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Da guerra da última aliança e a queda de Sauron - pontos a serem analisados (eu acho)

Ragnaros.

Usuário
"Ou seja, um Fana parece suportar várias formas de destruição conhecidas, mas nem todas como a destruição da forma física de Sauron (que era de Fana) com a queda de Númenor ou destruição (não é clara) da forma física que posteriormente criou na época da guerra da última aliança, em que (ao meu ver não ficou muito claro nas obras) a lança encantada de Gil-Galad e a espada "mágica" de Elendil foram responsáveis pelo extermínio do corpo de Sauron no fim da guerra da última aliança (início do 1º filme)."

A respeito da queda de Elendil e Gil-Galad, há uma série de vertentes/pontos de vistas que tentam trazer "à luz"/mais informações que não temos tanto no legendarium. Ora, o mesmo Sauron que ficou 7 anos "ruminando" na torre de Barad-dûr, enquanto os exércitos de homens, elfos e anões estreitavam o cerco à sua fortaleza, veio (lógico, é um exercício de imaginação ou "extrapolação") a utilizar seus "maquinários" e servos em suas contendas contra os seus inimigos, mas além disso há 2 pontos que me passavam desapercebido outrora:


Ponto 1:


"Sitiaram a fortaleza por sete anos e sofreram perdas pelo fogo, por lanças e setas do inimigo, e Sauron fez muitas investidas contra eles" (Silmarillion - Dos anéis de poder e da Terceira Era - 374).


Me parece que, além dos meios convencionais, creio que Sauron utilizou-se (acho que por algum tempo fez uso disso; pois ele aparenta ter refeito seu Fana, mas não ter se "recuperado a totalidade do seu poder") dos fogos advindos das entranhas da terra de Mordor; meio que "invocar"/requerer a saída do magma para atingir seus inimigos (lembrar que ele usou o magma em seus feitiços e em sua forja). Se isso realmente ocorreu, parabéns aos elfos-homens-anões (quem sabe estes últimos tenha sido a salvação dos exércitos, é algo a ser discutido, eu acho) por serem capazes de manter e pressionar o cerco à Sauron.


Ponto 2:


"No final, porém, o cerco era tão rigoroso, que o próprio Sauron se apresentou; e lutou com Gil-Galad e Elendil, matando os dois; e a espada de Elendil quebrou quando ele tombou." (Silmarillion - Dos anéis de poder e da Terceira Era - 375).


Sem dissentir:


"Eu vi o último combate nas encostas de Orodruin, onde Gil-galad morreu, e Elendil caiu, e Narsil se quebrou sob seu corpo."


A somatória dessas duas passagens vão remeter a dois fatos, ou seja, a de que Sauron, mesmo diante de uma hoste de inimigos que cercaram totalmente seu refúgio, conseguiu "abrir caminho" (para mim lutando, mas não necessariamente sozinho) e atravessar a "estrada" que separa a torre da montanha da perdição, ou seja, se estou certo ele atravessou de 20-30 milhas de distância (deve de ter sido uma carnificina), perseguido (no mínimo pelos 5 grandes combatentes) e chegou a Orodruin, mas porque? Porque ele para lá foi?


A resposta mais óbvia, que eu também vejo, é a de que estando lá, ele poderia se utilizar do acúmulo de Elemento-morgoth que se concentra no interior do vulcão e utilizar o anel, bem, pra vencer ou fazer pagar caro sua existência.


Mas para mim, há outro motivo, pois vejamos:


"Sam chegara ao coração do reino de Sauron, e às forjas de seu antigo poder, as maiores da Terra-média; ali todos os poderes eram subjugados." (O retorno do rei - A montanha da perdição, pag. 1001).


Invulnerabilidade? Anulação de todos os poderes? Teria ocorrido algo "semelhante" quando Sauron estava no pináculo da sua torre de sacrifícios em Númenor (estaria com/sendo trazido elemento morgoth com os sacrifícios)? Ora, a luz de Earendil (que Tolkien, salvo me engano, considerava a luz da Silmarill como sendo "análogo" à luz do espírito santo: Acho que há um artigo de Ilmarinen, salvo me engano, que fala sobre isso...vou procurar) oriunda da pedra na testa de Earendil fora anulada.

