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[Reflexão] Obsolescência planejada e a nossa escravidão em função dela

Fúria da cidade

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Um vídeo pra curtir e refletir

Ele trata da obsolescência programada (ou planejada, como preferem chamar alguns não importa) e dá muito o que pensar sobre o que vem acontecendo desde que resolveram de propósito encurtar a vida útil dos produtos que todos nós consumimos para que precisemos comprar sempre novos produtos, mais e mais de modo que estamos sempre precisando trocar nossas lâmpadas, aparelhos de tv, geladeiras, celulares, etc, etc...

Todo mundo já sentiu isso e as nossas mães e avós já dizem há muito tempo que as coisas hoje em dia já não duram como antigamente e cada vez menos e como bem demonstra esse vídeo, isso não é por acaso. Muita gente hoje já tem consciência disso e está tentando mudar essa história sugerindo um novo modo de consumir que leve a uma sociedade realmente sustentável, compatível com ecologia e com os recursos limitados do nosso planeta.

Esse é um vídeo que todo mundo deveria assistir, pra refletir sobre os efeitos do consumismo desenfreado que vivemos atualmente. Recomendo vivamente pra todo mundo e principalmente pra quem estuda economia, publicidade, engenharia, sociologia, etc. Como diz no vídeo Serge Latouche professor de economia da Universidade Paris está na hora de reduzirmos a superprodução, o superdesperdício e o superconsumismo e resume muito bem a idéia ao citar o grande Mahatma Gandhi: "O mundo é suficientemente grande para satisfazer as necessidades de todos, mas ele será sempre pequeno demais para satisfazer a ganância de alguns".

 
Última edição por um moderador:
Realmente, e existe até o ditado famoso que fala que o objetivo final de todo cientista ou profissional é tirar o próprio emprego.

A explicação é que uma vez resolvido um grande problema da humanidade a classe toda não teria que lutar contra aquela mazela outra vez. Perde-se o emprego mas a humanidade ganha para sempre.

Já o raciocínio geral tem sido o contrário, o de esconder as próprias qualidades e méritos como aponta esse texto no portal maritmo em que estão escondendo dados do currículo por aí:

http://portalmaritimo.com/2012/03/19/sem-medo-da-qualificacao/

E outro dia conversando com uma italiana estávamos justamente falando da ausência de conceitos duradouros, eternos e universais nas músicas atuais. Projetadas para serem mal feitas, a lógica do quanto pior melhor contamina o mercado todo.
 
Eu na minha área de atuação no segmento de iluminação de emergência poderia se quisesse ser mais um que poderia estar importando da China aos milhares blocos autônomos de iluminação de emergência que tem custo e vida útil baixa, estampar minha marca como fazem os daqui e ganhar muito dinheiro vendendo milhares sem precisar dar nenhuma manutenção.

Mas optei em seguir na área de centrais de iluminação de emergência que é um sistema de custo mais elevado, mas com qualidade e durabilidade longa. Não saio lucrando pela quantidade, pois o numero de unidades vendidas é muito baixo em comparação ao outro sistema mais popular, mas em compensação tenho sempre um retorno elevado de satisfação dos clientes que procuram e indicam algo que é de longa durablidade e que permite manutenção a baixo custo. E esse retorno de satisfação pra mim não tem preço
 
Bom a questão não é apesas dá um turn over maior nas empresas. Mas será que a sociedade atual quer ficar com o mesmo computador, por exemplo, por 20 anos e só trocar as peças quando precisar ser trocada? Eu sei que existe um trabalho forte de marketing e a idéia da "moda" justamente reforça a obsolescencia mas a existencia dela não passa apenas pelas empresas. Na verdade ela vai mais fundo na economia e na cultura do consumo.
 
Bom a questão não é apesas dá um turn over maior nas empresas. Mas será que a sociedade atual quer ficar com o mesmo computador, por exemplo, por 20 anos e só trocar as peças quando precisar ser trocada? Eu sei que existe um trabalho forte de marketing e a idéia da "moda" justamente reforça a obsolescencia mas a existencia dela não passa apenas pelas empresas. Na verdade ela vai mais fundo na economia e na cultura do consumo.

Informática é o caso mais emblemático e complicado. Sempre surgem programas e jogos que demandam mais espaço físico em disco, mais memória RAM e mais velocidade de processamento e nisso necessitamos ter máquinas compatíveis com eles. Seria bom poder trocar de equipamento só a cada 10 anos, mas com 5 ele já está razoavelmente obsoleto. Infelizmente nessa área estamos num ciclo de renovação constante cada vez mais curto e sem fim.
 
