neo-nazista isso de certa forma é um reflexo de todo esse cenário, então por mais que isso seja ruim ou não, eu não estou surpreso com essa noticia.
 
Amanhecer Dourado parece nome de episódio dos Cavaleiros do Zodíaco.

De qualquer forma, sem saber as diretrizes do partido prefiro não opinar diretamente sobre isso, mas a Europa como um todo está contra imigrantes e, ddo ponto de vista europeu, eles têm razão em fazerem isso.

Claro que taxar imigrantes de "escória humana" é imbecil, ainda mais de um zé povinho que foi ownado pelos romanos e depois pelos turcos, independente de qualquer feito do passado, até porque o passado da Grécia pode ter muita coisa bonita e mimimi, mas cada aberração...
 
Pobre Bizâncio...

A Grécia está tão decadente moralmente assim pra apoiar partido neonazista? Lástima.

E isso está acontecendo em toda a Europa.

Medo. Muito medo.
 
De boa? Nada diferente do esperado.

Desde a crise de 2008 o discurso dos europeus caminha pra essa bizarrice anti-imigração, culpando os latinos, africanos, e em especial os muçulmanos por todos os problemas daquele continente.

Mas a história ta ai para nos mostrar que isso não é novidade alguma. Sempre que alguma coisa começa a feder por lá, eles culpam algum grupo minoritário e elegem qualquer tipo de babaca para iniciar o processo de "cura".

O terrorista lá da Noruega já tava demonstrando como esse sentimento está se materializando, o candidato da extrema direita francesa conseguir 8 milhões de votos, o discurso xenofóbico do Sarkozy (mas desse dai não podemos esperar muito mais além disso) e por assim vai.

A nossa "sorte" é que foi apenas um representante, e na Grécia, que tem peso nenhum no cenário europeu na atualidade.

De qualquer forma, sem saber as diretrizes do partido prefiro não opinar diretamente sobre isso, mas a Europa como um todo está contra imigrantes e, ddo ponto de vista europeu, eles têm razão em fazerem isso.
E porque eles tem razão?

Claro que taxar imigrantes de "escória humana" é imbecil, ainda mais de um zé povinho que foi ownado pelos romanos e depois pelos turcos, independente de qualquer feito do passado, até porque o passado da Grécia pode ter muita coisa bonita e mimimi, mas cada aberração...
Nem os imigrantes são escória, nem o povo grego é zé povinho, muito menos ainda por esses "argumentos" históricos que você usou...
 
Eu não entendo como esse povo acha que a culpa do que acontece de errado é dos imigrantes, se eles são tão superiores então como um bando de escória consegue suplantar tanta superioridade?
 
E porque eles tem razão?
Simples: antes empregar gregos do que estrangeiros.


Nem os imigrantes são escória, nem o povo grego é zé povinho, muito menos ainda por esses "argumentos" históricos que você usou...
Oi, Sr. Eu Sou Sério.

Não vou taxar de neo-nazista um partido que eu não conheço nada além do que foi dito na matéria, seria muito imparcial da minha parte. E como não entendo lhufas de grego pra ler algo no site deles (se é que tem site), prefiro calar a boca.
 
Simples: antes empregar gregos do que estrangeiros.
Mas são empregos diferentes né.
Normalmente o estrangeiro sempre assume posições mais degradantes, empregos "B" por assim dizer, coisa que o europeu comum não tem interesse de fazer.
Os imigrantes, alias, são os primeiros a se fuder na crise, pq normalmente não tem garantia trabalhista nenhuma, nao tem direito a aposentadoria, podem ser demitidos sem problema pelo empregador, e na pior das hipóteses, o governo extradita eles.

O problema na Grécia não é os estrangeiros roubando emprego dos gregos. O problema é estrutural, é o neo-liberalismo arrastando o país para o buraco.

Oi, Sr. Eu Sou Sério.
Ah cara, e como eu vou saber que vc não tava falando sério? Vc até citou história para "zuar" os gregos..
 
Crise econômica gerada na base de qual sistema de produção? Neo-liberalismo, ué!
Voce me entendeu vai Paganus :lol:

O que não prova nada. Pra mim é um crítica bem rasa ao liberalismo essa, a existência de crises econômicas. Elas sempre existiram e sempre existirão, seja por corrupção de modelos de gestão, seja por erros de cálculo.
 
Última edição:
O que não prova nada. Pra mim é um crítica bem rasa ao liberalismo essa, a existência de crises econômicas. Elas sempre existiram e sempre existirão, seja por corrupção de modelos de gestão, seja por erros de cálculo.
Isso de "sempre existirão" é naturalizar a situação cara. Elas existem em dimensões muito maiores e arrebentando com muito mais gente nessa crença cega no livre-mercado. A minha critica ao Liberalismo, neo-liberalismo, desenvolvimentismo e qualquer outra forma de produção capitalista é muita maior que apenas a existência de crises.

Eu não queria fazer uma critica detalhada ao liberalismo, fui simplista mesmo, só para demonstrar que a culpa da crise não é dos imigrantes.

Outro ponto interessante é: Porque a crise de 2008 ta arrebentando muito mais os "pequenos"paises do PIGS (odeio essa sigla) do que as nações centrais? Se a crise começou por elas, porque seus piores reflexos se dão nos menores? Isso pode dar um bom debate, e sinceramente estou curioso pelo seu ponto de vista sobre isso!
 
Pobre Bizâncio...

A Grécia está tão decadente moralmente assim pra apoiar partido neonazista? Lástima.

E isso está acontecendo em toda a Europa.

Medo. Muito medo.

O processo de globalização possui várias estradas, uma delas é justamente o da crise na Europa. Até que ponto uma nação pode entrar e como deve entrar num processo que ao mesmo tempo é importante mas perigoso.

O futuro europeu é sinistro, principalmente no leste. Parece que as sombra no leste está se levantando.
 
Bom, eu não sou entendido em economia mas pelo que entendo acho bem risível mesmo condenar toda uma doutrina econômica porque ela apresenta esses problemas de desregulagem. É claro que essa crise (mais ou menos como em 1929) saiu do controle dos governos e mercados, ela causou o caos. Nesse sentido, concordamos, não é o único fator. Como concordamos que é simplista ao absurdo crer que os problemas econômicos de uma nação derivem da presença de imigrantes em seu território.

Por outro lado eu não vejo nenhum outro sistema econômico que realmente funcione. Economia planificada? Sério mesmo? Pra mim o modelo de governo ideal será sempre aquele que o governo interfira o mínimo possível na vida privada e social de seus cidadãos e isso só dá pra fazer com o capitalismo. Exatamente por ser um sistema que se auto-regula, se sustenta com sua própria lógica de mercado, e próprias mecânicas de manutenção, enfim com seu próprio cérebro, e oferecendo um intercâmbio e compartilhamento global (graças à tecnologia) de interesses... deixa pouco espaço para qualquer Estado limitar as liberdades dos seus cidadãos. O capitalismo oferece o melhor modelo de quadro de exercício dessas liberdades.

O problema são as desregulagens, as falhas de cálculo, os abusos de poder econômico, a legislação que atravanca as negociações dos agentes econômicos com burocracia pesadíssima, impostos que tornam a mecânica fortemente pesada, enfim, essas coisas mais periféricas e anomalias que tornam o sistema perigoso, arriscado. Mas não temos mais nada além dele.

Se eu pudesse resumir minha filosofia política em um nome seria esse.
 

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