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Notícias Brasileiro lê apenas dois livros por ano, revela pesquisa

Morfindel Werwulf Rúnarmo

Geofísico entende de terremoto
A média de leitura do brasileiro é de apenas 2,1 livros por ano, segundo a 3ª edição da pesquisa Retratos da Leitura no Brasil, divulgada nesta quarta-feira. O estudo revela que, no total, a média de leitura do brasileiro é de 4 livros anuais, dos quais dois não são lidos até o final. O número é menor do que o registrado em 2007, quando foi feita a 2ª edição da pesquisa. Na época, a média de livros lidos por ano era de 4,7.

O levantamento foi feito pelo Ibope Inteligência com 5 mil entrevistados em 315 municípios entre junho e julho de 2011. A pesquisa, encomendada pelo Instituto Pró-Livro, mostra ainda que metade da população - cerca de 88,2 milhões de pessoas - é considerada leitora, ou seja, leu ao menos um livro nos últimos três meses. O índice é menor do que o registrado em 2007, quando 55% da população havia declarado ter lido ao menos um livro nos três meses que antecederam a pesquisa. O Centro-Oeste é a região com melhor média de livros lidos, seguido pelo Nordeste, Sudeste, Sul e Norte.

A Bíblia é o livro mais lido no Brasil, seguido por livros didáticos, romances, livros religiosos, contos e livros infantis. As mulheres leem mais do que os homens. Enquanto 53% delas são leitoras, entre os homens o índice é de 43%.

Ainda segundo a pesquisa, 75% da população nunca frequentou uma biblioteca na vida. Presente à abertura do seminário Retratos da Leitura no Brasil, no qual o levantamento foi divulgado, a ministra da Cultura, Ana de Hollanda, disse que o governo trabalha para zerar o número de municípios sem biblioteca.

- A leitura, quando vai além do livro didático, vai permitir a formação do cidadão, vai dar ao cidadão as ferramentas do conhecimento, permitir a ele desenvolver a capacidade de reflexão e análise, de questionar e desenvolver seu pensamento e sua opinião. A literatura tem essa capacidade. A televisão não permite tanto a reflexão quanto o livro
- afirmou a ministra.

Durante o evento, fez-se um minuto de silêncio em homenagem ao escritor Millôr Fernandes, que faleceu na madrugada desta quarta-feira. Ana de Hollanda considerou a morte do escritor uma "perda irreparável".

Fonte
 
Última edição por um moderador:
Ainda segundo a pesquisa, 75% da população nunca frequentou uma biblioteca na vida.

Baralho, velho! 75% nunca ter frequentado uma biblioteca é TEMÇO!

Na escola pública que eu estudei da primeira à quarta série, a gente não tinha acesso a biblioteca. Mas toda sala dispunha de alguns livros e éramos nós mesmos que administrávamos o empréstimo. Todo início de ano tinha votação pra um "Clube do Livro" que era a galerinha que tomava conta e tals. Era uma iniciativa bacana, já que não tínhamos acesso a biblioteca propriamente dita da escola.

Mas desde a quinta série, sempre fui frequentador assíduo de bibliotecas. A da escola, a da cidade e, hoje, da universidade. Bibliotecas são lugares tão bacanas, Eu me sinto muito bem nelas. Que o povo lê pouco já era esperado (sad, but true), mas essa falta de contato até mesmo com a biblioteca me assustou. Já não se espera que a galera compre livros (uma parcela considerável da população sequer tem condições para tal), se uma parcela tão grande da população sequer frequenta uma biblioteca, como esperar que essa galera leia?

Eu li 114 livros no ano passado (sem contar todos os posts da Elzinha, que são verdadeiros livros). Abs.

Eu mantendo minha média atual, com uns 10 anos eu leio issaê. :oops:
 
eu sei lá, viu. o universo da pesquisa me parece meio restrito.