Dessa forma, tomando a ideia trazida já aqui no fórum, a de que Sauron pudesse "virar um novo Melkor", e tomando-se também (trazida no fórum) a função do elemento-morgoth "aumentar o poder de Sauron", no final, poderia Sauron realmente suplantar os poderes do mundo por esse "meio" que tentei abordar aqui no tópico? (em todas as discussões de "O que aconteceria se Sauron tomasse o um anel na 3ª era, acho que isso seria uma das poucas formas de Sauron ficar meio que "quase-absoluto").


"Então os raios aumentaram e mataram homens nas colinas, nos campos e nas ruas da cidade. E uma faísca de fogo atingiu em cheio a cúpula do templo e a fendeu, e ela ficou envolta em chamas. Mas o templo em si não sofreu abalo, e Sauron ficou de pé em seu pináculo, desafiando os relâmpagos sem ser atingido."


Havia então uma tolerância quanto a danos "mágicos"/subcriativos? Se assim o for, parabéns a quem forjou Narsil e Aeglos, parabéns mesmo. E sorte da Terra-média Sauron não ter chegado "dentro da montanha".


O que vocês acham?
 
Última edição:
Re: Da guerra da última aliança e a queda de Sauron - pontos a serem analisados (eu a

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O polêmico último combate da Guerra da Última Aliança...

Eis a minha versão daqueles "fatos":

Sauron, em uma última cartada para livrar-se do cerco e arrancar a vitória das garras da derrota, resolveu eliminar o alto comando da Grande Aliança, Gil Galad e Elendil, por meio de uma incursão surpresa. Elendil e Gil Galad não apenas resistiram como contra-atacaram, conseguindo derrrubar Sauron, mas este revidou matando Elendil com um murro, ou mesmo um chute, lançando-o vários metros para o alto, e incinerou Gil Galad com o fogo que brotava de suas mãos. Elendil caiu sobre sua espada, quebrando-a, e Isildur, em meio à confusão daquele combate, pegou o toco da espada de seu pai e com ele cortou o dedo onde Sauron usava o Anel.

E as armaduras de Elendil e Gil Galad, bem como Narsil e Aeglos, devem ter sido artefatos fantásticos, principalmente se levarmos em conta o poder do ser que os atacou.

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Última edição:
Re: Da guerra da última aliança e a queda de Sauron - pontos a serem analisados (eu a

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O polêmico último combate da Guerra da Última aliança...

Eis a minha versão daqueles "fatos":

Sauron, em uma última cartada para livrar-se do cerco e arrancar a vitória das garras da derrota, resolveu eliminar o alto comando da Grande Aliança, Gil Galad e Elendil, por meio de um incursão surpresa. Elendil e Gil Galad não apenas resistiram como contra-atacaram, conseguindo derrrubar Sauron, mas este revidou matando Elendil com um murro, ou mesmo um chute, lançando-o vários metros para o alto, e incinerou Gil Galad com o fogo que brotava de suas mãos. Elendil caiu sobre sua espada, quebrando-a, e Isildur, em meio à confusão daquele combate, pegou o toco da espada de seu pai e com ele cortou o dedo onde Sauron usava o Anel.

E as armaduras de Elendil e Gil Galad, bem como Narsil e Aeglos, devem ter sido artefatos fantásticos, principalmente se levarmos em conta o poder do ser que os atacou.

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Também creio que foi mais ou menos assim. Agora, esse "Infernal Touch" de Sauron realmente era impressionante, pois, aparentemente ele obliterou a armadura de Gil-Galad (acho que feita com Mithril) e Aeglos (fora destruída também, creio).
 
Re: Da guerra da última aliança e a queda de Sauron - pontos a serem analisados (eu a

Bem, eu considero que Sauron tinha uma psicologia semelhante a do Balrog que enfrentou Gandalf, o qual também era um maia e levou Gandalf a queda no abismo com a destruição de seu primeiro corpo. No mundo antigo o inimigo de um maia morria em conseqüência da luta.

Penso que Sauron pode ter previsto sua sina naquele local e desejou cuidadosamente causar o máximo de dano possível antes de entregar a derrota.

Sempre que ocorre uma batalha de vida ou morte contra um maia a luta adquire proporções cataclísmicas e apocalípticas uma vez que eles vieram ao mundo para ordenar e submeter os elementos da natureza. A morte de um deles pode significar terremotos e a liberação de forças que estavam sendo contidas mas que perdem momentaneamente o laço do domínio no momento da morte do maia.

Em última instância a própria montanha poderia explodir levando Sauron e seus inimigos, nas palavras do Tar Marion, a última cartada de Sauron estava sempre por vir enquanto o anel não fosse destruído.
 