Computador é um exemplo, poderia ser uma TV! E mesmo o computador a decisão da maioria quando o computador está desatualizado é trocar o computador como um todo! Se é um chip da minha de vídeo que está desatualizada, por que eu não troco o chip ao invés da placa toda? O próprio gabinete, você realmente acha que nao duraria 20 anos? E se durar, alguem quer que dure?

Eu gosto dos vídeos dessa moça, não sei você conhece, não é exatamente sobre a obsolescencia mas tem algo relacionado também:


The Story of Eletronics
 
Última edição por um moderador:
Isso é fato: os produtos "duráveis" já não duram nada. E as empresas nunca lucraram tanto com o adicional de garantia estendida.

O pior de tudo é que é uma tendência difícil de coibir. Como determinar que as empresas fortaleçam a resistência de seus produtos? Acho que a solução seria tentar artifícios que viessem a pesar no bolso - por exemplo, a ampliação da garantia prevista no CDC (que, atualmente, é de apenas 90 dias).
 
por exemplo, a ampliação da garantia prevista no CDC (que, atualmente, é de apenas 90 dias).

Sim esse seria um ponto importante! Uma garantia mínima de apenas 90 dias por força de lei convenhamos é muito pouco e tem muito fabricante que se abraça em cima disso e sem o menor pudor aplica componentes de menor custo o que compromete a durabilidade e qualidade.
 
Na questão da informática há quem diga que os gigantes, como a Apple e a Microsoft, já tem uma tecnologia muito superior desenvolvida, porém lançam atualizações pequenas de tempos em tempos justamente para obrigar o consumidor a gastar sempre, trocar sempre.
Ou seja, se o equipamento e os softwares com potencial máximo fossem lançados de uma vez, eles poderiam durar até 10 / 15 anos enquanto um avanço maior fosse desenvolvido a longo prazo.

Mas isso é boato que ouvi por aí... Não sou da área para poder confirmar!
 
Na questão da informática há quem diga que os gigantes, como a Apple e a Microsoft, já tem uma tecnologia muito superior desenvolvida, porém lançam atualizações pequenas de tempos em tempos justamente para obrigar o consumidor a gastar sempre, trocar sempre.
Ou seja, se o equipamento e os softwares com potencial máximo fossem lançados de uma vez, eles poderiam durar até 10 / 15 anos enquanto um avanço maior fosse desenvolvido a longo prazo.

Mas isso é boato que ouvi por aí... Não sou da área para poder confirmar!

Eu não sou da informática que como já opinei é o caso mais emblemático que temos e nisso acabou por tabela abrangendo também os celulares por justamente compartilhar processamento de dados em quantidade e velocidade cada vez maior além da voz como era apenas no inicio. Ainda assim mantenho um hábito de não trocar de aparelho em menos de 4 anos.

Mas pelo menos na eletro-eletrônica de modo geral daria pra termos vários eletrodomésticos com durabilidade maior sim.

Já na área de televisão muita gente tá assustada com várias inovações (LCD, LED, Plasma, 3D) vindo em pouco tempo, mas o fato é que a tecnologia analógica é algo que vem desde os primórdios quando o primeiro aparelho de tv foi inventado, o que AINDA permite você conseguir assistir normalmente um programa até naquelas antigas TVs preto e branco valvuladas com seletor manual rotativo, caso tenha uma guardada em bom estado e funcionando ainda é claro.

Até então não havia essa obrigatoriedade de troca tão constante de aparelhos, exceto pela implantação da transmissão a cores e depois a comodidade de poder sintonizar mais canais de UHF e tv a cabo com o conforto do controle remoto. Mesmo assim foram mais de meio século dentro um mesmo padrão de transmissão e até aí você podia se manter em média com um mesmo aparelho por até uns 15 anos que seria um tempo razoavelmente bom. O que viesse além de 20 anos seria lucro, já que toda TV de tubo de boa qualidade sofre uma inevitável perda gradativa na qualidade de imagem que vai acentuando mais a partir dessa idade. Ainda assim aquelas bem antigonas conseguiam ter uma longevidade tão boa que algumas passavam de 30 anos e ainda continuavam funcionando muito bem.

Mas chegou num ponto que essa tecnologia não permitiu mais inovações de poder se transmitir com qualidade de definição de imagem maior, sem chuviscos, com imunidade maior a ruídos e a tão sonhada interatividade e aí entramos na era digital coisa que os japoneses já fizeram e introduziram há bem mais tempo.