5 mil entrevistados em 315 municípios

5 mil entrevistados, sendo que de acordo com o censo 2010 somos 190 755 799 no brasil? Me parece muito pouco. e municípios, são cerca de 5 565. não to dizendo que tem que entrevistar todo mundo, mas os números poderiam ser beeem diferentes, tanto para mais qto para menos.

eu já nem lembro das perguntas do censo, mas poderiam incluir isso, caso ainda não tenha: qtos livros costumam ler por ano na casa. qtos costumam comprar. pq o hábito de leitura de um povo é problema do governo, sim.
 
Frequentar a biblioteca é um hábito que eu mantenho firme desde os 14 anos pelo menos uma vez por semana pra no mínimo mesmo que numa passagem mais rápida ler algumas revistas e os jornais regionais, já que não curto ficar acumulando papel desse tipo de publicação em casa e desde a época que eu morei em S. Caetano eu continuo morando bem perto de uma.

Então se tenho essa comodidade, além de uma economia que tenho não fazendo várias assinaturas é sempre bom passar e ver se tem um livro legal e interessante pra ler.
 
Eu leio em média 9/10 livros por ano. Queria poder morar perto de uma biblioteca, eu iria sempre que pudesse.
 
eu sei lá, viu. o universo da pesquisa me parece meio restrito.

5 mil entrevistados, sendo que de acordo com o censo 2010 somos 190 755 799 no brasil? Me parece muito pouco. e municípios, são cerca de 5 565. não to dizendo que tem que entrevistar todo mundo, mas os números poderiam ser beeem diferentes, tanto para mais qto para menos.

eu já nem lembro das perguntas do censo, mas poderiam incluir isso, caso ainda não tenha: qtos livros costumam ler por ano na casa. qtos costumam comprar. pq o hábito de leitura de um povo é problema do governo, sim.

Se o sorteio dos municípios foi aleatório, não tem nada de errado no tamanho da amostra. 5 mil é até muita coisa, btw...
 
O problema das bibliotecas não é exatamente falta delas, mas a frequência das pessoas. A biblioteca municipal daqui de Cubatão, por exemplo, vive às moscas, temos excelentes aquisições, um acervo bem razoável mas... o povo não tem o menor interesse. Falta motivação desde cedo nas escolas, do fundamental ao ensino médio, tenho a impressão que os programas de incentivo só fazem muito alarde mas não realizam nada de concreto.

Eu prefiro comprar meus livros que usar a biblioteca mas nas raras ocasiões que não tenho livros na fila, eu passo por lá.

Quanto a média, devo ler uns 50 livros por ano, livros diferentes. Talvez 40. Mas eu releio diversas vezes. :lol: Ler pouco é um problema que não tenho.
 
é menos de um por cento da população total, bel. como assim é muita coisa?
É amostra, não censo. E é estatística pura. Mesmo considerando a variância como a maior possível, 5 mil entrevistados já garantem um erro muito pequeno de estimação.
E quase o mesmo esquema de pesquisas eleitorais, só que abrangendo mais cidades (pesquisa eleitoral nacional geralmente é só nas capitais, com cerca de 2 mil entrevistados)

Vc deve estar estranhando pela forma como divulgam os dados. Eles falam da "população" quando na verdade estão falando da amostra (substitua 'população' por 'amostra' em todo o texto da notícia). Mas uma amostra deste tamanho, se bem feita, é representativa do Brasil sim, só tem que ter cuidado na hora de extrapolar os dados para a população toda.
 
que é exatamente o que os jornais estão fazendo ao falar "brasileiros leem x livros por ano", não?

eu estava lendo a pesquisa, não achei lista dos municípios, o que eu acho um problema.
 
Isso, os jornalistas "divulgam errado", por assim dizer. Vou dar uma olhada na pesquisa.
 
