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Costa Concórdia vai a pique no centenário do Titanic

Fúria da cidade

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Quem diria que praticamente depois de 100 anos um outro navio gigante, com recursos de navegação infinitamente mais avançados que o Titanic raspa em rochedo que abre um rombo enorme na lateral casco, tomba e vai a pique. E foi durante a noite também.

Desta vez o drama não foi a vários quilometros da costa, houve tempo de salvar a imensa maioria. Mas mesmo assim, segundo os relatos, na hora da tragédia aquele mesmo drama titaniqueano do cada um por si, cavalheirismo zero e salve-se quem puder.

E as noticias que correm:

Sobreviventes relatam caos em naufrágio de transatlântico


Comandante de navio naufragado na Itália é transferido para prisão
 
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Que prejuízo com esse naufrágio tanto pelas perdas humanas quanto das perdas financeiras. No jornal da Band o Joelmir Beting disse que o custo do navio chegou em torno de 1 bilhão de reais. É muita grana mesmo.

Só para comparação o Titanic tinha 269 metros de comprimento enquanto o Costa Concórdia com 290 metros, a diferença no tamanho não é muito grande, pelo menos no comprimento.

Com relação ao comandante do Concórdia, esse cara fez uma tremenda barberagem. Como que ele conseguiu rasgar o casco num conjunto de rochas!

Uma dúvida:

Esse navio vai afundar 100% ou vai ficar como está? Parece que ele está pendurado em um tipo de barranco submerso e está escorregando aos poucos até descer por completo.
 
Com relação ao comandante do Concórdia, esse cara fez uma tremenda barberagem. Como que ele conseguiu rasgar o casco num conjunto de rochas!
Eu li hoje a conversa que houve entre ele e o Comandante da Capitania dos Portos. E surreal. O cara se borrou pela perna abaixo.
 
Esse navio vai afundar 100% ou vai ficar como está? Parece que ele está pendurado em um tipo de barranco submerso e está escorregando aos poucos até descer por completo.

De fato menos mal que o navio ficou meio que escorado escorregando aos poucos e graças a isso foi possível minimizar as perdas humanas, senão teria sido uma tragédia ainda maior.

Mas só o fato de ter tombado mesmo sem afundar, quem esta ali na hora só pensa no pior, pois a lembrança que vem de imediato é sempre a do Titanic com aquele medo de de repente do nada o navio se partir em dois.

E uma embarcação dessas fora da água visto de perto é algo gigantesco, equivalente a um edificio com pouco mais de 10 andares e tentar reboca-la antes de afundar por completo vai dar um belo e um custoso trabalho. Não faço a mínima idéia como será feita essa operação.
 
Legal é que eu tava num navio dessa empresa no fim do ano passado.
Detalhe: o treinamento de emergência foi uma zoação só. Duvido que 20% do pessoal que tava lá saberia como se comportar numa situação de emergência.
Mas uma coisa que foi deixado bem claro foi: crianças, mulheres, homens e, por último, tripulação.
 
Capitão Francesco Schettino – Imediato! Onde estão minhas calças marrons?
 
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Fato Novo. Há suspeitas de que havia algo mais interessante ocupando os pensamentos do capitão no momento do acidente.

Uma bailarina de 25 anos, da Moldavia.

Fonte

Ah, essas mulheres das ex-republicas soviéticas...

Como diria Dumas, Cherchez la femme.
 
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Além disso tem a notícia de que o navio escorrega quase 1 cm a cada hora para o fundo do mar como podemos ler na reportagem abaixo:

Roma, 20 jan (EFE).- O cruzeiro Costa Concordia, que naufragou no dia 13 de janeiro na costa da ilha italiana de Giglio, desliza a um ritmo constante de sete milímetros por hora, o que causou nesta sexta-feira a interrupção de parte dos trabalhos de resgate dos mergulhadores para não pôr em risco suas vidas.

Durante a maior parte do dia, os mergulhadores paralisaram as buscas, mas nas últimas horas do dias retomaram as tarefas de inspeção na parte que não está submersa, segundo explicou a meios de comunicação locais o comandante da Guarda Litorânea, Cosimo Nicastro.

