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'Aborto é questão de saúde pública', diz nova ministra das Mulheres

Morfindel Werwulf Rúnarmo

Geofísico entende de terremoto
[h=2]Eleonora Menicucci assumirá lugar de Iriny Lopes, que será candidata.
Sobre legalização do aborto, Eleonora disse que tema é do Congresso.[/h]

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A nova ministra da Secretaria de Política para Mulheres, Eleonora Menicucci, que assumirá lugar de Iriny Lopes (Foto: Natalia Godoy / G1)​

A nova ministra da Secretaria de Políticas para Mulheres, Eleonora Menicucci, afirmou nesta terça-feira (7) que o aborto no Brasil deve ser visto como uma "questão de saúde pública" e que não pode haver uma discussão de cunho ideológico.

Perguntada, porém, se é contra ou a favor da legalização do aborto e se iniciaria um debate dentro do governo federal, ela não deu a opinião pessoal e afirmou que o assunto "diz respeito ao Legislativo" e não ao Executivo.

“Como sanitarista, o aborto é uma questão de saúde pública, não é uma questão ideológica. É de saúde pública como o crack, as drogas, a dengue, HIV e todas as doenças infectocontagiosas”,
afirmou.

Professora titular de saúde pública na Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), Eleonora foi escolhida para substituir Iriny Lopes no cargo, que sai do governo para disputar a Prefeitura de Vitória (ES). A posse será na próxima sexta (10).

Eleonora ficou presa durante a ditadura militar na mesma cela que a presidente Dilma Rousseff. Ambas eram militantes de esquerda.

Segundo o jornal "Folha de S.Paulo", Eleonora Menicucci defende publicamente o aborto e já declarou ter se submetido à prática em duas ocasiões. Em entrevista ao jornal publicada nesta terça, ela afirmou:
"Minha luta pelos direitos reprodutivos e sexuais das mulheres e minha luta para que nenhuma mulher neste país morra por morte materna só me fortalece".

Na coletiva de imprensa desta manhã, disse que o feminismo dos anos 70 a 90 precisava de “marcar posições”.

“Eu já dei entrevistas, sobretudo nos anos 70, 80 e 90, quando o feminismo necessitava de marcar posições e muitas mulheres ousaram dizer até da sua vida privada. Não me arrependo, mas, a partir de sexta-feira [data de sua posse], eu sou governo e a matéria da legalização ou descriminalização do aborto é uma matéria que não diz respeito ao Executivo, diz respeito ao Legislativo”,
declarou.

Gisele Bündchen

Eleonora preferiu não opinar sobre a representação da Secretaria de Políticas das Mulheres que pedia ao Conar (Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária) a suspensão de comerciais da Hope com a modelo Gisele Bündchen. A ação foi uma das mais polêmicas durante a gestão de Iriny Lopes.

“Não posso opinar, não devo opinar porque eu estava fora da secretaria e não vou opinar”,
disse. A nova ministra, contudo, disse que todas as ações da secretaria foram “ponderadamente discutidas”.

Lei Maria da Penha

Tema presente na pauta de julgamentos desta quarta (8) no Supremo Tribunal Federal, a Lei Maria da Penha, segundo Eleonora, precisa ser “implementada” em todo o país.
“O executivo tem a responsabilidade de garantir a proteção àquela mulher e a punição ao agressor ou ao assassino”,
afirmou.

Está previsto para esta quarta o julgamento do artigo 12 da Maria da Penha, que prevê a abertura de ação penal contra o agressor mesmo que a mulher vítima de crime de lesão corporal praticado no ambiente doméstico e familiar opte por não prestar queixa. Eleonora é favorável a esse mecanismo.

“A SPM tem uma posição clara, solidária e efetivamente estará presente. Eu sou totalmente favorável que, mesmo a mulher não fazendo a denúncia, se se comprovar que o agressor [cometeu o crime], que ele seja punido”,
disse.

Perfil

A nova ministra é graduada em ciências sociais pela Universidade Federal de Minas Gerais, mestre em sociologia pela Universidade Federal da Paraíba e doutora em ciência política pela Universidade de São Paulo (USP).

Na USP, Eleonora também obteve o título de livre docente em saúde coletiva. Fez pós-doutorado em saúde e trabalho das mulheres na Facultá de Medicina della Universitá Degli Studi Di Milano, na Itália.

Na Unifesp, é professora titular em saúde coletiva e atua principalmente com os temas direitos reprodutivos e sexuais, saúde integral da mulher, envelhecimento, violência de gênero, aborto, direitos humanos, autonomia, avaliação qualitativa e políticas públicas de saúde.

É filiada ao Partido dos Trabalhadores (PT), mas, segundo informou a SPM, não participa do dia-a-dia do partido. Natural de Lavras, Minas Gerais, tem 68 anos, é divorciada, tem dois filhos – Maria, de 42 anos, e Gustavo, de 37 – e três netos - Stella, João e Gregório.