Re: Da guerra da última aliança e a queda de Sauron - pontos a serem analisados (eu a

Bem, eu considero que Sauron tinha uma psicologia semelhante a do Balrog que enfrentou Gandalf, o qual também era um maia e levou Gandalf a queda no abismo com a destruição de seu primeiro corpo. No mundo antigo o inimigo de um maia morria em conseqüência da luta.

Penso que Sauron pode ter previsto sua sina naquele local e desejou cuidadosamente causar o máximo de dano possível antes de entregar a derrota.

Sempre que ocorre uma batalha de vida ou morte contra um maia a luta adquire proporções cataclísmicas e apocalípticas uma vez que eles vieram ao mundo para ordenar e submeter os elementos da natureza. A morte de um deles pode significar terremotos e a liberação de forças que estavam sendo contidas mas que perdem momentaneamente o laço do domínio no momento da morte do maia.

Em última instância a própria montanha poderia explodir levando Sauron e seus inimigos, nas palavras do Tar Marion, a última cartada de Sauron estava sempre por vir enquanto o anel não fosse destruído.

Pois é. É justamente por esse motivo ("a última cartada") que Sauron objetivou sua chegada na Montanha da perdição. E quanto a explosão do vulcão, acho bem plausível essa possibilidade, não só pela aptidão de Sauron em controlar "os fogos das entranhas da terra em seus feitiços e em sua forja", mas também por sua capacidade/função ofensiva/militar, conforme defendi no primeiro post:

"Sitiaram a fortaleza por sete anos e sofreram perdas pelo fogo, por lanças e setas do inimigo, e Sauron fez muitas investidas contra eles" (Silmarillion - Dos anéis de poder e da Terceira Era - 374).


"Me parece que, além dos meios convencionais, creio que Sauron utilizou-se (acho que por algum tempo fez uso disso; pois ele aparenta ter refeito seu Fana, mas não ter se "recuperado a totalidade do seu poder") dos fogos advindos das entranhas da terra de Mordor; meio que "invocar"/requerer a saída do magma para atingir seus inimigos (lembrar que ele usou o magma em seus feitiços e em sua forja). Se isso realmente ocorreu, parabéns aos elfos-homens-anões (quem sabe estes últimos tenha sido a salvação dos exércitos, é algo a ser discutido, eu acho) por serem capazes de manter e pressionar o cerco à Sauron."

É por esses e outros motivos que minha opinião vem a dissentir com um certo artigo (traduzido) da edição 5 da antiga revista The Dragon (posteriormente denominada Dragon Magazine): “Gandalf Was Only a Fifht Level Magi-User”, por Bill Seligman, em 1977."

LinKs: http://redboxeditora.com.br/redblog/gandalf-era-um-mago-de-5º-nivel-parte-1/
http://redboxeditora.com.br/redblog/gandalf-era-um-mago-de-5º-nivel-parte-2/
http://redboxeditora.com.br/redblog/gandalf-era-um-mago-de-5º-nivel-parte-final/

O artigo cita Sauron como sendo um "mago" lv. 7-12 no D&D. Ora, conforme já explanado por Ilmarinen (no tópico: Poderes de Sauron), o senhor de Mordor (na minha opinião) deu início (no momento do derradeiro ataque à Minas Tirith, ou seja, além de trazer no ar um sentimento de depressão e desespero aos habitantes da cidade) a um dos maiores ataques globais que nunca se viu desde as guerras entre os poderes e a destruição das lamparinas, pois qual seja: "Queimar/destronar" o céu/atmosfera, impedindo assim a incidência dos raios do sol, e, portanto, matando as plantas, e, portanto, matando os animais e assim por diante.

Algo que (na minha opinião) se assemelharia ao que ocorreu no "Segundo Renascer (animatrix) parte 2" na operação Dark Storm, com a singela diferença: a fonte do teto enfumaçado decorreria do próprio Orodruin (óbvio, minha opinião se pauta na possibilidade de Sauron ter caído na "loucura niilista" de Melkor, em vez dos seus objetivos "primevos" relacionada à ordem).


Acho que o melhor concesso de "equivalência de poder" para Sauron (e, portanto, aumentando ainda mais a importância da bravura e força de Elendil e Gil-Galad) e o contexto aplicado na guerra da última aliança, seria justamente algo que se assemelhasse a essa ficha de D&D (não tudo dela, mas algumas coisas):

http://www.giantitp.com/forums/showthread.php?t=67360

Destarte, me impressiona saber que 5 indivíduos conseguiram pelejar contra um ser que chegou (na minha opinião com uma boa ajuda do elemento morgoth que ele tinha acesso) a anular a proteção de Ulmo na 1ª era:

"Por quase dois anos depois da Dagor Bragollach, os Noldor ainda defendiam a passagem ocidental perto das nascentes do Sirion, pois o poder de Ulmo estava naquela água (...)" (Silmarillion - 194).