Estamos num momento que somos sem nenhuma exceção obrigados a trocar, mas nesse caso específico não por questão comercial pra agradar somente os fabricantes, mas as emissoras, já que pra elas ficará de fato melhor transmitir num sistema que permite enviar muito mais informações com mais qualidade e consumindo menos banda de transmissão.

Então devido a necessidade dessa mudança é que daí pra frente recomeçando a partir desse novo "zero" esperamos que posssamos ter aparelhos duráveis por longo tempo, pois as inovações que virão daqui pra frente serão mais de tecnologia de exibição (LCD, LED, Plasma, 3D) e não de transmissão, até porque rodar um programa em HD já exige das emissoras uma atenção maior na maquiagem de atores e apresentadores e não bastasse isso na era digital agora chegamos num ponto que não precisamos ficar toda hora aumentando cada vez mais a definição de imagem porque os nossos olhos tem um limite natural e você que é fotógrafa profissional compreende muito bem isso. Então chega a um ponto que é besteira reduzir cada vez mais os pixels se a nossa vista está no seu limite máximo e não consegue vê-los e distingui-los.

Então comprei minha tv de led e espero que dure por longo tempo. Vamos ver! :yep:
 
:joy:

Achei o texto que li a mais tempo! Ele tava no meu facebook e nao achava ele não sei porque. :think:

Programado para morrer

A obsolescência programada reduz a durabilidade de produtos para estimular o consumo, mas um documentário vem mostrar o lado sombrio desta prática raramente admitida pela indústria
Cenas do fim. O filme foi lançado em 2010. Cosima está nos EUA apresentando-o em festivais. Não há previsão de estreia no Brasil. FOTOS: Reprodução

SÃO PAULO – A cineasta Cosima Dannoritzer usa o mesmo celular há 13 anos. “Ele nem tira fotos, mas eu tenho uma câmera para isso”, diz. Depois de ouvir lendas urbanas sobre obsolescência programada – a prática da indústria de determinar uma vida útil curta em seus produtos para vender mais –, ela decidiu investigar o tema. E a realidade se tornou ainda mais estranha para ela.

Em seu documentário, The Light Bulb Conspiracy (A conspiração da lâmpada, em inglês), Cosima mostra que a indústria tem práticas escusas para determinar a validade dos seus produtos. E isso ocorre especialmente na indústria da tecnologia.

O caso da primeira geração do iPod é emblemático. Casey Neistat, um artista de Nova York, pagou US$ 500 por um iPod cuja bateria parou de funcionar 8 meses depois. Ele reclamou. A resposta da Apple foi “vale mais a pena comprar um iPod novo”. O caso virou uma ação de rua nos cartazes publicitários da Apple, retratada no vídeo iPod’s Dirty Secret. O filme foi visto por Elizabeth Pritzker, uma advogada de São Francisco. Ela entrou com uma ação coletiva em nome dos consumidores – naquela altura, a Apple já havia vendido três milhões de iPods pelos EUA.

No caso do primeiro iPod, a empresa fez um acordo com os consumidores. Elaborou um programa de substituição das baterias e estendeu a garantia dos iPods por US$ 59. A Apple disse ao Link que “a vida útil dos produtos varia muito com o seu uso”.

“Eu acredito que o desenvolvimento do iPod foi intencionalmente uma obsolescência programada”, diz a advogada no documentário.

De diretora, Cosima abraçou a causa e virou ativista contra o consumismo. “Na indústria da tecnologia, muitos consumidores estão sempre procurando pela última versão, para ter novas funções, mas também para seguir a moda”, afirma. “Muitas formas de obsolescência programada estão juntas. Na forma tecnológica pura, mas também na forma psicológica em que um consumidor voluntariamente substitui algo que ainda funciona só porque quer ter o último modelo.”

Uma dessas travas eletrônicas é a que está em impressoras a jato de tinta. No filme, um rapaz vai à assistência para consertar sua impressora. Os técnicos dizem que não há conserto. O rapaz então procura pela web maneiras de resolver o problema. Ele descobre um chip, chamado Eeprom, que determina a duração do produto. Quando um determinado número de páginas impressas é atingido, a impressora trava.

A Epson nega. A assessoria de imprensa afirma que não há nenhum prazo para seus produtos. “Rejeitamos totalmente a afirmação de que eles são fabricados para apresentar defeitos depois de algum tempo”, disse. “A almofada de tinta e o Eeprom mencionados no programa são instalados para manter a alta qualidade da impressora e não para controlar a vida útil do produto.”