Segundo assessoria, a nova ministra
“cultiva a imagem de pesquisadora feminista com visão política independente”.

Fonte
 
Espero, daí pode ser que diminua o número de mulheres que morrem devido a abortos ilegais.

E gostei do currículo da nova ministra. Todos os cargos de ministro deveriam levar em conta o perfil técnico e a qualificação e não só o perfil político, como infelizmente ainda acontece e muito.
 
Que não vingue.

Acho engraçado como esses abortistas falam que o aborto é 'questão de saúde pública'. A saúde do ser humano cujo assassinato querem legalizar cadê?

'Não-ideológicas' :rofl: De fato esse tipo de feminismo não tem nada mesmo de ideológico.
 
Gostei dela de cara, já.

Não legalizar o aborto não vai impedir que uma mulher aborte, apenas fará com que ela faça o aborto em clínicas clandestinas com condições higiênicas duvidosas. Sendo legalizado, o número de morte de mulheres que abortaram cairia drasticamente.
 
A legalização em si não me preocupa. Sou contra é esse discurso e o tipo de mentalidade que a legalização pode gerar. Isso me preocupa muito.

Ideologicamente, não gostei dela. Duh, óbvio. Mas isso não importa.

A formação dela me agradou muito, é bom ver que temos ministros preparados em vez de um Mercadante como Ministro da Educação.
 
Última edição:
Mas é questão de saúde pública SIM. O fato de ser proibido não impede o funcionamento de clínicas clandestinas, de fundo de quintal e sem saneamento nenhum.

FAZER aborto ou não é decisão de cada um.
 
Essa nova ministra eu conheço de outros carnavais, estilo bicho-grilo que não me agrada nem um pouco.
Sorte que esse ministério é um dos de menor impacto.

FAZER aborto ou não é decisão de cada um.

Fazer sexo sem cuidados contraceptivos também. Então, não quer filho, cuide-se.

_______
Sugiro que façamos o debate sobre o aborto no tópico relacionado a ele e nos limitemos a falar sobre a nova ministra e os desafios que ela vai encontrar nesse ministério.
 
Que não vingue.

Acho engraçado como esses abortistas falam que o aborto é 'questão de saúde pública'. A saúde do ser humano cujo assassinato querem legalizar cadê?

'Não-ideológicas' :rofl: De fato esse tipo de feminismo não tem nada mesmo de ideológico.
O único empecilho é ideológico mesmo. Vivemos numa sociedade que fornica, independente de isso ser reprovado ideologicamente em alguns pontos de vista.

Quais as alternativas de uma fornicadora que ficou grávida? Pode tentar se submeter a uma clínica clandestina (e potencialmente comprometer a própria saúde) ou então ter o filho, sem desejar e/ou sem ter condições financeiras para criá-lo num mínimo de "decência". A questão definitivamente não está em torno apenas da saúde pública, mas também da nossa saúde social.

Mais que aprovada, sra Menicucci ganhou também a minha simpatia. Veja como somos preconceituosos, vemos uma formação acadêmica vasta e já simpatizamos. As vezes nos esquecemos que filhos da puta também tiram doutorado :lol:

Fazer sexo sem cuidados contraceptivos também. Então, não quer filho, cuide-se.
todo mundo sabe que qualquer método contraceptivo tem uma chance de falha. Especialmente a pílula do dia seguinte, que se não me engano é algo próximo de 5% (chance alta).

Anw, eu gostaria de ver você falando o mesmo quando tua filha ou irmã tivesse sido estuprada e consequentemente estivesse grávida :)

Não lembro de detalhes, mas acho que a exceção que preve caso de estupros não funciona tão bem.
 
Última edição:
Anw, eu gostaria de ver você falando o mesmo quando tua filha ou irmã tivesse sido estuprada e consequentemente estivesse grávida :)

Não lembro de detalhes, mas acho que a exceção que preve caso de estupros não funciona tão bem.

Meu caro, já legislação específica para aborto em casos de estupro e gravidez de alto risco. Nesse caso, eu CONCORDO com o aborto.

Se você puder voltar ao que eu disse e tiver um mínimo de interpretação de texto, verá que o que eu disse vale apenas quando há consenso em relação ao ato sexual.
 
Meu caro, já legislação específica para aborto em casos de estupro e gravidez de alto risco. Nesse caso, eu CONCORDO com o aborto.

Se você puder voltar ao que eu disse e tiver um mínimo de interpretação de texto, verá que o que eu disse vale apenas quando há consenso em relação ao ato sexual.
Vc pede interpretação de texto mas nem leu o que eu escrevi :lol:

Não lembro de detalhes, mas acho que a exceção que preve caso de estupros não funciona tão bem.

vou elaborar melhor:
nem toda mulher estuprada recorre judicialmente pois muitas não tem como comprovar, e outras ficam com extrema vergonha de se expor (justificadamente, imo)

vou interpretar o meu post pra vc em palavras mais claras: métodos contraceptivos não resolvem nem a questão de planejamento (ou seja: situações de sexo consensual), nem a questão de gravidez forçada (estupros, etc).
 