Sem dissentir:

"Com o tempo, entretanto, depois da queda de Fingolfin, Sauron, o mais terrível e mais poderoso dos servos de Morgoth, que no idioma sindarin era chamado de Gorthaur, levantou-se contra Orodreth, o guardião da torre sobre Tol-Sirion. Sauron se tornara um feiticeiro de poder tremendo, mestre das sombras e dos espectros (...)." (Silmarillion - 194-195).

Por fim:

"Pois, sob o comando de Morgoth, seu poder era imenso." (Dos anéis de poder e da terceira era - 363).
 
Última edição por um moderador:
Re: Da guerra da última aliança e a queda de Sauron - pontos a serem analisados (eu a

Acho que o fórum podia abrir uma área para alguns "crossover" entre os personagens (de Tolkien e dos outros mundos da fantasia). Em termos "Rpgisticos".
 
Última edição:
Re: Da guerra da última aliança e a queda de Sauron - pontos a serem analisados (eu a

É notável o fato de Sauron ter adquirido aprendizado com dois Valar (Aulë e Melkor). De Melkor ele adquiriu a capacidade de deteriorar (em menor escala que o Vala) cada um dos reinos dos Valar, uma vez que Melkor havia adquirido um quinhão das habilidades da cada um dos Valar.

Esse quinhão se limitava a estudar as formas pelas quais cada um dos reinos de cada Vala podia ser deformado (porque na música Melkor havia prestado pouca atenção aos outros e a atenção se limitava apenas no sentido do domínio). Sabendo que cada Vala era soberano em seu próprio reino/habilidade, Sauron podia promover uma influência no decorrer de séculos e enfraquecer com o tempo áreas que estivessem sob encantamento de outro Vala e que não fossem essenciais para esse Vala. Por exemplo, um rio comum que estivesse fadado a perder a proteção poderia perder a proteção mais rapidamente com a presença de Sauron nas proximidades.

Elrond e Gandalf tocam nesse assunto quando especulam sobre o futuro domínio de Sauron em que Rivendell sucumbiria em algum momento do futuro mais cedo ou mais tarde se o anel fosse recuperado por Gorthaur.
 
Re: Da guerra da última aliança e a queda de Sauron - pontos a serem analisados (eu a

É notável o fato de Sauron ter adquirido aprendizado com dois Valar (Aulë e Melkor). De Melkor ele adquiriu a capacidade de deteriorar (em menor escala que o Vala) cada um dos reinos dos Valar, uma vez que Melkor havia adquirido um quinhão das habilidades da cada um dos Valar.

Esse quinhão se limitava a estudar as formas pelas quais cada um dos reinos de cada Vala podia ser deformado (porque na música Melkor havia prestado pouca atenção aos outros e a atenção se limitava apenas no sentido do domínio). Sabendo que cada Vala era soberano em seu próprio reino/habilidade, Sauron podia promover uma influência no decorrer de séculos e enfraquecer com o tempo áreas que estivessem sob encantamento de outro Vala e que não fossem essenciais para esse Vala. Por exemplo, um rio comum que estivesse fadado a perder a proteção poderia perder a proteção mais rapidamente com a presença de Sauron nas proximidades.

Elrond e Gandalf tocam nesse assunto quando especulam sobre o futuro domínio de Sauron em que Rivendell sucumbiria em algum momento do futuro mais cedo ou mais tarde se o anel fosse recuperado por Gorthaur.

Pois é. Sempre achei que Sauron "pôde destronar os domínios dos Valar", vide certos fatos estabelecidos nas obras:

"E, mesmo assim, podemos ver que Sauron tem o poder de torturar e destruir as próprias colinas" (O Conselho de Elrond - pag. 276).

Ou seja, algo que remete à habilidade de Aulë no que tange ao seu conhecimento da constituição da própria terra (lembrar que Sauron era um Maia deste Vala), mas tal capacidade este eivada por um objetivo niilista.

Ademais:

"Pergunto se isso não é um artifício do Inimigo - disse Boromir - Dizem na minha terra que ele pode governar tempestades nas Montanhas da Sombra, que ficam nas fronteiras de Mordor. Tem poderes estranhos e muitos aliados.

