UOL Jogos teve a oportunidade de visitar o escritório da Rockstar, em Nova York, e apreciar um demo com três fases de “Max Payne 3”, que para os brasileiros tem um apelo especial, afinal, boa parte do jogo se passa em São Paulo. Todo aquele estilo cinematográfico, com movimentos fluídos e uma estética que lembra os filmes de ação de Hong Kong, está lá, incluindo as sequências de animação em formato de graphic novel.
“Max Payne 3” está sendo criado de uma forma que a trama faça sentido mesmo que o jogador não conheça o passado da série – ainda que, segundo a Rockstar, aos antigos fãs esteja reservada uma experiência mais completa, permeada por “easter eggs” e várias referências aos jogos anteriores.
Atormentado pelos trágicos eventos de seu passado, Max se afundou no alcoolismo e no consumo descontrolado de analgésicos. Ainda com o visual pelo qual é conhecido e morando num pulgueiro em Nova York, Max recebe a visita de um antigo amigo, Raul Passos, que lhe oferece um trabalho para ser segurança de um executivo milionário em São Paulo.
Ainda que não pareça muito animado com a ideia, Max se vê obrigado a “pensar seriamente no assunto”, já que matou recentemente o filho de um proeminente mafioso local. É aí que começa a demonstração vista pelo UOL Jogos: o pai, disposto a vingar seu rebento, aparece em frente ao apartamento do protagonista, acompanhado de dezenas de capangas e com muita sede de vingança.
Do momento em que o jogador está no controle de Max, a identificação com os títulos anteriores é imediata. Porém, tudo está como é de se esperar em um shooter cinematográfico dos tempos atuais, graças aos motores Rockstar Advanced Game Engine (RAGE) e Euphoria, que lidam com os gráficos, animações, inteligência artificial e física do jogo. Com tamanho arsenal tecnológico à disposição, é possível causar muita destruição nos detalhados ambientes ao seu redor.
O “Bullet Time” não mudou praticamente nada (e precisava?), mas em compensação Max aprendeu alguns truques novos, a começar pelo sistema de cobertura, que faz a sua estreia na série. Além de poder se proteger utilizando elementos do cenário, o protagonista, após executar um salto utilizando o “Bullet Time”, consegue continuar atirando num ângulo de 360 graus, mesmo deitado no chão. Acredite: é uma cena bonita de se ver.
Na verdade, se há uma inovação no “Bullet Time” é o fato de que, conforme você consegue acertar áreas vitais dos adversários durante o slow motion, mais danos as balas causarão nestas regiões no futuro. Além disso, há certas cenas do jogo feita sob encomenda para sessões mais prolongadas de “Bullet Time”, normalmente acompanhadas de destruição massiva ao redor de Max.
Outra novidade é um recurso chamado “Las Man Standing”, que consiste no seguinte: quando Max leva um tiro fatal, caso ele tenha analgésicos em seu inventário, o jogo “rebobina” os momentos anteriores ao disparo em ritmo de Bullet Time e, caso o jogador consiga atingir o autor do tiro, então ele volta à vida com um pouco de energia.