Neithan
Ele não sabe brincar. Ele é joselito
Torcidas em guerra: testemunha da batalha em SP conta o que viu
Moro em uma travessa da Avenida Inajar de Souza e fui à feira livre de domingo. Eram 10h10 quando avistei cerca de 100 membros da Mancha Verde caminhando pela Inajar e temi, pois estava de bermuda preta e camiseta regata da mesma cor. Poderiam achar que sou corintiano... Para minha sorte, casualmente, no contra fluxo, vinham dois carros da PM e quando os policiais viram a quantidade de palmeirenses, fizeram a volta e passaram a acompanhar os torcedores.
Logo depois, dois ônibus da Gaviões da Fiel chegaram ao local, pararam e desceram dois elementos mascarados e com camisetas amarelas parando o trânsito. Eles atravessaram os ônibus na avenida e desceram atirando rojões. Então os torcedores se confrontaram. Os PMs chamaram reforço policial, mas até chegar, a coisa foi feia, próximo a um Pet Shop e a um grande o posto de combustíveis. Paus, pedras, barras de ferros e rojões.
A coisa causou pânico nas pessoas que caminhavam na avenida e vi muitos que estavam vestindo camisas de seus clubes tirando-as e correndo da confusão. Eu pelo menos não vi palmeirenses com paus e pedras. Muita gente pratica esporte e faz sua corridinha na avenida Inajar de Souza, principalmente no domingo de manhã. Além disso, crianças e mulheres usam a passarela para lazer.
O comércio fechou as portas e vi um elemento machucado buscando abrigo em um posto. Ele estava muito machucado e deve estar em estado grave em algum pronto socorro. Depois conversei com funcionários do posto de combustíveis e clientes que viram tudo de perto, apavorados. Eles ouviram os que batiam gritando: "É pra matar! É pra matar".
No momento da confusão escrevi no twitter sobre o que estava acontecendo e procurei me proteger. Temi por muitas pessoas que circulavam por ali e por mim mesmo."
O depoimento acima é de Gilberto Rodriguez, o Portuga do programa Estádio 97, da Rádio Energia 97 FM, de São Paulo (SP). Como ele, torcedor da Portuguesa, outros tantos, corintianos e palmeirenses, ou não, viram a batalha da manhã de domingo. Previsível. O local é ponto de encontros violentos entre torcidas. Nem é preciso marcar pela internet, se quiserem se enfrentar, eles sabem quando e quem vão encontrar.
Cabe à polícia e às autoridades dar segurança às pessoas, ao cidadão. Quem caminhava pela Avenida Inajar de Souza, sozinho, com a família, com os amigos, ou se dirigia à feira livre, como o Portuga, tem esse direito. Para isso pagamos impostos. O problema dos grupos que se enfrentam e se matam não é de responsabilidade do futebol, mas de quem os protagoniza. É questão de segurança pública.
Assim como gangues frequentadoras de bailes funk no Rio de Janeiro se enfrentam, da mesma maneira que punks e carecas do ABC podem se engalfinhar, organizadas se detestam e se matam. Chamá-los de vândalos e dizer que os fatos são "lamentáveis" é chover no molhado. Inútil como a tal ideia da torcida única nos clássicos, nos jogos entre grandes rivais cujas torcidas se odeiam.
A briga na Inajar de Souza foi a 13 quilômetros do Pacaembu. Digamos que os palmeirenses não pudessem entrar no estádio, quem poderia assegurar que não sairiam de casa para encontrar os corintianos a caminho do clássico? Um exemplo real: torcidas paulistas sofrem emboscadas no Rio de Janeiro até de grupos cujos times não estão envolvidos no jogo que motiva a viagem. E o mesmo pode acontecer no sentido contrário da Via Dutra.
Tal tese estapafúrdia não garante segurança e empobrece o espetáculo do futebol, além de tirar do cidadão que não quer briga o direito de ver um jogo de seu time. Outra moda é o cadastro de torcedores. Ora, todo cidadão tem RG e CPF, se ele briga, basta fichá-lo na polícia e deixar por conta da lei. Melhor do que gastar dinheiro nessa novidade seria investir em inteligência policial.
Se as lideranças das organizadas já apresentaram às autoridades há meses os pontos da cidade de São Paulo onde ocorrem conflitos, o que justifica a inexistência de policiais dando segurança aos cidadãos na manhã de domingo na Avenida Inajar de Souza? E se a PM não passasse casualmente pelo local instantes antes do conflito? O reforço demoraria ainda mais e as consequências seriam piores. Talvez até para quem caminhava ingenuamente pelo local.