O professor Nicola Costagli, da Universidade de Florença e encarregado de acompanhar a evolução do navio, acrescentou que a proa se movimenta em maior velocidade que a popa, em até 15 milímetros por hora.

Apesar da impossibilidade de as equipes de salvamento entrarem no navio, as tarefas de inspeção continuam graças a um robô teleguiado por cabo, com capacidade para descer até 500 metros de profundidade e enviar à superfície as imagens que capta.

Segundo explicou o assessor de imprensa dos bombeiros, Luca Cari, a sonda está sendo utilizada para verificar os pontos de apoio da embarcação, além de buscar pelas mais de 20 pessoas ainda desaparecidas.

Cari declarou que o robô já inspecionou duas áreas do navio, de 10 mil metros quadrados, na proa e na popa, e dispõe de outros sistemas de detecção, que incluem mecanismos acústicos que permitirão obter uma ideia da morfologia do fundo do mar.

A atenção está voltada agora para as previsões meteorológicas, já que para as próximas horas é esperada uma ressaca, que pode ameaçar a estabilidade do navio, já que as correntes e as ondas poderiam empurrar o casco em direção a um precipício de 70 metros de profundidade.

Uma circunstância que dificultaria as tarefas de extração das 2.380 toneladas de combustível transportadas pelo navio, que causariam uma nova catástrofe em caso de vazamento, desta vez de caráter ambiental, pois a ilha de Giglio faz parte de um parque natural marinho considerado um dos mais importantes ecossistemas do Mediterrâneo.

Na reunião do Conselho de Ministros realizada hoje em Roma, segundo informou a imprensa local, foi decretado estado de emergência na área do naufrágio diante dos possíveis vazamentos de combustível e outros materiais poluentes.

Bruno Leporatti, advogado do capitão do Costa Concordia, Francesco Schettino, anunciou hoje que solicitará a libertação de seu cliente, atualmente sob prisão domiciliar acusado de homicídio culposo múltiplo, naufrágio e abandono de navio.

O advogado negou que o capitão estivesse sob os efeitos do álcool ou de drogas no momento da colisão.

Leporatti salientou que o capitão se comunicou com a companhia Costa Cruzeiros, proprietária do navio, logo após o choque, mas não ofereceu mais detalhes sobre o horário ou o conteúdo desta conversa.

Este é um dos pontos sobre o acidente no qual se baseiam as investigações realizadas pela procuradoria de Grosseto, já que tais ligações não foram confirmadas pela empresa.

A expectativa é que a caixa-preta do navio, que foi recuperada após o naufrágio, possa responder esta dúvida, já que, segundo os analistas, também grava as conversas que ocorrem na ponte de comando, e por isso poderão estabelecer com maior clareza todas as ligações telefônicas e o horário em que foram efetuadas.

No entanto, segue a polêmica em relação à atuação de Schettino, que, segundo todos os indícios recolhidos durante as investigações, realizou uma "manobra equivocada" ao se aproximar cerca de 150 metros do litoral da ilha de Giglio na noite do acidente.

Depois da difusão de uma conversa após o impacto entre Schettino e o comandante Gregorio De Falco, da Capitania dos Portos de Livorno, que sugere que o capitão teria abandonado o navio quando ainda restavam pessoas a bordo, a polêmica está agora em uma jovem moldávia, Domnica Cemortan, vista em sua companhia pouco antes da colisão.

Foram muitas as conjeturas sobre quem era essa jovem e o que fazia na sala adjacente à ponte de comando no momento do choque, mas ela mesma garantiu ao jornal "Corriere della Sera" que não é amante de Schettino.