Crescimento. A prática, porém, não é de agora. A história da obsolescência programada confunde-se com a história da indústria no século 20. E tudo começou com lâmpadas.

Na década de 1920, um cartel que reunia fabricantes de todo o mundo decidiu que as lâmpadas teriam uma validade: 1.000 horas (embora a tecnologia da época já pudesse produzir lâmpadas mais duráveis, e uma lâmpada de 100 anos que ainda permanece acesa é citada logo no início do documentário). Assim, as empresas conseguiriam garantir que sempre haveria consumidores para seus produtos.

Com a crise de 1929 o consumo caiu. E a obsolescência programada se consolidou como uma estratégia da indústria para retomar o crescimento.

O economista Bernard London foi o primeiro a teorizar sobre a prática. Em 1932, publicou o livro The New Prosperity. O primeiro capítulo deixa claro: “Acabando com a depressão através da obsolescência programada”. Ele sugere que, se as pessoas continuassem comprando, a indústria continuaria crescendo e todos teriam emprego.

Em teoria, diz Cosima, não há nada de errado na obsolescência programada. “Nós não queremos um computador com 20 anos de idade”, exemplifica. “Mas a vida útil dos produtos está se tornando mais curta e não dá para atualizar nada sem jogar o objeto inteiro no lixo”, diz a cineasta.

E é aí que vem a conta. Cosima visitou lixões em Gana, na África, para chegar o final da cadeia produtiva dos eletrônicos de consumo rápido. Viu pessoas serem exploradas em busca dos metais valiosos dos produtos.
“Se eu uso meu celular por dois anos em vez de um, não é um grande sacrifício, mas se todos fizerem isso, significaria que apenas metade dos celulares em desuso seriam enviados para lixões ilegais.”

Para a diretora, a crise mundial mais uma vez pode refletir no comportamento da indústria. Só que, desta vez, ao contrário. Na Consumer Eletronics Show, a CES, maior feira de tecnologia dos EUA, que ocorreu no início do ano, a pirotecnia de lançamentos de aparelhos dividiu espaço com outra tendência: a durabilidade dos produtos. Passou quase despercebido, mas algumas empresas já estão partindo para a “desobsolescência programada”, como escreveu Lance Ulanoff, editor-chefe do site de tecnologia Mashable.
Programado. Chip EEPROM, encontrado dentro das impressoras

Ele cita as smart TVs “à prova de futuro” da Samsung, que têm um kit para se manterem atualizadas. “Claramente a Samsung descobriu que os consumidores não estão tão interessados em TVs de alta definição que ficam desatualizadas ou saem de moda em poucos anos de uso”, escreveu. Ele também falou do Motorola Droid Razr Max, smartphone Android, cuja bateria roda até 15 horas de vídeo com uma carga.

“Há empresas que estão vendendo produtos mais duráveis convencendo seus consumidores de que isso é um bom investimento”, diz Cosima. Ela cita no documentário as lâmpadas ultra-duráveis da Philips que ficam acesas por até 25 mil horas. Segundo a assessoria da Philips, os produtos verdes representaram 31% do total das vendas da companhia. Foram mais de 800 lançamentos nessa área nos últimos dois anos.

“A obsolescência programada sempre faz sentido enquanto você pensa em como manter o crescimento da indústria e a criação de empregos a curto prazo”, diz Cosima. “O problema é a longo prazo. Estamos usando nossos recursos naturais e criando montanhas de lixo. A obsolescência programada funcionou bem no passado, mas estamos começando a ver as consequências. É um sistema que não pode ser usado para sempre.”

Fonte

Eriadan disse:
O pior de tudo é que é uma tendência difícil de coibir. Como determinar que as empresas fortaleçam a resistência de seus produtos? Acho que a solução seria tentar artifícios que viessem a pesar no bolso - por exemplo, a ampliação da garantia prevista no CDC (que, atualmente, é de apenas 90 dias).

Além disso eu acho que poderiam ter leis que responsabilizassem essas grandes empresas pelo destino do lixo que elas geram. Aí eu acho que a coisa iria mais a favor do consumidor. Para você descatar uma tv de LED você entregaria para uma sony, panasonic, lg, etc. Ai eles iam fazer um pouco difierente porque esse lixo gerado gera um custo enorme! Aí iam melhorar a asssistencia técnica e provavelmente antes da troca do aparelho por completo trocariam apenas peças.
 