Logo após o conflito, muita gente foi às redes sociais escrever sobre a confusão. Uma pesquisa rápida nos leva facilmente a mensagens de indignação e de celebração. Sim, há quem comemore o fato. No twitter, após o clássico houve quem festejasse o resultado do conflito. Alô, polícia, alguém aí está acompanhando isso? Será que a PM espera combater o problema apenas usando cassetetes nas arquibancadas do Pacaembu?
Vamos pensar, estudar o problema, investigar e punir. Dar segurança às pessoas. O cidadão tem esse direito. E o futebol não tem nada com isso.
Fonte
____________
Quem aqui ouve Estádio97 conhece o Portuga. Tenso demais a situação na ZN. E assunto cansativo e repetitivo, mas com mais um capítulo triste pra ser visto.
Minha opinião (copiei do meu face. )
Mais mortes causadas por bandidos. Resultado da selvageria de animais que dizem amar o futebol, mas também culpa da inércia e da impunidade por parte da justiça Brasileira.
Ontem, ocorreu uma batalha com mais de 500 torcedores da Gaviões e da Mancha. Tivemos 2 presos até o momento. Mesmo número de mortos durante o confronto.
E quase tão ruim quanto o fato do Governo não punir os bandidos, é a mídia BURRA brasileira dizendo que o futebol é violento, que ir a estádios é perigoso, e que rivalidade é algo ruim. Não, não é. Rivalidade é a graça do futebol, sempre foi. É o que difere tanto o futebol de outros esportes. Não torcemos simplesmente por um clube, queremos que os rivais percam, que se FODAM. Como Palmeirense, amo ver um revés corintiano, são paulino ou santista. Tirar um barato, contar vantagem e rir numa mesa de bar com amigos rivais é uma delícia. Ligar para um Santista após ver o time tomar de QUATRO do Barça é fenomenal. E ver Todos te ligando após uma derrota é chato, mas faz parte do espetáculo.
A questão da violência é complexa. Não ocorrem em estádios, somente. Ocorrem em ruas, praças e avenidas distantes do estádio. O que houve ontem estava agendado. Era esperado. Líderes da TUP, Mancha, Gaviões, Independente e Dragões já enviaram para a PM locais onde podiam ocorrer confrontos. Os "torcedores" da Gaviões prometiam vingança contra Mancha desde o ano passado, quando bandidos uniformizados da Mancha mataram um membro da gavião, jogando seu corpo no Tietê (fora a confusão no carnaval desse ano). Mas a polícia que estava no local foi ineficaz, por estarem em número reduzido. Pouco puderam fazer. Mas por que estavam em tão poucos, sendo que a PM sabia da chance de um confronto naquele local? E o pior, APENAS DOIS PRESOS? E por quanto tempo ficarão encarcerados?
A PM não prende, a Justiça não mantêm preso. E o torcedor comum, o que ama o futebol, que se foda.
Deram novamente a ideia de banir Gaviões e Mancha dos estádios. Media feita diversas vezes, sem resultado. Não adianta punir a Organizada. Privar as Torcidas Organizadas dos estádios só empobrece o futebol, o show. Não diminui a violência. Tem que prender quem comete o crime. Ontem tivemos tentativas de assassinato, de dezenas de homens. Que sejam presos, e que fiquem presos.
Ah sim, falta também equipamentos de segurança em locais onde o risco é alto. Precisamos de câmeras para identificar os responsáveis (Além de um cadastro completo de todo e qualquer membro de Organizadas). Mas em São Paulo, câmera só serve para multar. Isso que dá dinheiro.
Fico triste em não poder levar meu filho num clássico. Mais triste ainda em não saber até quando. Assistir clássico no sofá pra sempre, e só levar o pivete em amistoso ou jogo de torcida única?
Amo rivalidade. Mas sinto vergonha desses "palmeirenses" que amam ter corintianos como inimigos. Futebol é pra ser gostoso, uma paixão e um orgulho nacional. Não questão de segurança nacional. Que expulsem os bandidos de nossos estádios, que os prendam, e que os deixe mofando na cadeia. Isso funcionou na Inglaterra. Pode funcionar aqui.
Corintiano é rival. Sempre será, enquanto existir Palmeiras X Corinthians. Mas nunca um inimigo que tem que ser exterminado. A violência apequena o Derby, e a impunidade envergonha o país.