A jovem, que fala russo, explicou que subiu à ponte de comando para traduzir a esse idioma as instruções do capitão após o impacto, já que a bordo da nave viajavam vários turistas russos, e chamou Schettino de herói. EFE

http://br.noticias.yahoo.com/costa-...metros-hora-complica-trabalhos-194005720.html
 
Pra quem não leu, saiu hoje na Folha de São Paulo, achei muito bacana o artigo (colo aqui pq se der o link de onde tirei vai precisar de senha, mas já tem em blogs por aí tb, não procurei):


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OPINIÃO

A covardia do comandante Schettino nos envergonha de nós mesmos

CONTARDO CALLIGARIS
COLUNISTA DA FOLHA

TEMOS UMA PREDISPOSIÇÃO CULTURAL À COVARDIA, POIS NÃO HÁ NADA CUJA SOBREVIVÊNCIA NOS IMPORTE MAIS DO QUE A NOSSA
"O covarde morre mil vezes, o corajoso, uma vez só" é a frase com a qual Julio César se despede da mulher, Calpúrnia, quando ela tenta convencê-lo a não ir para o Capitólio no dia em que ele será assassinado. Isso, segundo Shakespeare.
A frase significa que o covarde teme por sua vida. Isso é o que o define: ele enxergará mil vezes a possibilidade de sua morte, antes de esbarrar nela de fato. O corajoso só se preocupará quando for mesmo a hora.
A frase de Hamlet, segundo a qual a consciência nos torna covardes, não se afasta muito da de César: ser corajoso seria agir por alguma razão mais importante do que a própria fantasia do que nos espera depois da morte.
Duas observações:
Primeiro: é provável que o corajoso receie perder a vida tanto quanto o covarde, mas aja apesar desse medo -porque, para ele, algo é mais importante do que sobreviver. Citação por citação, Catherine, em "Adeus às Armas", de Hemingway, propõe uma resposta à frase de Júlio César: "O corajoso, se for inteligente, talvez morra 2.000 vezes. Só que ele não vai mencionar nenhuma delas".
Segundo: aparentemente, saber o que é um covarde se torna, na modernidade, questão crucial. Por que será?
Nós, modernos, passamos a prezar singularmente nossa sobrevivência. Mesmo quando acreditamos no além, achamos que o término de nossa vida terrena é o fim de tudo o que importa.
Tanto faz que nossas ideias triunfem, nada compensa o fim de nossa existência -salvo, em parte, nossas crianças, que amamos selvagemente por serem nossa única esperança de certa continuação.
Em suma, inelutavelmente, por prezarmos tanto nossa vida individual, temos uma predisposição cultural à covardia, pois não há nada, em tese, cuja sobrevivência nos importe mais do que a nossa. A vantagem dessa covardia cultural é que ela nos dá o tempo necessário para pensar e pesar as causas pelas quais poderíamos nos arriscar a perder a vida.
O resultado é positivo, à primeira vista: covarde, para nós, hoje, é quem foge de um perigo que a maioria consideraria justo correr. Ou seja, nossa covardia cultural faz com que nos engajemos de maneira seletiva.
Por exemplo, os pacifistas que se recusavam a servir no Exército dos EUA durante a Guerra do Vietnã não pareciam ser covardes; numa guerra justa, como a Segunda Guerra Mundial, eles teriam servido com gosto.
Obviamente, essa não era a opinião de muitos psiquiatras do Exército e da Marinha dos EUA, os quais achavam que o pacifismo de grande parte desses recrutas, quando não era mentira, era formação reativa -um jeito de racionalizar com belas palavras seu medo de arriscar a vida pelo seu país.
A verdade está sempre no meio: devia haver, no lote, pacifistas e bundas moles.
Mas vamos ao capitão Schettino, do Costa Concordia. Ele é objeto de execração porque seu comportamento retrata um traço cultural que todos compartilhamos.
Schettino colocou sua própria vida acima da vida de sua tripulação e de seus passageiros, assim como acima do código de honra da marinha -nisso, ele encarnou o espírito dos nossos tempos e, literalmente, ele nos envergonha de nós mesmos.
A frase do comandante De Falco, da capitania do porto de Livorno, "Vá a bordo, caralho", parece expressar a vontade de termos todos um De Falco que nos fale e nos lembre de que talvez haja, às vezes, algo mais importante do que a nossa pele.
Suspeito que Schettino seja especialmente detestado porque ele desperdiçou uma excelente e fácil ocasião para sair de herói na foto, sem grande custo (e para compensar assim sua incompetência, responsável pelo naufrágio).
Schettino não corria risco de vida. No pior dos casos, seria o último a cair no mar. E daí? Por frio que seja o Tirreno no inverno, um nadador medíocre chegaria tranquilamente à costa da ilha de Giglio.
Ora, na conversa telefônica com De Falco, Schettino responde à ordem de voltar a bordo (de onde nunca deveria ter saído), com esta explicação: "Mas aqui está tudo escuro". De Falco rebate debochando daquele medo infantil: "O que é, Schettino, está tudo escuro, e você está a fim de voltar para casa?".
Na conversa, essa é a parte "pior". Tudo bem, Schettino não colocou nada acima de sua própria vida, não "cresceu" na circunstância, mas, além disso, ele encolheu -ficou esperando que um adulto o pegasse pela mão e o tirasse do escuro.
Imagino o sentimento dos italianos: numa época em que precisamos tanto de liderança, será que nossos "capitães" são todos Schettinos? Ninguém consegue ser o adulto com quem podemos contar no escuro e no perigo?
Segundo Hegel, a origem da liderança está na coragem de colocar a vida em risco. Quem se expõe à possibilidade de morrer se torna mestre. E os outros, os que preferem preservar sua vida, escravos.
Os escravos, como Hegel previa, tomaram conta da terra, e é ótimo que assim seja. Mas resta a sensação bizarra de que não haja mais ninguém como o mestre antigo, ninguém disposto a encarar a morte -para nos defender, por exemplo.