Eu mantendo minha média atual, com uns 10 anos eu leio issaê. :oops:
Mas o meu caso é diferente, Lew. Eu prefiro ler a QUASE (HUM...) tudo. Então, é normal que minha média de leitura seja alta. Dizem que aquarianos VIVEM para festas, né? Detesto. Não gosto de muvucas, gosto do conforto do meu quarto, com um bom livro. Sério, o prazer que as pessoas sentem em baladas, eu sinto lendo bons livros, vendo bons filmes, boas séries e ouvindo boas músicas. Sou bem caseira, mesmo. Gosto de sair com amigos, ir para um barzinho e coisa e tal. Mas ler é prioridade para mim.
 
O problema das bibliotecas não é exatamente falta delas, mas a frequência das pessoas. A biblioteca municipal daqui de Cubatão, por exemplo, vive às moscas, temos excelentes aquisições, um acervo bem razoável mas... o povo não tem o menor interesse. Falta motivação desde cedo nas escolas, do fundamental ao ensino médio, tenho a impressão que os programas de incentivo só fazem muito alarde mas não realizam nada de concreto.

É claro que a Internet inevitavelmente influenciou nisso.

Eu na minha infância tinha como predileção ir a biblioteca passar horas pesquisando e lendo a Enciclopédia Britânica, já que se tratava de uma coleção que pra mim sempre foi fascinante e que historicamente sempre teve um custo muito elevado que meus pais jamais podiam bancar. Hoje você tem acesso a todo o seu conteúdo com muito mais facilidade e sem precisar de sair de casa. E é justamente "não sair de casa" que acaba fazendo a diferença, pois você não vivencia o ambiente dela, de sair procurando um livro, folhea-lo e ver que ali é um lugar convidativo que tem vários outros livros que podem despertar a sua leitura posteriormente e assim você cria o hábito de retornar e se tornar um bom frequentador.
 
Penso que a notícia indica uma tendência real de desinteresse pela leitura no território nacional.

Em uma notícia publicada no site Amigos do Livro em 2011 falavam de pesquisa realizada em São Paulo sobre a quantidade de livros possuída por habitante em cada bairro e apenas 2 bairros da metrópole alcançaram alguma representação em relação ao número desejado. Um deles foi justamente o bairro da liberdade em que a influência cultural da descendência deve ter pesado e portanto comparativemente ao ser excluído da média dos bairros diminui ainda mais o apreço pela leitura existente hoje no Brasil.

Segundo o trabalho feito pelas editoras que publicam em bancas de revistas o sistema de distribuição setorizada privilegia o eixo Rio-São Paulo e uma pesquisa representativa do Brasil deve necessariamente levar em conta o mercado comprador do eixo Rio-Sampa que é importante mas que possui uma faceta desconhecida de vendas de livros. Daí vem o interesse da notícia abaixo que saiu na folha:

Gigantes globais querem medir vendas de livros no Brasil


PATRÍCIA CAMPOS MELLO
RAQUEL COZER
DE SÃO PAULO


A Nielsen e a GfK, duas das maiores empresas de pesquisas de mercado do mundo, planejam começar a medir as vendas de livros no Brasil ainda neste ano.

É o que informa reportagem de Patrícia Campos Mello e Raquel Cozer, publicada na Folha neste sábado. A íntegra está disponível para assinantes do jornal e do UOL, empresa controlada pelo Grupo Folha, que edita a Folha.

Hoje, o mercado brasileiro não é aferido de forma confiável por nenhum instituto do gênero e depende de dados de editoras e livrarias, que nem sempre informam os números verdadeiros.

Num momento em que o mercado editorial brasileiro chama a atenção internacionalmente --a exemplo da aquisição de 45% da Companhia das Letras pelo grupo britânico Penguin--, a falta de dados concretos prejudica decisões editoriais e interfere em seu crescimento.

Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/ilustr...querem-medir-vendas-de-livros-no-brasil.shtml

Ainda, suspeita-se de variação enorme da qualidade de serviço oferecido no sistema livreiro que vai da velocidade que um atendente demoraria para encontrar um livro até dados mantidos em segredo comercial pelo setor (em que alguns deles deviam ser repassados e estudados pelo governo) que afetam os resultados estatísticos e impedem estudos padronizados e aprofundados do que ocorre.
 