Moro em uma travessa da Avenida Inajar de Souza e fui à feira livre de domingo. Eram 10h10 quando avistei cerca de 100 membros da Mancha Verde caminhando pela Inajar e temi, pois estava de bermuda preta e camiseta regata da mesma cor. Poderiam achar que sou corintiano... Para minha sorte, casualmente, no contra fluxo, vinham dois carros da PM e quando os policiais viram a quantidade de palmeirenses, fizeram a volta e passaram a acompanhar os torcedores.
Logo depois, dois ônibus da Gaviões da Fiel chegaram ao local, pararam e desceram dois elementos mascarados e com camisetas amarelas parando o trânsito. Eles atravessaram os ônibus na avenida e desceram atirando rojões. Então os torcedores se confrontaram. Os PMs chamaram reforço policial, mas até chegar, a coisa foi feia, próximo a um Pet Shop e a um grande o posto de combustíveis. Paus, pedras, barras de ferros e rojões.
A coisa causou pânico nas pessoas que caminhavam na avenida e vi muitos que estavam vestindo camisas de seus clubes tirando-as e correndo da confusão. Eu pelo menos não vi palmeirenses com paus e pedras. Muita gente pratica esporte e faz sua corridinha na avenida Inajar de Souza, principalmente no domingo de manhã. Além disso, crianças e mulheres usam a passarela para lazer.
O comércio fechou as portas e vi um elemento machucado buscando abrigo em um posto. Ele estava muito machucado e deve estar em estado grave em algum pronto socorro. Depois conversei com funcionários do posto de combustíveis e clientes que viram tudo de perto, apavorados. Eles ouviram os que batiam gritando: "É pra matar! É pra matar".
No momento da confusão escrevi no twitter sobre o que estava acontecendo e procurei me proteger. Temi por muitas pessoas que circulavam por ali e por mim mesmo."
O depoimento acima é de Gilberto Rodriguez, o Portuga do programa Estádio 97, da Rádio Energia 97 FM, de São Paulo (SP). Como ele, torcedor da Portuguesa, outros tantos, corintianos e palmeirenses, ou não, viram a batalha da manhã de domingo. Previsível. O local é ponto de encontros violentos entre torcidas. Nem é preciso marcar pela internet, se quiserem se enfrentar, eles sabem quando e quem vão encontrar.
Cabe à polícia e às autoridades dar segurança às pessoas, ao cidadão. Quem caminhava pela Avenida Inajar de Souza, sozinho, com a família, com os amigos, ou se dirigia à feira livre, como o Portuga, tem esse direito. Para isso pagamos impostos. O problema dos grupos que se enfrentam e se matam não é de responsabilidade do futebol, mas de quem os protagoniza. É questão de segurança pública.
Assim como gangues frequentadoras de bailes funk no Rio de Janeiro se enfrentam, da mesma maneira que punks e carecas do ABC podem se engalfinhar, organizadas se detestam e se matam. Chamá-los de vândalos e dizer que os fatos são "lamentáveis" é chover no molhado. Inútil como a tal ideia da torcida única nos clássicos, nos jogos entre grandes rivais cujas torcidas se odeiam.
A briga na Inajar de Souza foi a 13 quilômetros do Pacaembu. Digamos que os palmeirenses não pudessem entrar no estádio, quem poderia assegurar que não sairiam de casa para encontrar os corintianos a caminho do clássico? Um exemplo real: torcidas paulistas sofrem emboscadas no Rio de Janeiro até de grupos cujos times não estão envolvidos no jogo que motiva a viagem. E o mesmo pode acontecer no sentido contrário da Via Dutra.
Tal tese estapafúrdia não garante segurança e empobrece o espetáculo do futebol, além de tirar do cidadão que não quer briga o direito de ver um jogo de seu time. Outra moda é o cadastro de torcedores. Ora, todo cidadão tem RG e CPF, se ele briga, basta fichá-lo na polícia e deixar por conta da lei. Melhor do que gastar dinheiro nessa novidade seria investir em inteligência policial.
Se as lideranças das organizadas já apresentaram às autoridades há meses os pontos da cidade de São Paulo onde ocorrem conflitos, o que justifica a inexistência de policiais dando segurança aos cidadãos na manhã de domingo na Avenida Inajar de Souza? E se a PM não passasse casualmente pelo local instantes antes do conflito? O reforço demoraria ainda mais e as consequências seriam piores. Talvez até para quem caminhava ingenuamente pelo local.