O braço dele realmente cresceu - disse Gimli -, se ele pode trazer a neve do Norte para nos atrapalhar aqui, a trezentas léguas de distância." (O anel vai para o sul - pag. 301).

Ora, me parece que Sauron podia eivar/macular uma das funções-regentes de Manwe e Ulmo, ou seja, no sentido de que eles influenciavam no clima e nos fenômenos naturais relacionados a chuva, pluviosidade, só que no presente caso, Sauron escarnece de tal "regência" e acrescenta, também (na minha opinião) uma espécie de "Fúria de Ossë", só que dissentindo deste, pois tal "ataque" ocorre no "reino dos ares" (lembrar também que, a própria montanha parece ter colaborado com a pretensão Saurônica em impedir a travessia da Sociedade, algo que lembra, e muito, uma espécie de invocação feita pelo senhor de Mordor à uma entidade até então "adormecida"). Destarte, essa capacidade também fora acrescida por um certo controle que o Inimigo possuía sobre o "elemento" gelo, algo que também remete ao próprio Melkor.

Outro fato curioso (na minha opinião) é que Sauron fez uma espécie de "imitação/falsificação" de alguns conceitos do próprio Mandos, uma vez que "meio que copiou o conceito dos salões de Mandos" e "criou" um reino espiritual/infernal próprio a fim de aprisionar as vontades de indivíduos viventes (seus espíritos, no presente caso) em existências espectrais, vide o exemplo dos Nazgûl. Sabemos que Sauron é descrito, no Silmarillion, como o senhor dos espectros, mas não me lembro dele ter ido "além" do uso ofensivo/militar dos mesmos, salvo aquela passagem do Silmarllion que cita a região de Taur-nu-Fuin, como sendo uma terra de tamanho horror que espectros estrangulavam quem ali se atrevesse a entrar, entretanto, não é relatado nenhum ato de "erguer os mortos de suas tumbas" como ocorre no caso dos Barrow Writh, que são verdadeiros undeads, ou seja, espíritos à mando de Witch king, que entraram nos túmulos dos "caídos de Cardolan" e encheram a região das Colinas dos Túmulos com perigo e morte (essas criaturas tumulares, não sei porque, mas me lembraram muito os Lichs de Rpg, algo parecido com os de Warcraft: algo que um "ice touch" em Frodo me remeteu a isso).

Essa defesa que fiz em relação à essa "violação" da função de Mandos, ocorre em razão do fato de que, não obstante haver (parece que sim) espíritos pertencentes à Maiar destituídos de forma física, há uma certa ideia de que alguns seriam espíritos de Elfos que definharam e que não foram para Mandos como se esperava, mas acabaram caindo "nas garras do Necromante".
 
Última edição:
Re: Da guerra da última aliança e a queda de Sauron - pontos a serem analisados (eu a

Pois é. Sempre achei que Sauron "pôde destronar os domínios dos Valar", vide certos fatos estabelecidos nas obras:

"E, mesmo assim, podemos ver que Sauron tem o poder de torturar e destruir as próprias colinas" (O Conselho de Elrond - pag. 276). Ou seja, algo que remete à habilidade de Aulë no que tange ao seu conhecimento da constituição da própria terra (lembrar que Sauron era um Maia deste Vala), mas tal capacidade este eivada por um objetivo niilista.

Ademais:

"Pergunto se isso não é um artifício do Inimigo - disse Boromir - Dizem na minha terra que ele pode governar tempestades nas Montanhas da Sombra, que ficam nas fronteires de Mordor. Tem poderes estranhos e muitos aliados.

O braço dele realmente cresceu - disse Gimli -, se ele pode trazer a neve do Norte para nos atrapalhar aqui, a trezentas léguas de distância." (O anel vai para o sul - pag. 301).

Ora, me parece que Sauron podia eivar/macular uma das funções-regentes de Manwe e Ulmo, ou seja, no sentido de que eles influenciavam no clima e nos fenômenos naturais relacionados a chuva, pluviosidade, só que no presente caso, Sauron escarnece de tal "regência" e acrescenta, também (na minha opinião) uma espécie de "Fúria de Ossë", só que dissentindo deste, pois tal "ataque" ocorre no "reino dos ares" (lembrar também que, a própria montanha parece ter colaborado com a pretensão Saurônica em impedir a travessia da Sociedade, algo que lembra, e muito, uma espécie de invocação feita pelo senhor de Mordor à uma entidade até então "adormecida"). Destarte, essa capacidade também fora acrescida por um certo controle que o Inimigo possuía sobre o "elemento" gelo, algo que também remete ao próprio Melkor.