E-mail: ccalligaris@uol.com.br
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E tudo isso acontecendo num momento econômico e politico complicado na Itália. Se isso indiretamente vier a ter reflexos negativos no turismo a dor de cabeça deles só aumenta ainda mais.
 
De acordo com o colunista da folha:

"Suspeito que Schettino seja especialmente detestado porque ele desperdiçou uma excelente e fácil ocasião para sair de herói na foto, sem grande custo (e para compensar assim sua incompetência, responsável pelo naufrágio).
Schettino não corria risco de vida. No pior dos casos, seria o último a cair no mar. E daí? Por frio que seja o Tirreno no inverno, um nadador medíocre chegaria tranquilamente à costa da ilha de Giglio."

Pois é... além de incompetente, é também covarde e burro.
Ou será que esse marinheiro de água doce nem ao menos sabe nadar?
 
Após a retirada do combustível vão decidir qual será a melhor tática pra rebocar o gigante tombado. Trazer uma série de rebocadores ou até corta-lo em 3 partes menores.

Haja trampo e dinheiro e que com certeza não sairá do bolso do capitão.
 
Mas uma coisa que foi deixado bem claro foi: crianças, mulheres, homens e, por último, tripulação.

Eu já fui tripulante, e o lema entre nós (caso o navio afundasse) era:
- CORRE NEGADA!

Não tinha homem, mulher, boneco... Era todo mundo correndo e saqueando o duty free.
(HA!)
 
Operação para endireitar o cruzeiro "Costa Concordia" começa na segunda

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Os trabalhos para endireitar o cruzeiro italiano "Costa Concordia", que naufragou há mais de um ano e meio frente à ilha toscana de Giglio (oeste de Itália), começarão na segunda-feira (16), em uma megaoperação que custará 750 milhões de euros.

A informação foi divulgada nesta quinta-feira, em Roma, agência de proteção civil responsável pelo projeto.

Segundo a fonte, o início das operações será confirmado no domingo, depois de verificadas as condições climáticas.

Centenas de engenheiros e técnicos trabalham nesse projeto há mais de um ano para poder puxar a embarcação de 114.500 toneladas.

Os trabalhos para endireitar o cruzeiro italiano "Costa Concordia", que naufragou há mais de um ano e meio frente à ilha toscana de Giglio (oeste de Itália), começarão na segunda-feira (16), em uma megaoperação que custará 750 milhões de euros.

A informação foi divulgada nesta quinta-feira, em Roma, agência de proteção civil responsável pelo projeto.

Segundo a fonte, o início das operações será confirmado no domingo, depois de verificadas as condições climáticas.

Centenas de engenheiros e técnicos trabalham nesse projeto há mais de um ano para poder puxar a embarcação de 114.500 toneladas.



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Impressionante o trampo que dá pra endireitar pra depois finalmente rebocar.

Fora o custo que permitiria construir algumas escolas ou um bom hospital.
 

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