Além disso eu acho que poderiam ter leis que responsabilizassem essas grandes empresas pelo destino do lixo que elas geram. Aí eu acho que a coisa iria mais a favor do consumidor. Para você descatar uma tv de LED você entregaria para uma sony, panasonic, lg, etc. Ai eles iam fazer um pouco difierente porque esse lixo gerado gera um custo enorme! Aí iam melhorar a asssistencia técnica e provavelmente antes da troca do aparelho por completo trocariam apenas peças.
Pearl, é pouco divulgado, mas, SALVO ENGANO, já existe essa responsabilidade: a empresa não pode se recusar a receber o produto defeituoso e deve assmir o encargo de descartá-lo corretamente. Vou pesquisar isso e depois posto aqui.
 
Comentando algusns trechos

Uma dessas travas eletrônicas é a que está em impressoras a jato de tinta. No filme, um rapaz vai à assistência para consertar sua impressora. Os técnicos dizem que não há conserto. O rapaz então procura pela web maneiras de resolver o problema. Ele descobre um chip, chamado Eeprom, que determina a duração do produto. Quando um determinado número de páginas impressas é atingido, a impressora trava.

Nessa área de impressoras independente disso ser verdade ou não, esse tipo de fraude é algo simplesmente revoltante, mas infelizmente plenamente possível de acontecer. E como trabalho dentro da área eletrônica, de fato hoje não é dificil implementar num equipamento que possua um microcontrolador (que nada mais é que um micromprocessador com instruções dedicadas programadas exclusivamente para aquele equipamento) algumas instruções de programa para que ele mude a sua maneira de funcionar e simule um defeito e fica muito fácil nessas impressoras atuais do que as antigas.

O fato de haver microprocessadores nos equipamentos que a principio vieram pra justamente pra facilitar nossas vidas, também se usado no lado do mal facilita também o fraudador não a toa que elas ocorrem com frequência nas bombas de combustível eletrônicas e máquinas de jogos de azar.

Na década de 1920, um cartel que reunia fabricantes de todo o mundo decidiu que as lâmpadas teriam uma validade: 1.000 horas (embora a tecnologia da época já pudesse produzir lâmpadas mais duráveis, e uma lâmpada de 100 anos que ainda permanece acesa é citada logo no início do documentário). Assim, as empresas conseguiriam garantir que sempre haveria consumidores para seus produtos.

Com a crise de 1929 o consumo caiu. E a obsolescência programada se consolidou como uma estratégia da indústria para retomar o crescimento.

A Lâmpada centenária que foi algo bastante discutido ano passado nesse tópico e ela existe mesmo!

De qualquer maneira na minha área continuarei trabalhando firme com uma clientela que pra mim não importa se ela é muito pequena, mas que eu a não deixarei excluída da possibilidade de adquirir algo durável e de qualidade.
 
Eu acho uma sociedade com menos consumismo, e uma parcela ainda menor de pessoas diretamente na atividade industrial, possível.

O setor de serviços fornece na maioria das vezes coisas completamente etéreas, é intrinsecamente humano (só gente entende e se comunica com gente) e poderia ganhar muito em qualidade com um aumento do seu volume: mais profissionais de educação per capita (ou menos alunos por professor), mais profissionais de saúde, e por aí vai.

O problema é que, com menos bens, as pessoas teriam que se acostumar com essa nova economia, modificar (e não exatamente diminuir) seu padrão de consumo, para aceitarem serem pagas de uma nova maneira.
 
Eu acho uma sociedade com menos consumismo, e uma parcela ainda menor de pessoas diretamente na atividade industrial, possível.

O setor de serviços fornece na maioria das vezes coisas completamente etéreas, é intrinsecamente humano (só gente entende e se comunica com gente) e poderia ganhar muito em qualidade com um aumento do seu volume: mais profissionais de educação per capita (ou menos alunos por professor), mais profissionais de saúde, e por aí vai.

O problema é que, com menos bens, as pessoas teriam que se acostumar com essa nova economia, modificar (e não exatamente diminuir) seu padrão de consumo, para aceitarem serem pagas de uma nova maneira.

O ser humano mesmo no inicio da revolução industrial viveu durante muitos anos sem ter tantos bens, mas o capitalismo se tornou algo tão enrraigado na nossa cultura que pra reverter isso é preciso quebrar um pouco as amarras com ele também.
 
Eu não faço a menor idéia de como reverter essas amarras. Inclusive a questão da obsolescencia também parte de um pressuposto econômico, o mesmo fala de como foi usada durante a crise de 29.
 

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