Outro fato curioso (na minha opinião) é que Sauron fez uma espécie de "imitação/falsificação" de alguns conceitos do próprio Mandos, uma vez que "meio que copiou o conceito dos salões de Mandos" e "criou" um reino espiritual/infernal próprio a fim de aprisionar as vontades de indivíduos viventes em existências espectrais, vide o exemplo dos Nazgûl. Sabemos que Sauron é descrito, no Silmarillion, como o senhor dos espectros, mas não me lembro dele ter ido "além" do uso ofensivo/militar dos mesmos, salvo aquela passagem do Silmarllion que cita a região de Taur-nu-Fuin, como sendo uma terra de tamanho horror que espectros estrangulavam quem ali se atrevesse a entrar, entretanto, não é relatado nenhum ato de "erguer os mortos de suas tumbas" como ocorre no caso dos Barrow Writh, que são verdadeiros undeads, ou seja, espíritos à mando de Witch king, que entraram nos túmulos dos "caídos de Cardolan" e encheram a região das Colinas dos Túmulos com perigo e morte (essas criaturas tumulares, não sei porque, mas me lembraram muito os Lichs de Rpg, algo parecido com os de Warcraft: algo que um "ice touch" em Frodo me remeteu a isso).

Essa defesa que fiz em relação à essa "violação" da função de Mandos, ocorre em razão do fato de que, não obstante haver (parece que sim) espíritos pertencentes à Maiar destituídos de forma física, há uma certa ideia de que alguns seriam espíritos de Elfos que definharam e que não foram para Mandos como se esperava, mas acabaram caindo "nas garras do Necromante".

Ao estudarmos o caso de Aulë observamos que ele inaugurou uma tradição de subordinados com tendência ao descaminho, com um comportamento que ficou evidente principalmente durante o episódio dos anões. (O casal Aule e Yavanna se torna problemático pelos atritos)

Naquela ocasião, da criação dos anões, por serem a obra mais importante daquele Vala, Eru corrigiu parcialmente a perda de controle de Aule evitando algo que nas mãos de Melkor poderia terminar em catástrofe. Já outros trabalhos não tiveram tanta sorte e outras conseqüências do trabalho de Aule como Saruman e Feanor copiaram o modo de ser de seu patrono, subestimando enormemente a importância dos outros reinos Valar, a ponto de se rebelarem para manter um interesse pétreo (como as obras de Aule) fosse ele certo ou errado (nos 3 casos, Feanor, Saruman e Sauron foram a obstinação para o lado do descaminho).

Do descaminho de Sauron pode-se dizer que ele assumiu (sem ter a intenção para isso) uma das propriedades que definem a filiação que é a herança daquele que antes fora seu superior. Em conseqüência disso ele assume parte do papel que um filho teria, desejando escravizar vivos e mortos ao seu comando, pelo benefício de seu "pai". Enquanto a paternidade desejada por Aulë se tornou benéfica (por Eru), a de Melkor foi amaldiçoada e distorcida (pelo próprio Vala). Os rebentos do mal deveriam viver na podridão e seguiriam para um além infernal, escuro, frio (como o norte) e perfurado pelo olhar maligno daquele que tinha dupla visão (Em Aman era comum ver o mundo dos vivos e mortos ao mesmo tempo e os elfos assim como os Maiar não se assustavam com espíritos).
 
Última edição:
Re: Da guerra da última aliança e a queda de Sauron - pontos a serem analisados (eu a

Ao estudarmos o caso de Aulë observamos que ele inaugurou uma tradição de subordinados com tendência ao descaminho, com um comportamento que ficou evidente principalmente durante o episódio dos anões. (O casal Aule e Yavanna se torna problemático pelos atritos)

Naquela ocasião, da criação dos anões, por serem a obra mais importante daquele Vala, Eru corrigiu parcialmente a perda de controle de Aule evitando algo que nas mãos de Melkor poderia terminar em catástrofe. Já outros trabalhos não tiveram tanta sorte e outras conseqüências do trabalho de Aule como Saruman e Feanor copiaram o modo de ser de seu patrono, subestimando enormemente a importância dos outros reinos Valar, a ponto de se rebelarem para manter um interesse pétreo (como as obras de Aule) fosse ele certo ou errado (nos 3 casos, Feanor, Saruman e Sauron foram a obstinação para o lado do descaminho).