Última edição:
Eu mantendo minha média atual, com uns 10 anos eu leio issaê. :oops:

Somos 2

Tem fases da vida que já devorei mais livros, mas ainda assim o meu máximo é só um pouquinho mais do que a metade que a Melian mencionou.

De 5 anos pra cá estou numa fase que teatro tem sido a minha prioridade de entretenimento, então só em Janeiro quando a temporada teatral estava mais morna que eu consegui ler um pouco mais.
 
Eu li 114 livros no ano passado (sem contar todos os posts da Elzinha, que são verdadeiros livros). Abs.

Atingi essa margem de leituras esse ano! .Mas foi a soma das leituras anteriores, não conta então...
Mas vééi, 2009 eu li 70 livros, já fico super feliz por ter chegado a isto uma vez na minha adolescência.


O problema das bibliotecas não é exatamente falta delas, mas a frequência das pessoas. A biblioteca municipal daqui de Cubatão, por exemplo, vive às moscas, temos excelentes aquisições, um acervo bem razoável mas... o povo não tem o menor interesse. Falta motivação desde cedo nas escolas, do fundamental ao ensino médio, tenho a impressão que os programas de incentivo só fazem muito alarde mas não realizam nada de concreto.

Eu prefiro comprar meus livros que usar a biblioteca mas nas raras ocasiões que não tenho livros na fila, eu passo por lá.

Quanto a média, devo ler uns 50 livros por ano, livros diferentes. Talvez 40. Mas eu releio diversas vezes. :lol: Ler pouco é um problema que não tenho.

Essa questão de motivação é complicada. Muitas escolas levam a motivação como estabelecer uma série de leituras obrigatórias e isso será o apoio e incentivo dos alunos. Mas não é assim, as vezes só pioram a situação, as crianças ficam com nojo de leituras obrigatórias e acabam generalizando como: "livro é ruim e pronto".

Nunca tive problemas em gostar de ler, lia desde pirralha, mas vejo por meus irmãos, eles não são de ler muito, e quando a escola estipulava os livros eles liam menos ainda, porém quando eram largados na biblioteca para escolher algum que achassem interessante, me surpreendia às vezes com que eles apareciam com livros de 300 págs...
Pra quem nunca lê muito, 300 págs são a revolução e eles não olhavam TV e liam aqueles livros.
É questão de mostrar o ambiente, as bibliotecas, ir familiarizando eles e etc.
 
Há uns tempos atrás, já tinha lido uma matéria parecida, com o título "Por que o brasileiro lê pouco?": https://www.facebook.com/photo.php?fbid=10150536229265841&set=a.10150183782975841.300132.216169690840&type=1&theater
É uma pena que ainda tenha tanta gente que não se interesse pela leitura. Aqui na minha cidade, a biblioteca pública foi mudada recentemente para um prédio bem localizado e ficou linda, além de contar com um acervo cheio de livros legais (até dicionário de latim, quando precisei, encontrei lá!). Mesmo assim a maioria da população não frequenta e nem se dá conta de que pode retirar livros de graça, inclusive os pedidos em faculdade e escola. Isso sem falar que existem no mercado livros para todos os gostos e bolsos (a L&PM acabou de lançar uma série de livros por R$5,00). É uma questão cultural e de educação mesmo.
 
Isso sem falar que existem no mercado livros para todos os gostos e bolsos (a L&PM acabou de lançar uma série de livros por R$5,00). É uma questão cultural e de educação mesmo.

Volta e meia eu faço um tour pelos sebos do centro de Poa e encontro livros ótimos (também em bom estado) por 5, 4, 3 e, às vezes, até por dois reais. O fato desses livros continuarem encalhados mesmo sendo vendidos por esse preço indica que nosso problema em relação a média de livros lidos é mais cultural do que econômico.
 

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