Eu já pensei como o Kurt mas agora afino meu pensamento mais com o do Amon. Infelizmente ainda falta muito para que o ocntrole de natalidade seja eficiente para que o aborto possa ser liberado somente nos casos citados acima
 
FAZER aborto ou não é decisão de cada um.
Não necessariamente, eu acho que a legalização do aborto serviria também como uma forma de limitar o aborto dentro de padrões aceitáveis pela sociedade, por exemplo, abortar em casos de estupro, ou em que a mãe corra risco de vida, mas deixar qualquer mulher grávida abortar sem motivos válidos acho errado, não se pode deixar que o aborto se torne tão comum quanto tomar pílula.

Fazer sexo sem cuidados contraceptivos também. Então, não quer filho, cuide-se.
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Sugiro que façamos o debate sobre o aborto no tópico relacionado a ele e nos limitemos a falar sobre a nova ministra e os desafios que ela vai encontrar nesse ministério.
Link?
Nem todos os casos de gravidez indesejada acontece por descuido, por isso mesmo o aborto deveria ser legalizado, pois clandestinamente qualquer mulher pode abortar por qualquer motivo, e as que precisam abortar por necessidade acabam não recebendo o auxílio que deveriam receber.

todo mundo sabe que qualquer método contraceptivo tem uma chance de falha. Especialmente a pílula do dia seguinte, que se não me engano é algo próximo de 5% (chance alta).
Usando camisinha e tomando pílula acredito que as chances diminuam, e mesmo assim caso aconteça, é um risco natural do qual todos tem conhecimento de que pode acontecer, eu pelo menos vejo o aborto como uma medida séria para resolver um problema sério, não para tirar a responsabilidade de quem só quer aproveitar a vida sem consequências, é possível imaginar inúmeras situações onde o aborto poderia ser praticado por motivos banais ou egoístas. O aborto deveria ser legalizado também para que cada caso fosse analisado e só seguisse em frente caso se confirmasse a necessidade.

Em resumo, sou a favor que legalize por necessidade, mas sem tornar a prática banal.
 
Última edição:
Não necessariamente, eu acho que a legalização do aborto serviria também como uma forma de limitar o aborto dentro de padrões aceitáveis pela sociedade, por exemplo, abortar em casos de estupro, ou em que a mãe corra risco de vida, mas deixar qualquer mulher grávida abortar sem motivos válidos acho errado, não se pode deixar que o aborto se torne tão comum quanto tomar pílula.

E aí chegamos no problema de educação. Pq uma população consciente vai usar os métodos contraceptivos e não vai abusar do aborto. Sou totalmente a favor da legalização. A escolha é da mulher que está grávida, não do governo.

Sobre o aborto em casos específicos (estupro etc): a justiça brasileira é tão lenta que a criança nasce antes do juiz liberar o aborto.

Alguém aqui já leu Freakonomics? A criminalidade nos EUA diminuiu principalmente pq os bandidos deixaram de nascer, depois que o aborto foi legalizado.
 
E aí chegamos no problema de educação. Pq uma população consciente vai usar os métodos contraceptivos e não vai abusar do aborto. Sou totalmente a favor da legalização. A escolha é da mulher que está grávida, não do governo.

Sobre o aborto em casos específicos (estupro etc): a justiça brasileira é tão lenta que a criança nasce antes do juiz liberar o aborto.

Alguém aqui já leu Freakonomics? A criminalidade nos EUA diminuiu principalmente pq os bandidos deixaram de nascer, depois que o aborto foi legalizado.

Sou bem leigo quanto a isso, mas não acho que seria um caso para um juiz decidir, a decisão seria do médico, visto que o aborto teria como objetivo visar a saúde da mulher.

Ainda não li, mas acho muito estranho fazer uma referência dessas, como se a maioria das "crianças indesejadas" acabaria naturalmente indo para a criminalidade, porém não li o livro, e nem sei se é possível fazer uma comparação prática entre os supostos resultados obtidos nos EUA e prever se aconteceria o mesmo aqui.
 
Mas manos, percebem como a resolução de qualquer problema acaba se enquadrando dentro do "precisamos educar a população"?

vc n pode tomar como premissa algo inalcançável ou ideal demais. o aborto legalizado deve entrar com ou sem a educação geral da população, mesmo pq a necessidade dele se dá também por conta da ignorância da população.

eu concordo com a bel, mas de uma forma distorcida. minha crença pessoal aponta que a decisão é sim do estado, em vista de um problema social.

anw, não sei se a banalização do aborto é viável já que uma pessoa n pode (por razões fisiológicas mesmo) fazer frequentes cirurgias. se não me engano, o legalmente em questão é o cirúrgico
 

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