Do descaminho de Sauron pode-se dizer que ele assumiu (sem ter a intenção para isso) uma das propriedades que definem a filiação que é a herança daquele que antes fora seu superior. Em conseqüência disso ele assume parte do papel que um filho teria, desejando escravizar vivos e mortos ao seu comando, pelo benefício de seu "pai". Enquanto a paternidade desejada por Aulë se tornou benéfica (por Eru), a de Melkor foi amaldiçoada e distorcida (pelo próprio Vala). Os rebentos do mal deveriam viver na podridão e seguiriam para um além infernal, escuro, frio (como o norte) e perfurado pelo olhar maligno daquele que tinha dupla visão (Em Aman era comum ver o mundo dos vivos e mortos ao mesmo tempo e os elfos assim como os Maiar não se assustavam com espíritos).

Interessante esse seu ponto de vista. Ademais, creio que o legado deixado por Melkor (à Sauron), conforme escrito por Tolkien em um dos seus textos, a busca pela destruição/volta de Arda para um espécie de caos, seria o "norte" que Sauron almejava ao final transformar boa parte das terras viventes em uma espécie de Mordor (uma espécie de "Terraformação-negativa", acho que defendida por Ilmarinen). Inclusive, tal ponto/objetivo parece ser citado/lembrado em uma passagem das Duas Torres, em que Frodo sente-se "bem" pela Terra de Ithilien (conquistada recentemente) não ter sido "totalmente arruinada pela ação do inimigo".

Destarte, penso que essa "intenção" descrita acima parece ser um corolário do que Sauron (supostamente) queria fazer quando liberou o teto enfumaçado sobre a atmosfera dos territórios inimigos, não só no sentido de obliterar a vontade combativa/ativa dos adversários, mas também arruinar a formação biosférica do noroeste da Terra-média.

Vide o processo:

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Última edição:
Re: Da guerra da última aliança e a queda de Sauron - pontos a serem analisados (eu a

Um caso emblemático são os elfos que dão a palavra legado ou herança um valor essencial (Fëanor foi símbolo da luta pelo legado).

Quando falam em separar-se de uma herança ou juntar-se a uma herança referem a uma união com algo que é parte do elfo ou um dom prometido. Os legados malignos, que também existiam, prometiam frutos amargos e a longo prazo o oposto do que se conseguia com um legado positivo.

A palavra jejum, do sânscrito, significa algo como viver mais próximo. Sauron não fazia jejum e se fartava com sua herança maligna, logo a chance de ele estar afastado de seu centro foi ficando cada vez maior e seu mundo foi refletindo mais e mais o estado em que se encontrava.

Os elementos de distância e afastamento do centro (centro próprio e do centro definido por Eru) se espalham por todo a paisagem de Mordor e a consequëncia imediata (tristeza apavorante e sufocante) é o primeiro fruto do legado. O primeiro contato do viajante com a natureza são os tons tristonhos, o ar venenoso e tudo aquilo que pode abater. Se fôssemos transformar em música seria uma sinfonia de gritos agudos que ferissem os ouvidos cortados bruscamente por tons graves e explosivos, que contaminasse até mesmo as pausas dos silêncios. O silêncio nessa música seria uma expectativa do horror, um suspense para o próximo sofrimento.
 
Re: Da guerra da última aliança e a queda de Sauron - pontos a serem analisados (eu a

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Mas será que as fortalezas de Mordor não eram autênticos oásis por trás de suas muralhas? Algo como a fortaleza de Thulsa Doom no filme "Conan". É claro que orcs, trolls (seriam os olog-hai mistos de homens e trolls à moda dos uruk-hai de Saruman?) e nazgûl não se importariam com estas coisas, porém para os orientais e os sulistas isto seria mais uma prova do poder e da magnificência de Sauron.

Ou seja, como foi apresentada em "TLORT" (e não poderia ser de outra forma, afinal o que temos no clássico maior é a Guerra do Anel como esta foi vista pelos hobbits), Mordor é bem pouco sedutora, por isto sempre pensei em oásis paradisíacos e festas orgiásticas por trás daqueles muros.

Em suma, não creio que Sauron dominasse aqueles povos (sulistas e orientais) apenas pelo medo, mas também por sua capacidade de realizar prodígios.