Logo após o conflito, muita gente foi às redes sociais escrever sobre a confusão. Uma pesquisa rápida nos leva facilmente a mensagens de indignação e de celebração. Sim, há quem comemore o fato. No twitter, após o clássico houve quem festejasse o resultado do conflito. Alô, polícia, alguém aí está acompanhando isso? Será que a PM espera combater o problema apenas usando cassetetes nas arquibancadas do Pacaembu?
Vamos pensar, estudar o problema, investigar e punir. Dar segurança às pessoas. O cidadão tem esse direito. E o futebol não tem nada com isso.
Fonte
____________
Quem aqui ouve Estádio97 conhece o Portuga. Tenso demais a situação na ZN. E assunto cansativo e repetitivo, mas com mais um capítulo triste pra ser visto.
Minha opinião (copiei do meu face. )
Mais mortes causadas por bandidos. Resultado da selvageria de animais que dizem amar o futebol, mas também culpa da inércia e da impunidade por parte da justiça Brasileira.
Ontem, ocorreu uma batalha com mais de 500 torcedores da Gaviões e da Mancha. Tivemos 2 presos até o momento. Mesmo número de mortos durante o confronto.
E quase tão ruim quanto o fato do Governo não punir os bandidos, é a mídia BURRA brasileira dizendo que o futebol é violento, que ir a estádios é perigoso, e que rivalidade é algo ruim. Não, não é. Rivalidade é a graça do futebol, sempre foi. É o que difere tanto o futebol de outros esportes. Não torcemos simplesmente por um clube, queremos que os rivais percam, que se FODAM. Como Palmeirense, amo ver um revés corintiano, são paulino ou santista. Tirar um barato, contar vantagem e rir numa mesa de bar com amigos rivais é uma delícia. Ligar para um Santista após ver o time tomar de QUATRO do Barça é fenomenal. E ver Todos te ligando após uma derrota é chato, mas faz parte do espetáculo.
A questão da violência é complexa. Não ocorrem em estádios, somente. Ocorrem em ruas, praças e avenidas distantes do estádio. O que houve ontem estava agendado. Era esperado. Líderes da TUP, Mancha, Gaviões, Independente e Dragões já enviaram para a PM locais onde podiam ocorrer confrontos. Os "torcedores" da Gaviões prometiam vingança contra Mancha desde o ano passado, quando bandidos uniformizados da Mancha mataram um membro da gavião, jogando seu corpo no Tietê (fora a confusão no carnaval desse ano). Mas a polícia que estava no local foi ineficaz, por estarem em número reduzido. Pouco puderam fazer. Mas por que estavam em tão poucos, sendo que a PM sabia da chance de um confronto naquele local? E o pior, APENAS DOIS PRESOS? E por quanto tempo ficarão encarcerados?
A PM não prende, a Justiça não mantêm preso. E o torcedor comum, o que ama o futebol, que se foda.
Deram novamente a ideia de banir Gaviões e Mancha dos estádios. Media feita diversas vezes, sem resultado. Não adianta punir a Organizada. Privar as Torcidas Organizadas dos estádios só empobrece o futebol, o show. Não diminui a violência. Tem que prender quem comete o crime. Ontem tivemos tentativas de assassinato, de dezenas de homens. Que sejam presos, e que fiquem presos.
Ah sim, falta também equipamentos de segurança em locais onde o risco é alto. Precisamos de câmeras para identificar os responsáveis (Além de um cadastro completo de todo e qualquer membro de Organizadas). Mas em São Paulo, câmera só serve para multar. Isso que dá dinheiro.
Fico triste em não poder levar meu filho num clássico. Mais triste ainda em não saber até quando. Assistir clássico no sofá pra sempre, e só levar o pivete em amistoso ou jogo de torcida única?
Amo rivalidade. Mas sinto vergonha desses "palmeirenses" que amam ter corintianos como inimigos. Futebol é pra ser gostoso, uma paixão e um orgulho nacional. Não questão de segurança nacional. Que expulsem os bandidos de nossos estádios, que os prendam, e que os deixe mofando na cadeia. Isso funcionou na Inglaterra. Pode funcionar aqui.
Corintiano é rival. Sempre será, enquanto existir Palmeiras X Corinthians. Mas nunca um inimigo que tem que ser exterminado. A violência apequena o Derby, e a impunidade envergonha o país.
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