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Última edição:
Re: Da guerra da última aliança e a queda de Sauron - pontos a serem analisados (eu a

Acredito que para esclarecermos as interações entre Sauron e os homens tenhamos que voltar no mais complexo exemplo de relações entre ele e os homens que foi em Númenor quando ele usou aquilo que tinha de melhor em malícia.

Quando o maia dominou a sociedade da ilha a população começou criar atritos entre as várias partes que compunham o corpo do povo criando um tipo de inquietação generalizada com aparecimento de rixas perigosas entre os fiéis e os apoiadores.

A dominação das colônias e aliados númenorianos no continente gerou condições para distorções econômicas extremas com uma pequena elite com acesso a quase tudo e uma massa de manobra que podia escravizar ou ser escravizada (durante conflitos entre nações).

No futuro, dentro daqueles povos cresceu cada vez mais a necessidade de guerra e mais especificamente guerra contra Gondor e é quase certo que as nações vinham passando por regime de guerra com cintos apertados e racionamento de recursos ao ponto de desejar um ataque desesperado ou em outros casos com o objetivo de atender a governantes atiçados por algum tipo de promessa ou ameaça de Mordor.

Em menor escala a atmosfera órquica de medo em Mordor se replicava na forma de um belicismo subterrâneo e indistinto e vemos que durante a invasão de Frodo e Sam os próprios orcs desejaram sair de Mordor devido a tensão extrema aplicada pelos Nazgul e Sauron para poder saquear ou barbarizar sem ter chefões.
 
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Re: Da guerra da última aliança e a queda de Sauron - pontos a serem analisados (eu a

Acredito que para esclarecermos as interações entre Sauron e os homens tenhamos que voltar no mais complexo exemplo de relações entre ele e os homens que foi em Númenor quando ele usou aquilo que tinha de melhor em malícia.

Quando o maia dominou a sociedade da ilha a população começou criar atritos entre as várias partes que compunham o corpo do povo criando um tipo de inquietação generalizada com aparecimento de rixas perigosas entre os fiéis e os apoiadores.

A dominação das colônias e aliados númenorianos no continente gerou condições para distorções econômicas extremas com uma pequena elite com acesso a quase tudo e uma massa de manobra que podia escravizar ou ser escravizada (durante conflitos entre nações).

No futuro, dentro daqueles povos cresceu cada vez mais a necessidade de guerra e mais especificamente guerra contra Gondor e é quase certo que as nações vinham passando por regime de guerra com cintos apertados e racionamento de recursos ao ponto de desejar um ataque desesperado ou em outros casos com o objetivo de atender a governantes atiçados por algum tipo de promessa ou ameaça de Mordor.

Em menor escala a atmosfera órquica de medo em Mordor se replicava na forma de um belicismo subterrâneo e indistinto e vemos que durante a invasão de Frodo e Sam os próprios orcs desejaram sair de Mordor devido a tensão extrema aplicada pelos Nazgul e Sauron para poder saquear ou barbarizar sem ter chefões.

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Mas, em Númenor, Sauron fez amplo uso de sua capacidade de realizar prodígios. Aliás, junto com seus "sábios" conselhos, isto foi o seu instrumento para corromper de vez aquele povo.

E quanto às "delícias dos Jardins de Mordor", se é que existiam, elas era privilégio exclusivo dos chefes de alto escalão sulistas e orientais. A soldadesca, seus sargentos e oficiais subalternos não tinham acesso a elas.

E, segundo algumas opiniões, esta tendência à rebelião era um resquício élfico nas "máquinas orgânicas" que eram os orcs. Interessante conceito.

Havia também razões práticas para a escolha da localização do quartel general de Sauron, era impossível para qualquer invasor "viver da terra" (como se diz em ciência militar) em Mordor. O que nos leva a considerações para lá de elogiosas quanto à logística da Grande Aliança.

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Re: Da guerra da última aliança e a queda de Sauron - pontos a serem analisados (eu a

Realmente, os prodígios eram ferramentas usadas pelos maiar bons ou maus. Mas no caso dos maus, que era o grupo de Sauron, eles eram usados como isca com o propósito da instalação da degeneração coletiva o mais depressa possível como forma de demonstrar o reflexo das ordens de Melkor em razão do relato da inveja que ele possuía dos dons dados aos filhos.

No conto de Adanel a voz das sombras que os homens passam a servir inicia com um prodígio e depois passa a exigir sacrifícios violentos. Enquanto os sacrifícios não apareciam o medo infiltrava e queimava por todas as partes do povo causando inquietação e belicosidade seguindo o que se conta sobre ele ser muito ligado ao fogo.
 

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